- Como eu amo o simples ingles! - eu disse e Carla sorriu.Seu sorrizo se intensificou quando ouvimos uma voz chamando meu nome.

  - Seu príncipe encantado Rose. - Carla me disse e eu olhei pra trás.

  - Scorpius?O que foi?

  - Nada.Só me pergunto se não poderiamos dar uma volta.Vamos? - ele parecia meio nervoso.Como eu sou curiosa me levantei e falei:

  - Er, vamos.Tchau Manu, Carla. - acenei para as meninas que davam risadinhas e acenaram de volta.

  - Parece que estamos aqui na escola à séculos, não acha? Já faz dois meses e pouco... - ele disse aparentemente tentando puxar assunto.

  - Total.Mas Hogwarts é um lugar tão lindo, legal, é facil viver aqui pra sempre. - eu disse.

  - Ah, claro.Viver pra sempre com lição de casa.O que mais eu poderia querer? - ele perguntou sarcástico.

  - A vida é bem mais difícil de encarar do que e lição de casa.

  Chegamos na frente de um muro, talvez os famosos muros de Hogwarts, com 20 ou mais metros de altura até onde eu consegui enxergar.Scorpius respirou fundo.

  - Você está bem? - perguntei preocupada.

  - Estou! - ele me respondeu e começou a passar o dedo no muro formando traços, ou talvez desenhos.De repente ouvi um barulho de galhor perto dali.

  Eu estremeci.

  - Não é nada. - Scorpius me garantiu.

  Quando ele terminou de "desenhar" no muro eu dei uns três passos para trás.Uma passagem se formou alí.

  - Hogwarts.É cheia de surpresas. - ele disse, pela primeira vez naquele dia, vi ele sorrir e eu sorri em resposta.Ele foi me puxando pela mão pra escura caverna.

  - Lumus maxima. - eu sussurrei apontando a varinha para o alto fazendo com que uma esfera de luz iluminasse o local.

  - Eu devia ter pensado em fazer isso. - Scorpius disse franzindo o cenho e eu ri.Mas parei de rir quando ele se virou pra mim e olhar no fundo dos meu olhos.Aquilo era meio incomodo.Era como se ele mesmo sem querer, estivesse me ipnotizando, ele ia chegando cada vez mais perto e eu não iria me afastar, pelo contrário, eu cheguei mais perto.
 
  Ele me segurou pela cintura e eu suspirei, estava tudo tão devagar.Eu segurei em seu rosto e ele reparou minha cara de anciosa, ele riu e me beijou de uma vez.

  O beijo foi se tornando selvagem, eu fui caminhando pra trás, nossas línguas dançando sem sincronia, tentando descobrir quem iria dominar quem.Eu agarrava seu cabelo loiro e Scorpius apertava minha cintura cada vez mais forte, eu não queria que fosse direrente.

  Me encostei em uma parede uma parede.Eu tinha que controlar minhas mãos para não arranha-lo nem rasgar suas roupas ( UiiI! ), então cravei minhas unhas no que eu tinha me encostado deslizando-as com força naquela...lousa!

  O beijo foi interrompido na hora.Senti vontade de me matar por isso.Ter que me distanciar daquela boca foi a coisa mais difícil que eu já tinha feito.Mas o barulho das minha unhas na lousa fez com que nós tapassemos os ouvidos por extinto.

  - Antes a lousa do que eu! - Nós rimos - Com tudo, esqueci que antes do beijo eu tinha que fazer o pedido - ele torceu a boca.

  - Pedido? - eu perguntei ainda tonta por causa do beijo.O beijo dele me fazia perder a capacidade de pensar. Só me dei conta quando Scorpius tirou do bolso uma caixinha, se ajoelhou na minha frente e estendeu uma correntinha que tinha como pingente uma rosa.Uma rosa com espinhos afiados.

  - Eu não pensei em nada bonito pra dizer, foi uma decisão meio de última hora, eu queria pedir antes dos feriados, mas qualquer coisa bonita que eu dissesse iria parecer repugnante perto da sua beleza.Rose, que ser minha namorada?

