- Volta para dentro com os meninos - Sirius disse a ela e sem sequer dar a possibilidade de alguém responder ele desapareceu


Lily não pode dizer mais nada já que Sirius não esperou que isso acontecesse...

- Vamos Lily, a gente precisa ir para casa! - Kevin tocou o ombro da irmã mais nova que ainda olhava a rua.

- Tudo bem.. - Ela suspirou e se virou para eles.

- Espera ! - James disse repentinamente se concentrando em algum som estranho - O que foi isso? - Ele pousou os olhos nos detalhes ao seu redor procurando por algo suspeito, os outros imitaram o gesto do moreno.

- Eu também ouvi - Nathan disse virando-se, as mãos do garoto foram parar no bolso onde ele procurava pela varinha desesperadamente, foi então que um homem saltou de trás de uma das arvores próximas acertando com um pedaço de madeira na cabeça do garoto o que o fez cair inconsciente.

O homem virou a varinha que já sustentava na outra mão pronto a atacar e ainda foi a tempo de pronunciar um feitiço que jogou Kevin longe, antes de James o deixar inconsciente.

James correu ate Nathan o colocando nas costas enquanto Lily ajudou Kevin a se levantar.

- Temos que sair daqui agora! - Lily disse desesperada.

- Eu vou aparatar - James deu alguns passos com dificuldade até aos dois irmãos que seguraram no braço do moreno e então eles aparataram para a porta da mansão dos Malfoys.

Kevin abriu a porta e James entrou rapidamente, seguindo em direção ao sofá e pousando ali o corpo inerte de Nathan.

No mesmo instante em que Amy e Lara desceram as escadas com uma expressão assustada predominando em seus rostos, logo atrás das duas Catheryne também foi até eles.

- O que aconteceu? - Foi Lara quem perguntou ao se aproximar do corpo do irmão estendido no sofá.

- Não é nada de muito grave.. ele levou uma pancada na cabeça.

- Mas quem fez isso?

- Não sei, foi um homem que nos atacou.. Provavelmente algum dos homens de Wendell que ficou por aqui para vigiar.

- A gente precisa cuidar desse machucado - Amy observava o ferimento na testa do garoto, um corte de mais ou menos dois centímetros, um pouco acima da sobrancelha esquerda, pequeno porém esbanjando bastante sangue. Amy averiguou com as pontas dos dedos até que o garoto os abriu lentamente e resmunga algo inaudível, Amy rapidamente retirou as mãos do rosto do garoto, o que fez Lara girar os olhos categoricamente, assim como todos os outros prenderem algum sorriso pela maneira brusca e culpada como a loira retirou as mãos do rosto dele.

- Quem é você? Onde é que eu estou? - Nathan perguntou se sentando no sofá com uma de suas mãos na cabeça.

A pergunta fez todos arregalarem os olhos e abrirem a boca por longos segundos até que o moreno girou os olhos.

- É brincadeira! Eu ainda sei quem vocês são ok? Infelizmente! - Ele concluiu se levantando com dificuldade.

- Teve muita graça Nathan! - Lara olhou para o irmão com seu olhar mortal o que o fez dar a ela o seu melhor sorriso falso.

- A onde você esta indo? - Amy perguntou com os braços cruzados encarando-o severa.

- Para o meu quarto Potter, para o show da Hannah Montana é que não seria, você não acha? - Ele continuou andando em direção as escadas.

- Você tem que cuidar desse machucado Nathan!

- Eu cuido depois que dormir.. - Ele ignorou a garota completamente.

- Arggh, idiota.. - A loira resmungou mas Nathan já estava longe demais para ouvi-la - Lara? A onde esta aquela caixa de remédios?

Lara não chegou a responder se quer, foi até ao armário e tirou de lá uma caixa com os remédios entre outros objetos medicinais e entregou nas mãos de Amy.

- Bem, boa sorte para você porque eu vou ver TV - Lara sentou-se no sofá e com o controle ligou a televisão. Os outros jovens se sentaram junto dela o que sem sequer precisar de palavras já era a demonstração de que fariam o mesmo que Lara.

A loira tirou da caixa um remédio para machucados e uma caixa de bandeide, logo a seguir foi buscar um pano e o encharcou de água subindo as escadas com passos forte e irritados, sendo seguida pelos olhares dos demais.

__~__

Sirius foi atrás de Peter e não foi muito difícil de o encontrar já que ele continuava caminhando pela rua lentamente como se estivesse perdido, na verdade, a procura de uma solução.

Sirius caminhou em direção a ele e se assustou quando ouviu a voz do moreno.

- Eu imaginei que você viesse atrás de mim - Ele disse.

- Como assim você imaginou? - Sirius perguntou sem deixar a curiosidade transparecer em sua voz. Peter se virou com um sorriso canalha nos lábios.

- Imaginando...

