Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Sim, finalmente capítulo novo! Desculpem a demora pra postar... Conciliou a semana de provas, com dois finais de semana seguido que eu passei fora de casa e simulado... Tirei então o feriado e esse final de semana pra escrever. Espero que tenha compensado.
Boa leitura!



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Lilyan's POV


Acordei com o cheiro de molho exalando pela casa. Tínhamos ido dormir tarde na noite passado, e quando digo 'tínhamos' me refiro a Siva, que tinha adormecido na minha casa novamente. Quase sem forças eu me levantei da cama, a preguiça me colocava para baixo no dia de domingo. Olhei para o relógio, mas estava sem óculos e não consegui se quer enxergar que horas eram. Fui até o banheiro e o meu moletom arrastava no chão. Lavei meu rosto e avistei meu óculos e em seguida desci as escadas, encontrando um Siva dando uma de cozinheiro, com direito a avental e chapéu de chef.

– Você sabia que é anti-higiênico cozinhar sem blusa? - fingi que me importava por ele estar cozinhando sem camisa, apenas com o avental cobrindo seu abdômen bem definido.

– Bom dia pra você também, baixinha. - ele me pegou pela cintura e deu um beijo na minha testa.

– O que você ta fazendo aí? Não vai destruir meu apartamento, vai?

– Só se uma macarronada destruir.

– Nossa! Macarronada! - fui até o pequeno fogão da cozinha e experimentei o molho, que por sinal estava muito bom. - Até que não está tão ruim, Seev.

– Não está ruim? - ele disse me encarando sério. - Como assim 'não está ruim'? - ele foi se aproximando de mim, de modo que não tinha mais para onde recuar e ele me pôs sentada na bancada da cozinha.

– Nada se compara a macarronada da minha mãe, amor.

– Você anda me provocando tanto, Lilyan... - ele beijava meu pescoço. - E falando na sua mãe... - sussurrou em minha orelha. - Ela ligou hoje.

– ELA O QUE, SIVA?

– Ela ligou, mas isso não importa agora. - seus beijos se tornavam mais rápidos e percorriam todo o meu pescoço e suas mão deslizavam para a minha cintura, em uma tentativa de puxar a minha camiseta para cima,

– Siva... Não... - sussurrei. - Preciso... Ligar... Para a minha mãe... - o empurrei para trás meio a contra gosto. Desci de onde estava e dei um beijo em sua bochecha. Ele me empurrou para perto dele e novamente sussurrou em meu ouvido.

– Tem certeza de que quer sair?

– Já conversamos sobre isso... - sai olhando para trás e dando um sorriso. A questão era: Onde estava a droga do meu celular.

– Amor, você viu meu celular? - gritei do andar de cima.

– Em cima da mesa do seu quarto! - ele respondeu. Ele estava sabendo mais do que eu. Interessante. Quando o peguei, haviam algumas mensagens e uma ligação perdida.

3 mensagens de

Parker

A primeira dizia: Hey Lils, hoje as 3 você encontra comigo no café perto da praça, ok? xx

A segunda : Espero que você não fure comigo. Xx

A terceira: Eu sei que estou incomodando, mas espero que você vá. Amigos, certo? Xx

Ai Deus, que lindo! Ele pensa que eu vou furar com ele! Claro que não! Nunca faria isso, com nenhum amigo meu... Amigo...

Claro que eu não vou furar com você Parker, desculpa a demora. Dormi demais. Seu amigo não me acordou cedo como eu queria hoje de manhã. As 3 eu apareço. Xx

Enviei a mensagem e disquei o número de casa. Casa. Como eu sentia falta da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos. Parecia que eu tinha os deixado há muito tempo.

– Alô? - uma voz de criança atendeu o telefone.

– Lia? Que saudades! - disse feliz.

– Lily?

– Claro que é!


– Eu sinto sua falta! Quando você volta pra casa? Vem logo. - disse numa voz com misto de choro e felicidade.

– Eu volto logo, pequenininha. Prometo. Como vão as coisas por aí?

– Estão ótimas! Eu vou ser dama de honra, Lily! Isso não é ótimo?

– Oh, claro. De quem?

– Do Will! - eu ri muito com aquela afirmação. Ora, William Carter casando cedo? Nunca. Ele é um safado. Quem é a louca de se casar com ele?

– No dia que ele se casar, Amelia, você vai estar da minha idade!

– Lily, eu gosto do seu namorado! Ele está aí?

– Ele está cozinhando.

– Ele cozinha pra você?

– As vezes... - eu sorri do outro lado da linha.

– Quando eu crescer quero um namorado assim!

– Não pense nisso agora! - eu ri. - Cadê a mãe?

– Pera, vou entregar o telefone a ela. - esperei alguns minutos até o telefone chegar a minha mãe e me preparei para ouvir umas boas broncas de mãe. Fazia semanas que eu não ligava.