  Foi aí que eu pensei que todos os meus neurônios tivessem queimado.Eu não achava as palavras ou a palavra.Não me lembrava como se fazia pra que o som saísse da minha boca.

  - Quero! - eu sussurrei mas minha vontade era gritar.Os olhos de Scorpius brilharam, aquele cinza único agora cintilante.Sem conseguir me conter, assim que ele levantou os joelhos do chão eu pulei no colo dele entrelaçando minha pernas em sua cintura.Ele me segurou e disse:

  - Na verdade, em vez de "quero" eu estava esperando um "sim". - ele disse divertido

  - Vou esperar pra dizer "sim" só no dia do casamento!

  - Você é a única garota do mundo que vai fazer Scorpius Malfoy se ajoelhar duas vezes. - ele me disse distribuindo beijos mecios e quentes por todo o meu pescoço e rosto.

  - Uuui!Como eu sou poderosa! - briquei, nós nos beijamos, tão selvagemente quanto antes.Minha mãos estavem embaixo de sua camisa, deixando arranhões que não sairiam antes de um mês a não ser se usasse magia.Mas ele não se importou.Nem eu.

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  - Então Rose, agora que você é oficialmente minha namorada, e as ameaças de morte diminuiram - eu ri quando ele disse isso.Muitas sonserinas me ameaçavam porque Scorpius me apresentou oficialmente como namorada na Sala Comunal deles. - você pode ir à "Festa Sonserina".

  -Aff, Scorp, o que uma grifinória ia fazer numa festa sonserina? - perguntei cruzando os braços.

  - É praticamente só o nome bebê. - ele tinha me apelidado assim no dia em que começamos a namorar - na verdade é porque a festa é feita da nossa Sala Comunal e alunos de todas as casas podem ir.Lógico que só os convidados.

  - Hey!Então porque nunca me convidaram? - eu levantei a cabeça do colo dele e fiz bico.Nós estavamos embaixo de uma árvore, naquele meu lugar preferido.Tudo estva tão bonito coberto de neve.Faltava apenas duas semana para o Natal.

  - Não podem ir alunos menores de 13 anos.

  - Então você também nunca foi? - perguntei voltando a deitar minha cabeça sobre seu colo.

  - Eu sou Scorpius Malfoy baby, eu posso.E você é minha namorada e vai passar a poder também. - ele disse sorrindo e eu ri. - E você ia ser convidada de qualquer jeito porque todos do time de Quadribol são convidados, mesmo os que não jogam nada igual a você.

  - E podem quebrar as regras de idade mesmo os que não pensam em nada igual você. - resmunguei e ele riu.

  - Não se deixe levar pela cor do meu cabelo.Eu penso sim.

  - Sério? Quando? - perguntei fingindo interesse

  - Na aula de poções. - ele disse orgulhoso e eu levantei tapando a boca como quem descobre alguma coisa.

  - Sério? Que susto! Pensei que aquele cheiro de queimado vinha do meu caldeirão! - eu disse  e ele me mostrou a língua - Voltando ao assunto, eu não vou.

  - Vai sim!Nem que eu precise te arrastar pra lá, só pra dar um "Oi".Não precisa ter medo.O Alvo e o James já foram nessas festas e não morreram.

  - Os Potter em festas sonserinas? Como eles aceitaram isso? Foi usada a maldição Imperius, não foi? - eu perguntei estática. James odiava  Sonserina e os sonserinos.Alvo tinha afinidade só com a Carla e o Scorp.

  - A Carla já é um grande incentivo pro Alvo. - ele deu de ombros.

  - Pelo jeito o Al vai de novo. - eu apontei pra uma árvore onde debaixo dela, Alvo e Carla brincavam de fazer castelo de cartas.Quando Carla conseguiu montar o castelo Alvo se jogou de costas encima derrubando tudo.Eles riram e eu me surpreendi quando vi o beijasso que Carla deu no Alvo e na forma em que ele correspondeu normamente.

