- Raito isso não vai funcionar.

- Vai sim.

Misa, revirava os olhos e balançava a cabeça enquanto lutava
para não rir da figura boba que o marido estava fazendo.

- Tem que ser hoje.

- Você vai assustá-la com essa câmera na cara dela.

Raito não deu bola, franziu os olhos tentando decifrar o que
se passava naquela cabeçinha de apenas um aninho. E se ele tentasse outra tática, por que esperar não estava dando muito certo. Quem sabe ela aceitaria suborno, como dinheiro, doces ou uma chupeta nova? Não, ela não ia ceder, pensou ele. Isso estava demorando, eles passaram quase a tarde toda naquela sala, a mesma posição a mesma cena. O silencio que foi quebrado pelo rugido da porta, por um homem de cabelos pretos bagunçados, olheiras profundas, e uma postura um tanto estranha.

 -Atrapalho?

- Não Ryuuzaki, o Raito só esta ...

-Tecnicamente atrapalha sim.

-Raito!

A pequena menininha que estava ocupada com seu mordedor largou imediatamente assim que viu seu “titio” e começou a bater palminhas desajeitadas e dar risadinhas. Ryuuzaki foi até ela e fez um cafuné em sua cabeçinha.

 -Ola pequena Midori, desculpe atrapalhar você e seu pai.

Ryuuzaki se voltou para Raito, e olhou para cima como se procura-se se lembrar o que
estava fazendo ali mesmo.

-Ah sim, aqui esta a lista dos presos assassinados semana passada.

-Obrigado, deixe em cima da mesa que depois eu leio, estou ocupado agora.

Ryuuzaki saiu, e Raito voltou a olhar para sua filha, que começava a fazer grunhidos enquanto olhava pros lados e procurava alguém.

- É agora!

Raito deu pulo até o sofá e pegou sua câmera, enquanto sua esposa olhava atenciosamente para a pequena Midori.

- Wannnr , Ryuzaaa ki

O que? As primeiras palavras dela foram Ryuuzaki? Raito tentava recompor se do choque, enquanto Misa ria descontroladamente. Isso certamente não iria dar boa coisa.