– Você ainda lembra que tem uma casa, mocinha? Há semanas que você não dá notícias! Não responde nossos e-mails! Espero que você tenha feito algo mais produtivo do que ficar com seu namorado cozinhando pra você no apartamento.

– Eu estava com muitas coisas pra fazer no estágio, e eu também estou estudando para algumas provas de vestibular de algumas faculdades daqui.

– FACULDADE FORA?

– Sabia que você não ia gostar muito da idéia... Mas veja, aqui eu já tenho cartas de recomendação! O pessoal no jornal me adora, o que é ótimo!

– Depois conversamos sobre isso, mas saiba que você só fica aí se passar ou se conseguir ficar no apartamento com alguém responsável por você.

– Alguém responsável? E quem seria então?

– Isso é coisa pra se ver futuramente. Quando são as provas?

– Quarta-feira.

– QUARTA-FEIRA? Acho muito bom você estar estudando!

– Eu estava fazendo isso.

– Não foi o que a sua irmã nos disse aqui em casa.

– Ora, não agora, exatamente... Digo, esse domingo eu parei pra ficar um pouco com o Siva... A gente não se via a um mês...

– E onde ele estava?

– Trabalhando.

– Você já sabe da novidade?

– Qual?

– Ah é, você não lê mais seus e-mails...

– Mãe...

– Ok... Will está noivo!

– Está o que? - me levantei surpresa da cama onde eu me encontrava sentada.

– Sim! Também não acreditei quando ele chegou contando essa! - ela riu.

– E quem é ela?

– Aquela sua amiga que namorou com ele, a Mariana. Ela tentou falar com você também.

– Nossa! Meu Deus, isso é incrível! E eu pensando que ele nunca ia tomar jeito na vida! Onde ele está? Queria falar com ele!

– Ele saiu logo cedo para resolver algumas coisas com a Mari.

– Lily, o almoço está pronto! - ouvi Siva gritar do andar de baixo.

– Já vou! - respondi e logo me dirigi a minha mãe no telefone.

– Mãe, eu preciso desligar, eu vou comer agora. Ligo mais tarde pra falar com o Will.

– Está bem, querida. Coma bem, eu não quero que você chegue em casa e eu ver que você está mal nutrida... - eu gargalhei. Mal nutrida era a última coisa que eu estava tomando xícaras e mais xícaras de cappuccino de chocolate todos os dias, acompanhado com panquecas ou rosquinhas recheadas com geleia.

– Claro mãe! Não vou chegar 'mal nutrida'.

– Ligue mais tarde, está entendendo? Você não quer que eu mesma venha puxando você pelos cabelos, não é?

– Não senhora! Eu não vou mais sumir. Prometo.

– E diga ao seu namorado que ele está afastando você da família! - brincou.

– Isso é a última coisa que ele faz, mãe!

– Eu sei, querida. Vá almoçar agora.

– Ok. Até mais tarde. Te amo! - finalizei a chamada e joguei meu celular na cama. Então quer dizer que meu irmão estava noivo, de uma das minhas melhores amigas? Isso era melhor do que o esperado!

Desci as escadas correndo como de costume e encontrei a mesa pronta, com uma bela macarronada fumaçando no centro dela. Sentamos e nos servimos. Contei todas as novidades familiares pra ele, que ficou tão feliz quanto eu, mesmo sem conhece-lo.

– Então quer dizer que vou ganhar uma cunhada também? - perguntou sorridente.

– Acho que sim! Ótimo! Só falta você conhecer todos eles!

– Com maior prazer, baixinha. Tudo por você e sei que isso vai faze-la feliz. - passou a mão gentilmente nas minhas bochechas. - Você sabe que eu te amo.

– Eu sei. - respondi com um sorriso. - Sabe o que me faria feliz também?

– O que?

– Você ficar com a louça do almoço! - me levantei, mordi a sua bochecha e sai em direção a geladeira para encontrar algo para beber, mas ele me puxou pela cintura, me fazendo voltar. Acabei sentada em sua perna.

– Odeio quando você me morde.

– Odeia é? - perguntei com um largo sorriso no rosto. O mordi de novo. Sai correndo antes dele pensar em reagir. Olhei para trás e ele sorria para mim. Como eu amava se sorriso, sua risada, quando ele estava com raiva por eu morder a sua bochecha, mas eu sabia que isso não o irritava tanto. Amava vê-lo com ciúmes do Thomas, ele ficava ainda mais lindo. Amava, até mesmo, seu atrevimento por atender o meu celular quando minha mãe ligava.

Voltei para o meu quarto em busca de horas. 2:30pm! Caramba, eu precisava me arrumar. E rápido.

Abri meu guarda-roupa em busca de algo para vestir. O tempo havia mudado rapidamente e estava chovendo. Shorts me fariam sentir frio. Peguei uma calça jeans skinny clara e uma blusa sem mangas branca, para acompanhar, um cardigã branco com alguns detalhes em azul escuro e bolinhas da mesma cor. Nos pés nada melhor do que a minha inseparável Ugg marrom clara.

