New Hogwarts escrita por Tortuguita


Capítulo 8
Capítulo 7 - Clemência


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ! (L)



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Para a surpresa do vampiro Lily voltou a se aproximar arriscando tudo e segurou delicadamente a mão dele, observando cada ponto, procurando por algum ferimento causado pela ferocidade do soco dado a parede.

– Eu disse para você sair, sua idiota – Ele a jogou na parede furioso.

– S-Scott... – A garota disse aterrorizada.

Ele apoiou-se na parede com os braços um de cada lado dos ombros da garota, só então Lily pode perceber que os olhos dele estavam com uma cor verde muito mais escura que a habitual e transpareciam um milhão de sentimentos, uns indecifráveis, outros podiam ser reconhecidos, mas todos negativos... Raiva; desgosto; rancor; medo; ódio; aflição; angustia; magoa; tristeza; decepção; ansiedade; amargura; ilusão...

Lily logo esqueceu o seu novo talento de ler aqueles belos olhos verdes ao se lembrar de que ele estava prestes a descarregar o ódio que assombrava sua alma nela. Sua mente concentrou-se no facto de que não devia ter entrado ali e no medo de não voltar a sair dali...

Peter queria de alguma forma descontar a sua raiva, em alguém, em alguma coisa, raiva esta que só aumentou ao vê-la entrar por aquela porta fazendo a ânsia por sangue crescer nele.

Era a chance de desabafar, mata-la, torna-la uma de suas muitas vitimas... O seu lado vil sorriu ao ver a pequena garota caminhar em direção a ele tão inocente, caminhar em direção ao perigo, em direção à morte.

Mas ele se negou a machuca-la, se negou a feri-la porque de alguma forma os belos olhos azuis o levavam paz, a pele macia das mãos que tentavam de uma forma ingênua ajuda-lo, o domava. Ele se concentrou em quando ela arrancou dele um sorriso sincero, se concentrou na beleza daqueles olhos e no carinho que eles transmitiam; no quanto a fragilidade dela o encantava e a coragem o fazia admira-la...

« Você não pode machuca-la seu idiota! Concentre-se nisso! » ele repetia para si mesmo em pensamento.

Eu... – A garota começou a dizer, procurando palavras para que ele não cometesse algo cruel, mas foi interrompida. O vampiro a puxou com uma força descomunal e num gesto rápido pressionou seus lábios nos dela, Lily ficou em completo estado de choque e nem sequer se movia, seus olhos permaneciam arregalados. Peter a segurou firme e a beijou com força, com tanta força que Lily começou a sentir uma pontada de dor, ela segurou o braço do vampiro, apertando-o como se implorasse para ele parar. O gesto acabou por chamar a atenção do vampiro, fazendo-o sair do transe e se esforçar para se acalmar. Ele passou a beija-la de forma mais gentil...

Ele colocou um de seus braços nas costas da garota, beijando-a profundamente, mas ele sabia que ela estava apavorada e que já tinha se arrependido de ter entrado ali, ele via nos olhos dela isso, via o medo que ela tinha do que ele iria fazer...

Lily sentia os arrepios percorrerem o seu corpo devido ao toque daqueles lábios frios. O alarme não deixou de soar na sua cabeça, gritando, com toda força, o quão perigoso ele era. Mas, ela decidiu que, naquele momento, era perigoso qualquer atitude errada e não o facto de estar beijando um vampiro.

Peter a encostou na parede ainda a beijando, Lily apesar de apavorada tocou carinhosamente no rosto do vampiro tentando acalma-lo. Ele ficou tão surpreso por essa reação, que quase a soltou, mas logo se concentrou em correspondê-la, puxando-a para mais perto de seu corpo, se esforçando para tirar a raiva de dentro de si e após mais alguns longos segundos parou de beijá-la... O ódio havia evaporado por seus poros, escorrido para longe dele. Lily fechou os olhos sorrindo, ela sentia-se protegida nos braços dele, por mais irônico que fosse. Ele enterrou o rosto nos cabelos da loira, beijando levemente a curva de seu pescoço, sentindo o cheiro adocicado da garota invadir suas narinas, ele não queria mais mata-la e agradecia por isso...

– O que você está fazendo comigo, garota? - a voz dele era tão baixa, que mal se podia ouvir.

___~___

Nathan caminhava pelo corredor de uma casa muito antiga, o barulho das madeiras gemendo à medida que seus pés as pisavam era aterrorizador quando se juntavam ao som de gotas de agua caindo em algum lugar ali por perto, a casa parecia estar abandonada a algum tempo, pois se encontrava bastante destruída e suja.

