Um Amor De Infância escrita por Anah


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Eeeeu demorei, eu sei,me descuulpe )):



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O Castelo Findhorn apareceu imponente e cinzento sob a árida paisagem. Inu Yasha aproximou seu cavalo de Alistair e Sesshoumaru. Tanto seu tio quanto seu irmão se mostravam sérios, preocupados.

— Você não devia estar aqui, tio. Esta guerra não é sua.

— Claro que é Inu Yasha. Seu pai era marido de minha irmã, e por mais que eu não seja um homem que apoie a guerra, concordo que chegou a hora de você recuperar o que lhe pertence.

Inu Yasha colocou a mão no ombro do tio.

— Está bem, então vamos.

Os Macgillivray se uniram aos Taisho e Davidson, e os três clãs desceram pela tortuosa colina em direção ao campo de batalha do Castelo Findhorn. Eram quase trezentos homens. Poucos, portanto. Inu Yasha olhou para trás e viu o chefe dos MacBain e seus cem cavaleiros, montados e imóveis, no alto da colina. Ainda não decidira se os apoiaria ou não.

Bankoutsu se posicionou à esquerda de Inu Yasha. Sesshoumaru seguia Alistair, acompanhando os Davidson.

Os Grant se endireitavam em suas selas à medida que o inimigo se aproximava.

Um cavalo relinchou, do lado dos Grant. Inu Yasha virou-se depressa, pegando o arco em suas costas. Todos os soldados do inimigo se afastaram, abrindo passagem.

Um homem, vestido para batalha, apareceu no meio deles em um grande garanhão de guerra. Inu Yasha cerrou os dentes ao reconhecê-lo: Reynold Grant.

Naquele momento, todos os olhares de voltaram para Inu Yasha, inclusive o de Reynold.

— O que o traz aqui, Taisho? — perguntou Reynold, com escárnio.

— Você sabe muito bem. Vim recuperar o que é meu. E também acertar uma conta bem antiga.

Reynold olhou para o pequeno exército do inimigo e caiu na risada, como se tivesse escutado uma piada.

— Com isso aí? — Indicou o clã Chattan.

— Sim. — Inu Yasha se esforçava para controlar a raiva.

— É um sujeito engraçado, Inu Yasha Taisho. Agora percebo por que a minha adorável prima se encantou tanto por você.

O sangue quase ferveu nas veias de Inu Yasha.

— Não permita que as provocações dele o atinjam, chefe — advertiu-o Bankoutsu. — Escolha seus movimentos com o máximo de cautela.

De soslaio, Inu Yasha notou que seu tio assentia. Reynold se levantou da sela e, com um floreio imponente, desembainhou a espada. Inu Yasha ficou tenso.

— É melhor desistir, Taisho, para que não raptemos as mulheres e crianças de seu clã.

Gritos irados bramiram em meio aos Chattan. Os cavalos resfolegavam e pisoteavam o solo. Inu Yasha observou surpreso, os guerreiros Grant olharem para seu chefe.

— Um homem que leva mulheres e crianças a uma guerra não pode comandar um clã! — berrou Inu Yasha.

Reynold riu e não percebeu que seus homens se afastaram. MacBain estudou Reynold Grant. Inu Yasha notou que o velho chefe esperava, sem julgar, pelo próximo movimento daquele homem impiedoso.

— Parece que você soube da recepção que lhe preparávamos aqui, Taisho. Não foi a surpresa que achei que seria.

— Não, não foi mesmo.

— Ah… Então só pode ter sido minha prima quem entregou meus planos. Perkins será severamente punido por ter permitido que Kagome Todd escapasse uma segunda vez.

Agora Inu Yasha sorriu.

— Tarde demais, Grant. Ele já foi punido. Todavia, não com tanta severidade quanto você gostaria.

O sorriso sumiu do rosto de Grant.

— E minha prima, onde está?

— Em um lugar bem seguro, onde você não a encontrará.

— Pode ter certeza de que a encontrarei, Taisho! E quando isso acontecer… Um homem é capaz de perder todo o bom senso naqueles cabelos negros e olhos verdes, não?

A espada de Inu Yasha refletiu seu brilho prateado quando Inu Yasha a desembainhou.

— Ouse encostar um único dedo em Kagome, e não sobrará um Grant vivo em Inverness!

Os guerreiros do clã Chattan pegaram suas espadas assim que Inu Yasha incitou seu cavalo para frente. Os Grant hesitaram, fitando de um chefe para o outro, sem saber o que fazer.

MacBain ergueu sua espada e encarou Inu Yasha. Seus guerreiros o seguiram assim que ele se posicionou próximo aos Chattan. Mesmo com o apoio de MacBain, o número de guerreiros dos Chattan era menor, mas não fazia diferença. Nada impediria Inu Yasha de agir.

