Já eram 7 horas da manha e faltavam duas horas para pegarem o expresso para Hogwarts. Amy desceu as escadas da mansão lentamente, a loira ainda estava sonolenta, havia acabado de acordar. Ao chegar na sala riu com a cena, os garotos estavam literalmente espalhados pelo lugar. Nathan deitado em um dos sofás, Sirius no outro todo esparramado, Peter jogado na poltrona, James deitado em cima do tapede felpudo e Kevin no chão perto da lareira. Eles chegaram completamente bêbados ela concluiu admirada por terem ao menos chegado.

— ACORDEEEEEEEEM, SEUS IMPRESTÁVEIS ! - A Loira berrou fazendo eles saltarem de susto. - LEVANTEM AGORA QUE EU NÃO QUERO CHEGAR ATRASADA POR CAUSA DE VOCÊS

— Você é louca garota? - Nathan olhou para ela furioso.

— Sou - Ela sorriu com desdém

— Cara, eu estava sonhando - Kevin passou a mão no rosto - Era tudo tão lindo. - A desilusão no rosto do loiro dava de certa forma graça.

— Faltam só duas horas para o expresso passar, se vocês não querem que tia Hermione dê um ataque como aquele do ano passado levantem-se AGORA! - Ela praticamente ordenou. Nathan levantou bufando furioso e passou por ela fazendo questão de ir contra a garota que o olhou com raiva.

**

Como de costume os Weasleys foram os primeiros a chegar quinze minutos antes da hora marcada, graças a persuasão de Hermione. Os Longbottons e os Potter’s chegaram na hora exata. As malas foram colocadas nos carros rapidamente e todos partiram juntos, agradecendo por este ano estar decorrendo melhor que o anterior.

Eles chegaram a conhecida estação de

King's Cross

e como sempre o movimento era grande ali. Caminharam um pouco até a avistarem… a velha, gasta e empoeirada parede que dividia a plataforma 9 e 10.

— Bem, adeus mãe, adeus pai! - Nathan disse com um sorriso gigante à Draco e Astoria.

— O que? nos vamos atravessar com vocês! - Disse o homem

— É, vou sentir saudades mãe - Kevin abraçou Luna consecutivamente. Enquanto todos os outros abriram largos sorrisos indicando que concordavam com os dois.

— Ah não vão não, nos sabemos ir sozinhos - Nathan contorceu o rosto frente ao pai que o olhava incrédulo .

— Nathan meu filho, não queira crescer tão rápido, depois você vai querer voltar atrás e não vai poder. - Nathan riu achando graça da maneira como a mãe o tratava, como se ele ainda fosse o bebezinho dela.

— Mãe, não faz diferença se despedir aqui ou lá dentro. - Ele disse sorrindo com carinho para a senhora.

— Tudo bem querido, tudo bem. - Ela retribuiu.

— Esses jovens de hoje em dia - Murmurou Ron à Hermione e esta sorriu para o marido. Logo em seguida os dois foram abraçar a jovem de cabelos de fogo.

Após uma calorosa despedida e algumas lágrimas, um por um, eles atravessaram a parede ignorando a desconfortável sensação. E lá estava ele o majestoso expresso escarlate que levou varias gerações em direção aos seus sonhos.

Eles se dirigiram a entrada do trem, cumprimentando algumas pessoas pelo caminho. Os garotos ajudaram as meninas a guardarem as malas e corujas antes de desaparecerem no meio da multidão.

Elas entraram se espremendo entre a multidão, dando inicio a busca por uma cabine vazia. Depois de alguns bons minutos zanzando pelos corredores lotados encontraram uma cabine e rapidamente se apoderaram dela. O som que tomou o lugar e o movimento conhecido indicou que o expresso partiu.

— Essa gritaria me deu dor de cabeça - Cath disse colocando a mão sobre a testa.

— Da uma vontade de sair jogando todo mundo pela janela - Amy disse depois de se jogar no sofá.

— Não entendo porque eles não fazem um feitiço de expansão nesse lugar. - disse Lara

— Ah Lara, você trouxe o mapa dos marotos ner? - Amy perguntou meia preocupada com a possibilidade da morena ter esquecido.

— Eish, o Nathan pediu agora eu não sei se ele trouxe.