Ele desceu algumas escadas cuidadosamente, elas estavam em um estado tão critico que o garoto duvidava que pudessem suportar por muito tempo o seu peso.

Nathan se aproximou de uma estante onde havia um porta-retratos virado para baixo, ele pegou lentamente e o virou, era uma imagem estranha e quase imperceptível. Assim que os olhos do garoto encontrou a imagem algo apertou seu coração, um sentimento terrível que ele não conseguia sequer identificar de onde vinha ou o porquê daquilo.

Ele olhou atentamente a imagem, o que mais havia ali era o negro da escuridão, mas entre esta, ele conseguia identificar dois homens de costas.

Um grito aterrorizante vindo do andar de cima onde ele antes estava assustou o garoto que acabou largando o porta-retratos e este caiu no chão. O vidro se rachou e das brechas do vidro quebrado começou a escorrer sangue, como se saísse de dentro da imagem, fazendo com que o coração do moreno acelerasse.

– Uma profecia... Dois escolhidos... – Uma voz baixa e grave surgira atrás dele cortando sua alma, ele se virou cautelosamente temendo o que iria encontrar, encarando no fundo da sala um homem em pé com uma capa preta, porem ele não conseguia ver seu rosto.

Nathan acordara em um salto, sua respiração estava alterada, seu peito subia e descia descontroladamente e as gotas de suor escorriam por sua testa. Ele se sentou na cama e acendeu a luz do candeeiro que se encontrava na mesinha de cabeceira olhou ao redor percebendo que o lençol que antes o cobria estava acomodado no chão. Mais uma vez o mesmo pesadelo se repetia.

Ele passou a mão no cabelo demonstrando seu nervosismo e então se levantou seguindo até o banheiro, lavou o rosto e voltou a se deitar, mas as imagens do sonho não saiam de sua cabeça.

– Eu não vou conseguir voltar a dormir desse jeito – Ele se levantou outra vez, andando de um lado para o outro, tentando afastar aquelas imagens que o atormentavam. - Amy... – Ele sussurrou como se tivesse uma ideia e nem pensou muito, saiu rapidamente do quarto em direção ao de sua irmã, abriu a porta lentamente para não acordar ninguém e adentrou o quarto. Lara, Amy e Catheryne estavam deitadas no colchão que se encontrava no chão do quarto. « Porque todas as garotas fazem isso... Com um monte de quarto de hospedes tem que dormir empilhadas desse jeito » Ele pensou enquanto observava a cena. Não foi difícil encontrar a loira entre elas, ela estava no canto direito e Nathan agradeceu por isso, pois seria mais fácil de tira-la dali.

Ele se agachou tirando o lençol de cima da garota e a puxando para longe de Catheryne que estava ao lado dela. Nathan mordeu os lábios instintivamente ao ver a garota. Amy estava com um pijama de short azul e uma camiseta branca de alça. Ele passou um dos braços por trás das costas da garota levantando-a um pouco e antes que a tomasse em seu colo percebeu que ela abriu os olhos lentamente.

– Nath... – Ela sussurrou olhando para ele incrédula, porem ainda tomada pelo sono.

– shiiiuu! – Ele colocou o dedo nos lábios da garota indicando para que ficasse quieta e só então passou o braço pelas pernas da garota e a ergueu em seu colo saindo do quarto, ele colocou os pés da garota no chão para fechar lentamente a porta, e depois a levou para o seu quarto.

– O que você esta fazendo? – Ela já parecia mais consciente quando ele a colocou em sua cama. Ela se sentou enquanto ele trancou a porta do quarto.

– Eu tive um pesadelo – Ele disse sentando-se ao lado dela.

– E o que eu tenho haver com isso? Você me acordou porque teve um pesadelo Nathan? – Ela estava pasma. – Você tem quantos anos? 5?

– Amy é serio, eu não conseguia dormir, precisava de você aqui – Ele disse fazendo uma cara de gato abandonado.

– Para que? – Nathan não esperava por essa pergunta então não soube bem o que dizer.

– Er... eu só quero esquecer aquilo... – Ele decidiu ser sincero.

– Ah, e decidiu me usar para esquecer seus pesadelos – Ela olhou para ele com uma magoa profunda dentro de seus belos olhos azul.

– Amy...

– Esquece Nathan eu não sou as garotas que você esta acostumado a lidar – Ela o interrompeu se levantando da cama – Eu não vou satisfazer os seus desejos, procure outra – Nathan arregalou os olhos ao perceber o que ela estava falando.

