He Is Finnick Odair escrita por Muitaz


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Eu estava no prédio da justiça me recuperando da despedida dos meus pais com as palavras frescas de meu pai ainda pairando sobre a mente “Seja como for nunca deixe de ser meu filho, e nunca se torne um deles” o que ele queria dizer com isso? Que eu era facilmente manipulável? Será que eu era? Annie interrompe meus pensamentos quando adentra na sala lágrimas nos olhos.

-E ai Cresta?

Ela não me responde, só avança em minha direção rápida e decididamente. E quando finalmente se aproxima de mim agarra minha blusa e me puxa para perto. Seus lábios tocam nos meus, e só então me dou conta do que está acontecendo Annie Cresta a menina que sempre conseguia me fazer de bobo estava me beijando, ela iria sentir a minha falta. Ela me empurrou para longe de si ainda sem soltar a minha camisa.

-Volte para mim Finnick Odair – Ela diz me empurrando e saindo da sala.

Eu fico atônito por alguns segundos.

-Eu vou voltar Annie Cresta, vou voltar para você – Eu sussurro ao ar.

Os pacificadores abrem estrondosamente as portas do aposento e me arrastando para o trem. Eu não poderia estar mais confuso. Não dou olá a ninguém simplesmente corro ao meu quarto, e me jogo na cama, com os punhos cerrados, mordendo os meus lábios. Naquele dia não apareço para o almoço nem ao menos para o jantar de modo que a comida é levada a mim. No dia seguinte recebo uma visita.

A porta se abre e Mags entra, seu rosto é sereno.

-Está tudo bem? – Ela pergunta calmamente, mas eu sei que ela está nervosa, com medo de não ter nenhum vencedor. Porque Caroline era uma menina pequena, e parece que o mais fraco toque nela pode derrubar toda a sua estrutura, não me surpreenderia se ela não conseguisse segurar uma faca sem deixa-la cair e cortar o seu pé.

-Eu vou voltar não se preocupe – Digo a Mags com certeza o suficiente na voz para convencê-la.

-Eu acredito que consiga Odair, mas não estou falando sobre isso. Estou perguntando se está bem emocionalmente, tipo de cabeça – Ela dá uns toques na cabeça com olhos arregalados.

Eu rio, mas não respondo, eu não sabia. Na verdade achava que não, eu estava confuso com tudo que acontecera, com as palavras duras e desconfiantes do meu pai, e é claro aquele beijo, de Annie, e o que ela disse “Volte para mim Finnick Odair” ela disse pra eu voltar, como se estivesse preocupada, mas ela disse “para mim”. Com aquele tom de ordem ela queria dizer que eu não deveria estar com nenhuma outra pessoa, ou talvez ela só estivesse tentando me pressionar a ficar bem, talvez aquele beijo e aquela frase, talvez fosse tudo para me dar esperança. Droga. Espera o que? Porque eu me sinto decepcionado pelo beijo ardente de Annie ter sido a mais mera encenação, eu não gosto dela. Certo?

Passo o resto do dia pensando nisso, até que tenho os pensamentos interrompidos por três criaturas bizarramente coloridas, parecidas com canários. Tred, Sheer e Caly, a minha equipe de preparação, Tred era alto e tinha o corpo levemente arrosado e cabelos dourados que recaiam sobre os ombros, Sheer tinha cabelos rosa com mexas presas num tom obscuro, enquanto Caly tinha bolinhas na pele que pareciam fazê-la parecer doente. Que ótimo, vou virar um gnomo.

Eles demoraram um tempo retirando todos os pelos de meu corpo, e me deitando e tirando de banheiras, mas me acalmavam dizendo que não teria de fazer algo assim de novo até o fim dos jogos. A dor era insuportável. Eles passaram um pouco de pó em meu corpo inteiro pra deixar a minha pele “uniforme”.

-Ele é lindo – Diz Sheer – E nós fizemos um ótimo trabalho, ah, se beleza matasse.

Eles se retiram da minha cabine de trem e me deixam a sós para dormir, mas diferentemente do dia anterior e da hora do almoço eu resolvo que devo ir ao jantar, para conhecer melhor minha futura presa, quer dizer oponente. E para ganhar a simpatia de Mags para que eu seja o seu escolhido.

Sento-me à mesa e vejo fartura maior do que jamais virá em minha vida, pelo jeito a comida que me levam no quarto é só um quarto do que posso comer a mesa. O cheiro delicioso de um peixe recém-assado entra em minhas narinas fazendo me fechar os olhos para aprecia-lo.

-Então qual será sua técnica de jogo Odair? – Pergunta Venir, sorridente, começo a pensar que o sorriso fora cirurgicamente implantado em seu rosto, para afastar a tristeza, talvez.

Olho para Mags.

-Bom seria ótimo se me conseguissem um tridente, creio que possa ser de ótima utilidade – Mags assente cautelosa para o que os outros da mesa não saibam.

