Kyon No País Das Maravilhas?! escrita por teffy-chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Por Que Eu Sou a Protagonista?!


Notas iniciais do capítulo

Konnichiwa minna!
Eu estava com a idéia pra fazer essa fic desde o ano passado, mas sempre me faltava tempo pra escrever, sem falar da maldita preguiça que me domina -.- Masss finalmente tomei vergonha na cara e comecei a escrever! /o/
Essa é a minha segunda fic que faço baseada em Alice (sim, eu tenho uma mania enorme de Alice, ela anda maior ainda desde que revi o desenho antigo da Disney) e também é minha segunda fic de Suzumiya Haruhi! Essa não deve ter tanto romance quanto a anterior... eu acho... não sei, não planejei o final ainda, se der pra colocar alguma coisa de romance eu coloco, se não der, paciência =P
Bom, chega de enrolação e vamos ao que interessa!
Boa leitura^^



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Eu estava sentado na grama à beira de um lago, encostado contra uma árvore enquanto lia um grosso livro, com meu gato Shamisen dormindo no meu colo. Fazia um dia quente e ensolarado, não tinha nenhuma nuvem no céu. Algumas pessoas diriam que era um dia perfeito para ir à piscina, jogar bola, ou mesmo passear com os amigos, mas sinceramente, pra mim o dia estava perfeito mesmo era pra dormir. Infelizmente fui privado do meu sono, já que tinha que terminar aquele bendito livro até segunda-feira, no caso, amanhã, pois teríamos prova sobre ele no dia seguinte. Você deve estar pensando que sou um daqueles alunos preguiçosos que deixam o dever pra última hora, não é? Bom, pois eu devo informar que não sou. Ou pelo menos não era. Não até ter a infelicidade de conhecer Suzumiya Haruhi, desde então aquela maluca despirocada vive me arrastando para todo o tipo de lugar durante o meu pouco tempo livre, e agora me restou um único dia para termianr um livro com mais de 400 páginas. Aposto que isso seria moleza pra Nagato.


Meu celular tocou pela décima vez naquela última meia hora. Não precisava olhar o visor para saber que era a Haruhi me incomodando com alguma nova aventura maluca de novo. Apenas ignorei como antes.


– Se não vai atender, por que não desliga logo isso? Essa música está começando a me irritar - falou Shamisen mal-humorado em meu colo
– Você um gato muito mimado, sabia disso? - eu retruquei, igualmente irritado, mas desliguei o celular. A música estava começando a me incomodar também, sem falar que tirava minha concentração - E eu já não te disse pra parar de falar?! Geralmente gatos não falam, sabe, o que vai fazer se alguém te ouvir??
– Relaxe, não tem ninguém aqui - respondeu Shamisen em meio a um bocejo - Você sabe que nunca conseguirá terminar esse livro em um dia, não sabe? Por que apenas não desiste?
– Cale a boca, eu preciso terminar, não importa como! - eu resmunguei - Droga, se ao menos esse livro não fosse tão grosso, ou tivesse algumas figuras, não demoraria tanto... ué... figuras? parece que já ouvi isso antes...
– Claro que já ouviu, todos já ouviram - respondeu Shamisen, me deixando ainda mais confuso - E mesmo que tivesse uma ilustração em cada página, você jamais terminaria isso em um único dia - ele acrescentou enquanto se espreguiçava. Em seguida ele saiu do meu colo e resolveu caçar uma borboleta que pousara em uma flor ali perto. Não sabia que gatos caçavam borboletas
– Ei, não vá muito longe ou vai acabar se perdendo, ouviu? - eu avisei sem tirar os olhos do livro que não estava nem na metade
– Eu sei, eu sei ~nya! - respondeu meu gato falante, enquanto tentava agarrar a borboleta
– E pare de falar, eu já não te avisei que ninguém pode te ouvir?! - acrescentei irritado
– E eu já disse que não tem ninguém aqui! - respondeu Shamisen
– Oh céus, é tarde, muito tarde! Estou tão atrasada!


