Ps I Love You escrita por lucas esteves
Notas iniciais do capítulo
Mantendo como um segredo.
Tão rápidos quanto puderam, levaram Ju para o hospital. Chamaram os pais de Seb. Foi simplesmente a maior confusão vista no Colégio Eileen Dork nos últimos anos e, o pior é que, aos olhos dos outros, a culpa era da brasileirinha.
Claro que os meninos não viam a coisa por esse lado, mas eles não eram a maioria da escola.
— As minhas costas doem – Ju repetiu pausadamente a Pat, que as vezes desequilibrava com ela no colo, quase deixando-a cair e, assim, causando dor nas costas.
Tão rápidos quanto puderam, levaram Ju para o hospital. Chamaram os pais de Seb. Foi simplesmente a maior confusão vista no Colégio Eileen Dork nos últimos anos e, o pior é que, aos olhos dos outros, a culpa era da brasileirinha.
Claro que os meninos não viam a coisa por esse lado, mas eles não eram a maioria da escola.
- As minhas costas doem – Ju repetiu pausadamente a Pat, que as vezes desequilibrava com ela no colo, quase deixando-a cair e, assim, causando dor nas costas.
- Ta, desculpa. – ele disse, finalmente deitando-a na maca do hospital.
- Ela vai ficar bem, seu moço? – perguntou David, desesperado.
- O que ela teve não foi grave. – explicou o mesmo, empurrando a maca ambulante pelo corredor até o quarto mais próximo. – Mas pode ter quebrado um braço.
- O QUE? – gritou o rapaz. – Mas... Não, meu Deus, o que será da pobrezinha sem um braço. Ela precisa daquele braço.
O médico olhou David como se ele fosse louco, sorriu amarelo e fechou a porta do quarto na cara do rapaz.
- David, você devia tentar parecer mais normal quando estamos em um hospital. – disse Chuck.
- Ele não consegue. – retrucou Jeff, de braços cruzados. – É mais forte do que ele, coitado.
O rapaz então se virou para os amigos, chorando desesperado. – A Ju vai ficar sem um braço, entendem? VOCÊS GOSTARIAM DE SEREM MONETAS?
- Ela não será moneta, sua mula paralítica! Ela pode ter quebrado o braço, entende? Quebrado. O. Bra. Ço. – disse Pierre, pausadamente. – Isso dá pra consertar, entende? Con. Ser. Tar.
Um sorriso se projetou nos lábios do menino.
- Jura? Ai meu Deus, essa menina tem sorte, imagina se ela fica moneta? – ele passou as mãos na testa, como se limpasse suor. – Essa Juliana me faz passar por cada uma...
Todos olharam pra ele estranhamente e depois foram sentar-se na sala de espera do Hospital.
- Onde esta a Karol? – Chuck perguntou à Pat.
- Ela e o Tony foram até a casa do Seb, falar com o Sr. e a Sra. Lefebvre.
- Taí outra coisa estranha, cadê o Seb?
- Isso é uma coisa que nós vamos ter que perguntar pra ele...
***
- Prontinho. – anunciou o médico, abrindo a porta do quarto onde entrara com Ju quarenta minutos antes.
A menina estava em uma cadeira de rodas, com o braço direito completamente engessado, pendurado no pescoço por uma tipóia.
David, como já era esperado, foi o primeiro a levantar e checar se Ju estava bem. Só depois de vê-la com os dois braços, ficou realmente calmo.
- Juliana, que susto você me deu! – gritou Karol, entrando com Tony e o Sr. e a Sra. Lefebvre no hospital. Ela parou de chofre ao ver a amiga. – Eu quase morri do coração e você só quebrou um braço?
- O que você queria afinal? Que eu quebrasse uma costela? Uma perna?
- Bom, algo que compensasse o meu susto.
Tony levantou as sobrancelhas, olhando para a amiga.
- Se fosse pra compensar seu desespero, você certamente teria que ter sofrido um traumatismo craniano grave, você sabe, né Ju? A Karol é um pouco exagerada!
- Sei sim... Mas eu prefiro pensar pelo lado de que isso significa que ela me considera muito amiga.
- Definitivamente, sim!
Todos ali riram, agora aliviados por saberem que, o máximo que teriam que fazer, era escrever por ela.
- Então, vamos moça? A gente precisa te levar pra casa e ainda passar na escola conversar com a diretora sobre esse acidente. – comentou a Sra. Lefebvre.
Ju sorriu, concordando. Ela olhou para todos ali enquanto agradecia. Estava tão mais aliviada, agora que sem dor, que nem reparou a expressão rígida de Tony.
A expressão do rapaz mudara com o comentário da mãe de Seb. Fora assim, sem mais e nem menos ele fechara a cara. Sentiu um aperto no peito incomodá-lo, mas estava decidido a ficar quieto. Pelo menos naquele dia, deixaria tudo como estava.
- Tony, eu disse tchau! – ouviu a menina chamá-lo.
- Há! É... Digo... Tchau. – ele deu um beijo na bochecha da menina.
Ao seu lado Karol sorria abertamente e então uma idéia passou brilhantemente pela cabeça de Ju. Quem sabe pudesse recompensar Karol por toda sua ajuda?
- Vê se cuida bem da minha amiga, ein? – ela brincou, levantando-se da cadeira de rodas com a ajuda de Jeff e do Sr. Lefebvre. – Essa menina vale ouro. – piscou para a amiga.
Tony também sorriu, passando o braço por trás de Ka e pousando a mão em sua cintura, para depois aperta-la carinhosamente.
- Eu sei disso. Essa daqui vale demais! – disse, para depois dar um beijo estalado na bochecha que Karol.
A menina sentiu-se ir à lua e voltar em segundos. Entendeu então as intenções de Ju ao fazer aquele comentário e suspeitou que tivesse que agradecer eternamente a amiga por aquilo. Levar um beijo de Tony no rosto era como sentir a mais macia e perfeita nuvem com gosto de algodão doce tocar seu rosto, pelo menos segundo Ka.
“Eu-te-amo”, disse apenas movendo os lábios.
Ju olhou para a menina, satisfeita.
- Vocês formam um casal lindo. – comentou, fingindo perfeitamente um tom despreocupado.
Os dois coraram imediatamente, mas Tony não deixou de sorrir.
Ela então deu tchau à todos e seguiu com os Lefebvre para casa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Próximo Capítulo:
Lost in Those Hazel Eyes
Ju olhava para o rapaz, que o peso de seu corpo prendia no chão. Podia jurar que não estava a mais do que três centímetros do rosto dele