Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 9
Capítulo 8 - Totalmente Complicado II POV Jacob


Notas iniciais do capítulo

Capitulo editado em fevereiro de 2022.

Música do capitulo.
Dean Lewis - Waves



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POV JACOB - PARTE FINAL

 

Fiquei sem ar por alguns segundos. Impressionado, encantado, maravilhado.

Nunca a vi linda assim, nem mesmo na festa da aldeia.

Nem nas festas na reserva. 

Leah está completamente hipnotizante, com um vestido tomara que caia branco com flores azuis, justo até a cintura, e solto até a altura dos joelhos. 

Suas pernas torneadas à mostra e cor da pele contrastando com o tecido branco deixam o visual ainda mais perfeito. Notei a pulseira dada por seu pai em seu pulso. Um perfume suave, combinando com o aroma natural na pele dela, que já é simplesmente maravilhoso.

— Jacob? Jacob? – Sue, sorriu e colocou sua mão esquerda, suavemente em meus ombros. 

Sorri sem graça. Estou hipnotizado com a beleza diante dos meus olhos.

— Sim sim... – tentei disfarçar, ou me conter, não sei ao certo o que eu respondi.

Leah me olhava divertida atrás da mãe. 

Sacudi a cabeça buscando algum tipo de concentração. 

— “Sim” o que meu filho? – Sue me olhava divertida, óbvio que ela sabia exatamente o motivo da minha falta de concentração.

Sorri sem jeito, não conseguiria me explicar de qualquer forma. E tentar só iria me constranger mais. Dei de ombros, apontando Leah.

 – Vamos Black,  ficaremos atrasados enquanto você diverte minha Mãe. – Leah passou por Sue, e depositou um beijo em sua bochecha, e me puxou na direção do carro.

Abri a porta para ela sem conseguir ainda dizer uma única palavra.

 – A que horas é o filme Jacob? – ela se ajeitava ao meu lado. O perfume na pele dela estava me deixando totalmente sem ação. Olhei pelo canto do olho, suas pernas torneadas a mostra, a pele, estão dificultando minha concentração. Fechei os olhos e respirei fundo. Preciso me distrair ou chegar ao cinema será uma tarefa impossível esta noite. 

— Jacob você está bem? – Leah conferiu.

Assenti enquanto dava partida no carro.

— Não precisa se exaltar, ou ficar irritada. – pedi antes de avisar que sobre meus planos para a nossa noite, mesmo não fazendo idéia do que ela vai decidir, mas tendo a certeza de querer mais tempo com ela, e tentando disfarçar meu nervosismo, inexplicável ao lado dela esta noite, resolvi criar uma distração. – Não consegui pensar em qual filme você curte, então decidi deixar você escolher entre... – ela não me deixou finalizar a frase.

— Ah, claro. Você não faz idéia do que está em cartaz, admita Black. “ Não consegui pensar em qual filme você curte” – ela engrossou a voz, me imitando de uma maneira caricata. – Um tremendo cara de pau, isso sim. – sua voz divertida, e seu sorriso espontâneo, me preencheram de uma forma totalmente nova.

 – Você devia sorrir mais Leah. Fica ainda mais linda quando sorri. – soltei as palavras sem conseguir  contê-las. 

O sorriso espontâneo, deu lugar a um tímido. E ela ficou pensativa por alguns segundos. Será que fui um idiota fazendo esse comenntario? 

 – Não tinha muitos motivos para sorrir Jacob, e simplesmente não consigo mentir, ou fingir estar bem quando não estou. – as palavras dela soaram como desabafo.

Senti um aperto no peito, estou na mesma situação. Quando Leah, não está presente, sinto uma dor incontrolável. Opressora.

— Então eu sou o motivo para seus sorrisos? Ah eu sabia, sou irresistível. – descontrai para fugir de assuntos delicados. Esta noite eles não existiriam.

— Eu não disse isso Black, convencido – ela cruzou os braços, e fez um bico. Minha gargalhada saiu sem permissão.

