One Shot Love Story escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 1
Capítulo Único




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Love Story

História de Amor

“Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva.”

(Romeu – Shakespeare)

Verona, Itália – Ano de 1700

Meados de primavera, o clima era fresco, por conta dos resquícios que o inverno deixara no tempo. Porém, as flores já estavam desabrochadas e as árvores eram tão coloridas quanto um por do sol; o amarelo, vermelho e rosa das flores, contrastavam com os variados tons de verde que predominava na copa de algumas árvores. De manhã e a noitinha, sentia-se o cheiro do orvalho.

Uma jovem era acordada por sua criada, bem no início da manhã. A criada, de nome Ângela, entrara no grande aposento e abrira as cortinas do quarto, deixando á mostra as imensas venezianas, que logo deixariam os primeiros raios de sol entrar no quarto. Sofregamente, a jovem que dormia abriu os olhos, abominando aquele ritual matinal.

- Senhorita Swan, é hora de levantar-se. A senhora sua mãe já mandou que servissem o café da manhã. Hoje será servido na varanda. – Ângela informou.

- Sim, Ângela, obrigada. – Isabella levantou-se vagarosamente e vestiu um robe por cima da longa camisola. – Separe um vestido de passeio para mim, por gentileza?

Isabella entrou no grande banheiro e despiu-se. A tina já estava cheia de água quente, como de costume, para o banho matinal da senhorita. Ela prendeu os cabelos num coque sobre a cabeça e deixou a água morna banhar seu corpo esbelto. E quando já estava limpa e desperta, secou-se e, com a ajuda de Ângela, vestiu a combinação e então as devidas camadas dos longos vestidos da época.

- Gostaria que alguém inventasse um vestido sem toda essa pompa. – Isabella queixou-se.

- E mostrar as pernas por aí? – Ângela perguntou.

- Um dia não vamos mais usar isso. – Isabella dissera.

Depois que já estava arrumada, trançou algumas mechas do cabelo e prendeu junto ao coque baixo que fizera; em seguida, passou alguma coisa nos lábios e nos olhos e seguiu Ângela para a varanda da mansão.

Á mesa, já estavam o Lord Charlie Swan e sua esposa, Renée Swan. Eles sorriram ao ver a filha belamente vestida, andando ereta e com classe. Renée, diferente de outrora, agora pensava em arranjar um pretendente para Isabella, pois não era adequado uma moça como sua filha, não ter um pretendente.

- Ângela, acompanhe minha filha pela cidade hoje. – Renée falou.

- Sim senhora. Vou me aprontar, se me dão licença. – A criada falou e deixou-os a sós.

- Porque devo ir a cidade hoje, senhora minha mãe? – Isabella perguntou.

- Comprará um vestido novo para o baile de máscara que iremos á convite do Lord William Black. – Renée sorriu com a possibilidade da filha ser levada a matrimônio com o jovem filho do casal Black. Isabella fez uma careta ao pensar no filho do lord.

- Sim senhora. Vou ver se Ângela já se aprontou. Passar bem, mamãe e papai.

Isabella correu para dentro da casa e esperou, na área da frente, sua criada, que descia com um vestido na cor creme e um pequeno casquete na cabeça. As duas entraram numa carruagem e o cocheiro as levou para o centro de Verona.

- Minha mãe deu-nos dinheiro para passar o dia fora, é isso que farei. E você ficará comigo, não é? – Isabella perguntou á criada.

- O que quiser, senhorita. – Ângela sorriu, pois presava muito a companhia de Isabella.

- Olhe, Jéssica está ali.

Quando a carruagem parou, Isabella mandou que o cocheiro fosse embora e voltasse dentro de algumas horas, pois queria ter tempo para fazer compras e encontrar suas amigas. Assim que desceu, encontro Jéssica Stanley, filha de um lord amigo de seu pai.

- Vais comprar vestidos também, Bella?

- Sim. Onde está Lauren? – Bella perguntou, ao ver que a criada de Jéssica não estava com ela.

- Mandei que Lauren fosse buscar os chás novos que estão vendendo no mercado. – Jéssica deu de ombros. – Além do mais, quero ficar disponível para quando Mike Newton ou Edward Cullen vierem falar comigo.

