Shadows's Jewel escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 3
Capitulo II


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu até escrevi uma boa parte dessa história, mas como não houve um "feedback", acabei parando de postar. Hoje estava em um momento nostalgia e a vi e resolvi tentar mais uma vez, cá está. Espero que aproveitem. Amo o personagem Laxus.



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Viajavam havia um pouco mais de um mês. Se não era de uma estação de trem à outra, era caminhando para procurar alguma pista sobre o paradeiro da maldita joia.

– Velho maldito. – Laxus fechou a mão em punho proferindo as mais relapsas palavras que sabia.

Ambos os magos pareciam baratas sem terem um destino certo. Ficavam indo e voltando com as informações mal dadas. Eliza acabou tendo que concordar com Laxus, Makarov poderia ao menos ter dado uma localização mais exata já que Gildarts havia chegado perto.

Naquele meio tempo não encontraram nada maligno ou assustador além de bandidos idiotas e magos fracos numa busca alucinada atrás de poder. E embora ela ainda relutasse em abrir-se numa conversa franca com Laxus, a companhia dele tornava-se agradável no decorrer da viagem. Não existiam mais brigas desconcertantes nem murros na parede, mesmo que ainda existisse um ou outro suspiro irritado por parte dele.

Já escurecia quando os dois se viram no meio do nada, em uma floresta. Era provável que ao final dela deveria haver uma outra estação de trem, o que os deixou mais animados com o pensamento de não terem que caminhar mais.

– Podemos descansar agora e depois continuar. – ele a viu confirmar com um menear da cabeça, não deixando de vasculhar em sua volta algum lugar bom para se aconchegar.

O mago recostou-se em uma grande árvore, fechando os olhos ao cruzar os braços frente ao peito. Mais um dia se passava e nem sinal do assunto principal da missão. Poderia ter sido por isso que Gildarts demorou três anos para voltar. Será que percorreriam este longo tempo também para, no fim, terem que desistir?

Abriu os olhos para localizar a outra maga e apenas a encontrou por já ter se acostumado ao estranho hábito de ela subir nos galhos das árvores para observar o céu ou simplesmente permanecer de olhos fechados, afinal, Laxus tinha aquela intensa impressão de que a maga não dormia.

Foi pensando nela que seus pensamentos esvaiam-se até a inconsciência abatê-lo pelas noites mal dormidas naquele último mês. Ele nem havia notado quando a maga o observou, do alto da árvore, e tendo certeza que estava dormindo saltou. Sem fazer barulho algum, caminhou com os olhos fixos para dentro da floresta. Sem rastros. Sem avisos. Apenas sumiu engolida pela escuridão daquela noite.

– - -

Sua respiração estava tranquila, estava ao relento do melhor sono, embora aquele calor estivesse começando a incomodá-lo de uma forma arrebatadora. Franziu a testa, tentando voltar para o sonho que antes tivera, mas de nada adiantou, em poucos segundos teve que abrir os olhos e bufar irritado.

A lua mal havia se movido desde a última vez que havia a observado e nem mesmo a madrugada resfriava aquele intenso verão. Olhou para cima e não achou a mulher, deveria ter mudado para outra árvore e não estava a sua vista. Apenas se animou quando, ao longe, ouviu um leve som da água batendo na pedra.

Ergueu-se renovado e caminhou descontraído, sem deixar de observar o alto das árvores. Queria saber o porquê de a maga instigar-lhe tanto a curiosidade, por mais que o irritasse da forma mais fácil e desprezível de todas, ignorando-o.

O calor estava o matando, sua camisa estava encharcada com o suor, deixou-se desabotoa-la, enquanto apressava os passos para chegar na provável fonte de água, talvez até mergulharia um pouco, seria o céu no inferno.

Nem mesmo parou para apreciar a grande cachoeira que desbancava em grandes rochas, acumulando-se em uma lagoa e, por fim, afinando em um rio que sumia entre na escuridão. Já sem camisa, deixando a tatuagem, do peito, a mostra, apenas se agachou trazendo a água acumulada pelas mãos e jogando-a no rosto.

Com aquela sensação de êxtase, sentou-se, jogando as costas para trás e firmando-se nos braços fortes. O ambiente naquele lugar era totalmente diferente de onde estava antes, era refrescante. Talvez, quando voltasse, avisaria à maga que havia água ali.

Entre um devaneio e outro, sentiu o pescoço tenso, respirou fundo e moveu o pescoço para um lado ouvindo-o estalar, quando repetiu o mesmo movimento para o outro lado seus olhos se fixaram numa armadura negra, deixada no chão. Ele conhecia aquela armadura.

Por um momento os olhos acinzentados moveram-se, num piscar, sem entender. No segundo seguinte, automaticamente, sua cabeça virou em direção à lagoa, próximo à cachoeira. Seus lábios entreabriram-se quando a olhou, imersa na água até o pescoço, observando-lhe. Não aparentava estar brava pelo menos, apenas imóvel.

Os olhares permaneceram firmes e seguros por um prolongado tempo. Não havia qualquer vestígio de um sentimento ruim, unicamente mantinham-no, como se desvendassem um ao outro, enquanto continuavam naquela mesma posição.

Laxus foi o primeiro a cortar o contato visual virando o rosto para o outro lado.

– Não era minha intenção. – ele disse levantando-se, segurando a camisa, que havia tirado, por cima dos ombros, deixando todo seu abdômen e peitoral a vista – Mas não me importaria de ver mais. – já de costas para ela, o mago começou a caminhar, não deixando de dar uma última olhada para a mulher e vê-la estreitar seus olhos perigosamente. Ele sorriu e continuou a andar, se fosse para ficar irritado, ele também daria um jeito de fazê-la se sentir igual.


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Notas finais do capítulo

Espero que aproveitem. Deixem um recadinho =P
Abraços.



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