— Ai droga e se ele não trouxe? - Cath olhou para elas também preocupada.

— Eu vou perguntar - Amy se levantou.

A garota saiu da cabine indo em direção ao ultimo vagão, ela já até sabia onde eles deveriam estar, os garotos eram dos poucos que tinham uma cabine praticamente denominada deles.

Ela abriu a porta sem sequer bater e foi fuzilada com alguns olhares. Como ela imaginava estavam lá os cinco, além de Giovana e Lucas que provavelmente passaram ali para conversarem um pouco. Lucas era loiro de olhos castanho, muito simpático e querido, ele e Amy sempre foram muito amigos. Já Giovana, a morena de cabelos curtos castanhos e olhos verdes era o ódio da loira, por seu génio irritante e metidez, mas principalmente por dar em cima de Nathan, na verdade a morena era uma louca maníaca por ele.

— Ola Luck - A loira deu um beijo na bochecha dele. Ignorando o facto da morena estar quase em cima de Nathan.

— Então loirinha, como você esta? - Lucas disse sorrindo galante.

— Estou bem - Ela retribuiu - Nathan você trouxe o mapa? - Ela se virou para o moreno que a observava calado. Querendo ou não aquela cena mexia com a loira, ela sabia que Giovana já tinha conseguido ficar com ele mais do que uma vez, por mais que tentasse ignorar os detalhes seus olhos foram parar em uma das mãos do garoto que repousava no ombro da morena. Nathan notou o olhar mas não ligou, até porque deixar a loira com ciúmes era bastante interessante.

— Não te interessa - Ele respondeu fechando os olhos e inclinando a cabeça para trás. Giovana deu um risinho convencido e para a surpresa de Nathan, Amy não disse nada, apenas o som da porta abrindo e novamente se fechando chamou a atenção dele e ele abriu os olhos novamente. Ela não estava mas ali e os outros garotos apesar de não demonstrarem muito espanto olhavam para ele.

— Podia ter sido um pouquinho mais simpático não acha? - James disse indiferente. Era completamente normal a maneira que eles se tratavam, sempre havia sido assim entre trancos, barrancos e ofensas, mas mesmo assim ela ainda era sua irmã e não era confortável ver Nathan falando daquele jeito com ela.

Nathan não respondeu simplesmente levantou e deixando todos o olhando sem entender saiu da cabine.

Caminhou apressado pelos corredores agora já vazios. Ao ver os longos cabelos loiros apressou ainda mais o passo e calculando seus próximos movimentos a segurou pelo braço. Ela se virou assustada e ele simplesmente a puxou sem dizer absolutamente nada.

Adentrou com a garota em um dos banheiros do expresso e fechou a porta a trancando em seguida.

Foi tudo muito rápido e ela quase não teve tempo de pensar no que estava acontecendo e quando abriu a boca para reclamar, ele a impediu.

Sem esperar para ouvir o que ela tinha a dizer, a encostou na parede e a beijou como se precisasse daquilo para sobreviver. Bastou isso para ela esquecer as reclamações que tinha para fazer e suas mãos como instinto voarem para o pescoço dele tornando o beijo ainda mais intenso, ela não tinha como interromper aquilo, não tinha como impedi-lo se ela queria talvez até mais que ele.

As mãos de Nathan seguravam com firmeza a cintura definida da loira, enquanto explorava a boca que tanto desejava. Sem parar o beijo Nathan a levantou fazendo com que ela se sentasse em cima da bancada da pia. Um arrepio percorreu o corpo da garota quando uma das mãos dele foi para em sua coxa, ela sem sequer notar arranhou a nuca do garoto o que o fez soltar um longo suspiro. A boca delicada desceu para o pescoço da garota e ela inclinou levemente a cabeça para trás cravando as unhas nas costas dele. Eram sensações novas para Amy apesar de já ter beijado outros garotos nunca haviam passado de pequenos beijos, sem contar que não chegavam nem aos pés dos beijos de Nathan.

Nathan distribuiu leves e torturantes beijos sobre o colo da garota que prendeu os dedos nos cabelos negros e o puxou novamente de encontro aos seus lábios. As mãos do garoto passeavam pela cintura da loira enquanto o beijo voltava a ficar intenso.