– Não é isso que você esta pensando! – Ele se levantou e foi atrás dela – Eu não te trouxe aqui para poder esquecer desse jeito, era apenas para estar com você – Ele tocou delicadamente o rosto dela com uma de suas mãos.

Ela suspirou com o toque do garoto em seu rosto, era como se ele a hipnotizasse. Ela fechou os olhos e apesar do garoto quase a fazer ceder juntou forças e tirou a mão dele de seu rosto.

– Claro que não é o que eu estou pensando – Ela disse irônica. – eu conheço você Nathan. Dá uma de santinho para depois começar com os seus jogos irritantes e me fazer mudar de ideias.

– Amy, eu não ia fazer nada. Eu só queria que você ficasse aqui comigo – Ele encarou a garota nos olhos por alguns segundos até desviar o olhar.

– Você mesmo disse que gosta de me provocar... – Ela disse baixo enquanto observava os detalhes do chão.

– E gosto – Ele sorriu canalha. Ela ergueu os olhos ao ouvi-lo, já tinha saudades daquele sorriso. – Mas realmente não foi para isso que eu te trouxe aqui. – Ele sentou na cama de novo.

– Jura que não vai tentar nada? – Ela disse ainda receosa.

– Juro – Ele sorria.

– Espero não me arrepender disso - A garota se sentou ao lado dele.

– Isso tudo é medo de não resistir se eu te provocar – Ele a encarou com seu sorriso convencido nos lábios.

Ela nem sequer olhou para ele, pois podia sentir suas bochechas arderem de tão vermelhas, num gesto rápido deu um empurrão que pegou o garoto desprevenido e o fez cair no chão.

– Autch, não precisava me agredir...– Ele disse enquanto se levantava do chão em meio a risos e ela deitou-se tapando o rosto com o lençol tentando abafar o som das gargalhadas. – Shiiiu! Vai acordar todo mundo. – Ele se deitou ao lado dela a puxando para perto e cercando a cintura da garota com seus braços.

___~___

– Nós precisamos de mais algum tempo Scott, eles nem se quer conseguiram acabar de traduzir o que esta nos papéis. – Sirius andava de um lado para o outro na sala onde estava com Peter.

– E só isso será necessário. – O vampiro disse se afastando da janela e deixando de encarar a escuridão nos jardins da mansão. Já estava de madrugada, com o imprevisto as horas passaram sem ninguém perceber.

– Como assim? – Sirius perguntou confuso.

– Michael descobriu a cura, o único problema é que ela não funciona em originais. Mas você não é um original, por isso basta traduzirem.

– Mas então você não poderá... – Sirius começou a dizer, mas foi interrompido.

– Mesmo se a cura funcionasse comigo eu não poderia...

– É claro que poderia! Você não é obrigado a ser o que não quer.

– E como você sabe que eu não quero? – Ele disse com raiva jogando o copo que segurava nas mãos dentro da lareira onde este se espatifou, transformando-se em pequenos pedaços de vidro.

– Essa pergunta não faz o menor sentindo, levando em conta os acontecimentos de hoje. – Sirius disse olhando-o compreensivo.

– Eu estou destinado a isso Longbotton e não há maneira de muda-lo.

– Sempre existe uma maneira de mudar.

– Eu queria que fosse fácil assim – O vampiro disse com um sorriso triste em seus lábios. – Vamos. – Ele indicou a porta.

Peter saiu do escritório com Sirius se dirigindo para a outra sala onde se encontravam seus dois irmãos e Lily, Daniel já estava prestes a adormecer em um dos sofás enquanto no outro Lily e sua irmã já estavam dormindo.

– Já esta muito tarde, pode ficar aqui até amanha. Pegue sua irmã e a leve com você lá para cima... É a quarta porta do corredor. – Peter nem sequer esperou Sirius dizer alguma coisa, virou-se e subiu as escadas. Sirius fez o que ele mandou, levou sua irmã para o quarto e esperou que a noite passasse.

~

Ele acordou primeiro e depois que Lily acordou eles desceram. Peter parecia estar esperando por eles, se aproximou e ficou em pé no meio da sala enquanto Sammantha continuou sentada no sofá encarando-os também. No ponto de vista de Sirius era assustador tudo aquilo.

– Bom dia – Sammantha disse sorrindo.

– Bom dia – Os dois irmãos balbuciaram.

– Eu... – Sirius começou a dizer, mas foi interrompido obtendo sua resposta.

– Eu te dou mais algum tempo e a garota pode voltar contigo... De qualquer forma eu vou estar por perto.