- Edward Cullen, não o conheço. – Bella murmurou.

- Você quase não sai. Mas ele é novo na cidade. Filho de um conde e tem uma família perfeita. – Jéssica sonhava com a possibilidade de seus pais a darem em matrimônio ao jovem conde.

- Preciso ir, tenho muitas lojas á visitar. – Isabella sorriu e despediu-se da amiga.

- Nos vemos em quinze dias, no baile. – Jéssica acenou.

Bella saíra de braços dados com Ângela e as duas entraram em uma loja, onde a jovem pôde ver os novos vestidos que chegaram a cidade. Dessa mesma forma, o dia transcorreu, até que quando já estavam preparando-se para ir para casa, Ângela aproveitou para passar no mercado e procurar alguns itens que precisava.

Isabella estava parada próxima a entrada de uma pequena loja, vendo a vitrine, quando alguém esbarrara nela.

- Perdão, Milady. – Um jovem alto, de olhos verdes e cabelos cor de cobre, desculpou-se.

- Não precisa se desculpar, sem danos. – Isabella sorriu.

- Perdão. Edward Cullen. E a senhorita? –Ele apresentou-se.

- Isabella Swan. – Bella respondera num suspiro.

- Muito prazer, senhorita Swan. Perdão. Eu estava despistando uma dessas meninas aproveitadoras. – Ele disse.

- Preciso ir, Lorde Cullen. – Ela sorriu em resposta.

- Seria imprudente querer encontrar com a senhorita novamente? – Ele perguntou, depois de beijar-lhe a mão.

- Eu moro na parte leste, numa mansão dourada. Porque não vai observar os patos na lagoa próxima a floresta, depois do café da manhã? – Ela disse divertida.

- Seria uma honra.

E assim os dias foram se passando. Isabella saia furtivamente de sua casa todas as tardes, alegando ir passear pelo pomar, mas na verdade, ela ia ao pequeno coreto, próximo ao lago, ao lado da propriedade de seu pai. Edward Cullen, a cada dia tornava-se mais intimo da senhorita Swan.

- Minha mãe está desconfiada das minhas saídas. – Isabella disse ao jovem.

- É imprudente nos encontrarmos assim. – Ele sibilou. – Mas a companhia da senhorita me agrada deveras.

- A sua também, Edward. – Isabella deixou que ele segurasse em sua mão. – Não gosto de pensar que meus pais vão me dar ao filho do Lord Black em casamento.

- E se eu falasse com seu pai, Bella? Aceitaria ser minha esposa? – Ele perguntou, sorrindo, iluminando suas orbes esverdeadas.

- Oh, Edward! – Ela abraçou-lhe e beijou-lhe os lábios.

Porém, quando se deu conta, bem distante ouvia o chamado de Ângela, e Isabella deveria partir. Se tardasse mais, seus pais saberiam que ela não estava dentro da propriedade.

- Não sei se nos veremos mais. – Bella falou.

- O baile será de máscaras. Irei lhe tirar para dançar. – Ele disse-lhe. – Prometo-lhe. E se seu pai não lhe der em casamento a mim, fugiremos.

- Sim, fugiremos. Cuide-se, Edward. – Ela beijou-lhe novamente e saiu correndo.

Edward deu as costas a jovem e saiu correndo na direção de seu cavalo. Montou no garanhão negro e galopou em direção á mansão branca que morava, que não era longe dali.

- A senhorita demorou! – Ângela repreendeu-a.

- Oh, Âng, Edward quer pedir minha mão em casamento. Isso não é magnífico?! – Bella sorriu.

- Peguei algumas frutas para levarmos para casa. Assim a senhora Renée não irá nos repreender muito. Leve esta cesta. – Ângela entrou a ela.

Quando chegaram em casa, entraram diretamente pela cozinha, onde, curiosamente, Renée estava. A senhora observou o vestido da filha, que estava sujo nas barras e o cabelo desgrenhado levemente. Então, encarou as cestas de fruta. Porém, embora acreditasse que elas haviam passado toda a tarde no pomar, algo em si dizia que havia mais ali. Mas resolveu permanecer calada.

