(Im)memorial escrita por Giovanna


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Eu estou adorando escrever essa fic! Eu já tenho três capitulos prontos e... Opa! Falei demais. Kakak.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188271/chapter/1

A garota de dezesseis anos andava de um lado para o outro, irritada. A todo o segundo olhava para a porta. Seu sapato de salto batia contra o piso que a deixava mais irritada ainda. A calça colada ao corpo estava a irritando. Tudo naquele momento estava a irritando.

Ela berrou, frustrada. Sabia que não estava adiantando nada fazer aquilo, mas estava com muita raiva. Ela pegou o vaso de vidro que estava cheio de água e atirou na porta no momento em que dois meninos entravam na casa, fazendo-os se abaixarem para não serem atingidos.

- ANNABETH!

- Percy, Nico... – A loira correu, abraçando os dois pelo pescoço, com a voz trêmula. Os dois estranharam aquilo. Estava certo que algo muito estranho estava acontecendo.

- O que aconteceu, Annie? – Percy disse, assim que a loira soltou-os.

- Thalia...

- O que aconteceu com ela? – Nico perguntou, se exaltando.

- Ela sofreu um acidente de carro. – Annabeth abaixou a cabeça.

- Onde ela está? – Nico já estava preocupado até demais.

Fazia alguns meses que Nico e Thalia estavam namorando. Depois de muito insistir, ela havia admitido que o amasse e estavam felizes. Eles eram um dos casais que mais se amavam no mundo todo praticamente.

- Annabeth, onde ela está? – Nico repetiu a pergunta.

- Calma. Respira. Um, dois...

- Chase, onde ela está?

- Certo. No Central. Nico... – Mas o menino não estava mais lá. A única coisa que restou foi a porta batendo e a loira olhando confusa para o menino ao seu lado, que estava também atordoado.

- Percy, vamos. – O menino assentiu e os dois foram para o carro.

Certo, eles não demoraram a chegar. Percy pisava no acelerador para acompanhar o carro de Nico, que sempre aumentava a velocidade. Annabeth estava com as unhas sangrando de tanta angustia. Percy estava tentando conformar a menina, mas em vão. Nico estava com o som alto, mesmo não adiantando nada, porque nada mudaria sua preocupação. Ele sentia que alguma coisa estava errada.

Chegaram ao estacionamento do hospital e pararam lado a lado. Annabeth desceu do carro sem nem estar parado direito. Estava com medo até porque Thalia era irresponsável. Já havia feito muitas besteiras.

Correu até a recepção e olhou nos olhos da recepcionista vulgar. A mulher olhou entediada com ela e com luxúria para os dois meninos que pararam cada um de um lado da menina.

- Onde está a menina que entrou aqui há poucas horas? Thalia Grace.

- Vocês não podem vê-la nesse momento. Ela sofreu um sério acidente.

- Você jura que ela sofreu um sério acidente? Achei que fosse brincadeira. – Annabeth disse, ironicamente. – Qual. É. O. Quarto. Dela?

- Certo, certo. Quarto sete, zero e dois. Sétimo andar. – A menina assentiu e foi até o elevador, sendo seguida pelos dois meninos. Apertou o botão vinte vezes, até o mesmo abrir. Provavelmente apertar muito não adiantaria nada, mas, naquele momento, parecia. Os três entraram no elevador e apertaram o botão com o número sete.

O elevador subiu rapidamente, deixando-os no corredor dos números setecentos e alguma coisa. Viraram a esquerda e se depararam com um o número 702 em uma porta, com um médico saindo dela, com a expressão preocupada.

- Doutor? Quarto de Thalia Grace, não é?

- Sim. Vocês são...

- Melhor amiga, primo e namorado.

- Namorado... – O homem disse, olhando para Nico com a expressão mais preocupada ainda. – Vai ser pior do que eu pensei. – Sussurrou.

- O que vai ser pior do que pensou? – Nico perguntou, levando uma cotovelada na costela de Annabeth.

- O acidente foi muito grave. Demais até. Ela pode correr o risco de morrer ou...

- Ou... – Nico já estava cada vez com o sentimento de dor e medo se alastrando.

- Ter sequelas eternas. Como por exemplo – Continuou. – Perda de memória ou ficará sem andar. Um carro desgovernado, pilotado por um garoto de pouco mais de quatorze anos, se chocou contra ela, fazendo-a cair a montanha. Ela bateu a cabeça diversas vezes e chegou aqui toda sangrando. O caso dela é preocupante. 

- Obrigada, doutor. Quando poderemos vê-la?

- Podem entrar já. Um de cada vez, por favor. Para evitar tumulto.

Os três assentiram e se decidiram quem entraria. Foi decidido que Annabeth seria a ultima, Percy o segundo e Nico o primeiro. O menino respirou fundo e abriu a porta do quarto. Thalia estava deitada na cama, com um grande corte na testa e vários arranhões pelo corpo. Estava com o braço esquerdo e as duas pernas quebradas. Estava com o pescoço enfaixado e com vários curativos pelo rosto. O cabelo preto, que outrora estava brilhante e liso, estava sujo e opaco.

Nico suspirou ao ver a namorada daquele jeito. Aquilo estava o matando. Pelo menos se houvesse um jeito de ele trocar de lugar com a menina... Mas não tinha. Ele teria de sofrer com ela ali. Mesmo que aquilo o machucasse.

Ele sentou-se ao lado da garota e segurou sua mão. Estava destruído. Mas era claro que estava! Era a menina que ele amava que estava ali, estirada naquela cama, com todos aqueles ferimentos. Não qualquer outra. Ela a menina que ele amava.

A menina se mexeu de leve, fazendo-o se assustar. Com muita força (o que ele percebeu), ela conseguiu abrir um pequeno espaço nos olhos, o encarando com os famosos olhos azuis elétricos.

- Você acordou. – Ele sorriu para ela.

- Eu estava dormindo? – Ela olhou assustada para ele.

- Você sofreu um acidente, Thalia.

- Oh, então meu nome é Thalia? – A confusão era visível nos olhos ela e, agora, nos dele.

- Como assim? Você não sa... Oh! – Ele fechou os olhos, rezando para todas as forças que existiam para que não deixassem que não fosse o que ele estava pensando.

- Eu deveria saber, não deveria? Eu não me lembro de nada.

- De nada? Nem de mim? – Ele olhou fundo nos olhos da menina.

- Não. Nem um pouquinho.

Ele assentiu. Sabia do risco que corria com aquilo. Sabia que, querendo ou não, era perigoso aquilo acontecer. Estava apenas tentando se mantiver cego para os fatos. Mas o fato era que Thalia Grace estava com perda de memória. Ela não se lembrava de nada. Nem dele e seu papel na vida dela. De nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?