– Então vamos mesmo para Hogwarts? – Sammantha perguntou levantando-se do sofá e caminhando até ao irmão mais velho. O comentário dela fez Lily arregalar os olhos.

– Sim... É o mais seguro agora. Wendell tem laços com o diretor da nossa escola. Não podemos ficar mais lá, é arriscado demais. – Ele disse olhando carinhosamente para sua irmã e depois se virou – Vocês dois – chamou por Sirius e Lily – Podem ir, nos veremos em breve! – Sirius assentiu, porem Lily evitava encara-lo.

~

Sirius adentrou a mansão Malfoy com a pequena Lily logo atrás de si. Logo os dois irmãos puderam ver as caras de espanto ao ver a garota.

– LILYYYYY! – Amy e Lara corriam ate a garota a abraçando com força, assim como seu irmão Kevin, e todos os outros que sorriam de orelha a orelha ao vê-la ali. Logo as quatro garotas subiram juntas pelo corredor da mansão dos Malfoy’s em direção ao quarto de Lara.

– O que aconteceu? – Nathan perguntou a Sirius preocupado pelo facto da garota ter vindo com ele.

– Esta tudo bem... Eu não sequestrei a minha irmã, não se preocupa – Ele sorria. Um sorriso sincero vindo de Sirius – Ele nos deu mais alguns dias, temos que correr agora.

– Que ela veio com a permissão dele é obvio, você ainda está vivo! Mas e quanto à “garantia”? – Nathan perguntava perplexo. O vampiro não deixaria a cura que poderia mudar muita coisa nas mãos deles sem ter nada que garantisse que a devolveriam.

– Eu também não entendi, mas ele vai estar por perto, segundo o que ele disse. Eles virão para Hogwarts.

– O QUEEE? – Kevin gritou – AQUELE BANDO DE SANGUE SUGA VEM PARA HOGWARTS? – Ele fazia uma cara que talvez até pudesse se considerar engraçada.

– Precisa gritar Kevin? – Sirius girava os olhos – Não é bem por causa da cura. Na verdade eu acho que não tem nada haver com isso mesmo.

– Agora eu boiei – Nathan disse encarando James que ainda estava em pé ouvindo atentamente a conversa.

– Wendell quer que Scott suba ao trono para que uma profecia qualquer se cumpra, mas Scott não quis, ele negou, e bem... Wendell tomou providencias drásticas.

– Wendell? O que esse cara ainda esta fazendo vivo? – James perguntou sentando-se ao lado dos três amigos.

– É apenas um dos muitos antigos seguidores de Voldmort. Não é surpresa ele estar vivo, não é o único! – Sirius explicou.

– E isso não pode ser considerado perigoso? – James perguntava um pouco preocupado.

– Claro que pode. Mas até parece que alguém vai fazer alguma coisa para mudar isso. – Disse Sirius.

– Nem mesmo se o cara aparecesse na televisão assumindo sua paixão pelo antigo vilão, a maioria das pessoas diria “que horror” e continuaria comendo o jantar. – Kevin disse indignado, porém com seu jeito dramático de sempre. – Mas agora que “providencias drásticas” Wendell tomou? – Kevin mudou de assunto.

– Ele matou Collin na frente do Scott...

– E agora Scott vai assumir o trono? – James perguntou.

– Eu não sei, mas ele estava transtornado...

Foi quando os três notaram que Nathan tinha a cabeça baixa e as mãos tampavam seu rosto.

– Nath? – James pôs uma de suas mãos no ombro do amigo.

– Sim? – Ele levantou o rosto para encara-lo.

– Esta tudo bem?

– Sim... sim, esta tudo bem, eu só estou com um pouco de dor de cabeça... vou lavar o rosto. – Ele se levantou, se afastando e os três olharam uns para os outros preocupados...

___~___

– Lily a gente estava tão preocupada com você! – Catheryne dizia enquanto abraçava a loirinha a cada 5 minutos que se passavam.

– Cathy Calma! Eu já estou bem! – Lily dizia enquanto Amy e Lara gargalhavam da cena.

– Mas... Mas, foi horrível ficar aqui sem você, sem saber o que estava acontecendo com você, sem saber para onde eles tinham te levado, sem saber se você estava bem, se eles estavam te machucando, sem poder fazer nada para ajudar você ou para te tirar de lá, e... e...! – Ela disse tudo se esquecendo de respirar, acabando por ficar sem folego.