Escutou-se um tropel. Inu Yasha parou bem à frente de Reynold à medida que os guerreiros foram abrindo espaço para os cavaleiros que se aproximavam. Os Chattan acalmaram seus cavalos alvoroçados e se mantiveram a postos. Até Reynold olhou para trás a fim de descobrir o motivo de toda aquela comoção.

Inu Yasha não acreditou no que via.

Duzentos guerreiros Grant, prontos para a guerra, vinham para o campo. O coração de Inu Yasha disparou ao notar quem comandava aqueles homens.

— Kagome!

- Meu Deus! — Alistair fez um esgar.

— E Miroku e Drake estão com eles — adicionou Bankoutsu, parando ao lado de seu chefe.

Quando o exército chegou mais perto, os guerreiros do Chattan se colocaram lado a lado com seus chefes. MacBain e Macgillivray se uniram a Inu Yasha e Alistair no meio da multidão.

Com os olhos fixos em Kagome, Inu Yasha nem percebeu a troca de olhares entre os chefes dos clãs. Ela cavalgava em Destino como uma rainha, cheia de graça e confiança, como se estivesse acostumada a guiar um exército de grandes guerreiros para a batalha. Vinha ladeada por dois Grant, e outros mais seguiam atrás, Miroku e Drake entre eles.

— Inu Yasha! — Kagome esporeou Destino, mas um guerreiro a impediu de prosseguir.

Inu Yasha levantou a espada, mas seu tio segurou-o, ordenando que mantivesse a calma.

— Não! Espere para ver o que eles pretendem fazer.

 Reynold tentou manobrar seu cavalo para perto de Kagome, porém, os guerreiros Grant que a acompanhavam interromperam a aproximação. O rosto dele ficou vermelho de raiva.

— Owen! Você não perde por esperar! — Reynold se virou para o cavaleiro de cabelos castanhos que segurara Kagome. — Primo, veio assistir seu chefe lidar com esse pequeno problema?

O guerreiro permaneceu em silêncio.

O olhar furioso de Reynold parou em Kagome, fazendo o coração de Inu Yasha disparar.

— Estou vendo que trouxe minha noiva. Excelente… Para total espanto de Inu Yasha, George guiou seu cavalo para frente.

— Quem é Inu Yasha Taisho? — ele quis saber.

— Eu sou o Taisho!

Os dois se entreolharam por alguns instantes.

— Eu trouxe esta jovem, minha prima, a pedido dela. — George indicou Kagome.

— O que está querendo dizer? — Reynold ficou ainda mais vermelho.

— É bastante simples, caro primo. Kagome quer devolver algo para o chefe dos Taisho.

Inu Yasha prendeu a respiração quando Kagome ergueu a capa. A luz do sol refletiu um brilho colorido na cintura dela, que desembainhou a adaga de pedras preciosas.

Todos ficaram no mais profundo silêncio.

Reynold arregalou os olhos e recuou, assustando sua montaria. Não era possível! O animal assustado se dirigiu para a abertura entre as tropas. Antes que pudesse reagir, ele viu um círculo se fechando a seu redor. De um lado, George e seus guerreiros, do outro, o clã Chattan.

A visão da adaga depois de todos aqueles anos e a coragem persistente da jovem que a segurava provocou uma emoção imensa em Inu Yasha. Os olhos de Kagome eram só seus, e ele viu um amor tão brilhante que chegava a ocultar o brilho das pedras da arma.

Os olhos dele se encheram de lágrimas e, com as costas das mãos enxugou-as. Então, entrou no círculo e se posicionou diante de Reynold Grant.

George se aproximou.

— Kagome disse que você lhe entregou a arma há onze anos, Taisho.

— É verdade.

— E onde a conseguiu?

— Essa foi à adaga que meu pai tirou das costas de Souta Grant.

Os guerreiros, cada vez mais impacientes e impressionados com o rumo dos acontecimentos, murmuravam sem parar. George tirou a adaga das mãos de Kagome.

— Grant, vocês conhecem esta arma?

— Foram feitas duas iguais por ordem de John Grant — gritou um dos Grant em meio à multidão reunida. — Uma para seu filho, Souta, e a outra para seu sobrinho, Reynold.

O chefe dos MacBain virou a cabeça para o lado, estudando a adaga na mão de George.

— E verdade — respondeu ele. — Agora estou-me lembrando. Os dois jovens a carregavam aquela noite no Castelo Findhorn.

Reynold cerrou os dentes.

— Sim, o chefe dos Taisho matou meu primo Souta com sua própria arma.

MacBain continuou a assentir.

— Eu vi Colum Taisho inclinado sobre o corpo do garoto, segurando a arma ensangüentada.

— Pode ser — falou George. — Como não estava lá, não posso dizer nada. Entretanto, fui ao enterro de Souta e, apesar de ser apenas um menino na época, lembro-me de ter visto a adaga ser enterrada junto com ele.

MacBain respirou fundo, e toda a multidão se calou.

— E então, primo, de quem é esta adaga? — George exigiu. — É a única que existe, e não está na bainha de sua cintura.