-Caroline gosta de facas sabia? Ela sabe lançar uma há mais de dez metros de distancia sem errar, tem uma mira perfeita - Impressionante penso, mas não tão mortal quanto eu se tiver um tridente, mas a teoria das facas juntas com Caroline estava errada ela de fato consegue segurar uma e também de fato é a favorita de Venir – Pretendem fazer uma aliança? – Ele pergunta estonteante.

-Não – A garota responde e sai da mesa, não que eu pretendesse fazer uma aliança com ela, mas ela parecia me odiar não que eu não gostasse disso. Divertido.

-Bom acho melhor você ir descansar Finnick, amanha terá um longo dia – Eu acato a sugestão e vou para o meu quarto me deito e durmo tudo que não havia dormido nas noites anteriores, sem sonhos.

Na manha do dia seguinte me levanto da cama e me deparo com a vista da capital nas janelas, era com certeza bonita, com prédios bem-iluminados, e grandes arranha-céus, as pessoas que sorriam e acenavam para o nosso trem tinham uma aparência parecida com a da minha equipe de preparação, um tanto bizarra. Essas são as pessoas que podem salvar a minha vida, cause uma boa impressão, com esse pensamento me dirijo à janela e aceno e mando beijos à multidão, enquanto Caroline fica sentada observando sem se deixar ser observada. Qual é o problema dessa garota?  Penso sem olhar muito para ela.

Chegamos ao edifício e somos dirigidos ao andar do nosso distrito, na hora em que o almoço esta sendo servido, eu como pouco e em silencio e vou para o meu quarto, com a intenção de descansar, mas eu durmo profundamente.

Sou acordado novamente pelos três canários, eles passam novamente o pó em meu rosto, Tred apara o meu cabelo, enquanto Sheer passa um tipo de creme em meu corpo, e Caly aplicava algumas doses de maquiagem dourada em meu rosto, finalmente eles acabam admiram o seu trabalho e Sheer diz novamente:

-Ah se beleza matasse – O que dessa vez me provoca risos.

E os três saem do recinto me deixando sozinho e nu. O que me incomodava um pouco, mas nada fora do comum. A porta se abre e uma mulher ainda mais bizarra entra, ela me obriga a prender o ar, e respirar pela boca por causa do seu forte cheiro de peixe estragado, talvez ela tenha posto aquele perfume exageradamente exótico para se socializar comigo, mas a única coisa que conseguira fora me dar ânsias. Fora o perfume à mulher tinha cabelos amarelos, os quais se você encarasse por muito tempo corria o risco de ficar cego, os seus olhos eram cor-de-rosa, e a sua pele avermelhada, uma mistura de cores no mínimo ridícula.

-Ualala – Ela diz, tento encarar como um elogio, mas fica difícil com o modo que ela olha para mim, como se eu fosse sua presa – Veja o que temos aqui, mas que garoto... lindo. Bom tínhamos, um traje bem efetuado e com redes que cobririam o seu corpo, mas acho melhor cobrir o mínimo possível – Seus olhos cor-de-rosa se iluminam de um jeito bizarro, fico pensando no porque das pessoas da capital acharem chique ser tão repugnante, porque não havia nada de bonito na pele rosa de Tred, nas mexas de Sheer, nem nas bolinhas doentias que cobrem o corpo de Caly. Menos ainda nos bigodes compridos e tatuados no Rosto de Venir. Olhar praquela estilista só me mostrava que as pessoas ali tinha no lugar do cérebro um amendoim drasticamente pigmentado.

Ela picota a rede até parecer somente uma tanga, ela me veste, sem por roupa debaixo e me vira para o espelho. Eu estou com uma saia que pende de uma manga única que está presa em meu braço esquerdo por um nó, e o comprimento da saia não passada metade da minha coxa, eu estava ridículo, mas se parecer um item sexual ajudara na minha vitória, é isso que eu farei. As palavras de meu pai voltam a minha mente “nunca se torne um deles”, mas não era isso que eu estava fazendo, eu estava só tentando sobreviver, fazendo o que quer que fosse necessário.

Quando estava entrando no elevador, posso ver Caroline com a mesma rede em forma de vestido, mas ela estava bem mais decente do que eu, a rede estava amarrada em um de seus ombros e recaia sobre o seu corpo cobrindo-o até somente dois dedos acima do joelho, sua pele pálida estava como a minha com uma leve maquiagem dourada, fazendo com que seus olhos verdes e seus cabelos curtos e negros brilharem bem mais, ela também me admira, mas não parece gostar do que vê, de modo que só me olha com desprezo. Seu olhar lembrava o de meu pai. O que me incomoda profundamente, mas eu não me deixaria atingir por uma garota de 1,40.

As pessoas pareciam me observar atentas enquanto ia para o desfile, oque só me deixava mais desconfortável, todos devem estar pensando “Esse é fácil de matar não é nada além de indecente, e não tem nada além do corpo”, mas pensando bem, isso pode me ajudar e muito. Mas tento me concentrar no verdadeiro sentindo dessa noite, na nossa verdadeira “missão” conseguir patrocinadores.

E é com esse pensamento que eu subo na carruagem e aceno e mando beijos para a multidão.

Que vai a loucura.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviwes de quiserem que eu poste maism ou modifique algo.
Obrigado por ler.



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