- Daqui a dois dias será o baile de máscaras. Comprei esta para você. Vai combinar com seu vestido. – Renée entrou a filha uma máscara que cobria os olhos e a lateral de sua cabeça, lembrando um cisne branco. – E você será apresentada ao filho do lorde Black.

- Existem pretendentes melhores que ele, mamãe. Não gosto dele. – Isabella resmungou.

- Não quero discutir, Isabella. Você se casará com Jacob querendo, ou não. – Renée disse rispidamente.

- Então irei fugir, logo depois do baile. – Bella retrucou.

Sem mais discussões e assuntos que tratassem de casamento, enlace ou qualquer coisa relacionada a isso, os dias se passaram e, finalmente a noite do baile havia chegado. Quando eram em torno de sete horas da noite, a carruagem saiu da mansão Swan e percorreu boa parte de Verona, até as propriedades do Lord William Black.

Isabella ficou o tempo todo próxima á Jéssica, na tentativa de evitar ser apresentada ao filho do lord. E durante todo o tempo, ela pensava que Edward, seu amado Edward, não iria encontrá-la, como ele havia prometido.

Porém, quando deu-se início á primeira dança, Isabella recebera o convite de um mascarado. Sem hesitar, aceitou.

- Poderíamos fugir esta noite. – O mascarado lhes disse.

- Poderíamos, eu fugiria com você. – Ela sorriu e estendeu sua mão dando voltas em torno do rapaz, de acordo com a dança.

- Quem é aquele jovem que está dançando com nossa, filha, Charlie? – Renée, que trajava um belo vestido lilás, perguntara ao marido, que servia-lhe uma taça de um champagne delicado.

- Certamente não é o filho do Lorde William, eu nem o vi nesta noite. – Charlie disse baixo. – Tenho certeza que é um rapaz de respeito.

- Deixe que eu vou resolver sobre o pretendente que terei a genro. – Charlie disse ríspido.

Lady Renée, insatisfeita com a decisão do marido, pois ela mesma queria escolher o rapaz, juntou-se á Senhora Stanley e á senhora Newton, que fofocavam sobre o novo Conde na cidade.

- Então, o senhor Charlie já decidiu quem será o pretendente da sua filha, Lady Swan? – A Sra. Stanley perguntou.

- Charlie está ponderando. – Renée murmurou. – Presumo que ele irá ter com o Senhor William.

- Uma escolha perfeita, imagino. – A sra. Newton condordou.

Isabella, que antes estava ao lado do mascarado, que ninguém sabia ser o filho do Conde, saiu com ele para a varanda mais distante do salão. Edward segurou as mãos dela junto ao peito e sorriu, estava extasiado com a beleza da sua dama naquela noite.

- Estás magnífica.

- Obrigada. – Isabella assentiu sem jeito. – Você também.

- Falarei com o senhor seu pai esta noite. – Edward declarou.

Porém, furtivamente, um jovem de mesma estatura que o Conde, mas de pele morena e cabelos finos e escuros, observava a cena. Era Jacob Black, filho de William Black, o anfitrião do baile de máscaras. Jacob usava uma máscara de corvo negro.

Jacob Black não podia pensar noutra coisa, senão na possibilidade de Charlie Swan escolhê-lo como futuro marido de sua filha. Mas ao ver a jovem ao lado do filho do Conde e ponderar sobre as condições do Conde Carlisle, que eram extremamente melhores que a de seu pai, um simples Barão, ele ficou tomado de ciúme.

Então, possesso, o jovem moreno andou firmemente em direção ao casal, chamando atenção do jovem Conde, que virara-se bruscamente para encarar o outro.

- Quem é? – Edward perguntou.

- Achei que ela seria minha dama esta noite. – Jacob murmurou.

- Então você é o filho do senhor William? – Bella saiu de trás do jovem Conde, sua aparência quase esguia, encarou toda a enorme estatura do garoto moreno.

- E você deve ser o filho do Conde. – Ele cuspiu as palavras.

- Sim, Edward Cullen, e pretendo tomá-la como esposa, senhor. – Edward falou.

- Não se eu puder impedir. – Jacob Black deu um passo a frente e desembainhou a espada.

A brisa noturna entrava por toda a varanda, que era alta, com trepadeiras verdes cobrindo toda a parede de tijolos que subia até seu parapeito. O vento aprumou-se e balançou os fios soltos do coque de Isabella. Ela levou uma mão á boca para conter o grito.