Revirei os olhos, pensando para quê tipo de compromisso um gato falante poderia estar atrasado. Espere aí, atrasado? Mas tenho certeza de que ouvi "atrasada", e Shamisen é um gato macho... pensando bem, aquela não era a voz dele, apesar de me parecer bem familiar. Ergui os olhos do livro e quase tive um ataque cardíaco. Meu pior pesadelo, o ser que me assustava mais até do que a Haruhi, a pessoa que assombrou meus sonhos por semanas, embora eu odeie admitir isso... Asakura Ryoko, a interface humanóide que tentou me assassinar meses atrás estava saltitando bem ali do outro lado da margem do lago!!! Mas como isso era possível?! A Nagato tinha dado um fim nela, eu tenho certza!! E isso não era tudo... ela estava vestindo o que parecia ser uma fantasia de coelhinha que a Haruhi certamente compraria e obrigaria a Asahina-san a vestir mais tarde, ou vestiria ela mesma, exceto pelo grande relógio dourado que ela carregava. Pensando bem, a Asakura não estava me dando nenhuma atenção agora, nem parecia ter notado minha presença ali, apenas corria desesperada na direção das árvores. Cada membro do meu corpo dizia para eu fugir desesperadamente na direção contrária, mas por algum motivo, decidi seguí-la. Ela foi se esgueirando por um caminho difícil de prosseguir onde as árvores cresciam mais juntas, até que se esgueirou entre uma moita particularmente folhuda e desapareceu. Eu esperei alguns segundos, mas como ela não voltava, eu remexi nas folhas da moita e encontrei uma cavidade oca no tronco de uma grande árvore. Meti a cabeça na parte oca da árvore, mas não havia nada lá, não tinha como uma pessoa se esconder ali, mesmo ela não sendo uma pessoa comum. Olhei um pouco mais para a frente, e não percebi a enorme quantidade de limo e musgo escorregadios que haviam naquele lugar. Eu escorreguei e caí de cabeça em um buraco fundo abaixo da árvore que não havia notado antes, e acabei perdendo a coinsciência.



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Quando acordei estava em um lugar onde nunca havia estado antes, mas que ainda assim me parecia estranhamente familiar. Era uma sala pequena e redonda, completamente vazia, exceto por uma mesinha de três pernas e uma minúscula porta por onde só um rato conseguiria passar. Eu suspirei cansado, imaginando se isso era mais uma das bizarrices criadas pela mente insana da Haruhi. Belisquei minha própria bochecha. Doeu pra caramba, o que significava que provavelmente não era um sonho. Reparei melhor em mim mesmo e vi que não usava mais minhas roupas comuns de quando caí naquele buraco: Ao invés disso, vestia um conjunto de calça e paletó azul-claro, com um avental branco e comprido por cima, e com rendas e um laço atrás pra completar. Também usava uma gravata-borboleta preta, sapatos pretos e meias brancas. Pensando bem, o paletó era um tanto comprido demais, fazendo parecer que era um vestido. Lembrava um pouco a roupa de um mordmomo, mas... na verdade parecia ser uma brincadeira de mal-gosto. Parecia o tipo de roupa que a Haruhi nos obrigaria a vestir, mas também me lembrava alguma outra coisa que eu não consigo recordar o quê no momento.


Soltei outro suspiro, tentando me conformar com meu novo e estranho traje, e comecei a pensar em um jeito de sair dali. Só havia uma única saída, a "porta de rato". Mesmo sabendo que era inútil, me aproximei da porta e levei um susto ao ver que aquela não era uma porta comum. A maçaneta tinha a forma de uma garota, e uma meio familiar até. Olhando com atenção, fiquei surpreso em perceber que a porta tinha o formato de Emiri Kimidori, a suposta namorada do Presidente da Sociedade de Computadores da minha escola. Ela tinha ido à sala da Brigada SOS uma vez, buscando pro ajuda para localizar o Presidente, mas depois disso eu nunca mais à vi na escola.


– Boa tarde. Posso ajudá-lo?


Meu coração quase saiu da boca quando ela falou. Mas ela era uma porta, como ela podia falar?! Ou melhor, ela era uma garota, então por que tinha virado uma porta??? E um porta falante ainda por cima!!


– Err... bom, eu... queria saber como sair daqui - falei a primeira coisa que me veio à cabeça
– Passando por mim, é claro - ela respondeu com um sorriso. Ah tá, como se isso fosse fácil, já viu o meu tamanho por acaso?? - Ah, mas você é muito grande pra passar agora. Pegue a garrafa sobre a mesa e dê um gole, assim você poderá passar.