Amy então o empurrou levemente, mas não ficaram muito longe um do outro apenas o suficiente para olharem nos olhos, azul e negro. A loira estava ofegante e ele não pode evitar um sorriso canalha que a fez corar furiosamente. Não que ele também não estivesse com a respiração alterada, mas conseguia disfarçar bem mais que ela.

— Já chega.. - Ela disse baixo tentando controlar sua respiração.

— Porque? - Ele fez biquinho se aproximando novamente dela.

— Porque sim Nathan, já foi longe até demais - Ela pôs as mãos nos ombros dele tentando o afastar em vão. Ele apenas ficou a observando, com seu olhar sedutor, diretamente no profundo dos olhos azuis. Amy desviou o olhar e desceu da bancada e com isso ficando ainda mais perto dele. - Eu preciso sair - Ela praticamente pediu.

— Não precisa não - Ele aproximou seu rosto do dela com um sorriso de canto. A respiração quente ia de encontro ao rosto da loira.

— Nathan é sério.. eu quero ir embora. - Ela disse não muito confiante.

— Tem certeza? - Ele sussurrou no ouvido da garota o que fez suas pernas vacilarem.

— Já afixaram os novos monitores chefes? - Ela perguntou quase sem voz tentando mudar de assunto e espantar todas aquelas sensações. Ele apenas sorriu com a atitude dela.

— Hurrum! - Ele murmurou após puxa-la para si, contornando o corpo dela com seus braços. Amy se calou e por alguns segundos ficou ali encostada ao peito dele, ouvindo a mais bela das canções nas batidas daquele coração que era tudo o que ela queria no mundo.

— Eu vou embora - Ela disse se distanciando dele.

— Me da um beijo primeiro - Ele sorriu maroto sem sair da frente da porta.

— Nathan..

— Você quer sair não quer? - Disse o moreno e ela respirou fundo e se aproximou lentamente, em sua barriga varias borboletinhas voavam perdidas, era uma sensação tão boa poder se aproximar, poder tocar aqueles lábios, sentir aquele cheiro maravilhoso que emanava do corpo dele. Nathan amava o jeito tímido dela se aproximar, amava a inocência que ela transmitia naquele belo par de olhos azuis, ele sorriu quando ela fechou os olhos antes de sentir o doce sabor dos lábios avermelhados, os lábios apenas se tocaram dessa vez, mas era uma sensação que ambos queriam guardar para sempre.

Ela se afastou e foi até a porta mais parou antes de abri-la e se virou novamente.

— O que foi? Mudou de ideia? - Ele sorriu canalha e ela girou os olhos.

— Trouxe o mapa?

— Eu já disse que não te inte…

— Eu te dou outro beijo - Ela o interrompeu e ele alargou ainda mais o sorriso.

— Sim, eu trouxe loirinha - Ele disse e fez um biquinho esperando pelo beijo o que fez Amy rir.

— Fecha os olhos - Ela disse e o garoto obedeceu. Aproveitando a oportunidade ela saiu correndo não só com um sorriso bobo em seus lábios, mas também com aquele sabor, seu sabor favorito.

**

Amy vinha andando em direção a cabine sorridente quando encontrou com Lily saindo do banheiro.

— Esta sorrindo de mais você! - A loirinha disse com um olhar maroto.

— Lily, vem comigo ver quem são os monitores desse ano? - Amy disse puxando a garota pelo braço sem dar importância ao que ela tinha dito.

As duas pararam frente a folha afixada na parede do corredor.

— Ain meu Deus - Elas disseram juntas com os olhos arregalados.

**

— Nossa você demorou - Cath disse assim que Amy fechou a porta da cabine.

— Ele disse que não me interessava - Ela disse com raiva.

— Depois desse tempo todo você ainda não sabe se ele trouxe? - Lara arregalou os olhos.

— Ele trouxe… Ele depois acabou por dizer. - Amy se sentou com cuidado para não acordar Sammantha que dormiam no canto do sofá com uma albofada feita do casaco de Amy encostada no vidro da janela. Enquanto Amy se sentou no outro a sua frente.

— Eu pensava que vampiros não dormiam - Cath susurrou para Amy.

— Shiiiu! Cala a boca Catheryne! - Lara a repreendeu e Amy apenas riu.

— Ta bem, ta bem.