Jacob investia com sua espada e Edward, em esgrimista muito habilidoso, desviava dos golpes e defendia-se. Ele tentava o tempo todo manter Isabella atrás de si.

Assim que ouviram o grito de Isabella, as pessoas começaram a sair do salão e aproximar-se do trio. William e Charlie estavam á frente, junto com o Conde Cullen.

- Papai! – Isabella tentou correr, mas Jacob a segurou pelo braço e, logo, enlaçou-a pela cintura.

- O que está acontecendo, Edward? – Carlisle perguntou.

- Contenha seu filho, senhor William. Se minha Bella sair machucada daqui, acabarei com a sua vida. – Charlie rosnou.

Porém, quando Isabella tentara um movimento brusco, Jacob aproximou-se do parapeito, que ficava a cerca de seis á oito metros de altura, pois a casa ficava num penhasco.

- Sempre amei Isabella Swan em segredo. Desde que ela chegara nessa cidade, desde que eu a vira pela primeira vez, eu a amei em segredo. – Jacob sussurrara no ouvido da jovem. – E agora um... Condezinho, almofadinha qualquer vem e a toma de mim?

- Eu pretendia escolhê-lo como esposo para ela, Jacob! – Charlie exclamou.

- Prefiro morrer a casar com esse traste! – Isabella gritou, tentando se afastar dos braços fortes do rapaz.

- E eu prefiro que esteja morta, ao vê-la com ele!

- Jacob, não!! – William gritou, mas fora tarde demais.

Jacob dera três passos para trás e tombara seu corpo em direção ao parapeito. Ele atirou-se, levando Isabella junto. Renée gritou. O filho do Conde largou a espada no chão e olhava o parapeito. No fundo, o corpo de Isabella jazia imóvel, porém intacto, sobre o corpo de Jacob, que caíra sobre os espinhos da roseiras brancas, manchadas pelo sangue do jovem moreno e da jovem Isabella Swan.

- Como... Como vou viver sem ela? – Edward olhou para a lua branca, que saia de trás das nuvens. – Minha amada Bella. Minha Bella.

- Filho. – Carlisle colocou a mão no ombro dele.

- Eu não vou viver sem ela. – Edward rosnou e avançou sobre o parapeito. Ele se atirara no penhasco.

Estas alegrias violentas, tem fins violentos, falecendo no triunfo como fogo e pólvora, que num beijo se consomem.”

(Romeu e Julieta – Shakespeare)

New York, Estados Unidos – 2012.

Era uma manhã atípica em Nova York, o céu estava encoberto por nuvens densas e negras, mas não caia uma gota de água. Havia uma brisa leve com um aroma fresco de rosas, em frente a casa branca.

- Bella, levante-se, escola. – Sua mãe chamou-a ás sete horas da manhã.

Sofregamente, Isabella levantou-se e foi para o banho. Despertou com o toque da água morna. Prendeu os cabelos num coque frouxo e terminou de banhar-se. Quando estava seca, vestiu uma daquelas saias de prega, blusinha branca, arrumou o laço de sua blusa e colocou um casaquinho, meias três quartos e sapatilhas. Era seu uniforme.

Estranhamente, ela adorava esse ritual diário.

Desceu rapidamente e encontrou seu pai, já arrumado, tomando café da manhã. Tinha torradas, ricota, geléia, pão e panquecas. Ela ficou com as panquecas doces e o xarope de chocolate.

Assim que terminou de comer, lavou a boca, pegou sua mochila e saiu de casa, deixando um beijo para os pais. Sentou no ponto de ônibus na esquina de sua casa e esperou.

- Bom dia, Bella! – Ângela, sua melhor amiga, sorriu ao vê-la pela manhã.

- Bom dia, Ang. – Bella sentou-se ao lado dela, no ônibus.

- Então, preparada para saber sobre o resultado dos testes para a peça da primavera? – Ângela perguntou.

- Se eu puder ser uma árvore, ficaria feliz. – Bella disse baixo.

- Não seja boba. Você não sabe como é boa atriz. Eles não vão dar a você, menos do que um papel coadjuvante.