Os olhos de Reynold fuzilaram de raiva, e ele brandiu a espada. O círculo de guerreiros diminuiu, obrigando-o a permanecer ali.

— Que tipo de mentiras são essas? Vai acreditar nesses presunçosos?!

— A verdade de toda essa história está bastante clara. — Macgillivray apontou-lhe o dedo. — Foi você que matou Souta Grant.

— Seu primo — acrescentou Inu Yasha, muito calmo. — Dessa forma, ganharia toda a atenção de John Grant e teria tudo o que seria de Souta.

Os guerreiros se afastaram, deixando Reynold sozinho com Inu Yasha, George e os chefes do clã Chattan no meio do círculo.

— Você acertou Souta pelas costas e colocou a culpa em meu pai. E depois o matou, além de centenas de guerreiros dos Taisho. É culpado por bem mais do que a ruína de meu clã, Reynold. A filha de MacBain era noiva de Souta, e quase morreu de tanta tristeza. Mas o pior de tudo foi ter acabado com uma grande aliança, o clã Chattan, que meu pai tanto lutou para reunir. O sonho de uma vida terminou com um violento ato de traição, que colocou clã contra clã durante todos esses anos que se passaram.

— E tem mais — interveio George. — John Grant está morto, e agora não me resta à menor sombra de dúvida de que foi algo premeditado.

Com apenas um olhar, Inu Yasha comunicou seu desejo para o amigo. Miroku pegou as rédeas de Destino e, com a ajuda de Drake, os dois tiraram Kagome dali. George ordenou que alguns de seus guerreiros os acompanhassem.

Os Chattan se reuniram, e George alinhou-se com seus homens.

Reynold girava em círculos, buscando o apoio de algum guerreiro. Sem saber o que fazer, esporeou seu cavalo, que empinou, quase o derrubando. A tira de couro que lhe prendia os cabelos caiu, soltando-os e deixando-o com a aparência de um louco.

— Isso não muda nada!

— Acha mesmo, Reynold? — MacBain indagou.

Inu Yasha levantou sua espada, e centenas de homens fizeram o mesmo, imbuídos pelo desejo de vingança.

Tomado pelo desespero, Reynold gritava ordens para seus guerreiros, mas eram poucos os que o escutavam.

Posicionando seus soldados ao lado dos de Inu Yasha, George fitava-o, muito tranqüilo.

— Não apoio meu primo, Taisho, mas não posso ficar aqui parado assistindo ao assassinato dos membros de meu clã.

Inu Yasha olhou para as espadas de George e Reynold, também erguidas. Então, como em um passe de mágica, conseguiu enxergar o absurdo de tudo aquilo.

Estavam ali reunidos Grant, Taisho, Davidson, Macgillivray, MacBain. Era isso o que seu pai teria desejado? Era isso que ele desejava? Mais uma geração de carnificina e derramamento de sangue, violência e orgulho?

Mas se não terminasse sua vingança, o que aconteceria? Lutara desde sempre para desistir de tudo? O que queria, na verdade, não apenas para si, mas também para seu clã?

Vislumbrou o Castelo Findhorn. Avistou Destino, e diante dele, Kagome, a mulher de sua vida, mais linda do que nunca. O sol de verão lhe iluminava o rosto, e Inu Yasha notou que ela chorava sem parar.

E naquele momento, Inu Yasha baixou a espada.

— O que faremos agora? — Bankoutsu ficou impressionado com a atitude de Inu Yasha.

Ah, ele sabia muito bem o que faria e estava pronto para agir…

— Reynold Grant! Meu problema é com você. Não vejo motivos para envolver a vida desses homens em um assunto que diz respeito apenas a nós dois.

Os lábios de George se curvaram em um discreto sorriso. O guerreiro baixou sua espada, e o exército se silenciou. Alistair aproximou-se do sobrinho.

— Muito bem, meu filho. Foi uma atitude bastante sábia.

 Reynold olhava para Inu Yasha, depois para George. O primo o ignorou. Os poucos guerreiros que sobraram atrás do chefe se afastaram. O ódio cintilava nas pupilas de Reynold.

Sim, chegara a hora.

Inu Yasha desmontou. Em seguida, tirou a camisa e foi até o centro do campo de batalha, sem se desviar um segundo sequer de Reynold. Com as mãos na cintura, ele esperou pela resposta de seu inimigo.

Todos se viraram para Reynold Grant. Momentos depois, ele também desmontou e despiu a camisa. Brandindo a espada, adentrou o campo de batalha.

— Assim seja!

Inu Yasha sorriu.


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Notas finais do capítulo

Eu pensei em postar o próximo capitulo,só que o próximo ja é o ultimo então vou postar na próxima vez
Goostaram ? çç, vou tentar responder todos os reviews e estou pensando em postar outra adaptação, porque escrever não é cmgo. A triste realidade D:
Bom é isso meus amores, vou tentar não demorar. beeeeijão