Forgotten escrita por hipyao


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eba duas da madruga e eu escrevendo, não consegui deixar só o prólogo, estou muy feliz que já tenha gente lendo *o* Pelo menos já está em um favorito pensa/ Q Peço reviews lindas e desejo uma boa leitura - eu acho todo começo de fic meio chatinho, então boa sorte -



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Meu despertador tocou – tacar o celular na parede? Uma boa idéia. Se eu tivesse o luxo de ganhar outro depois – me sentei na cama me desenrolando das cobertas, me espreguicei e fui fazer a higiene matinal, como de habitual coloquei um jeans e um moletom qualquer, de vez em quando eu ousava mais e colocava uma blusa, mas hoje eu tava com vontade de aproveitar o friozinho no meu moletom, amarrei o cabelo num coque bagunçado peguei a bolsa e desci, sem fome passei pela cozinha sem ao menos olhar a comida, quando estava quase na porta mamãe me parou:

            -Filha! Você não sabe o que eu encontrei! –Ela veio em direção com um envelope amarelado, antigo e colocou em minhas mãos, quando bati o olho reconheci a caligrafia de iniciante do Chris, ele prometera que mandaria cartas, mandou por dois meses e nunca mais deu notícias, sequer se preocupou em quanto aquilo me magoou, era por isso que hoje eu sabia que a melhor coisa era deixar o passado em seu devido lugar.

            -Mãe! Você sabe do meu lema! Joga isso fora. –Falei raivosa, mas não mal educada, saindo porta a fora. Fiz a caminhada até o ponto de ônibus e quando cheguei lá dentro com aquele bando de... urubus, que assim como eu não tinham carro ainda sentei num acento vago e coloquei meus fones de ouvido, ah, minha querida música clássica. Cheguei na escola, nada de interessante, me arrastei para sala e me sentei no fundo da sala, aquela carteira de dupla era a única que ficava vazia, não foi sempre assim, eu tinha uma amiga... O passado, ele deve ficar lá. Desde o inicio das aulas em janeiro eu venho notando que um garoto de cabelo castanhos meio mel repicados desleixadamente, pele branca, magro, muito tatuado me olha de um jeito estranho, me encara, mas ele nunca veio falar comigo, até hoje, ele se sentou do meu lado, com um cigarro aceso, ele não deu uma palavra, mas aquele cheiro já estava me dando alergia então eu quebrei o silencio:

            -Será que... Você poderia apagar o cigarro ou trocar de lugar? Eu tenho alergia. –Ele jogou o cigarro no chão, pisou nele e sorriu. Ele era muito estranho, nem disse nada. A aula de calculo começou, eu era realmente ruim naquela matéria e perdi mais da metade da aula em um único calculo, percebendo minha dificuldade o garoto ofereceu ajuda:

            -Você tem que passar esse ‘x’ pra cá. –Ele me parecia estranhamente familiar, de qualquer forma, consegui resolver a conta rapidamente depois da ajuda dele. –Pode pedir ajuda sempre que quiser. –Eu sorri em agradecimento, logo o sinal tocou e eu sai quase correndo pela porta, mas ele me alcançou: -Ei, você não quer... almoçar comigo?

            -Você e seus amigos?

            -Na verdade, almoço sozinho. –Não poderia ser tão ruim.

            -Ah, tudo bem. –Comi apenas uma maçã.

            -Então... Desde quando estuda aqui? –Ele me perguntou concentrado em sua maçã.

            -Desde sempre. E você?

            -Cheguei no começo do ano, escola bacana até. –Eu, estranhamente, ri. –Que foi?

            -É engraçado você chamar isso de ‘bacana’.

            -Você fala isso porque não se empenha em ter amigos.

            -E você também não.

            -Como não? O que estou fazendo agora? –Eu olhei com cara de ‘tudo bem, você ganhou.’ –No outro dia ele continuou sentando ao meu lado nas aulas que tínhamos juntos e continuou almoçando comigo, puxando assunto, era estranho como a gente se dava tão... bem. A gente podia falar de mil coisas diferentes sem se cansar um do outro, ele até passou em minha casa pra me dar carona algumas vezes, minha mãe não gostou muito dele, por causa das tatuagens e tudo mais, mas ele era um garoto legal, bonito, de um jeito diferente, mas bonito e uma coisa que me intrigava era que o nome dele era Christofer, mas eu jamais poderia considerar que aquele era meu Christofer, ele teria me reconhecido. Até que numa segunda feira entrei na sala esperando Christofer se sentar ao meu lado, com o cigarro aceso – ele sempre esquecia que eu tenho alergia – mas ele foi para o outro lado da sala e se sentou ao lado da garota com quem ele sentava antes de mim, ele cumprimentou a ruiva que parecia nem sentir a presença dele, eu sofri bastante naquela aula de calculo e depois no almoço ele me deixou sozinha de novo, eu já deveria colocar ele no álbum do passado? Eu passei pelo corredor que dava no meu armário de cabeça baixa e trombei em alguém, os livros da minha mão caíram e o cigarro que estava entre os dedos dele também caiu e pegou na minha mão que já estava procurando os livros no chão, eu olhei pra cima e era Christofer, ele se atreveu a me dar um olhar, mas como se nada tivesse acontecido – ele tinha acabado de queimar minha mão, tudo bem que por culpa minha, mas o que custava perguntar se estava tudo bem – ele saiu andando, fiquei lá com a minha dor e meus livros perplexa por causa da atitude dele, fui até meu armário ainda processando o que acabara de acontecer, como as pessoas tinham a habilidade de me chatear em tão pouco tempo? E eram sempre as pessoas que mais me faziam sorrir.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro me avisem please, fiquei com preguiça de reler (: