A humildade é a única base sólida de todas as virtudes.

Confúcio

– Capítulo Vinte e Quatro –

A Toca

Harry, Rony, Hermione, Gina e Agatha acordaram bem cedo e já estavam em uma das cabines do expresso de Hogwarts, todos iriam para A Toca passar o feriado. Os adultos haviam feito um sorteio entre o Grimmauld Place, a Mansão Ridgeway, a Mansão Malfoy que já estava restaurada e A Toca, e esta ganhara e todos iriam pra la´.

- Não vejo à hora de chegar lá. – disse Hermione agitada – Estou com saudades dos meus pais.

- Ainda bem que eles resolveram ir. – disse Harry satisfeito.

- Será que dá pra parar de gritar. – disse Gina baixinho, ela estava deitada no colo de Agatha e com um tremenda dor de cabeça.

- A culpa é sua se bebeu demais. – disse Rony.

- Eu não sabia que a bebida no Ernie tinha álcool. – lamentou-se Gina – Estava tão bom.

- Por favor, Gina. – disse Agatha risonha, passando as mãos nos cabelos de Gina – É o Ernie, você deveria saber.

- Shhii Agatha, você está gritando.

- Eu tenho uma poção que pode melhorar a sua cara. – disse Agatha tirando um vidrinho das vestes – É melhor beber ou a Sra. Weasley mata você e nós também.

- E você e o Draco? – perguntou Gina em seguida bebendo todo conteúdo do vidrinho.

- O que tem nós dois?

- O beijo de vocês foi tão fofo. – disse Gina com um olhar significativo pra Harry – Vai dizer que depois disso não vai rolar nada?

- O que queria que fizéssemos? – perguntou Agatha confusa e aborrecida ao mesmo tempo – Estávamos debaixo do visco, é uma tradição.

- Sei.

A viagem foi calma, até a estação King´s Cross, Gina insistia em falar de Draco, Agatha ficava cada vez mais sem graça, Harry por incrível que pareça não parecia se importar ou fingia não se importar, Rony e Hermione simplesmente ignoraram os três e curtiram o momento juntos. Quando chegaram na estação eles atravessaram a barreira mágica e a Sra. Weasley acompanhada de Moody os estavam esperando.

- Meus queridos. – disse ela alto quando os avistaram – Aqui.

- Não precisa gritar – rosnou Moody – Eles já nos viram.

- Fique quieto seu rabugento. – ralhou a Sra. Weasley – Como vocês estão, senti tanta falta – disse ela dando um abraço em cada um – Onde está Draco?

 - Não o vimos ainda. – respondeu Gina cuja aparência já estava melhor.

- E como você está minha querida? – perguntou a Sra. Weasley para Agatha – Está se alimentando direito? Tomando sol...?

- Eu estou bem Sra. Weasley. – respondeu Agatha sorrindo – Eu podia estar melhor, mas, não se preocupe.

- E a festa? Vocês se divertiram? – perguntou ela.

- Muito. – responderam ao mesmo tempo.

- E o namoro de vocês dois? – perguntou a Sra. Weasley olhando de Harry para Gina.

- Melhor impossível mamãe. – disse Gina rapidamente pegando na mão de Harry – Não queremos estragar o natal dela não é? – acrescentou Gina baixinho para que só Harry escutasse.

- Mas onde será que está o Draco? – perguntou a Sra. Weasley outra vez.

Sua pergunta foi respondida, quando avistou Draco atravessando a barreira mágica.

- Querido. – disse ela alto, lhe dando um abraço, Draco corou, ela só não lhe deu um beijo por que ela não alcançou as suas bochechas – Como passou o natal?

- Bem obrigado, Sra. Weasley. – disse Draco sem jeito, Harry não pôde se conter e deixou escapar o riso, ele nunca virá Draco sem graça.

- Me desculpe eu sei que não poderiam nos ver juntos. – pediu ela corada.

- Não se preocupe, eu esperei que os outros saíssem pra eu sair por ultimo. – explicou Draco ainda corado.

- Viu Molly. É disso que eu falo, prudência, o garoto é cauteloso. – disse Moody.

- Pare de reclamar.

- Vamos logo. – disse Moody mal-humorado.

Eles saíram da estação e entraram em um carro magicamente ampliado que o Sr. Weasley havia conseguido com o Ministério. Quando chegaram à Toca, já puderam ver Fred e Jorge os esperando na porta.

- Como foi à viagem? – perguntou Fred animado já puxando Agatha pelo braço e ficando ao lado dela, Jorge ficou do outro.

- Ok. – disse Agatha desconfiada – O que vocês querem?

- As suas primas veelas, são muito snoobs. – começou Jorge.

- Será que pode nos dizer como quebrar o gelo delas? – perguntou Fred.

