Wonderwall . escrita por Camrivotril


Capítulo 3
First phase - Black walls.


Notas iniciais do capítulo

AQUI VAMOS NÓS NO PRIMEIRO CAPÍTULO DA PRIMEIRA FASE, tunts tunts. hahaaha
Espero que vocês gostem. :)



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7 de Janeiro de 1998.


POV Brian.

Estava um calor infernal naquela garagem minúscula, e nem com aquelas cervejas geladas e o som sendo passado pelos garotos eu consegui me entreter.

_Gente – falei, levantando do sofá velho da vó do Jimmy – vamos dar uma volta?
_Mas e o ensaio Brian? - Zacky pediu.

_Depois a gente termina, não está rendendo nada nesse calor da porra mesmo – falei.

_Não está rendendo nada por que nem afinar a guitarra tu afinou – ouvi Jhonny falar, mas preferi ignorar o pigmeu de TPM.

Erguemos a porta da garagem e esperamos Jimmy avisar para o pai que nós íamos sair.

Assim que ele voltou, se sentamos no meio fio para decidir o que fazer.
_De noite nós podemos ir naquele bar aonde tem promoção de free vodka – Jimmy falou.

_Você sabe que eu não posso voltar mais lá depois que a Val quebrou a cara da atendente de lá, Rev – Matt falou, sério.

_Sua namorada é esquentadinha hein Shadz – Johnny falou, rindo.

_ Pelo menos eu tenho uma, nanico – ele disse, rindo.

_Então, vamos ficar aqui morgando ou o que? – Zacky pediu. Provavelmente o gordo ia querer comer alguma coisa.

_O que você acha Syn? – Jimmy pediu.

_Eu estou de boa aqui na sombra – falei, dando um gole da garrafa de Heineken que tinha na mão.

Um barulho de caminhão veio do fim da rua, e quando olhei para lá pude constar que era um caminhão de mudança.

_Deve ser os visinhos daqui da frente, a casa estava à venda – Jimmy disse.

O caminhão parou e dois caras desceram, e um foi até a porta chamar os moradores da casa, provavelmente um casal de velhos chatos, como a maioria daquela vizinhança...

_Pode descarregar tudo aí na grama, o dinheiro já foi depositado – uma voz masculina falou.

_Toma cuidado com as caixas de madeira! Se você quebrar alguma coisa a minha irmã mata a gente – outra voz falou, gritando de dentro da casa.

_IIIH Jimmy, sua nova vizinha é uma patricinha e não quer que quebrem as caixas com os diários dela dentro – falou Matt, rindo.

_Mais uma tosca para essa vizinhança, só pode. – Rev respondeu, revirando os olhos.

Os caras do caminhão descarregaram vááááárias caixas e saíram, e finalmente pudemos ver os caras que estava na frente da casa... Os dois aparentavam ter vinte e poucos anos, um deles estava com uma camiseta toda preta e parecia ser o mais velho, e o outro estava sem camiseta, só com uma bermuda de skatista, os dois pareciam irmãos, e começaram a levar as coisas para dentro.

Matt, Zacky e Johnny conversavam enquanto eu e Jimmy só observávamos o que os vizinhos faziam. Que tarde de merda, cara.

Foi aí que os dois começaram a conversar algo que não conseguimos ouvir e rir, e um deles gritou:
_KAT, CORRE AQUI! – Kat deveria ser a menininha dos diários – pensei.

_ O QUE VOCÊS QUEREM? – uma voz gritou do segundo andar da casa.

_ACHO QUE QUEBRARAM SUA GUITARRA! – o garoto sem camiseta gritou, segurando o riso.

Guitarra? Como assim?
_O QUE? – A voz gritou mais alto ainda e pude ouvir barulho de coisas sendo derrubadas.

Olhei para Jimmy e ele também observava tudo com as sobrancelhas levantadas.

Foi aí que uma figura pequena apareceu na porta da casa, trajando um camisetão até metade das coxas, todo rasgado com a estampa da garrafa de Jack Daniels. Os cabelos de um vermelho muito vivo pareciam pegar fogo, e estavam presos em um coque mal feito, que ressaltava o quão pequeno o rosto da garota era.

Jimmy começou a rir.

_ O QUE ESSES FILHOS DE UMA PUTA FIZERAM COM ELA? – ela gritou desesperada se ajoelhando na frente de uma caixa de madeira e abrindo a mesma, enquanto os dois caras davam risada.

Ela finalmente abriu a caixa e olhou o conteúdo.

_Eu odeio vocês – ela disse, rindo.

Olhei para o lado e vi que todos os garotos observavam a cena, acho que a gritaria da pigméia tinha atraído todos eles.

Ela se jogou no colo do cara com camiseta preta, e começou a socar ele.

_Para Kat, você vai me matar! PARA KAT! – ele disse rindo e a derrubando no chão.

_Tu vai quebrar a minha bunda assim, seu bosta. – ela disse levantando.

Matt, Jimmy, Zacky e Rev começaram a rir alto, eles já estavam felizes graças à cerveja que tinham tomado. Ela e os dois caras olhavam para nós, e eu dei um sorriso de lado, enquanto os garotos constrangidos acenaram.

Ela deu um sorriso fraco, levantou e limpou a bunda, e não pude deixar de reparar que ela até que tinha pernas bonitas.

Ela foi até a caixa e tirou uma guitarra vermelha, a cor era quase igual à do cabelo dela.

A guitarra era linda, e ela a segurava como se fosse uma jóia.

_Se algum dia alguém quebrar minha Cherrie, eu MATO essa pessoa. – ela disse, apontando para os dois garotos que não paravam de rir.

_Nós sabemos maninha – os dois falaram juntos. Quer dizer que eles eram irmãos, é?