- Se você sabia que eu viria te ajudar então porque saiu procurando pelas ruas uma vitima para usar. - Sirius se aproximou do vampiro.

- Se eu tivesse procurando uma vitima pela rua teria usado a sua irmã você não acha? - Sirius ficou sério com aquelas palavras e Peter sorriu mais uma vez.

- Então porque exactamente estava perambulando pela rua? pelo que eu percebi você não esta em uma situação em que se deva perder tempo. - O moreno retrucou, aquilo era quase como um descução subliminar.

- Queria ter certeza se você viria mesmo. - Eles se encararam, ambos sérios.

- Eu poderia não ter vindo. - Sirius continuava sério e seu olhar transmitia um pingo de desafio assim como o de Peter, porém ele de sério passou a sustentar mais um de seus sorrisos canalhas, típicos do garoto.

- Eu voltaria para te mandar ir... afinal, você me deve uma não é?

Sirius sorriu de canto com aquelas palavras, orgulho era o que havia em maior quantidade naquele ser a sua frente, mas Sirius também não pode deixar de reparar que as mãos do vampiro tremiam, ele estava inquieto o que não era muito normal nele e alguns fios de seus cabelos grudavam na testa pelo suor que escorria.

Peter tirou um pequeno papel do bolço e entregou nas mãos de Sirius.

- Eu não posso ir até lá, Wendell deixou isso bem claro e eu não pretendo arriscar, mas você também não pode ir sozinho... Ele não vai simplesmente entregar ela nas suas mãos e te mandar vir me dar.

- Eu sei de alguém que pode nos ajudar...

~~

- Serio mesmo? - O vampiro encarou a porta a sua frente com certo nojo.

- O que? - Sirius tentou ignorar aquele olhar.

- O testa rachada? - Ele voltou a perguntar com se aquele nome representasse para ele algo fora do normal.

- Ele chama-se HARRY! - Sirius o fuzilou com o olhar - E não existe nenhuma outra pessoa melhor que ele para nos ajudar.

- Tanto faz.. - Peter suspirou conformando-se.

Sirius girou os olhos e bateu na porta levemente. Uma pequena garotinha abriu a porta, aparentava ter uns 3 anos, era a mais nova dos Potter’s com os belos olhos do pai e os cabelos avermelhados da mãe.

- Olá - Ela sorriu e saiu correndo - Papai, papai! Temos visitas! É o ‘Sirus’ e ele esta com um amigo bonito.

Sirius sorriu ao ouvir o modo como a pequena pronunciava seu nome e as semelhanças dela com o irmão mais velho James, tão nova e já reparando no sexo oposto.

Harry caminhou até a porta sorrindo.

- Essa garota vai dar trabalho - Ele comentou e logo depois cumprimentou os dois garotos.

- Olá Tio Harry! Eu vim aqui porque preciso muito da sua ajuda.

Harry convidou os dois para entrar e tomar café com ele, enquanto falavam. Sirius explicou a Harry o que estava acontecendo e ele de imediato se disponibilizou a ajudar, além de contactar Rom e mais alguns amigos Aurores.

Não demorou para que Rom, junto de dois homens entrasse na mansão dos Potter’s. Sirius entregou a Harry o endereço de onde sammantha se encontrava e o próprio Harry incumbiu a Peter de esperar na mansão Malfoy com os outros até que eles voltassem com a garota.

- Aparatamos lá fora.

- Eu já disse que não vou para lá!

- Você quer sua irmã salva não quer? - Sirius o encarou desafiador e Peter apenas respondeu com um olhar furioso.

- Eu sei ir para lá sozinho!

~~

O vampiro estava na rua da mansão Malfoy sim, mas como é obvio, não pretendia entrar na casa como se fosse um velho amigo da família.

Ele se sentou numa das esquinas da rua, de modo a que estivesse longe o suficiente mas que conseguisse ver quando eles chegassem.

A preocupação do vampiro com sua irmã era tamanha que ele não conseguia controlar seu corpo que tremia em nervoso. « Quando isso vai acabar? » Ele pensou, abaixando o olhar triste tentando não considerar o facto de que o mais provável fosse ser apenas o começo de um grande caos e que o pior ainda estava por vir.

E então ele esperou ali sentado por longas horas...

___~___

Amy abriu a porta devagar, as luzes estavam apagadas então a garota foi até a mesa de cabeceira e ligou o pequeno candeeiro que ali se encontrava, o que permitiu a ela ter a visão do rosto perfeito do moreno e fez um sorriso instantâneo correr pelos lábios da loira, nem ela que a maioria do tempo passava odiando aquele garoto podia negar que ele era realmente lindo.

O garoto dormia tranquilamente, seu peito subia e descia suavemente... Amy pousou o remédio e a caixa de bandeide na cabeceira, puxou o cobertor do garoto com delicadeza deixando-o pouco abaixo dos ombros do moreno ao perceber que ele não usava a camisa preferiu não arriscar descer mais.

