Filha Da Noite escrita por Lillith Hunter


Capítulo 2
Visões




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Abri os olhos e vi minha cama. Estava deitada em minha cama marquesa, estilo vitoriano, o sol fraco do inicio da manhã atravessa a persiana.

Esfreguei os olhos para afastar o pesadelo, quando ouvi uma voz me chamando da escada.

– Selene.

Senti como se ainda estivesse sonhando. Mexi os labios para responder mas só consegui soltar um grunido.

– Selene Black? É hora de levantar.

O encanto do sonho desapareceu no momento em que a voz da minha mãe ficou voz mais alta e forte. E por ela ter me chamado pelo nome inteiro, Selene Black - Um nome antiquado e que ela sabia que eu detestava - , ela só me chamava assim quando estava realmente furiosa comigo. Minha voz voltou e respondi.

– Já desço em um minhuto.

Sai debaixo das cobertas, pulei da cama e andei até a comoda, lá estava o jeans skinny preto , minha blusa branca manga longa e meu colete jeans. Tremi, dava para ver minha respiração no ar. Por que estava tão frio?

Examinei o quarto, a janela principal estava entreaberta, não era muito. Mas o bastante para deixar o frio se apoderar do quarto. Não me lembro de te-lá deixado aberta, mas como normalmente, não me lembro de quase nada, só a fechei.

Peguei minhas roupas e corri pelo largo corredor em direção ao banheiro do meu quarto, com jacuzzi e boxe de banheiro separado. Me olhei pela primeira vez no espelho hoje.

Ignorei o maximo que pude meus olhos azuis claros, quase translucidos, me olhando no espelho novamente. Aqueles olhos de cores tão diferentes não me trouceram nada além de olhares por todos esses anos. Em vez disso, me concentrei nas coisas que podia mudar. Examinei meu rosto, aquela pele palida, depois mais para cima, imaginando pela milésima vez como poderia domar esses meus cabelos castanhos escuros, incontolavelmente ondulados.

Abri a janela para dar a primeira olhada na manhã ensolarada.

O brilho do sol afastou meu sonho e me animou um pouquinho. Pensei que talvez, no final das contas coseguiria chegar ao fim do meu primeiro dia na academia Warlok.

Dentro de uma hora lá estava eu, cambaleando pelos corredores otados de calouros e veteranos super-conhecidos.

Não precisei examinar muito até achar o meu armario, setenta e sete. Aproximei-me do meu novo armario, pedindo em silencio: "Por favor, por favor. Não deixe que o armario da Suzannha ficar ao lado do meu!". Por ironia do destino, eu tinha que agentar a briguenta da Suzannha todo ano, por causa dos nossos sobrenomes: Seu nome completo era Suzannha Back, e o meu Selene Black. Porcaria de destino!

– E ai, como foi seu verão?

Olhei para trás para ver de quem era aquela voz familiar. Era Suzannha.

Ela repetiu:

– Como foi seu verão, Selene?

– Legal - respondi, com cautela, enquanto abria meu armario. Ocupei-me arrumando vagarosamente meus livros, torcendo para que ela tivesse sumido quando eu acabasse.

Não deu certo.

– Para onde seus pais te levaram esse ano mesmo? - Ela perguntou enquanto espiava dentro do meu armario.

– Las Vegas - contei fechando o armario. Para mim, não fazia sentido ela assumir que sabia meu nome e o fato que eu costumava viajar para o exterior.

– Você tem tanta sorte de seus pais levarem você para suas viagens no exterior. Eu fiquei aqui presa em Laguna Beach o verão inteiro.

Fiquei em silencio. Eu não sabia o que falar, especialmente por que Melissa, a garota mais popular do colegio e todo o grupinho dela estavam assistindo nossa conversa com um sorriso no rosto. E especialmente por que eu tinha certeza de que a visão glamurosa de Melissa tinha das minhas viajens pelo terceiro mundo não combinavam com a realidade

Suzannha ficou em silencio.

– Eu e as meninas estávamos combinando de nos encontrar ao meio-dia para almoçar. Quer ir com agente?

Eu estava prestes a perguntar o por que do convite quando vi Amy, minha melhor amiga, que graças a deus estava no mesmo ano que eu, caminhando pelo corredor em minha direção.

Ela diminuiu o passo.

– Bom dia Sell, acho que o sinal já vai tocar, vamos?- disse Amy. Nossa primeira aula era de quimica. E todos diziam que o Sr. Daniel Piper era muito rigido quanto aos horarios.

Antes que eu pudesse responder Suzannha disse alto;

– Ouviu algo, Sell? - Eu não respondi - Acho que foi alguma mosca nojenta.

– Oque você acabou de dizer para a Amy? - Deu para notar a raiva na minha voz.

Suzannha agitou a mão dando um tapa no rosto dela.

– Me desculpa, foi sem querer...

Senti a raiva percorrer mau corpo como uma onda em minhas veias. Sem pensar agarei o pulso dela. De repente, o corredor da escola sumiu diante de mim, e tive uma visão muito vivida de Suzannha aos nove anos. Ela estava a borda de uma piscina infantil, garotos e garotas zobavam de seus dentes tortos. A garota correu até a mãe, ela a evitou, como se fosse invisivel para a meninaa. A mãe se dirigiu a um grupo de amigos, muitos pais das crianças que zombavam, ela fingui não ver a tristeza nos olhos da filha. Desde então Suzannha jurou a si mesma, nunca mais mostrar fraqueza.

A outra vissão era mais recente.

Suzannha abraçada fortemente a um rapaz alto. Ao olhar pelos olhos dela não consegui ver o rosto do rapaz. O garoto apenas disse;

– Sinto muito, o nome é Selene Black.

Só ela poderia ter dito o meu nome para o rapaz.;

Amy me trouxe de volta a realidade.

– Vamos Sell, não vale a pena.

E a imagens desapareceu tão rapido quanto surgiu.


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Notas finais do capítulo

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