— Er… Cathyzinha minha linda, tenho uma péssima noticia para te dar. - Lily disse a ruiva que já olhou para ela assustada. - Bem, eu e a Amy fomos ver a afixação dos monitores chefes…

— Escolheram outra pessoa? - Ela perguntou parecendo mais aliviada.

— Ér.. Não. Escolheram você mesmo. Mas o teu horário esta com a sonserina.

— E quem é o monitor da sonserina? - A ruiva perguntou voltando ao seu ar de assustada… - Eu vou morrer se for aquele verme do O’bryan, já no ano retrasado peguei apenas um dia com ele e quase dei um colapso nervoso imagina um ano inteiro com todos os horários com ele… Já da vontade de chorar só de pensar.

— Meu irmão. - A loira sorriu amarelo.

— O que tem o seu irmão? - A ruiva perguntou como se não fizesse nenhum sentido o que Lily dizia. Tirou uma garrafa de agua da bolsa e bebeu um pouco do liquido transparente tentando se acalmar, a ideia de ter que aturar o O’bryan era péssima na opinião dela.

— Cath, meu irmão é o monitor da sonserina. - Lily explicou e então todos tomaram um banho de agua e saliva de uma ruiva que agora estava com o rosto tão vermelho quanto o cabelo.

— Não precisava cuspir - Amy reclamou limpando o rosto. Cath piscou os olhos umas dez vezes até armar o barraco.

— O QUEEEEEE? EU NÃO VOU MONITORAR COM AQUELE VERME IMPRESTAVEL! - A ruiva levantou do sofá bufando - EU VOU FALAR COM A MC GONAGALL, EU PREFIRO MONITORAR COM UM TRASGO DO QUE COM ELE!! - A ruiva berrava sem parar.

— Calma Cath, não é tão ruim assim! - Lara tentavam acalmar a garota em vão. Quanto mais falavam mais ela gritava.

— O que esta acontecendo? - Sammantha perguntou. Ela acabou por acordar com a gritaria.

— Ela pegou a monitoria com a sonserina. - Lara respondeu.

— E dessa vez não foi com o O’bryan - Lily disse a amiga, mas Samy não parecia entender muita coisa do que elas diziam.

— QUEM ME DERAAAAAAAA, ARGGGHGG EU QUERO O O’BRYAN! - A ruiva batia com a cabeça no sofá desesperada.

— Sirius Longbotton - Lara disse sorrindo para Sammantha.

— NÃO DIGA ESSE NOME PERTO DE MIM! - A ruiva olhou para Lara com um olhar assassino.

Catheryne se virou e saiu da cabine pisando forte pelo corredor afora, sem sequer se dar ao trabalho de fechar a porta. As quatro sem pensarem correram atrás dela.

— CATHERYNE ! - Amy gritou. - CATHY! VOCÊ VAI FAZER BESTEIRA! - A ruiva apenas ignorou e bateu na porta da cabine da diretora, as palavras de Minerva permitiram a sua entrada nada gentil na sala. As quatro se encararam e ficaram do lado de fora.

— EU NÃO VOU MONITORAR COM ELE! - Ela disse assim que entrou fazendo com que Minerva e Douglas erguessem as sobrancelhas. Douglas McKinon era o sub-diretor da escola e professor de poções, era arrogante e bastante odiado pelos alunos.

— Quanta audácia senhorita Weasley ! - Fora Douglas quem disse. - Quer uma detenção?

— Oh sim, estou precisando mesmo de uma - A ruiva retrucou com raiva.

— Pois bem, então você terá uma. - Ele disse com raiva

— Eu deixo o cargo de monitora, não me importo. Mas não quero monitorar com ele. - A ruiva disse a Minerva ignorando completamente o homem.

— Com ele quem querida? - McGonagall perguntou com sua voz doce e um sorriso em seu lábios.

— Sirius Longbotton - A ruiva disse baixo e pode ouvir um risinho da diretora.

— Oh minha querida eu infelizmente não posso ajuda-la. Eu não posso mudar os horários nem mesmo os monitores apenas porque um dos alunos deseja, se assim fosse estaria sempre sendo alterado já que todos os anos alguém não esta satisfeito. A regra é para todos, sinto muito.

— Mas… - A ruiva estava visivelmente abalada.