— Claro que não disse. Nunca, certo? – brinquei.

— Exatamente. Nem em seus sonhos mais doces Black. – ela ironizou.

— Claro, claro. – respondi divertido e ironicamente.

O clima estava tão descontraído entre nós, que o caminho pareceu desaparecer.

— Chegamos. – estacionei o carro. Tive a impressão que Leah ficou apreensiva no exato momento que chegamos. Preferi me calar, e não fazer comentários idiotas.

Descemos do carro e a noite estava estranhamente agradável, tendo em mente a região que moramos. O cheiro de chuva está intenso, mas estou confiante que vai levar algumas horas até ela dar o ar da graça.

Leah caminhava um pouco a frente, em direção a bilheteria, apressei o passo e circulei meus braços em sua cintura, colando meu peito em suas costas.

— Vim o caminho todo, querendo te dizer o quanto você está linda. –sussurrei em seu ouvido. 

O coração dela acelerou.

— Achei que você não tinha notado. – um sorriso divertido brincava em seus lábios, enquanto ela se virava e circulava os braços no meu pescoço. 

Leah não precisava ler meus pensamentos para saber minha reação quando a vi esta noite. Ela ouviu meu coração, viu minha expressão, notou como não consegui sequer encontrar as  palavras para ter uma conversa simples com a Mãe dela.

 

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— Claro claro. - foi o que consegui responder enquanto ela roçava o nariz no meu queixo.

Sem pensar segurei o rosto dela entre minhas mãos, e a beijei. Esse foi meu maior desejo durante todo o dia de hoje. Beijar a morena de sorriso franco e hipnotizante.

O beijo foi intenso. Me dando a sensação que está dominando tudo ao nosso redor. Cada vez que nos beijamos essa sensação vem aumentando. Apertei seu corpo contra o meu.

Foi de Leah a iniciativa de separar nossos lábios.

— Jake... Cinema lembra? – ela sussurrou em meus lábios.

Permaneci com os olhos fechados, por alguns segundos, até me lembrar, onde eu realmente estou.

— Não. Não me lembro de absolutamente nada que não seja você, aqui nos meus braços, nos meus lábios. – o coração dela disparou frenético, abri os olhos, e ela me encarava com um brilho maravilhoso em seus olhos negros.

— Porque você é assim? – sorri confuso.

— Assim como? – estava curioso. Ela sorriu e segurou meu rosto em suas mãos.

— Intenso, e irritantemente apaixonante, e pior com esse sorriso lindo no rosto o tempo todo? Porque você, não pode ser um porre como eu sempre achei que era?! Um pirralho, que se mete em situações erradas – sua expressão inconformada me divertiu.

— Eu estou feliz Leah, aqui, neste momento, ao seu lado. Muito feliz, genuinamente feliz. Reparou quantas vezes eu falei a palavra feliz? – brinquei. – E quando não estou assim, como agora, ao seu lado, onde sinto uma felicidade absurda, tento ficar mesmo às vezes sendo insuportavelmente difícil. – separei meu corpo do dela, e a girei fazendo com que suas costas ficassem novamente em meu peito. Coloquei meu queixo em seu ombro. – E agora quando a tristeza tenta me agarrar eu penso em você. Sinto sua presença, seu cheiro, me apego nisso. – dei um beijo rápido na ponta de sua orelha. – Agora vamos, o cinema nos aguarda.

Leah suspirou profundamente. Seu coração batia frenético.

Caminhamos até a bilheteria. Olhamos atentamente  os filmes que estão em cartaz.

— Acho que uma comédia cairia bem. – ela se virou satisfeita com sua decisão.

— Ah sim, porém, acredito que você não tenha fé em mim. – fingi uma certa mágoa. – E por isso, não me deixou te apresentar o plano para esta noite, quando te peguei mais cedo, e tentei contar sobre nossas alternativas para esta noite. Eu não estava indeciso sobre o filme, e sim onde iríamos assisti-lo. – sua expressão era interrogativa e confusa.