_ Eu vou para o meu quarto, a tinta preta não quer pegar na parede rosa – ela disse, fazendo uma careta engraçada.

Ela entrou na casa com a guitarra a tiracolo, e os dois caras continuaram a levar as caixas para dentro.

_Diário bonito o dela, hein Matt? – Johnny provocou.

Todos riram, e Jimmy comentou.

_Ela parece ser legal.

_E ela tem pernas bonitas – comentei, e todos me olharam, afinal, eu era o único que não tinha falado muito ou dado risada alta ali.

Todos arquearam as sobrancelhas e riram.

_Vamos comprar mais bebida, e depois voltamos para o ensaio – Zacky falou.

Mas certamente ele só queria ir no mercado aonde comprávamos as coisas para pegar um pão de queijo, porpetinha ataca novamente – pensei.

Levantamos e fomos andando, comentando sobre a banda e sobre como aquele ano estudando na mesma escola iria ser melhor.


POV Kat.

Entrei em casa sorrindo. Finalmente estava em ‘casa’!

Eu nunca fui sentimental demais e esse tipo de coisa, mas estava feliz em poder morar com meus irmãos, ter um lugar para chamar de ‘lar’...

Que droga, eu estou virando uma marica! – pensei, rindo.

Entrei no quarto espaçoso que estava vazio, e sentei no chão de madeira pintada de branco, e segurei minha Cherrie, e dedilhei algumas notas enquanto pensava.

Aquilo tudo era tão novo para mim. Depois de passar todos esses anos me mudando devido ao trabalho do papai, e sem poder morar com meus dois irmãos desnaturados, eu estava aqui começando de novo.

Mamãe ficaria feliz em ver como nós éramos unidos...

Mas eu não queria e nem podia pensar naquilo agora. Coloquei minha guitarra no apoio e levantei, ainda tinha que pintar aquelas malditas paredes rosa!

O quarto que eu tinha pego era o que ficava na fachada do segundo andar, e ele tinha uma janela grande que dava direto para a rua e a casa de um daqueles garotos que eu vi hoje.

“Mal viu os caras e já pagou mico na frente dele Katheryn, tá no caminho certo!” pensei, rindo.

Peguei o pincel e liguei uma música animada, naquele caso Going Down – The pretty reckless.

A parede que ia ficar de frente para minha cama de casal e o guarda roupa branco, eu ia pintar de preto, e toda a soleira e a parte que juntava a parede com o teto ia ser pintada de roxo escuro, uma das minhas cores favoritas.

Alguns respingos de tinta preta caíram na madeira do chão, “MERDA” pensei.

Mas foi aí que uma idéia brilhante surgiu.

Peguei o pincel e um pedaço de papelão, e comecei a fazer vários respingos de tinta no chão branquinho, que agora, tinha vários pontinhos preto. Estava andando de costas rindo, quando deu uma linda bundada em alguém.

_Josh! – exclamei – vai por uma camiseta ou você vai pegar friagem, seu burro. – falei, cruzando os braços.

_Ok mamãe louca que estraga o chão do próprio quarto! – ele falou rindo.
_Eu não estraguei, ok? Só dei uma estilizada. E como não vou trazer a cama e minhas roupas até toda essa tinta secar, eu vou dormir com você hoje, seu gordo.

_Gordo? – ele pediu, olhando para a barriga – eu sou super magrinho!

Eu ri, era verdade... Mas eu sabia que ele odiava que chamassem ele de gordo, afinal, ele malhava cinco vezes por semana para se manter “em forma”.

_Mas o que são essas gordurinhas ali? – apontei.

Ele olhou desesperado, e eu dei risada.

_Sua praga, vai acabar de pintar sua parede que daqui a pouco eu e o Bob vamos sair e eu quero que você venha conosco.

_AAAH, sério? – pedi, preguiçosa. Eu só estava com vontade de deitar no sofá daquela sala e dormir.

_Sim, sua popozuda – ele disse, rindo da minha cara. Eu ODIAVA aquele tipo de apelido.

_Seu maldito – falei enquanto ele virava as costas.

Passei mais uma hora dentro do quarto, Bob e Josh saíram e eu consegui escapar... Fui até a cozinha e esquentei um pedaço de pizza que tinha, graças a Deus toda a casa já estava arrumada, decorada e limpa pela empregada que papai contratou. Tudo menos o meu quarto, afinal, minha mudança para cá foi decida a... dois dias? – pensei, rindo.

Sentei no sofá e vi que o dia já estava acabando, e finalmente estava entardecendo, já começava a esfriar um pouco. Liguei no canal de clipes, e dormir rapidamente.

Acordei cerca de uma hora depois, e vi que já eram 19:00, meu celular tinha uma nova mensagem.

“Mana, nós vamos ficar na casa de um cara aqui da faculdade, se vemos mais tarde. NADA DE BEBER MINHAS BEBIDAS, sua praga.

Josh”.

Suspirei, já estava pronta para dormir de novo quanto batidas começaram a ecoar pelo local. Quem era o filho da mãe que ia começar a tocar bateria em uma hora dessas?

Tudo bem que eu gostava de bateria, mas poxa, eu queria dormir.

Os outros instrumentos entraram e começaram uma música que contagiava, e eu não lembrava e que lugar conhecia ela...

De que lugar essa música vinha, cara?

Levantei do sofá e procurei meu chinelo vermelho, e levantei.

Se eu tinha algum vizinho que tinha bom gosto musical, eu ia ter que descobrir, ué.

Abri a porta e parei em frente a minha casa. Só me restava descobrir de qual das duas casas a frente da minha aquele som vinha.



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Notas finais do capítulo

Só vou postar o próximo capítulo com reviews novas! hahahah. Estão gostando na narração, e tal?
Por favor, comentem! :)
xx ♥



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