  - Desde de quando? - perguntei olhando pro Scorp

  - No mesmo dia que nós.

  - E aquela garota não me fala nada!Eu nem reparei! - eu ia ter uma conversa com a dona Carla!Ah se ia!

  - Eles estão mantendo segredo por enquanto.

  - Por que? - perguntei sem entender.

  - Não sei.

  - Quado é a festa?

  - Mudou de assunto rápido. - ele sorriu. - Mas como você não quer ir mesmo, pra que te contar o dia?

  - Porque eu mudei de ideia. - eu disse me levantando e me sentando ao seu lado.

  - Semana que vem. - ele me disse tranquilo

  Semana que vem?

  - Semana que vem? Já? - perguntei me levantando de repente e assustando Scorp - Tá encima da hora!Que mal-planejamento!Mas eu nem tenho roupa! - eu o olhei envergonhada.

  - Não tem roupa? Eu tinha Rose Weasley nua no meu colo a segundos atrás e nem percebi? - ele fingiu estar arrependido colocando a mão por trás da cabeça e se jogando na grama.

  - Você me entendeu! - eu disse com as mãos na cintura e o olhando brava.

  - Vai com o uniforme da Sonserina. - ele sugestionou sorrindo malicioso.

  - Nem pensar!Já volto meu loiro. - eu disse dando um selinho nele -Er, acho que eu não vou voltar aqui fora depois, se quizer ir para o castelo...

  - Mas aonde você vai? - ele me perguntou se levantando e me abraçando por trás.Eu adoro quando ele faz isso.Eu joguei os braços pra trás segurando sua nuca e fui me virando de frente pra ele.Dei mais um selinho e disse:

  - Eu tenho que achar uma roupa. - ele estava com as duas mãos em minha cintura e eu com as mãos e sua nuca, nós balançávamos de um lado pro outro como se estivessemos dançando.

  - Pode ser verde? - ele me perguntou com os olhos brilhando.

  - Verde Sonserina? Blerg! - falei provocando e ele sorriu angelicalmente.

  - Por favor? -  nem o maior e mais cruel dos demonios resistiria aquele sorrizo.

  - Vou ver o que posso fazer. - eu disse e ele deu um sorrizo de tirar o folego.Não aguentei e fui de encontro à boca dele e dei um longo beijo.No momento começou a nevar, eu me senti num filme.Ouvimos uma dupla de vozes dizendo "Own", interrompemos o beijo a procura de quem dissera aquilo.

  Eu vi Carla e Alvo olhando pra gente, cutuquei Scorpius pra ele ver os causadores da interropção.Eles acenaram pra nós com a maior cara de pau.

  - Seu gay, Potter!Ficar falando "Own" é coisa de menina. - Scorp gritou pro Alvo.

  - Scorpius! - eu o censurei dando um tapa em seu braço.

  - Ficar fazendo ceninha romantica no meio na neve é mais gay ainda! - Alvo retrucou.

  - Epaa! - eu gritei pra ele.Eu também estava fazendo ceninha na neve. (autora também querendo fazer ceninha na neve u.u )

  - Vai pro inferno, Potter! - Scorpius gritou de novo e eu fiquei com medo de sair uma briga daquilo, mas  todos estavam sorrindo o que me tranquilizou.

  Alvo e Carla começavam a cochichar, ela sorriu e Alvo já ria.Sempre que eles começavam a cochichar dava merda.

  - Scorp, eu preciso arranjar uma roupa logo.Já vou tá?

  - Eu vou com você! - ele me disse e fomos andando de mãos dadas até que uma, duas, três, várias bolas de neve nos acertaram.Eu virei pra trás e vi: Carla e Alvo ao lado de várias munições e com as varinhas na mão.Uma bola de neve veio de encontro ao meu rosto e eu rosnei de raiva.

  - Mas agora é guerra! - eu rugi pra ele enquanto pegava um punhado de neve e jogava de uma mão para outra.