— Explique-se melhor Black. – pela primeira vez surpreendi a Loba. Ótimo.

— Hoje é dia de cinema no parque Leah. O filme em cartaz, é antigo, não sei se você, já foi algum dia. Eu nunca, mas, achei legal, e interessante.

A surpresa estampou o rosto dela. E sorri com isso.

— Não nunca fui. – ela soltou as palavras. Quase como um sussurro.

— Ótimo, vamos agora. – estendi a mão em sua direção, e assim que ela segurou a puxei em direção ao parque.

— Vai chover Jake. – seu tom de voz está ligeiramente apreensivo.

— Não somos feitos de açúcar Leah. – ela gargalhou enquanto parávamos na bilheteria. 

Senti Leah, apreensiva novamente, e não tenho certeza se falar sobre essa impressão minha, neste momento é correto, mas guardar a pergunta é totalmente errado, pois, não sei se ela quer realmente fazer isso.

Entretanto, não quero estragar a nossa noite.

— Pergunte Jacob. – fui surpreendido, durante minha guerra interna, entre questionar ou não se ela está realmente apreensiva. – A pergunta está parada na sua garganta. – ela me conhece de uma maneira desconcertante!

Sorri, tenso. 

Mas respirei fundo e soltei as palavras.

— Você não gostou da idéia, de irmos no cinema ao ar livre? Tem lembranças ruins, sei lá? Notei sua apreensão. – parei na frente dela um pouco mais ansioso do que gostaria de admitir que estou.

— Não é isso. E nunca estive aqui, como já disse. Vamos é bobeira minha Jacob. – ela tentou seguir em frente, segurei seu braço.

— Não é bobeira se está te incomodando Leah. Fale. Confiança lembra?! Você confia em mim, eu em você. – a abracei. – Quer fazer outra coisa, pode falar, vamos sem problemas, sou novo nesse negócio de encontro. – confessei sem graça.

— Não é isso. Eu quero muito estar aqui, só… – ela respirou fundo. – Esses pequenos acertos, como irmos ao cinema ao ar livre, juntos pela primeira vez, criam lembranças. Geralmente inesquecíveis. E eu tenho medo dessas lembranças, pois, elas se viram contra mim depois. Só isso. – ela confessou.

Minha garganta secou de repente como se algo ruim fosse mesmo fazer deste momento uma lembrança forte demais.

Respirei fundo e afastei esse sentimento estranho.

— Escuta, vamos tornar essas pequenas coisas, em momentos comuns e nossos. – continuei a caminhar com nossas mãos entrelaçadas.

— Eu e você aqui, já não é nada comum Jake. – Leah disse divertida.

Gargalhei.

— Então vamos tornar comum, nós aqui e em qualquer outro lugar. Certo? – ela assentiu. – Agora vamos, ver se esse cinema é legal mesmo. – disse animado.

Comprei os ingressos, e de mãos dadas caminhamos pelo parque no centro de Forks, em busca de um lugar para ficar. Estava cheio, porém, havia muito espaço. Comprei uma manta de um senhor simpático parado próximo a grama.

— Não me lembro a quanto tempo estive no meio de tantas pessoas. – Leah soltou as palavras.

— Na aldeia, estivemos em meio há várias pessoas. – estendi a manta.

— Mas os ruídos eram mais calmos. – Leah vivia muito na reserva, não vinha muito a Forks.

— Se concentre aqui. – sacudi o dedo entre nós. – E o restante se acalma. – sentei e dei um tapinha onde era o lugar dela. Ao meu lado.

Ela sorriu e sentou se ajeitando em meus braços.

Afundei meu nariz em seus cabelos, deixando a paz que só a presença dela transmite, me dominar por completo.

O filme começou. E descobrimos que se tratava do Diário de Anne Frank, de mil novecentos e cinqüenta e nove.

Para as pessoas ali era um filme triste que simbolizava os sonhos de alguém preso sem poder viver sua vida normalmente. Um filme de guerra que mostrava como uma ajuda tardia pode destruir sonhos.