– Não precisa se preocupar, esta tudo bem agora! – Lily sorriu junto com as amigas das figuras de Catheryne, aquela garota era hilária.

– Mas eles te machucaram Lily? – Amy deitou na cama se apoiando em um dos braços enquanto observava a amiga de forma acolhedora.

– Não! Ninguém me machucou! Apesar do medo que senti, foi melhor do que eu pensei que seria. Tirando a cobra que me mordeu – Ela fez uma cara de nojo bastante engraçada.

– UMA COBRA? – Catheryne perguntou um tanto histérica, enquanto as outras apenas olhavam espantadas.

– É! Os Scotts tem uma cobra de estimação e ela meio que não me reconheceu como membro da família então resolveu me morder.

– Quem é louco o suficiente para ter uma cobra de estimação – Amy comentou mais para ela do que para as amigas.

– É típico de vampiros... – Lily disse à amiga sorrindo. – Eu conheci Sammantha, foi ela quem ficou a maior parte do tempo comigo... É irmã dos Scott’s, mas não tem nada de assustador nela, é muito simpática.

– Não deixa de ser uma vampira Lily... – Lara disse.

– Eu acho que ela não é vampira, eu tive a sensação dela ser quente.

– Não faria muito sentido ela não ser uma vampira tendo dois originais como irmãos. – dissera Amy.

– Sabe que eu não entendo nada dessa coisa de originais e não originais – Cathy comentou com seu jeito completamente dramático de sempre.

– Originais são os de sangue puro, que não são transformados por outros, nascem assim por causa dos pais. Os que não são originais é como o Sirius que foi transformado por outro. – Amy explicava impaciente.

– hmmm, muito interessante – Cathy disse pensativa.- Mas voltando ao assunto, aqueles três garotos eram assustadores...

– Eu quase não vi os outros dois; só o Scott é que levava comida às vezes... O resto do tempo eu passei sozinha ou com Sammantha – Lily disse encarando o teto.

– Qual dos Scotts ? – Perguntou Cathy.

– Peter Scott... – Ela disse e deixou-se levar pelas lembranças que aquele nome trazia – Bem... – Ela levantou-se depressa, tentando fugir daquilo – eu tenho três coisas para contar.

– Que coisas? Que coisas? – Elas perguntaram eufóricas.

– Uma boa, uma mais ou menos e um ruim.

– Começa logo pela ruim – Lara disse fazendo uma careta.

– Os Scotts vão para Hogwarts – Lily disse sem fazer suspense e as três ficaram paradas olhando para ela. Estavam em choque, um silencio estranho tomou o quarto por longos segundos.

– Eu não acredito... Eu não posso suportar ver aquele nojento do Collin andando pelos corredores da minha preciosa escola. – Catheryne dizia ainda em transe, os momentos que ela e Kevin passara com aquele monstro dentro do quarto, enquanto Peter tencionava matar Sirius foram o suficientes para traumatiza-la em relação aquele vampiro.

– Collin não faz parte da família Scott Cathy, mas de qualquer forma é ai que entra a mais ou menos. – Lily disse e as três encararam a loirinha – Collin está morto!

– O que? – Elas disseram juntas e tinham a mesma expressão no rosto; confusão e espanto.

– Um dos antigos seguidores de Voldmort o matou...

– Mas, por quê? – Lara perguntou sem entender bem todas aquelas informações.

– Eu não entendi muito bem mas ele matou o Collin na frente do Scott. A cena foi horrível e apesar de desprezar esses sanguessugas... Eles eram melhores amigos, desde infância. – Lily fazia uma cara triste ao se lembrar do estado em que Peter estava.

Mais uma vez o silencio tomou conta do local até que Amy ousou quebra-lo.

– Então agora conta a boa.

– A boa é sobre a cura, vocês só precisarão traduzir, ela já esta lá! – Lily sorria.

– Como assim já esta lá? – Amy perguntou quase explodindo de felicidade.

– Michael descobriu, o problema foi não funcionar em originais, mas Sirius não é um original.

– Eu nem acredito nisso – Amy sorria, estava realmente feliz, pois sabia o quanto Sirius queria aquilo.


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Notas finais do capítulo

Olá amores da minha vida!
Bem, este capitulo está um pouquinho maior que os habituais!
Espero que gostem e digam o que acham, pleaseeeeee!
Critiquem, digam o que deve melhorar, sei lá... Eu quero que a fic agrade vocês.
Agradeço muito aos comentários, vocês não sabem o quanto eles tem me motivado a escrever, muito obrigada a todas vocês!
Mil beijos e até o próximo capitulo! *--*