A Grande Jornada. escrita por alex3000


Capítulo 1
Capítulo 1 - Introdução.


Notas iniciais do capítulo

O autor agradece comentários. *-*



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A grande jornada. - Capítulo 1. - Introdução.

Em uma manhã como todas as outras... Algo aconteceu. Nada muito especial; nem chuva de meteoros, inundação, explosões, nada que chama a atenção. Então o que é que aconteceu? Os animais perderam-se de seus donos! Foi isso que aconteceu! Talvez vocês pensem: Ah, os donos vão achá-los logo, espalhando cartazes pela cidade, ou coisa do gênero. Ou o próprio animal vai seguir o faro e encontrarão seus donos.

Contudo, e se os donos estivessem viajando para outro estado ou país? E eles perdessem seus animais durante o caminho? Ou pior... Nem percebessem? É o que iremos ver!

  – E lá estava eu... Sozinho, na chuva, com fome e com frio. Eu passava todos os dias da minha vida assim. - Lembrava o cachorrinho. – Muitos passavam ao meu lado, mas sempre me repudiavam. - Algumas pessoas simplesmente não têm amor. Frustrados com os problemas do dia a dia acabam descontando uns nos outros e às vezes até nos animais. – Até que aquele belo rapaz, loiro de olhos azuis, junto com aquelas amáveis crianças e uma doce jovem (Ou nem tanto) passaram por mim e me adotaram. Desde então, vivi os melhores momentos da minha vida. Deram-me moradia, comida, banho, uma caminha confortável e o mais importante: Amor e carinho. Eles são meus mestres! Nunca irei lhes abandonar... Nunca. Daria minha vida por eles.

– Rex! Ei Rex! - Chamava Gackt. – Venha aqui!

Imediatamente o cãozinho levantou suas orelhas e correu até o seu dono, recebendo aquele belo cafuné da manhã na cabeça.

– Eles realmente eram tudo pra mim. - Dizia para si mesmo, até tentava falar com o dono, mas eles não entendiam nada...

– Bom garoto! - Sorriu o loiro dando-lhe uma tigela com ração e leite quente.

– Ultimamente eles não tiveram muito tempo para me dar atenções. Antes nós saiamos para fazer passeios, eu me enturmava com o pessoal que vinha com os outros donos... Até brincávamos de correr atrás dos felinos. - Rex abanava o rabinho contente. – Não que eu esteja reclamando! Eles estão muito ocupados com essa tal “mudança”.

– Ohayoo. - Ao ouvir uma voz mais fina que a do seu mestre, porém bem direta e autoritária, Rex abaixou suas orelhas fitando a jovem que chegara com aquele olhar de pena. – Já arrumou os preparativos, amor? - Asuka é a esposa de Gackt. Ela trazia uma gata inteiramente preta junto consigo.

– Chegou à dona do meu dono. Ela é legal, mas sempre pega no meu pé. - O cãozinho a fitava com aquela carinha de dó... As pupilas dilatadas, com o brilho do sol radiante refletindo sobre aquela linda esfera negra chamada: A menina dos olhos. – Não posso nem fazer minhas necessidades naquela coisa peluda que fica no chão da sala, cujo eles chamam de “tapete”, que ela vem reclamar. No fim sempre saio com o bumbum ardendo.

– Claro, para isso que servem os potinhos de areia! - Essa voz era irritante. A felina favorita da dona do meu dono... Um gato! Vê se pode! Os cães e os gatos não podem conviver juntos, ora essa! Eles são muito metidos e nem são agradecidos aos seus donos. – Vocês cachorros são muito porcos, deveriam viver no chiqueiro! E eu não sou uma simples gata não viu? Sou uma felina de raça nascida nas peripécias do siamês supremo! Mais respeito comigo! - É tão metida que quer mandar até no narrador.

– Ela se achava, realmente era muito chata. Seu nome é Mimi. - Pensou o cachorrinho consigo mesmo. – Não estava nem um pouco aí para os seres humanos. Eles lhe davam carinho, amor, alimento, moradia e banho. Sabe o que ela achava que era para eles? “– Eu devo ser a mestre deles! Não podem viver sem mim!” Sentia-se com todo o orgulho do mundo nesta bajulação fajuta. Só faltava darem para ela comer o Hantaro, o porquinho da índia de estimação de Jack e Jade, filhos dos meus donos.

– “Siamês supremo!” - Gargalhou o porquinho da índia correndo naquela rodinha, dentro de sua gaiola. – Você fica com todo esse papinho de ser de uma família nobre, mas damas de verdade não saem por aí ficando com um e com outro. - Hantaro era esperto, ele via que toda a noite Mimi passeava fora de casa recebendo os elogios de outros gatos.

– Desgraçado! Isso é problema meu! - A felina pulou ficando frente a frente com a gaiola, onde Hantaro estava. – Você tem sorte de estar preso nessa gaiola!

– Ui que medo! Me borrei todo! - Debochou o porquinho da índia.