— Sem mas senhorita Weasley. - O homem voltou a se meter recebendo um olhar furioso da ruiva. Cath se virou e antes de atravessar a porta ouviu a voz da mulher atrás de si mais uma vez.

— A reunião de monitores é daqui a meia hora, não se esqueça.

— Claro - Ela retrucou.

**

Quando Nathan voltou para a cabine Lucas, Giovana e Sirius não estavam mais lá. Mais uma vez recebeu os olhares de seus amigos sobre si, dessa vez olhares curiosos.

— Não se mataram pelo menos. - Kevin comentou

— A gente não sabe se ela esta viva Kevin. - Peter entrou na brincadeira.

— Esta, infelizmente - Nathan se jogou no sofá ao lado de James, que girou os olhos categoricamente com o comentário do amigo sobre sua irmã.

— Vocês ainda vão se casar - Kevin sussurrou ironicamente de maneira a que apenas Nathan ouvisse e o moreno o fuzilou com o olhar.

— Onde esta o Sirius? - Nathan perguntou.

— Foi ver o papel dos monitores… a Giovana tinha dito que ele foi escolhido como monitor da sonserina.

— Sério? - Nathan pareceu animado.

— Bem, ele foi lá ver se era mesmo. - Kevin respondeu

— Se for pelo menos podemos evitar algumas detenções. - James sorriu maroto.

— Eu odeio a minha vida - Sirius disse após entrar na cabine.

— Escolheram você? - Nathan perguntou

— Meu horário esta com a grifinoria. - Ele disse com raiva.

— E a monitora da grifinoria é? - Kevin disse com um ar troçador, todos eles já sabiam quem era.

— A ruiva, como sempre - Ele disse e se sentou.

— Vai ser realmente muito bonito depois do que aconteceu no showzinho de ontem. - Kevin ousou comentar recebendo um tapa de Nathan que o mandou calar a boca.

— Pegou todo o horário mesmo? - Perguntou James.

— Não… Acho que é segunda e quarta só.

— Não é tão mal assim então - O loiro abriu a boca mais uma vez recebendo outro cascudo de Nathan.

— Autch, já te disse que isso dói?

— Por favor, romantismo só lá fora bem longe da gente - Peter reclamou.

— Petiezito você estava tão calado ai - Sirius sorria para o amigo que o olhava como se ele fosse um E.T.

— É Peter Sirius! Pe. Ter. - Ele disse devagar como se explicasse a uma criancinha e todos riram.

**

— Foi expulsa? - Lily perguntou para a ruiva preocupada.

— Não. Mas o idiota do Douglas me deu uma detenção.

— Detenção? - Amy disse com os olhos arregalados - Você?

— É! Eu, Amy! eu mesmo! - A ruiva disse girando os olhos.

— É a primeira vez que você vai ter uma detenção - Lily disse admirada.

— Minha mãe vai me matar. - A garota respirou fundo

— Vai mesmo - Amy disse e todas olharam para elas incrédulas, inclusive a ruiva.

— O que foi? - Ela perguntou

— Obrigada por diminuir meu sofrimento jogando isso na minha cara.

— Eu não joguei na sua cara, eu apenas confirmei.

— Podia ter dito: “oh ela não vai, não se preocupa” - Cath disse com uma voz enjoada tentando imitar a de Amy.

— Você acreditaria? - A loira sorriu convencida.

— Não! - Cath fez uma cara de desespero - Estou. Morta.

**

— E agora daremos inicio a nossa reunião de monitores. - A voz enjoada de Douglas cortou o ar. Estavam sentados nas cadeiras à frente de Douglas e Minerva quatro pessoas, cada uma representava sua casa.

— Como sabem as regras não permitem que sejam alterados os monitores ou os horários a não ser em casos de extrema necessidade. As regras também proíbem que as punições sejam restritas para amigos dos monitores ou que haja preferências por serem da mesma casa, todos vocês precisam saber dividir entre as amizades, a competição e a monitoria. - Minerva parou por alguns segundos antes de continuar - Provavelmente vocês já viram os nomes dos seus colegas e a divisão dos horários afixado lá fora, mas voltarei a repetir para que não haja duvidas - A mulher pegou em um pergaminho em sua mesa e começou a lê-lo em voz alta - Grifinoria: Catheryne Weasley; Sonserina: Sirius Longbotton; Lufa-Lufa: Jade Bernal; Corvinal: John Maynard. - Ela observou os quatro por alguns instantes e eles permaneciam atentos a mulher.

