Suas mãos estavam para trás, escondendo alguma coisa, alguma coisa que o fazia suar frio de nervoso.
- Bem parece que você caiu. – Disse Jonas misterioso.
- Caí? O que quer dizer com isso? – Perguntei.
- Nesta armadilha. – Jonas sacou sua arma, da qual estava escondida, e então o fazendo suar frio, o nervoso tomou conta do seu ser, e de mim, o pânico. Ele agarrou-me pelo pescoço, e eu soltava gritos de “porque”, a única coisa que ele fez foi calar-me com suas próprias mãos, mãos sujas.
- Não grite! Pois se fizer isto mais uma vez, eu te apago.
- O que você esta fazendo? Por que isso, Jonas?!
- Cale a boca!
Meu corpo rendia-se a dor que Jonas estava exercendo sobre ele, apertando o meu pescoço com toda a força e os meus braços frágeis. Jonas colocou-me sobre a cama, amarrando os meus dois braços e pés, para que eu não pudesse me soltar, e então colocou uma espécie de faixa em minha boca para que eu não pudesse argumentar em nada sobre o que ele me diria.
- Pare de choramingar e escute o que eu vou te dizer.
As lagrimas já escorriam sobre o meu rosto.
- Sua mãe, antes de morrer, tinha me pedido um pequeno favor... Não sou quem você pensava que eu era, e sim... a noite passada foi por puro interesse, e o que o Anthony fez comigo, me deixou com mais vontade do que vou fazer com você agora. Isso foi uma ordem, e devo cumpri-la.
Um ruído ensurdecedor tomou conta do pequeno quarto de hotel. Outro ruído. Mais um.
Jonas tirou as cordas que prendiam Tracy, e também a faixa que estava em sua boca. Colocou-a de uma forma para que pudesse parecer que nada daquilo tinha acontecido, e que fora totalmente acidental, para que ele não levasse culpa de nada. Funcionou.
As dezessete horas e trinta minutos, do mesmo dia Anthony chegou as pressas no hotel que ficava no centro de Los Angeles. Um hotel badalado e respeitado e que agora sofreria uma reputação horrível devido a esta morte.
Anthony não teve paciência para esperar o elevador, e subiu dez andares até chegar ao quarto. Derrubou a porta com a força de seus pés, pois estava trancada. Quebrou tudo o que havia pela frente, o seu estado era critico, caótico. Anthony estava completamente fora de si. Ao chegar no quarto e ver Tracy ferida, com os olhos fechados, gelada.
- Tracy, Tracy! Por favor, me responda!
Absolutamente nada, nenhum movimento.
- Ela se foi? – Anthony perguntou para si próprio com o rosto sendo inundado, por lagrimas doloridas e jamais sentidas. Pegou-a no colo e tentou verificar a sua pulsação, mas nada, novamente.
Enfim, deu um beijo em sua testa, e assim chegaram os médicos para levarem o seu corpo para uma autópsia e determinar a causa da morte.
Anthony ao chegar em casa, nada fez, só lamentou. Hillel e Flea estavam tentando ajudá-lo, mas sem sucesso, uma morte não era fácil de curar, principalmente quando se amava a vitima.
No dia seguinte foi realizado o enterro. Dor, nada mais do que dor.
A causa da morte foi achada: ferimento por bala, arma calibre trinta e oito. Mas quem teria disparado? Ninguém soube...