Para nós, Leah e eu, simboliza a força do sonhar. 

Essa jovem sonhou sem desistir.

Leah e eu nos parecemos por isso. Sonhamos presos em uma realidade que não escolhemos. Não sabemos quando vamos envelhecer. Leah, não sabe se um dia poderá ser Mãe. Tivemos nossas vidas drasticamente alteradas, por algo que não podemos de forma alguma mudar. Ou controlar.

Quase no final do filme meus sentidos ficaram mais aguçados. Então olhei para Leah que sorria.

— Eu avisei Black, a chuva ia dar o ar da graça. – ela se levantou agilmente.

Olhava ao meu redor quando os primeiros pingos começaram a cair.

— E eu te avisei Clearwater. Não somos feitos de açúcar. – não me movi um milímetro. – Não vou perder o final do filme.

Leah sorriu quando a chuva despencou dos céus. A correria no parque era imensa.

— Jacob, levante-se. Vamos!! – ela estendeu sua mão. Eu segurei, e puxei fazendo o corpo dela se chocar contra o meu.

— Vou me resfriar assim Jacob. – ela brincou, sua boca a milímetros da minha.

— Eu cuido de você. – tirei os fios de cabelo grudados pela chuva, em seu rosto.

— Eu conto com isso. – Leah, colou nossos lábios.

Senti tudo ao meu redor queimar, tive a real sensação que tudo estava em chamas. 

Segurei Leah com firmeza. E tudo pareceu se mover em segundos. Chegamos ao carro sem ter consciência de como aconteceu.

Meu esforço em tentar chegar a algum lugar para tê-la foi por terra, e assim que alcançamos a estrada, joguei o carro em uma pequena entrada de uma propriedade qualquer.

A chuva intensa desabando dos céus.

Leah me beijou de uma maneira que deveria ser proibido. Ela sentou no meu colo, e o carro pareceu ser dez vezes menor neste momento.

Não precisávamos dizer nada um ao outro, meu corpo já mostrava a ela o que minha boca estava ocupada demais para dizer, pois, estava colada nos lábios macios e maravilhosamente grossos dela.

Segurei os cabelos que insistiam ficar  em seu rosto. 

— Eu quero ver cada mínimo detalhe seu. Cada pedaço desses detalhes são meus agora, cada expressão tua neste momento, me pertencem Leah. – ela rasgou minha camisa. E abriu minha calça.

— Então veja. Toque. Sinta Jacob. Uma pessoa inteira em suas mãos. – subi seu vestido tirando a peça por completo do corpo dela.

Céus que visão maravilhosa.

Se estivesse nevando tudo a nossa volta queimaria neste exato momento.

Nos tornamos um só. 

Porém, desta vez, a sensação foi mil vezes mais forte do que na aldeia.

Gemi com a boca colada na dela. 

Segurei firme seu quadril, estimulando o vai, e vem dele, sobre o meu.

Ouvir os gemidos nada contidos dela me enlouquecia de uma maneira totalmente nova e fora do meu entendimento ou controle.

Cada movimento do corpo dela sobre o meu, é inexplicavelmente intenso e me faz querer partir esse carro ao meio.

— Sua voz, seu rosto, seu cheiro... – não posso descrever como me sinto neste momento, já que não sei ao certo definir essa sensação agora.

É deliciosamente enlouquecedor, ver a expressão de prazer estampada no rosto dela, enquanto sinto exatamente o mesmo, estando por completo dentro dela. 

Neste exato momento, me sinto inteiro novamente. 

Leah colou nossos lábios, e enroscou suas mãos em meus cabelos. 

Minha mão direita também estava embolada em seus cabelos, enquanto a outra ajudava na movimentação do seu quadril no meu colo.

— Jacob eu... – ela gemeu tão gostoso, com sua respiração acelerada assim como a minha.

— Seja minha agora Leah, assim como eu serei seu. – 

pedi, e juntos como sempre acontece quando nos tornamos um só chegamos ao orgasmo. 

