O Amor Da Minha Vida... escrita por Kamyla Vale


Capítulo 22
Capítulo Vinte e Um.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pessoal.
Deixando claro que os fatos aqui (medico e juridico) podem não ser corretos!! Não sou especialista e não pesquisei muito, escrevi rapido antes que a inspiração fugisse!! kk
Espero que gostem assim mesmo!
Boa leitura!



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Capitulo vinte e um.

Encarei Isabella sem reação.

- Co-como assim seus pais? Achei que os seu pais estavam mortos Isabella.

- Eu nunca disse que estavam mortos...

- Você disse que nunca teve pais, deu a entender que eles estavam...

- Me desculpe, eu só não queria falar sobre eles...

- Droga, Isabella! Quantas mentiras mais você disse? O que mais você vem escondendo de mim? Como podemos ter uma vida juntos se a cada segundo algo que você escondeu de mim sai do escuro!

- Me desculpe, eu sinto muito! Eu não podia imaginar que você conhecia Charlie e Renne! Como eu poderia saber? Achei que nunca mais os veria...

- Meu pai e Charlie são antigos colegas de faculdade.  – Andando de um lado para outro passei a mão pelos cabelos, frustrado. – Eu nunca soube que os Swan tiveram outros filhos, achei que a filha havia morrido a anos...

- E morreu...

- E que historia é essa de vc ter matado a filha dos Swan? Sua irmã!

- Eu não a matei! Renne é louca e cruel, Isobel estava doente!

- Certo, então me conte Isabella! Eu quero saber de tudo, toda a historia.

Ela me encarou tristemente, parecia tão frágil e eu quase desisti de saber, mas eu precisava. Precisava saber para protegê-la, algo me dizia que eu precisaria protegê-la.

Então ela começou.

-Minha irmã, Isobel, descobriu que tinha Leucemia linfocítica aguda quando tinha quatro anos. Os médicos fizeram de tudo, mas a doença progredia rápido demais. E eles não encontravam um doador compatível rápido o suficiente. Então os médicos disseram que havia mais chances de um irmão ser compatível, eles sugeriram que meus pais tivessem mais um filho, mas eu não nasci como outras crianças. Eu não fui concebida, eu fui criada. Sou fruto de uma inseminação artificial em vitro.

Eu nasci para minha irmã viver.

Eu e Bell éramos muito unidas, sempre fomos. Ela era a única que se importava realmente comigo, meu pais não se importavam comigo. Eu fui só um meio para um fim. Eu nasci em um hospital e nunca saí de lá, não realmente.  Fui submetida a todo tipo de procedimento... Extração de células tronco, transplantes... Tudo.

- Meu Deus... Eles tiravam de você e davam a ela. – Ofeguei sem acreditar que pessoas fossem capazes de tal coisa.

- No começo Isobel não se importava, por que os procedimentos não era tão ruins... Mas conforme o tempo passava tudo ia piorando, o processo de remoção de células tronco era doloroso e desconfortável, eu ficava doente a toa... Sempre tinha enjoos e tonturas... Mas eu não me importava com nada disso. Eu estava ajudando minha irmã, Isobel era mais uma mãe do que uma irmã. Ela cuidou de mim desde sempre... Ela trocou minhas fraldas e me deu mamadeira por que Renne se recusou a amamentar.  Eu não ia a escola, eu tinha um tutor particular, nunca tive uma vida de verdade. A doença ia e vinha, o tempo em que Isobel estava em casa eram os melhores... Mas não duravam. Ela sempre acabava voltando para o hospital.  Então três anos atrás... Isobel começou a apresentar sintomas de falha renal, ela ia precisar de um transplante de rins. Todos sabiam que eu era compatível e Renne não hesitou em marcar a cirurgia. Ela não se importava comigo, só com Isobel, mas eu também não ligava. Se isso salvasse a minha irmã, eu não me importava comigo. Então Isobel ficou sabendo... Ela ficou estranha, quieta e distante. Então um dia ela começo a falar.

- “ Bella...

