No dia seguinte, após todos acordarem, Rakxus levantou-se. Estava com uma dor infernal em suas costas, além de perceber que tinha fraturado seu braço direito, que por sorte não era seu braço bom. Foi para a cozinha e encontrou a Naru preparando o almoço que estava com uma cara horrível. Rakxus pergunta:

– Nossa! É a primeira vez que te vejo preparando algo que não está bom... O que houve? –

–Bem... Ontem a festa não terminou tão bem assim. –

–Mas o que houve? –

–A... Melhor você nem saber. – Disse Naru, dando uma risada não muito entusiasmada. – mudando de assunto, vocês têm mesmo que irem hoje? –

– Bem, temos uma jornada a fim de retornar para nossa casa. –

–Desejo a vocês toda a sorte do mundo. – Sorriu levemente Naru.

– Agradeço a você e espero que seu desejo se concretize, e desejo o mesmo a todos. –

Usando apenas uma mão, Rakxus serviu o almoço a todos na sala de estar, onde estavam amontoados em dois únicos sofás.

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– Nossa! Estava TÃO delicioso esse almoço. – Ironizou Max.

– Concordo plenamente! – Falou Kitsune também num tom irônico.

– Olha Max, caso você não queira tomar uma surra, recomendo você ficar quieto! – Exclamou Naru.

– Bem, o papo até que tá bom, mas vamos parar por aqui – Acalmou-os Rakxus – Infelizmente já termos que ir. Max! Vá pegar suas coisas, nós devemos partir daqui a 15 minutos.

– Sério? – Perguntou Keitarô – Vocês não poderiam ficar mais umas horas?

– Infelizmente não, meu caro amigo, nós devemos continuar nossa jornada para ir rumo ao nosso lar.

– Ok, se é assim que desejam, podem ir pegar suas coisas, nós temos uma surpresa pra vocês. –

Disse uma Motoko um pouco menos séria que o normal

Rakxus e Max subiram as escadas e foram até seus respectivos quartos. Rakxus ficou pronto em 5 minutos, já Max demorou exatamente 15 minutos, como Rakxus havia mandado. Quando desceram, foram surpreendidos por todos segurando um bolo escrito: “Espero que retornem logo!”.

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A despedida foi rápida, mas calorosa, com muitos abraços, beijos no rosto e aperto de mãos de depois um aceno de mão representando um tiau. Max começou a pensar em como tinham chagado ao mundo dos animes e ficou pensando no que eles poderiam fazer nele, já que eles conseguiram habilidades muito contraditórias a eles: Max detesta velocidade e preza a inteligência, já Rakxus detesta força e acredita que uma luta perfeita é quando um atacante tem velocidade o suficiente para acabar com seu adversário sem ao menos receber um golpe.

No meio de tudo ele ouviu uma voz dizendo:

–O destino de vocês é mais glorioso que vocês imaginam, e, quando tudo parecer perdido, levante a cabeça e grite “pare”. –

Max pensou apreensivo

–Essa maldita voz de novo! Bem... Só tenho que agradecer ela por nos levar para cá. -

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Quando começou a escurecer, Rakxus e Max chegaram perto de um riacho e decidiram passar a noite perto dali. Após terminar de montar suas barracas, que ganharam de Kaolla, aproveitaram para checar seu inventário, que tinha três daquelas frutas azuis que decidiram chamar de blu, havia uma lanterna e dois pedaços do bolo de despedida de Hinata Sou.

Percebendo que seus suprimentos estavam escassos, Rakxus ordenou ao Max ir buscar lenha e comida, alegando que ele tinha ido da última vez.

Max aceitou, mesmo ficando meio bravo por isso.

–Espere! - Chamou Rakxus – Pegue essa lanterna, pois irá te ajudar. –

–Obrigado. – Disse Max se afastando do acampamento.

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Fazia 15 minutos que Max tinha saído e Rakxus já estava treinando feito louco. Aperfeiçoou suas técnicas de força e de pulo. Aprendeu a fazer um pulo vertical (desde que tenha algo para dar impulso) tão forte que simula a velocidade do Max. Até que ele ouviu uma voz dizendo:

–Sua força é incrível, mas seu equilíbrio entre a Luz e as Trevas é tão grande que te da à habilidade de usá-los ao mesmo tempo. -

–Como assim voz misteriosa?- Rakxus pensou, falando por pensamento com ela.

–Estique sua mão esquerda como se estivesse segurando uma bola, mas com as pontas de seu dedo para cima. –

Rakxus fez o que ela disse.

–Pronto! Já fiz! E agora? –

– Pense na coisa que te deixou mais nervoso na vida. –

Rakxus pensou num garoto que namorou a garota que ele gosta e depois a ridicularizou, e sentiu a raiva tomar conta de seu corpo e de sua mente.

–Pronto. – Exclamou Rakxus sério.

–Agora pense na coisa que te deixou mais feliz na vida. –

Rakxus pensou em tudo o que está acontecendo com ele e Max. Dos poderes, dos animes, tudo.

–Pronto. – Falou ele mais calmo.

–Agora é simples, pense nessas duas coisas ao mesmo tempo, e concentre todo seu poder na sua mão esquerda. -

Rakxus fez isso, e no início não estava acontecendo nada, mas após 5 minutos se concentrando, ele começou a ver faíscas azuis, amarelas, roxas e negras saindo das pontas de seus dedos e percorrendo sua mão inteira.

–Woah! – Disse Rakxus surpreso.

–Você está começando a aprender a controlar conjuração de relâmpago, meus parabéns, você foi rápido. Use esses sentimentos para potencializar o poder do relâmpago quando você já tiver o dominado. –

–Ok. E agora? Faço o que? –

–Tente manter esse poder sem pensar nesses sentimentos. –

Ele tentou, mas foi em vão. Resolveu conjurar relâmpago pensando nas duas coisas e pouco a pouco ele foi pensando menos nelas, mas mantendo o poder. Em 30 minutos ele já conseguia conjurar trovão em 5 segundos com força suficiente para matar alguém na Terra em questão de 2 segundos. Impressionado, Rakxus disse:

–O que eu posso fazer conjurando relâmpago? –

– Bem, repita o que fez, e pense no nome Lightning Punch, depois gire sua mão duas vezes fechando-a como se fosse dar um soco, depois de um soco. –

Rakxus fez isso e, quando deu o soco saiu uma linha de relâmpago do centro de sua mão (fechada) e percorreu em linha reta por 10 metros. Após realizar esse ataque, Rakxus ficou extremamente cansado.

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Max começou a caminhar para longe do riacho, o garoto ficou andando sem rumo, sem achar nada por uns 8 minutos até que avistou uma plantação rasteira de frutas que se assemelhavam a mangas, mas eram brancas com pintinhas pretas e estavam no chão e não em mangueiras. Max parou e experimentou uma as frutas. Elas não tinham um gosto, nem ruim, nem bom, possuíam um gosto neutro. A fruta também não lhe proporcionava nenhuma sensação especial diferente da “Blu” que aumentava sua disposição. Max colheu meia dúzia daquelas frutas e continuou a caminhar afinal, ainda tinha que achar a lenha.

Ele continuou a caminhar e achou um pouco de lenha perto de um arbusto, provavelmente algum lenhador havia esquecido ali. Max pegou a lenha e encostou-se a uma árvore, e começou a pensar, ele estava com muita saudade de casa, dos seus amigos, mas por outro lado, este era um sonho sendo realizado, o garoto então pegou uma pedra, que estava ao seu lado e jogou por cima do arbusto, então ele levantou pronto para ir embora. Quando levantou, a última coisa que ele se lembra de ter visto foi uma roda.