- Talvez. Dizem que não será a versão antiga, de Shakespeare que vão fazer, não é? – Bella perguntou. Não queria ter que encenar uma tragédia ao estilo Romeu e Julieta.

- Ainda estão decidindo. É porque vão ter vários olheiros da Juliards e outras universidades aqui. – Ângela respondeu. – Você não gosta muito de Romeu e Julieta, não é?

- Não. Não é isso. Eu gosto de dramas... Titanic, O Morro dos Ventos Uivantes e tudo mais... Mas essa, é específica, eu não me sinto confortável, lendo Romeu e Julieta e, ainda mais, encenando. Mesmo estando num papel secundário. – Bella deu de ombros. Não sabia por que não gostava daquela peça, sendo que achava a história muito bonita.

Quando chegaram a escola, elas dirigiram-se para a aula de espanhol, depois de francês, gramática e trigonometria, no período da manhã. As aulas de teatro seriam no período da tarde, até as três horas.

- Eu vou interpretar Julieta Capuleto. – Jéssica sibilou.

- Sabe, Jess... Seria bom se você não contasse tanta vantagem. – Lauren resmungou. – Eu serei Julieta.

- Aposto que vão escolher Rosalie Hale. – Bella murmurou. – Ela é uma top model, bonita, alta, delicada, fala bem e encena bem.

- Ou Tanya Denali. – Mike Newton sorriu bobamente.

- Não, ela vai fazer o papel de cortesã. – Ângela riu baixo.

- Mas não tem cortesãs em Romeu e Julieta. – Mike encarou-a.

- Justamente.

- Eu não sei quem vai fazer o que, mas com toda certeza, o Romeu será Edward Cullen. – Jess murmurou, ao ver o rapaz entrar no refeitório.

- Oh sim. Com certeza. – Lauren concordou.

Bella, não sentindo-se confortável ali, levantou-se e disse:

- Vou lá perto do mural, alguém vai vir? Antes que a escola inteira esteja naquele corredorzinho.

- Uma boa! Vamos, Bella! – Ângela passou seu braço por entre o de Bella e caminhou com ela para fora do refeitório.

Ângela Weber era a melhor amiga de Isabella Swan, sendo assim, sabia da vida dela como se fosse a sua própria. Âng, apelido dela, sabia que Bella e Edward não se davam bem por algum motivo, mas nunca entendera o porquê. Na verdade, nem Isabella sabia.

A escola era imensa, porém, o corredor onde o mural de recados da matéria de teatro era um tanto estreito e não caberia outros vinte alunos, que eram o total de participantes da peça, junto com os outros quinze, que ficariam nos bastidores, e deveriam estar ali, para ver onde é que iriam trabalhar. Sem mencionar nos outros quatrocentos alunos da escola de ensino médio Millenium, que passariam por ali só para ver quem ficara com os papéis principais e com os piores também. Eles precisavam de algo para fofocar.

- Não quero nem ver.

- Não quer ver o que, Ed? – Alice Cullen, irmã de Edward, perguntara-lhe, quando estavam saindo do refeitório.

- Os resultados dos testes para a peça de teatro. Só estou participando porque preciso de pontos. – Ele deu de ombros.

- Você é um bom ator, e esses pontos vão fazer você entrar na Juliards e poder cursar música. – Alice dissera.

- Eu posso ver por você. – Emmett apareceu atrás deles. Ele era irmão de Alice e Edward, estava no último ano. Já Alice e Edward, eram secundarista.

Edward era filho de Carlisle Cullen e Esme Cullen, Jasper e Rosalie eram seus amigos de infância. Ele saíra de casa ás oito e quinze da manhã, com o motorista de seu pai; chegou á escola ás quinze para as nove.

Quando chegou, encontrou Jasper e Rosalie saindo do carro de seus pais. Cumprimentou-os e deu um beijo no rosto de Rosalie, que sempre tivera um queda por ele, até conhecer Emmett, o irmão mais velho de Edward, que lhe tirara toda a atenção.

Edward nunca se dera bem com as pessoas ao seu redor, exceto seus amigos mais íntimos, ninguém entendia porque Edward não conseguia manter uma relação social com as outras pessoas, incluindo Isabella Swan. Por algum motivo, ele não gostava dela.