Tornei a olhar para a mesa e vi uma garrafinha, escrito "Beba-me" no rótulo, que eu podia jurar de pés juntos que não estava lá até poucos segundos atrás. Tudo isso me parecia muito familiar, mas resolvi deixar isso pra lá e bebi da pequena garrafa. O líquido dentro dela tinha gosto de torta de cereja misturado com peru de Natal com recheio de mussarela. E mesmo assim estava uma delícia. Estava tão gostoso que demorei pra perceber que agora eu estava do tamanho de um camundongo, e poderia passar perfeitamente pela garota-porta. Ao invés de ficar feliz com isso, eu rezei para que não encontrasse o Shamisen agora.


– Que maravilha! Agora você pode passar! - exclamou a Kimidori-san sorrindo de orelha a orelha. Está feliz por que?! Você é uma porta, sabia? - Ah, é claro... você tem a chave, não tem?
– Chave? - eu repeti. Claro que não tenho chave nenhuma, por que você só me falou disso agora?!
– Ah que pena... eu estou trancada, e sem a chave você não pode passar - ela lamentou. Olhei para cima e vi na mesa uma pequena chave dourada que parecia ter aparecido lá tão de repente quanto a garrafinha com o líquido misterioso. Droga, por que ela só falou dessa chave agora?! Essa garota é mesmo burra feito uma porta. Literalmente falando
– Ora, não se preocupe. Pegue o cofre e coma um pouco - ela disse, voltando a sorrir. Imediatamente apareceu diante dos meus pés um pequeno cofre dourado com biscoitinhos coloridos escrito "Coma-me". Dei uma olhada desconfiado, cheirei o estranho biscoito e abocanhei um de uma vez só. Tinha gosto de X-búrger com mashmallow, e mesmo assim também estava delicioso. Imediatamente comecei a crescer como se tivesse comido uma fábrica de fermento, e não um mísero biscoitinho com gosto altamente suspeito. Cresci tanto que minha cabeça bateu no teto, e eu já nem conseguia mais enxergar a minúscula garota-porta.


– Ahh que maravilha, era só o que me faltava! - exclamei enraivecido - Maldição o que eu faço agora?! Desse jeito nunca vou conseguir sair desse lugar maluco, droga!! - eu soquei a parede de tanta frustração que sentia, e parte do concreto se soltou da parede e começou a despencar
– E-Espere por favor! Não faça isso ou vai demolir todo o lugar! - pediu a Kimidori-san desesperada. E acha que eu me importo com isso?! Quero mais que esse lugar maluco se exploda! - Pare de socar as paredes, apenas pegue a chave e beba da garrafa!


Eu dei mais um soco na parede para extravasar minha raiva, mas em seguida agarrei a chave e a garrafinha. Bebi um gole e em menos de um segundo estava do tamanho de um rato de novo. Agora que estava pequenininho outra vez, pude ver o tamanho do estrago que havia feito. Boa parte da sala estava destruída, a Kimidori-san precisaria chamar um pedreiro urgentemente. Senti tanta vergonha pro ter destruído o lugar que apenas entreguei a chave para ela sem dizer nada. Pensando bem, foi melhor mesmo eu ter lhe entregado a chave, pois, reparando bem, não havia buraco de fechadura onde enfiar a chave, mas ela apenas a encaixou no espaço entre os seios, fazendo um barulho de "click" e em seguida a porta se abriu. Cara, ainda bem que não fui eu quem fez aquilo.


– Você pode prosseguir agora - eu a ouvi dizer às minhas costas. Ou ela era uma ótima atriz ou não se importava nem um pouco por eu ter destruído o lugar, porque a voz dela estava calma e doce como de costume. Prefiro acreditar na segunda opção. Sem outra escolha, eu atravessei a garota-porta (nossa como isso soou estranho!) e parti rumo ao desconhecido.


*** Próximo Capítulo: Meu Conselheiro é uma Lagarta?! ***


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Notas finais do capítulo

Eu pensei em várias pessoas para ser a Alice, quase coloquei a Mikuru pra interpretar esse papel, mas... no fim, tinha que ser o Kyon. Hesitei muito em fazer ele ser a Alice já que ele é um garoto, mas o Kyon é perfeito pro papel, porque ele é a única pessoa normal que é abduzido para dentro de um mundo estranho cheio bizarrices. Isso tanto na história de Alice quanto na história original do anime XD
E como vcs viram, eu vou ressuscitar um monte de persoangens coadjuvantes do anime, mesmo os que só apareceram em um capítulo, então espero que tenham prestado atenção enquanto assistiam Suzumiya Haruhi, hein?! Mas se tiverem alguma dúvida é só falar ^__^
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Kissus^^