- Elas, estão aqui? – perguntou Agatha alegre saindo correndo pra dentro e deixando Fred e Jorge para trás.

- Mas e nós? – gritou Fred.

- E as nossas necessidades? – Jorge continuou.

- Quantas vezes eu tenho que dizer para deixá-las em paz? – repreendeu a Sra. Weasley puxando os dois pelas orelhas.

- Mas mãe. – disse Fred – A senhora não quer que nós nos casemos?

- E tenhamos filhos igualmente bonitos? – disse Jorge.

- Já me basta a Fleur. – disse a Sra. Weasley deixando os dois pra trás e entrelaçando o braço de Draco para que ele a acompanhasse – Fique a vontade querido.

Draco não disse nada apenas a acompanhou completamente sem graça, era estranho estar ali, ele nunca imaginou que passaria o natal na casa de Rony Weasley ou que seria bem recebido, Draco mirou a casa torta de cima a baixo e entrou. A casa estava lotada de cabelos ruivos que seriam os Weasley igualmente acompanha por Emma que era a esposa de David e de cabelos loiros que eram os Bovieur acompanhados pela Sra. Black. Alguns Ridgeway também estavam presentes e Kingsley, Remo, Ninfadora e Sirius, no meio de todos eles, haviam dois de cabelos castanhos, os Granger que agora abraçavam Hermione. Agatha conversava com duas garotas loiras de olhos azuis que Draco reconheceu como sendo suas primas, sua mãe conversava com a Sra. Bovieur, a Sra. Ridgeway e com a sua irmã Monique, que era loira e tinha os olhos pratas, Fleur falava animadamente com Rebecca a irmã mais nova do Sr. Ridgeway, Emma e Tonks. Em um canto David, Sirius, Gui e Carlinhos jogavam conversa fora e Kingsley agora conversava baixo com o Sr. Weasley, o Sr. Ridgeway, Lupin o Sr. Bovieur e Moody

- Oi meu amor. – disse a Sra. Black se aproximando de Draco – Senti sua falta. Como foi a festa?

- Ótima. – respondeu Draco se sentido desconfortável.

- Você e Harry vão ficar no quarto de Rony. – disse a Sra. Weasley sorrindo amigavelmente – Rony mostre pra ele o quarto, talvez ele queira descansar da viagem.

- Não obrigado, eu estou bem. – disse Draco rapidamente.

- Enton levem as mochilas lá prra cima crrianças. – disse a Sra. Ridgeway – E desçam parra almoçarr.

Draco e Harry subiram atrás de Rony, enquanto Agatha e Hermione foram atrás de Gina. Quando Draco entrou no quarto de Rony teve uma grande surpresa por ele não ser todo vermelho Grifinória, seu quarto era todo de cor laranja e havia vários pôsteres do time de quadribol, Chudley Cannon.

- Fique a vontade. – disse Rony esperando por um esculacho vindo de Draco.

- Fala sério? – disse Draco sorrindo de lado – Chudley Cannon?

- Oh! – exclamou Rony indignado – Para qual time você torce então?

- Falmouth Falcons. – respondeu Draco pomposo – É lógico.

- Sei. – disse Rony emburrado – Qual é mesmo o lema deles? A sim "Vamos vencer, mas se não pudermos, arrebentamos o adversário!"

- É isso ai. – disse Draco deixando a mochila de lado para se sentar na cama de Rony.

Harry sorriu mentalmente ao ver Draco e Rony discutindo quadribol, Harry sempre achou que Draco desse preferência ao golfe.

- Mas já estão falando de quadribol? – perguntou Gina entrando no quarto do irmão, acompanhada por Hermione e Agatha.

- Malfoy torce para o Falmouth Falcons! – disse Rony entorpecido.

- Isso sim é um erro. – disse Gina normalmente.

- Viu? – disse Rony para Malfoy – Diz pra ele Gina quem é o melhor time?

- Holyhead Harpies. – disse Gina alegre.

Draco e Rony caíram em uma gargalhada sarcástica.

- O que foi? – perguntou Gina irritada.

- Um time composto só de mulheres. – disse Draco – Você é bem previsível.

- Ora. – disse Agatha aborrecida – Eu também torço pelo Holyhead Harpies.

- Até onde eu sei você torcia pelo Pride of Portree. – disse Draco cínico – Só por que a Artilheira é a mãe do guitarrista das Esquisitonas. Qual é mesmo o nome dele? Kirk não é?!

- Eu posso mudar de opinião não posso? – disse Agatha emburrada

- Que tal nós descermos para almoçar? – sugeriu Hermione cortando a conversa.

- Ótima idéia. – apoiou Harry, eles saíram do quarto e desceram até a cozinha que foi ampliada para caber a enorme mesa para todos.