 
  Como eu poderia escrever pra minha mãe sem contar da festa sonserina?Eu precisava de uma roupa, isso eu podia pedir pra ela mandar e ninguém desconfiaria.Eu precisava pra semana que vem.Também não era problema.Mas uma roupa verde.Tipo, meu pai odiava qualquer coisa na casa que fosse verde.Dava graças a Merlin do Scorpius não ser verde.Peraí?Que pensamento ridiculo.

  - Pronto.Agora é só esperar você voltar com o meu vestido. - eu disse despachando a coruja da minha mãe com a carta.Tomei cuidado pra não dar pistas sobre a festa sonserina.

  - Vestido? Que vestido? - Manu veio perguntando e eu não sabia o que responder.E se ela não foi convidada? - É o vestido pra você ir na festa na Sala Comunal da Sonserina?

  - Como você...sabe? - eu perguntei.

  - Eu fui convidada também,vou com o Richard.Eu também pedi pra minha mãe mandar um vestido de festa.Quer ver?

  - Claro! - eu respondi.Eu sabia o gosto meio exêntrico da tia Luna, daí tentei me preparar psicológicamente para o que veria.

  Ela foi até o banheiro e quando voltou eu estava de costas.Eu me virei pra ela esperando ver musgos ou bichos de pelúcia (como se ela fosse a Lady Gaga), mas ela estava usando um vestido branco que ia até os joelhos, duas mangas bufantes, tinha um corte abaixo do busto e tinha pequenos enfeites de conchas.

  - Esse vestido é lindo! - eu disse cinsera e dei uma abraço nela.Estava bem aliviada. - Espero que o meu seja tão lindo quanto o seu!Só que o meu vai ser verde. - eu disse sorrindo.

  - Scorpius que pediu? - ela perguntou levantando uma sombrancelha.

  - É. - eu respondi corando.

  Nisso a Rafa entrou no quarto sorrindo, com um papel na mão que ela olhava como se fosse uma obra de arte.

  - Que foi Rafa? O que é isso? - perguntei tirando o papel da mão dela e me joguei na cama da Manu pra ler.

  - Convite pra festa sonserina! - ela disse sorrindo mais ainda e dando pulinhos.

  - Quem te convidou?

  - Seu primo.

  - O Alvo? - Manu perguntou com cara de preocupada.

  - Não!O James!Além do mais, o Alvinho já tem dona. - ela disse com cara triste.

  - Concerteza! - eu afirmei.Definitivamente a Cah era dona do Alvo.Eles andavam bem colados ultimamente.Igual eu e o Scorp, coisa de namorados apaixonados! *_*

  - TODOS OS ALUNOS NO GRANDE SALÃO IMEDIATAMENTE.QUEREMOS QUE TODOS OS ALUNOS ESTEJAM NO GRANDE SALÃO IMEDIATAMENTE.PROFESSORES TAMBÉM.NÃO IMPORTA SE ESTÃO EM AULA.TODOS OS ALUNOS E PROFESSORES NO GRANDE SALÃO IMEDIATAMENTE.

  A voz da diretora McGonagall soava alta e repetitiva em todos os lugares do castelo.Desde o sétimo andar até o campo de quadribol.Tinha certa desolação na voz dela, o que me preocupou.

  - O que será que ela quer? - Rafaela perguntou com cara de tortura.

  - O que será que aconteceu! - eu acorriji.A diretora não chamaria todos os  alunos assim se não fosse um acontecimento.

  Manu trocou de roupa em um minuto e nós descemos.Encontramos Carla e Alvo no Hall de entrada.

  - Hey!Malfoy!A desaparecida está aqui! - Alvo gritou para alguém atrás dele e só tive tempo de ver a expressão preocupada do meu loiro.Ele me abraçou com tanta força que eu gemi em protesto e ele se afastou.

  - Desculpe bebê.Mas eu fiquei tão preocupado, podia ter sido você...

  - O que aconteceu? - perguntei confusa, Scorpius, Carla e Alvo se entreolharam tristes.