– Você já vai sair? - perguntou Seev quando entrou no quarto.

– Vou, lembra? Cafeteria com o Tom.

– Ah sim. Você quer que eu te deixe lá?

– Se não for incomodar...

– Não vai.

– Aw, obrigada então! - depositei um beijo na sua bochecha e sorri. - Eu vou tomar um banho. Você ainda vai passar em casa?

– Quer companhia?

– Aonde?

– No banho. - sorriu maliciosamente.

– Não, seu idiota!

– Estava só brincando, amor!

– Eu sei. - sorri.

– Eu vou indo tomar um banho em casa. Já passo aqui. - ele me deu um beijo e desceu as escadas. Ouvi a porta bater e em seguida fui para o banho.

Quando eu sai, meu quarto se encontrava frio. Tratei de trocar logo de roupa para amenizar e me apressar. Sequei meu cabelo e fiz uma maquiagem corretiva e terminando com rímel, como de costume, e um pouco de blush.

Peguei a minha bolsa e o celular. Uma mensagem de voz nova.

"Lils, eu já estou a caminho do café. Nos encontramos daqui a pouco. Qualquer coisa, pode ligar. Err... Tchau."

Parker. Gostaria de entender porque na sua cabeça eu parecia que não iria aparecer hoje... Isso era uma situação extremamente desconfortável.

Sai do apartamento e, para a minha sorte, Siva já saía do seu na mesma hora.

Ele segurou a minha mão e andamos até o elevador. Ele estava quente, mesmo com aquele frio todo. Eu estava tremendo, mesmo com o casaco. Falta de costume com baixas temperaturas. Percebendo isso, ele me abraçou sem dizer nada. Andamos assim até a garagem do hotel e passando pelo saguão de entrada, tive a impressão de alguém estar nos encarando...

Quando saímos na rua, o tempo havia mudado. Eram exatamente 3pm, mas o céu estava escuro, assim como as coisas ficariam em um futuro próximo.


O caminho foi cheio de conversas e risadas, logo na entrada da cafeteria eu pude avistar Tom em uma mesa do lado da janela. Disse ao Seev que não se preocupasse comigo, mas que qualquer coisa eu ligava. Ele concordou, me deu um beijo rápido e eu sai do carro correndo, em uma tentativa de fugir dos pingos de chuva. Entrei e logo Thomas olhou para a porta, dando um sorriso gentil para mim e se levantando da cadeira para me cumprimentar.

– Eu pensei que você não viria. - repetiu como nas outras vezes.

– Eu não faria isso, Parker. - lhe respondi sorrindo.

– Fico feliz, de verdade, mas venha, eu peguei uma mesa para nós.



Siva's POV

Tinha deixado Lilyan na cafeteria para uma tarde com Tom. Não sabia muito se era uma boa idéia. Ela era minha baixinha. Mas eu precisava confiar um pouco mais. Não que eu não confiasse nela, o problema era que eu sabia que tipo de cara meu amigo era. Deixei a situação nas mãos dela, um pedido que eu não poderia negar de maneira alguma.

Guardei o carro na garagem do hotel quando cheguei. Era um lugar um tanto quanto frio na época de chuvas. Toda a Londres era, se fossemos parar pra pensar. O saguão estava quase vazio e iluminado. Parei pra pensar em quão sozinho eu estaria sem minha namorada nesse domingo. Tentei ligar para algum dos caras enquanto esperava o elevador, mas preocupantemente, nenhum deles atendeu o celular.

O elevador chega e eu rapidamente entro nele, com o pensamento de chegar logo em casa.

– Segura o elevador pra mim, por favor! - gritou uma voz que vinha de longe. Como se fosse um reflexo, estiquei meu pé para a entrada.

– Obrigada. - respondeu. Ao ouvir novamente aquela voz, eu levantei a minha cabeça, que estivera abaixada olhando para o celular. Um arrepio percorreu toda a minha espinha à cor daqueles olhos castanhos conhecidos. Meu pé que estivera bloqueando a entrada do elevador, e que foram tirados de lá para a passagem da pessoa, voltou para lá devido ao espanto da situação.

– O que você está fazendo aqui? - perguntei sério, procurando não demonstrar emoção alguma, a não ser um pouco de desprezo, ou que sabe, uma raiva longinqua.

– Nós precisamos conversar.

– Eu acho que já conversamos tudo há alguns meses atrás quando você terminou comigo e foi embora, Nareesha. - respondi sendo tomado pela raiva e decepção das lembranças em questão. - Eu não tenho nada para conversar com você.

– Mas eu tenho.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Não se esqueçam de mandar reviews dizendo o que acharam! Lembrando que é sempre muito bom ter opiniões, críticas e melhor ainda, elogios!
Vou tentar escrever essa semana, já que a partir do dia 16 começam as provas finais da escola, mas se eu não postar até lá, a partir do dia 23 eu volto normalmente, porque já estarei de féééééééérias!
xx



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