— A monitoria foi dividida por duas equipes A e B. A equipe A constituida pela Grifinoria e Sonserina e a equipe B constituída pela Lufa-lufa e Corvinal.

— Como se a minha vida não fosse má o suficiente - A ruiva resmungou mas por sorte nem Minerva nem Douglas ouviram.

— Os dois monitores das duas casas não devem se separar, para que não possibilite o aliviamento das punições caso o aluno encontrado fora do dormitório depois do toque de recolher seja da mesma casa que o monitor, por este motivo as equipes são formadas por duas casas diferentes. A penalização esse ano será sempre igual a todos os alunos, para que não haja injustiças, será retirado 10 pontos da casa à que pertencer e sofrera uma detenção escolhida pelos monitores.

A equipe A irá monitorar às Segundas e Quartas, a equipe B as Terças e Quintas. Na Sexta as duas equipes monitorizarão juntas já que é o dia em que os alunos mais querem se aventurar após o toque de recolher. As senhas dos dormitorios dos monitores estão aqui nestes envelopes - Minerva deu quatro envelopes nas mãos de Douglas e este os entregou de acordo com o nome da casa que o envelope indicava. - Os dormitórios estão como nos outros anos, uma sala comunal, um banheiro e dois quartos.

— E como serão divididos os dormitorios? - Sirius disse desesperado, como se não bastasse monitorar com ela se dividisse o mesmo dormitório que ela morreria de vez.

— De acordo com as equipes - Minerva sorriu, fez mais uma pausa e então perguntou - Alguém tem mais alguma duvida? - Alyssa, uma garota de cabelos loiros da Lufa-Lufa levantou a mão - Sim senhorita Hilty? - Minerva perguntou educadamente.

— Na Sexta monitorizamos as duas equipes, mas é os quatro juntos ou nos dividimos?

— Creio que o melhor seja que cada equipe monitorize um lado do castelo.

— Sim - A garota sorriu.

— Mais alguém? - A mulher voltou a perguntar e depois de alguns segundos de silencio prosseguiu - Então esta encerrada a reunião.

**

O resto da viagem foi bastante chata, tirando a parte em que a senhora dos doce passou pelo expresso. O caminho apesar de longo acabou por chegar ao fim assim que anoiteceu e mais uma vez a confusão nos corredores estava armada dessa vez para saírem do expresso.

Assim que chegaram em Hogsmeade todos acabaram por se encontrar e ficaram juntos esperando pelas carruagens.

Nathan trocou um olhar furioso com Amy que sorriu convencida para ele. Lily estava agarrada aos dois irmãos enquanto Cath permanecia emburrada ao lado de Amy, ela e Sirius nem se encaravam sequer.

— Que raio de bicho é esse? - Peter que também estava abraçado a irmã mais nova perguntou.

— Que bicho? - Fora Kevin quem questionou sem entender

— Aquele bicho ali? - Peter apontou para a carruagem.

— São os testrálios. - Sirius respondeu. - Eles não conseguem vê-los, só quem esteve em contado com a morte pode vê-los - A expressão de Sirius passou a ser seria e Peter o encarou sem dizer mais nada.

— Só vocês dois conseguem ver eles? -Kevin perguntou mais para os outros do que para eles e todos se encararam.

— Samy? - Peter perguntou a irmã e ela balançou a cabeça negando.

— Eu vejo - A voz de Catheryne fez com que todos olhassem para ela e pela primeira vez seu olhar se encontrou com o de Sirius. Eles se encararam por longos segundos e o clima ficou extremamente tenso. Os olhos azuis do garoto mais uma vez foram ao profundo da alma dela e ele sabia que ela o culpava. Sem pensar duas vezes ele se virou e entrou na carruagem, logo Kevin e Peter entraram atrás dele. Os outros foram para as carruagens seguintes sem tocarem mais no assunto.

— É nessas horas que da vontade de matar o Kevin por fazer perguntas tão sem noção - Nathan murmurou balançando a cabeça.

**

Debaixo daquele maravilhoso espetáculo de estrelas eles o admiravam, o maravilhoso castelo que tinha muita historia para contar. Seria um longo ano… na verdade seria o melhor.