- Vamos lá, eu vejo por você! – Ângela exclamou, correndo em direção ao mural, assim que o sinal bateu. E cerca de dois minutos depois, já era possível ouvir os passos e o alto falatório em direção ao lugar.

- Ângela, vamos logo! – Bella chamou-a.

- Ok, ok. Vi tudo o que eu tinha que ver. – Ângela puxou Bella pela mão e elas correram para fora do corredor sem saída. Dois minutos depois, já estava cheio de gente.

As duas correram para o auditório, que ainda estava vazio. Ângela suspirou profundamente e disse:

- Então?

- Eu farei a criada que ajuda a Julieta. – Ângela sorriu.

- Quer dizer que eu vou ser a faxineira. – Bella riu.

- Não... Muito mais. – Âng riu.

- O que quer dizer com isso?

- Serei a sua criada, Julieta Capuleto. – Ângela abraçou-a.

- Oh meu deus! – Bella suspirou. – Quer dizer que metade das meninas dessa escola vão querer me matar ainda hoje. Eu não queria...

- Mas você é. Acho que você foi a única, além de mim e de mais uns cinco, que não se inscreveu para Julieta. – Ângela explicou. – Vamos sentar perto da mesa do professor. Corremos menos risco.

As duas foram para próximo da mesa do professor, bem em frente ao palco, onde ele já estava. O professor deu os parabéns á Bella, por ter conseguido o papel, e explicou como seria a peça.

Logo em seguida, todos os outros alunos chegaram e Jéssica estava decepcionada, por que faria apenas o papel de uma jovem dama da corte, assim como Lauren.

Já Edward fora escolhido como Romeu.

- Droga. – Bella resmungou.

- Vai dar tudo certo, vocês vão achar um jeito de se dar bem.

- Eu espero. – Bella deu de ombros.

O professor chamou Isabella e todo o resto do elenco para o palco, onde eles fariam um ensaio para ver como ficaria cada papel. Edward estava de cara feia. Isabella estava mal humorada.

“Nós éramos jovens quando eu te vi pela primeira vez.”

Isabella encarou Edward e seu mundo pareceu parar de girar e o tempo pareceu parar. Tudo ao seu redor ficara silencioso.

“Eu fecho meus olhos e começo a lembrar...”

Edward, sentira como se seu mundo parasse e como se seus pés não tocassem mais o chão. Era como se ele tivesse sido levado a outra época, num tempo mais remoto.

“Eu vejo as luzes, a festa, os convidados...

Te vejo andando em meio a multidão.”

Já não existia mais um auditório e nem todos aqueles alunos ali, ao mesmo tempo em que ficava tudo escuro, uma luz surgiu e iluminou o ambiente, que agora era um salão enfeitado. Os alunos já não eram mais alunos e não trajavam mais uniformes, trajavam vestidos de festa, medievais, e trajes antigos.

         E em meio a todos eles estavam Isabella e Edward.

E eu disse:

Romeu, me leve á algum lugar que possamos ficar sozinhos.

Eu estarei esperando, tudo o que faremos é correr.”

- Eu sou o príncipe e você será a princesa. – Edward sibilou, encantado pelo sentimento que invadira seu peito.

- Eu escapei para te ver. – Bella sibilou. – Mas ficamos em silêncio, porque estaríamos mortos se soubessem. – E um apontada de tristeza invadiu os dois, mas eles ainda não sabiam o porquê.

“Você era tudo para mim.”

- Eu tenho morrido todos os dias esperando por você. – Edward sibilou. – Eu tenho te amado por muito tempo.

- É por isso que me sinto assim? – Bella perguntou.

- É por isso que nos sentimos assim. – Ele sorriu. – Eu não deixarei nada tirar o que está á nossa frente.

Então, eles foram levados, como mágica, a sacada, onde tudo aconteceu. Viram quando um por um, foram atirados da sacada.

“Romeu me salve, eu tenho me sentido tão sozinha

Eu continuei esperando por você, mas você nunca veio

Isso está na minha cabeça? Eu não sei o que pensar

Eu te amo, e isso é tudo o que eu realmente sei”

- Agora dará tudo certo. – Ele sorriu e beijou-lhe.

Porque nós éramos jovens, quando te vi pela primeira vez.”

FIM


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