A diferença desta vez é que eu pude sentir o corpo dela por completo em meus braços, cada mínimo espasmo que eu causei a ela. Senti seu corpo amolecer e relaxar no meu colo.

Ficamos assim mais alguns minutos. Eu não queria descolar meu corpo do dela de maneira alguma. Porém, infelizmente não podemos ficar aqui para sempre. 

Leah sentou no banco do passageiro, para colocar seu vestido. Eu não tinha mais uma camisa para vestir, pois, ela transformou a minha em trapos.

Então fiquei observando enquanto ela se ajeitava.

Sua beleza, e a sensualidade em cada mínimo gesto.

Leah se ajeitou e ficou me observando. Nos encaramos completamente embriagados por este momento.

Segurei seu rosto em minhas mãos, e a beijei novamente.

 – Eu nunca me senti assim antes. – confessei, sem ter a intenção ou ter planejado fazer.

— Eu também não, Jake. – meu coração disparou frenético.

Leah se ajeitou e deitou a cabeça no meu ombro.

Seguimos para a reserva. A chuva continua intensa ainda. Leah deitou a cabeça no meu peito e adormeceu no caminho de volta. Dirigi calmamente porque não tenho pressa alguma em chegar.

Quando parei na frente da casa dos Clearwater fiquei observando o rosto sereno dela. Não havia apreensão, dúvidas ou dor.

A observei por um tempo indeterminado. E adormeci segurando ela em meus braços.

Acordei com os lábios dela nos meus.

— Vá para casa meu Lobinho. Amanhã teremos rondas à tarde. Vá descanse. – o apelido carinhoso me agradou de uma forma tão surpreendente. E ouvir Leah pronunciar essas palavras me surpreendeu.

— Dormir assim no carro não é ruim, eu fico. – a abracei forte. Ela abriu um sorriso largo e fez meu coração acelerar.

— Não Jacob. – mais um beijo. – Dormir no carro me deixaria de péssimo humor, quando eu sentisse cansaço na hora da ronda.

Minha gargalhada a fez sorrir mais uma vez.

— E ninguém aqui está querendo a Leah má de volta. – dei um beijo nela mais uma vez, sentindo que a cada um deles, vou tendo mais necessidade de não parar. – Boa noite, e por favor não me chame quando sentir frio durante a madrugada, eu estarei dormindo. – brinquei.

— Ah claro. – ela se ajeitou no banco, a expressão era divertida. – Vou me lembrar disso. Boa noite Jake.

Leah, me deu um beijo, gostoso e rápido e desceu do carro. Fiquei ali observando ela entrar em casa.

Assim que a porta de entrada foi fechada, parti em direção a minha casa com a chuva forte como companheira. Feliz e completamente em paz, mesmo sabendo que amanhã, passarei o dia, fazendo rondas na chuva, o que é não me agradaria em dias normais, mas depois desta noite, não faz a menor diferença. 

Cheguei em casa e tomei um banho morno, para deitar e dormir bem.

Antes de ir para o quarto, abri a geladeira para tomar água, e esse movimento fez um papel cair em meus pés…. o convite do casamento dela. Bella. Provável meu pai esqueceu.

Senti uma pontada incomoda em meu peito.

Amassei e joguei fora.

Caminhei até meu quarto. Tentando evitar a dor, que parece sempre ficar à espreita quando estou sozinho.

Deitei tentando fazer a presença de Leah continuar me aquecendo.

Tentei relaxar e dormir. Falhei.

Rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir. Sentei na cama e fechei meus olhos. A primeira imagem na minha mente foi o rosto dela. Leah.

Coloquei uma bermuda e uma camisa em uma sacola plástica e saltei a janela do meu quarto.

Corri o mais rápido que pude, e em um minuto já estava em frente à casa dos Clearwater.

Podia ouvir a respiração calma e tranqüila de Leah enquanto ela dormia, no andar de cima. 