- Sim, Bell?

- Deita aqui comigo?

-Claro.

Me aconcheguei ao se lado na cama de hospital tomando cuidado com os tubos e fios ligados a ela.

- Eu amo você, Bella. Você sabe disso certo? Você é a melhor coisas de toda a minha vida. Eu era tão solitária antes de você chegar... Sozinha presa nesse hospital estéril, mas então você chegou... Você era a coisinha mais linda que já tinha visto... tão pequena e frágil... Me apaixonei por você imediatamente. Você era a minha bonequinha, você ainda é. – A essa altura eu já chorava sem parar, por que tu aquilo parecia perigosamente uma despedida. Algo estava errado, eu sabia. – Você me ama, Bella?

- É claro que sim, mais do que tudo.

- Eu tenho uma coisa a pedir... Quero que você prometa que vai fazer uma coisa por mim.

- Claro, qualquer coisa é só pedir.

- Quero que você vá até o serviço social e peça ajuda jurídica, quero diga que não quer fazer o transplante. Entende?

- Ma-mas se eu não fizer isso... Você vai morrer.

- Eu vou morrer de qualquer jeito, bonequinha. Você não entende? Eu estou cansada... Cansada de viver desse jeito. Sugando você como um parasita, eu já estou consumida pela doença Bella. O transplante vai adiar minha morte, mas não evita-la. Então para que fazer você passar por isso? Eu quero partir... Finalmente ser livre.

- Não posso fazer isso!

- Você tem que me deixar ir, Bella!

-Não!

- Você prometeu.”

Isabella se calou, seu olhar vazio encarava o nada, perdida nas lembranças tristes.

- E o que aconteceu? – Eu incentivei.

- Depois de muito negar... Eu acabei cedendo. Procurei a assistência social. Houve um grande processo, uma luta judicial sem fim. Meus pai eram pessoas de prestigio e ao ver do juiz eles não eram pais ruins, só estava em uma situação ruim. Então eu recebi emancipação medica e fui devolvida a eles. Mas se eu não quisesse eles não poderiam me obrigar a doar nada.

- Quantos anos você tinha?

- 17.

- E o que aconteceu depois?

- Quando tudo se acalmou, a assistente social me devolveu a minha casa. Charlie me recebeu, assim que a assistente se foi... Renne apareceu na sala com as minhas malas e disse para desaparecer por que agora não tinha mais utilidade.

- Meu Deus...

- Eu fiquei tão assustada! Quase nunca havia saído de casa, não tinha amigos nem família, muito menos dinheiro. Bom... Charlie me deu um pouco sem Renne saber, mas era quase nada...  Paguei um hotel vagabundo, mas não durou muito logo estava na rua e com fome. Mas isso não vem ao caso, o mais importante e que eu consegui sobreviver. Eu criei uma nova vida, eu prometi para Isobel que viveria... E eu estou vivendo.

- Ah! Minha Isabella!

Eu a abracei não suportando saber de tudo pelo que ela havia passado! Eu a amava tanto e ficava doente só de pensar em tudo de ruim que poderia ter acontecido com ela, sozinha e sem dinheiro.

- E por que Renne diz que você matou Isobel?

- Ela sempre diz isso, mas não foi assim. Isabel estava cansada... Ela queria partir.

- Eu sei, não foi sua culpa. Ela estava doente.

- Não quero vê-la nunca mais Ed! Nunca mais!

- Não se preocupe, amor! Você não precisa vê-la... Eu vou garantir que ela fique longe de você. Agora durma um pouco... Você tem passado por muita coisa, isso tudo não é bom para o bebê.

Acariciei sua delicada barriga e a beijei.

- Eu sinto muito por ter omitido essas coisas de você, Ed!

- Tudo bem, amor. Já passou. Durma um pouco.

Não precisei falar mais nada. Aconcheguei ela em meus braços e quase imediatamente ela estava dormindo. Ela estava exausta fisica e psicologicamente.

A observei dormir já planejando todas as formas de mantê-la segura e feliz.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!
bjus