O Homem Do Troco escrita por judy harrison


Capítulo 5
Paixão Arrasadora


Notas iniciais do capítulo

Rocky e Nina se despediram em meio a um temporal, mas outro ainda estava por vir.



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_ Eu estava dormindo. – ela coçava os olhos para disfarçar.

_ Senhora, desculpe-nos, mas tivemos informações de que um homem perigoso veio em sua companhia para sua casa.

_ O senhor fala do homem que bateu num rapaz no clube?

_ Ele mesmo. Ele estava na banda que se apresentou lá no clube.

_ Ele só me deu uma carona, me trouxe aqui de moto, e depois foi embora.

_ A senhora o conhece? Sabe para onde ele foi?

_ Eu o conheci no clube, nem conversamos direito. Eu não posso ajuda-los, sinto muito.

_ Se a senhora o vir, por favor, nos avise. Trata-se de um assassino perigoso que estava planejando um assalto na região, mas não sabemos ainda onde ele vai agir. Fique em alerta, e tome cuidado. Boa noite!

_ Boa noite.

Quando os policiais saíram, as lágrimas rolaram dos olhos de Nina. Ela fechou a porta e Rocky já não estava mais com sua arma em punho, saiu dali e foi acabar de se vestir.

Chocada, Nina não conseguia sair do lugar, temia por sua vida e sentia-se a mais tola das mulheres.

Quando voltou, Rocky disse a ela se aproximando.

_ Não precisa se preocupar. Você não merecia o que passou e eu sinto muito por tê-la ameaçado. Mas eu não podia deixar que me pegassem.

Nina desatou seu pranto e ele a conduziu ao sofá, mas foi se afastando devagar sem que ela percebesse.

Quando deu por si, ela apenas ouviu o barulho do motor da moto. Rocky se foi.

Quanta angústia ele havia deixado para trás, e nem desconfiava que a decepção maior de Nina era a de nunca ter provado de seu amor.

Então dois meses haviam se passado desde aquele dia. Nina esperava pelo seu segurança para acompanha-la enquanto fechava a lanchonete. Então levou Lívia para casa.

_ Que dia horrível foi hoje, Nina! – reclamou Lívia – Não teve movimento o dia todo por causa da chuva.

_ Não se lastime! Foi só hoje. Você sabe que estamos faturando bem. Hoje pudemos descansar, colocar o balanço em dia... Tenha uma boa noite, querida, e não vá se esquecer de que amanhã não abriremos.

_ Boa noite, Nina. Não vou esquecer.

Ao seguir para sua casa, Nina se deparou com a figura que jamais esqueceu. Era Rocky, parado em frente sua casa com um chapéu e capa de chuva, esperando provavelmente por ela. Seus longos cabelos estavam presos dentro do chapéu, como se ele quisesse disfarçar sua identidade.

Parando seu carro alguns metros antes da casa, Nina deu marcha ré, e avançou para o outro lado da rua, passando assim na frente dele.

Seus olhos se cruzaram e ela sentiu seu coração bater forte. Como da outra vez, não sabia se estava sentindo medo ou anseio.

Ela parou na esquina e olhou no retrovisor. Ele ainda estava lá.

_ Droga! Por que não desaparece?

Seu coração acelerou ainda mais quando enfim ela o viu se aproximando.

Por estar perto de sua casa ela achou que seria inútil sair dali, pois não poderia voltar com a certeza de que não o encontraria dentro da casa. Olhou para o seu celular no painel do carro.

_ Por que não tenho coragem de chamar a polícia?

Naquele momento ele já estava diante de sua janela.

_ Abra. Quero falar com você.

_ Vá embora! – ela disse com um tom que não condizia com seu pedido. Mesmo assim ela abriu parte da janela – Vá embora ou eu chamo a polícia.

_ Você não vai fazer isso. Vou esperar por você em sua casa.

De fato, ele fez o que disse que faria, pulou o muro da garagem que não era muito alto. Como ainda chovia as ruas estavam desertas e ninguém os viu.

Nina não teve outra escolha senão entrar. Lá dentro ela relutou em abrir a porta da casa, e Rocky já estava ao seu lado esperando, calado, impondo a situação apenas com sua presença.

_ O que quer de mim, Rocky? – disse colocando a chave na porta.

Sem paciência, ele tomou-lhe a chave e abriu a porta.

Quando entraram, ele mesmo trancou a porta e jogou a chave no sofá.

 – Só quero entregar uma coisa a você.

Ainda parada no meio da sala ela se lembrava de tudo que soube a respeito dele, queria pensar que ele era perigoso, mas parecia que tudo que ouviu dos policiais era mentira. A figura estranha que Rocky representava aos seus olhos era de um homem prestes a possuí-la de qualquer forma e seu medo era de acabar cedendo aos seus caprichos.

_ Que... coisa?

Ele tirou do bolso de seu casaco uma caixinha de joia e a abriu. Tinha nela uma corrente de prata com um pingente de coração nela.

_ Eu vi no calendário do banheiro que a data de hoje tinha um lembrete de que seria seu aniversário. Vim lhe entregar o seu presente.

Completamente desconsertada com aquela atitude, Nina pegou a caixa. Não sabia o que dizer diante de tamanho galanteio. Tentando eliminar o medo, ela sorriu um pouco.

_ Eu... adorei!

_ Deixe-me colocar em você.

Ela tirou a joia da caixa e se virou, levantando os cabelos.

Quando ele colocou a corrente em seu pescoço, segurou-o com as duas mãos e com carinho fez com que ela o encarasse, depois a abraçou dizendo:

_ Eu estou diante de minha vítima... e não posso prosseguir! Por que? – olhava pra ela com sede, e a pressionava contra si.

O medo de Nina voltou e ela tentou se afastar, sem sucesso. Pensando ser mesmo sua vitima fatal, ela pediu.

_ Não faça isso, Rocky, por favor!

_ Você me conhece, conhece meu rosto! Fui instruído a... eliminar você!

Ela começou a chorar e Rocky fez como da última vez, e a levou para o quarto. E do mesmo jeito a despiu.

Nina estava com seu coração disparado, não conseguia conter o pranto, mas ao mesmo tempo não conseguia deixar de desejar ser possuída por Rocky.


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