– Mimi! Saia daí! - Chegou à garotinha empurrando a gata de cima da mesa.

– Hantaro é meu amigo. Ele é muito legal, muito gente boa. - Pensou o cachorro enquanto Gackt colocava sua coleira. – Sempre boas tiradas na Mimi. Ei! O que está fazendo? - Olhou para seu dono. – Vamos passear? - E já começou a abanar o rabinho.

– Asuka, Jack e Jade, estão todos prontos? - Perguntou o vocalista olhando para a sua família. Sua esposa voltou a carregar a gatinha Mimi, e Jack e Jade seguravam a gaiola onde Hantaro estava. – Vamos para o aeroporto, lá eles devem colocar os nossos animais naquelas casinhas feitas para viajem.

– Oba! Um passeio em família! - Rex pulava de um lado para o outro entusiasmado.

– Sei não Rex, acho que essa é a última vez que vamos ver este lar. - Afirmou o porquinho da Índia pensativo.

– Por que diz isso? - Perguntou Mimi fitando-o.

– Já ouvi essa palavra “aeroporto”. Daquela vez quando me trouxeram. - Hantaro veio da Índia e já viajou de avião, apesar de que na época, ele mal sabia o que era. A palavra “aeroporto” lhe trás algumas lembranças de viagem.

– O que? Só falta essa! - A gatinha começou a ficar ‘incomodada’ no colo de Asuka. – Aqui é o meu lar! Meu castelo! Minha caixinha de areia! Meu conforto, minha vida! - Começou a clamar em alta voz. – E como que fica o encontro que marquei com o Mimico? - Lembrou-se daquele lindo gato branco de olhos verdes. – Eu não quero ir!

– Fique quieta Mimi! Sossega! - A mulher deu-lhe uns tabefes o que fez o cachorro e o porquinho da Índia rir.

– É! Não importa o lugar aonde vamos Mimi. - Consolou o cãozinho, sempre fiel aos donos. – O importante é estarmos sempre juntos!

– Falou tudo agora Rex. - Concordou Hantaro olhando-o orgulhoso.

E assim foi feito. Os pobres animais mal sabiam que essa viagem iria mudar completamente a vida deles. Não é somente por eles terem de mudar o lugar onde convivem, mas sim por outra coisa que entraria em suas vidas. O objetivo dessa viagem é: Gackt e sua família vão se mudar para a cidade de Tokyo.

Chegando ao aeroporto, os três animais são colocados separados a parte. Cada um em um tipo de gaiola diferente, como uma casinha de plástico com uma portinha de ferro. Eles são postos em um veículo feito especialmente para guardar todos os itens pessoais, o que inclui animais dos clientes. Antes que pudessem colocar no avião, vejamos uma conversa muito suspeita de alguns homens.

– Então cara! É disso que estou lhe falando! - Dizia um baixinho alisando seu bigode pontiagudo. – Fiquei sabendo que o famoso astro de Rock chamado Gackt vai viajar no avião que leva para Tokyo. Todos os seus bens materiais o que inclui muitas barras de ouro devem estar naquele veículo que vai ao porta-malas do avião. - Explicava o bandido para outro maior fazendo vários sinais com as mãos. – Sua missão é pegar aquele veículo antes que o avião decole.

– Pode deixar comigo chefe! - Bradou o ladrão confiante.

– Certo, eu vou para o nosso esconderijo, esperarei você lá! - Retrucou o menor cauteloso. – Seja rápido!

E assim foi feito. O homem mascarado foi até o veículo e o dirigiu, sem nem ao menos verificar o que tinha lá dentro. Tomando uma distância considerável e após o avião ter decolado, o bandido começa a escutar uns ruídos estranhos no veículo que ele dirigia. Então para no meio do caminho para abrir o caminhão e ver o que há lá dentro. É claro, que a surpresa o pegou de jeito.

– Raios! - O maior arregalou os olhos assustado. – O que é isso?

– Não me chame de “isso”! - A gatinha ficou toda arrepiada fuzilando-o com o olhar. – Quantas vezes terei que dizer que sou uma felina da mais alta e rica espécie?

– Quem é esse cara horroroso? - Latiu Rex estranhando-o.

– “Isso”, eu que o diga! - Completou Hantaro.

– Puxa, será que peguei o carro errado? - O rapaz olhou desanimado. – Vocês não são dinheiro, apenas animais do Gackt. - Bufou irritado.

– Apenas animais? - O cãozinho latiu irritado. – Quem você pensa que é?!

– Olha como você fala comigo hein! Eu valho muito mais que dinheiro, afinal sou a dona de Gackt e Asuka! - Afirmou Mimi.

– Ah, vou jogá-los fora. - O carro estava parado em cima de uma ponte onde havia um rio logo abaixo. – Não terão utilidade alguma mesmo. - O ladrão pegou a gaiola onde nossos amigos estavam presos e mirou no rio. – Hasta La vista! Animais do Gackt!

