“Onde eu estava? Não sei. Era um lugar familiar, minha casa? Ainda não sei. Mas aquele bebê era... era maldito, com aquele rosto demoníaco me olhando nos olhos enquanto eu o segurava nos braços, eu estava hipnotizada com aqueles olhos amarelos e não pude ver quando aquele ‘monstrinho’ decapitou minha mãe com algum tipo de poder estranho. Como ela chegou lá? Não sei, apenas apareceu. O corpo dela caiu então me vi fora da hipnose do ‘monstrinho’ foi quando percebi o homem. Quem era ele? Não sei. Você nunca o viu? Não, nunca. Estava lá parado olhando para mim com um olhar frio e sem expressão, foi quando o bebê mordeu meu dedo e quando olhei de novo para aquele ‘monstrinho’ ele me arrancou a mão da mesma forma que fez com minha mãe, mas eu não sentia... dor?! Aquilo não era possível, não fazia sentido, por que estava acontecendo? O bebê então arrancou-me o coração, mas não foi como antes, eu senti toda a dor e então olhei para aquele homem, mas ele não estava lá.”

Foi quando ela acordou ofegante e percebeu que tudo era um sonho. Olhou para o relógio “Três horas da manhã?”. Sim eram três horas da manhã, ela ainda estava sentido a dor do sonho e para ela tudo, mesmo fora do sonho, parecia fantasioso e sem sentido. Não a culpo. E ela continuava olhando para o telhado branco de seu grande quarto cheio de ursos de pelúcias, “Quem era ele?”, era isso que se perguntava repetidamente “Quem era ele? quem era ele?”, parecia que não estava espantada com o tal monstrinho do sonho, com a morte da mãe, nada parecia importar, mas sim o homem no canto escuro. “Eu realmente não o conheço?... não, não o conheço. Porque estou tão preocupada? Foi apenas um pesadelo”. Mas mesmo com esse pensamento era difícil esquecer o sonho.

Quatro da manhã e ela ainda continuava a pensar no sonho, “Preciso dormir, tenho provas amanha, alias hoje”, mas era difícil adormecer com aquilo na cabeça, eu não a culpo. Sonhar não era algo comum para ela, não tinha um sonho desde..., bom não se lembrava. Aquele sonho era o primeiro em anos e ela esperava que fosse o ultimo em anos.

Alias seu nome era Mariko Ono.