Só então ela pode cuidar da ferida, ela limpou com cuidado o rosto de Nathan, tirando todo o sangue que escorria, logo colocando o remédio que fez o garoto se remexer, porem ele não acordou e logo em seguida ela pode por o bandeide.

A suavidade da respiração e o jeito descontraído como ele dormia davam a ele a semelhança com um belo anjo.

Ela o observou com um grande carinho em seus olhos, ela esticou a mão e com cuidado tocou de forma carinhosa os traços perfeitos que marcavam o rosto de Nathan e seu olhar se fixou nos lábios atraentes e convidativos que se encontravam entreabertos. «não» ela balançou a cabeça tentando espantar os pensamentos que à invadiam. Ela voltou a encara-lo... Era tão bom olhar para ele, tão bom encarar o rosto perfeito que deixa qualquer garota completamente derretida e apaixonada, « Eu vou me arrepender disso » Ela disse a si mesma, mas arriscou.. encurvou-se sobre o garoto e tocou levemente os lábios frios. Seu coração disparou mas não foi pelo toque e sim pelo sorriso nos lábios dele, ela se afastou bruscamente dele o observando quase paralisada, os olhos do garoto ainda estavam fechados e então ela tentou se convencer de que estava tão receosa que teve alucinações, mas aquela voz provou que ela estava errada.

- Se aproveitando de mim enquanto durmo Potter? - Era a mesma voz rouca e sedutora de sempre, que fazia qualquer garota arrepiar dos pés a cabeça.

___~___

Sirius já estava na rua, rua esta cujo nome estava escrito no pequeno papel que ainda segurava em uma de suas mãos, ele caminhava lentamente com passos largos e firmes, até ao momento nada de estranho havia acontecido.

« Talvez Wendell tenha dado o endereço errado, talvez ele tenha enganado o Scott» ele pensou mas continuou caminhando, até que uma fumaça tomou o ar a sua frente e ele parou de andar... de dentro desta fumaça ele pode reconhecer a silhueta de 6 homens. A fumaça esbranquiçada desapareceu vagarosamente permitindo a ele ver os rostos desconhecidos daqueles homens.

- Oh, pensei que ninguém viria buscar a bela garotinha - Um homem atravessou os poucos metros entre eles e se colocou bem a frente de Sirius e ele assim o reconheceu, Wendell...

- Sinto muito decepciona-lo - Ele disse irónico - Mas estou aqui para isso - Aquelas palavras fizeram com que Wendell abrisse um de seus melhores sorrisos sarcásticos.

- Ela esta bem ali - Ele apontou para um carro à alguns metros deles... Foi nesse mesmo instante que o carro começou a se mover, tomando o caminho guiado pela rua, para longe deles.

- Quem me garante que é ela que esta ali dentro? - Sirius se manteve firme.

- Pode ter certeza que é ela garoto, só não sei se estará nas mesmas condições depois que passar o barranco no fim da rua - Wendell gargalhou e seus seguidores o acompanharam.

Sirius deu um impulso rápido para ir em direção ao carro que começava a ganhar velocidade, mas foi empurrado com uma força tremenda varando metros pelo chão.

- Para que tanta pressa rapaz? - Ele voltou a se aproximar do corpo do garoto que ainda estava no chão com mais um de seus típicos sorrisos maquiavélicos.

Foram esses acontecimentos que fizeram com que Harry, Ron e os outros dois Aurores saíssem de seus esconderijos.

- Porque você não se mete com alguém da sua idade? - Fora Ronald Weasley quem começou a falar para o homem que fez uma careta ao vê-los ali.

- O que você esta fazendo aqui? - Wendell com toda a certeza não estava nem um pouco feliz com a presença deles, o que significa que foi algo inesperado para ele e o que por consequência dava certa vantagem a eles.

- Vai atrás da garota, nós vamos manter eles ocupados por aqui! - Harry ajudou Sirius a se levantar - Assim que ela estiver em segurança conjure um Patrono para nos avisar e leve-a para a mansão rapidamente - Ele concluiu o que estava dizendo ao garoto.

- Tudo bem tio Harry, toma cuidado! - ambos sorriram.

O carro se aproximava do barranco e não havia nada que a garota pudesse fazer naquele momento a não ser esperar, estava trancada ali, em um carro enfeitiçado que a conduzia a uma queda dolorosa. O carrro se inclinou para baixo, as rodas da frente já não eram sustentadas pelo solo. Samantha bateu com a cabeça no vidro da frente com a pressão, ficando inconsciente. Sirius conseguiu chegar a tempo de agarrar a parte de trás do carro, mas já era tarde, Sirius não conseguiu puxar o carro para cima outra vez e este sem nenhuma suavidade despencou lá de cima em uma queda um tanto trágica.