– Não faça isso cara! Vou te processar! - O porquinho da Índia revelava seus dentes ameaçadores.

– Eu não quero tomar banho! - A gatinha estava realmente frustrada. – Já tomei um mês passado! - Felinos odeiam tomar banho.

Porém o homem não teve piedade, atirou Rex, Mimi e Hantaro no rio. E assim os animais se foram sendo levados pela correnteza. Sem mais demoras, o bandido entra novamente no carro e dirige-se até o esconderijo onde o seu chefe estava. Quanto aos nossos heróis...

– Vai! Bate com força cara! Você consegue! - Diz o porquinho da Índia desesperado, torcendo para que seu amigo canino arrebente a porta da sua jaula.

– Ei! Isso aqui está afundando! - A gatinha pererecava para se afastar da água. As gaiolas flutuavam no rio, mas afundavam aos poucos.

– Um... Dois e... - Rex se afastou da portinha lacrada. – Três! - E deu uma cabeçada com tudo na portinha que com o impulso acabou se arrebentando e o cachorro caiu na água. – Ah! - Todavia, o cachorro conseguia nadar perfeitamente, apesar da forte correnteza, não mostrava muito desespero. – Mimi! - Arregalou os olhos ao ver que a jaula onde a gatinha estava presa já estava completamente embaixo da água.

O cão mergulhou no rio e foi até a jaula do pobre bichano. Com os dentes, ele segurou à gaiola e a puxou para fora da água. Com Mimi salva, só faltava agora Hantaro. Sua gaiola ainda flutuava no rio e agora estava mais distante.

– Ah... Nunca pensei que diria isso, mas, obrigada Rex. - A gatinha cuspia água tomando fôlego.

– Agüenta ai, preciso ajudar o meu amigo. - O cachorro correu pela beirada do rio atrás de seu companheiro. – Hantaro!

– Pra que vai atrás dele? - A felina falou ríspido. – Agora já é tarde, não arrisque sua vida por nada.

– Ele é da família e mesmo que não nos déssemos bem, como é o meu caso contigo, eu nunca, jamais o deixaria! - Rex encarou Mimi. Esta por sua vez abaixou a cabeça. Se não fosse por ele, ela poderia estar morta afogada. E assim o cãozinho chegou até um tronco de árvore enorme que parava no meio do rio.

– Oh vida cruel... - Lamentou o pobre ratinho. – Nunca pensei que morreria assim. - Clamou em alta voz. – Adeus meus amigos, eu já estou escutando os sons e vendo a luz do fim do túnel. - Ele se referia ao forte barulho da cachoeira que estava logo a frente.

– Eu não vou deixar Hantaro! - Rex surgiu em cima do tronco de árvore como um verdadeiro herói. – Segure a minha pata!

– Rex! Você... - Os olhos do porquinho da Índia brilharam. – Está arriscando a sua vida para me salvar? - Emocionado, deixou várias lágrimas.

– Podes crer meu amigo! - Latiu o canino encorajando-o. – Não desista! - E abriu a portinha da gaiola com a pata. – Segure-se firme!

– Obrigado! Nunca esquecerei este momento! - Hantaro se agarrou a pata do parceiro, que o levou para cima, salvo da correnteza.

– Ufa... - Bufou o cachorro cansado. – Conseguimos. - Ele e seu amigo viram a gaiola se despedaçar ao cair na cachoeira. Os três estão são e salvos.

Voltemos nossas atenções agora para aquele bandido, que havia os raptados e os jogados no rio. Ele chegou até o seu esconderijo, onde estava o seu chefe, aquele nanico de bigode pontiagudo. Este esfregava suas mãos, ansioso pela notícia.

– Então, o prêmio está ai com você? - O mafioso apontou para o veículo.

– Que nada chefe! Quem estava no veículo eram os animais do cantor lá. - Retrucou em tom de lamento.

– O que? Como assim “estava”? - Perguntou indignado. – E onde foi parar os animais?

– Bem, como eu vi que não teria utilidade, eu joguei-os no rio. - Estendeu um sorriso largo, que foi se fechando aos poucos ao ver o baixinho quase soltar fumaça da cabeça.

– Seu grande idiota! - O menor estapeou o maior. – Mesmo que sejam animais, eram os animais do Gackt! Ele é muito chegado aos seus bichinhos de estimação! Nós podíamos ter avisado que era um seqüestro e mandar uma fortuna em troca deles!

– É verdade! Eu me esqueci disso! - Gargalhou o jovem sem graça, batendo as mãos.

– E o que você está fazendo aqui?! - O mafioso o chutou para fora do esconderijo, extremamente furioso. – Vá procurá-los! E reze para que os animais estejam vivos!

– Sim senhor! - Respondeu trêmulo, quase deixando suas lágrimas.

E assim acaba o primeiro capítulo. O que farão Rex, Mimi e Hantaro? E quem conseguirá encontrá-los primeiro, seus donos ou os bandidos? Continua... 


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews se quiserem saber quais serão as respostas dessas perguntas. :D



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