Em seu quarto existe uma pequena sacada, subi rapidamente. A chuva estava intensa. E infelizmente a janela está fechada por dentro, droga.

— Leah. Leah. – dei uma batida leve. – pela respiração acelerada e o martelar do seu coração, ela já estava acordada. – Leah, está chovendo muito, por favor.

— Black você é louco? – ela abriu a janela. – Pelos céus, entra.

Entrei no quarto da Loba que me olhava com os braços cruzados esperando uma explicação.

— Pode me emprestar uma toalha antes de me matar? – ela estendeu o braço para pegar a toalha sem desviar o olhar do meu.

Me enxuguei rapidamente.

Abri a sacola e tirei a bermuda seca dali.

Fiz questão de tirar a bermuda lentamente na frente dela.

— Jacob pare de provocar, e me diga o que veio fazer aqui no meio desta chuva? Aliás, eu sei exatamente o que... – A interrompi.

— Eu queria ficar com você, dormir e acordar ao seu lado novamente, está noite foi ótima, não quero terminá-la longe! Por favor. – me aproximei e a abracei.

— Jacob você é simplesmente terrível, sabia? – sua voz denunciava o seu cansaço. – Venha.

Ela me entregou um travesseiro, caminhou até a porta do seu quarto e a trancou.

— Você disse que estava cansada Clearwater. – ironizei com o olhar malicioso. Ela sorriu sonolenta.

Deitei em sua cama.

— Oh pervertido, é apenas uma precaução para não haver histeria da minha Mãe pela manhã. – ela deitou a cabeça no meu peito, e enroscou as pernas nas minhas.

— Claro, claro. – passei minhas mãos em sua cintura e a trouxe até meus lábios. – Boa Noite minha Lobinha. – ela sorriu com os olhos já fechados.

 

— Boa Noite Lobo! – sua respiração ficou tranquila em segundos, e o martelar cadenciado do coração dela me fez dormir rapidamente. Um sono gostoso.

A tranqüilidade foi interrompida por um estranho sonho.

Eu corria desesperado pela mata na minha forma Lupina.

Parei bruscamente na frente da casa dos Cullens.

— Jacob me ajude. – um sussurro a voz era dela. Bella.

E eu já estava na minha forma humana.

— Até que seu coração pare de bater. – declarei.

— Proteja-a Jacob, prometa que se eu não puder você o fará sempre. – ela pedia emocionada, num fio de voz.

O cenário mudou de repente. 

Estava em um quarto tão escuro que mal conseguia enxergar.

— Proteger quem Bella? – indaguei.

— Prometa Jacob. É muito importante que a proteja, ou você sofrerá muito. – sua voz estava cada vez mais fraca.

— Eu prometo Bella. – não entendia o porquê estava prometendo proteger algo sem saber o que era.

Bella sumiu. Em seguida comecei a ouvir um choro incessante e fui procurar de onde ele vinha. A cada passo que eu me aproximava do choro meu coração ia batendo frenético.

Quando consegui ver quem chorava o choque fez meus pés travarem no chão.

Eu estava chorando sobre o corpo ensangüentado de Bella.

 

Acordei com o grito preso na garganta. Porém, uma palavra escapou dos meus lábios.

— Bella. – abri os olhos desesperado tentando me certificar onde estava. Olhei para o lado e Leah dormia tranqüila, em meu peito, não havia sequer se movido .

Deitei minha cabeça no travesseiro novamente. O dia ainda estava longe de raiar.

A inquietação pelo estranho sonho, me fez demorar a dormir, e uma estranha sensação de que algo muito grande esta para acontecer tomou conta de mim.

Afundei meu rosto nos cabelos de Leah e dormi nos braços da morena que me faz esquecer do mundo. Sempre.

Lidaria com minhas angústias depois.

Agora só quero estar exatamente onde me encontro, ao lado da mulher que tem tornado meus dias muito melhores.

Voltei a dormir, dessa vez sem nenhum pesadelo.





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Notas finais do capítulo

Capitulo editado em Fevereiro de 2022.