  No Grande Salão, os professores estavam sentados em suas cadeiras onde normalmente ficavam pra tomar café, almoçar e jantar.Tinha muitos professores em volta conversando com a profª de Poções, Éris.McGonagall estava sentando na sua cadeira de diretora bebendo algo que devia ser algum calmante, ela parecia nervosa.

  Eu tinha a impressão de que alguns ali sabia o que tinha acontecido, ouvi choros baixos, outros choravam de soluçar.Será que algúm professor foi despedido?Alguém querido pela escola?Scorpius me segurava pela cintura muito forte, era incomodo até.

  Finalmente alguém se moveu.O porfº de Herbologia, Neville Longbotton, que é amigo dos meus pais, se levantou ficando de frente para todos nós que estavamos no Salão.

  - Um assassinato.Dentro de nossa escola. Uma aluna foi encontrada morta no corredor do 3º andar ha alguns minutos. - o profº começou a falar - A profª Éris examinou o corpo da garota e constatou que ela não bebeu nenhum tipo de veneno.Também não foi agredida, o que nos faz pensar que ela foi assassinada por uma maldição.

  Minha boca se escancarou, tinha um assassino em Hogwarts, talvez nesse exato momento.

  - Quem foi a garota?Morta? - uma primeiranista perguntou.

  - Isabela Brown. - o professor disse por fim.Vários burburinhos começaram no Grande Salão.Nenhum dos professores tentou impedir o barulho nem os choros baixos.

  - Vocês sabiam? - eu perguntei sufocada.

  - Nós ficamos sabendo a 20 minutos ou menos - Alvo disse vindo pro meu lado.

  - Só ouvimos falar que uma garota tinha morrido.Da Grifinória, 3º ano, foi terrível. - Scorpius comentou.

  - O Scorp ficou desesperado sabia?!Ele pensou que poderia ser você.Mas eu disse pra ele que se alguém tentasse te matar você matava o assacino antes! - Alvo deu um soco de leve no meu braço e nós rimos.
 
  Se minha companheira de quarto não tivesse acabado de ser morta eu podia até achar a atitude do Scorpius fofa.
 
  - Novidade. - eu disse revirando os olhos.

  Vimos uma primeiranista chorando, acho que se chama Samira Finnigan, ela chorava descontrolada, vi ela conversando com a Brown inúmeras vezes na Sala Comunal.O namorado da Brown, Luan Bell, também chorava, como a Rafaela, Manu e muitos outros que a conheciam.Como eu.Quando percebi, uma lágrima já tinha escorrido do meu olho e escorreu pela minha bochecha.

  - Por causa do ocorrido, todas as varinhas serão revistadas. - McGonagall finalmente se pronunciou.U silencio mortal reinou.Carla sorriu e eu não entendi o porque.

  - Que foi Carla? - perguntei querendo saber o porque do sorrizo.Sei que a Cah e a Isabela nunca se deram bem, e a Carla se pudesse teria enforcado a garota aquele dia no quarto, mas seria ela capaz de ficar feliz com uma morte?

  - Que foi o que, Rosalita? - ela perguntou com sotaque espanhol e eu revirei os olhos.

  - Nada. 

  - Bom dia grifinórios. - Carla comprimentou se sentando na mesa da Grifinória como sempre fazia pra tomar café.

  Tudo tinha ficado meio tenso desde antes de ontem, o dia da morte.Eles não tinham achado o culpado verificando os últimos feitiços da varinha, foi uma perda de tempo.Nesses dois dias que se passaram, aurores andavam investigando os terrenos de Hogwarts sem achar vestígios.

  Uma das únicas notícias boas, é que a festa sonserina estava chegando, e depois vinha os feriados. os esperados feriados que poderiam causar mortes.Não morte por assassinos em série, mas a morte minha e do Scorpius quando nossos pais souberem do namoro.Mas eu não queria pensar nisso, não agora.

  - Ah, mas que merda! - Lily rugiu dando um soco na mesa que assustou todos nós, ainda mais o Hugo que estava ao seu lado.

  - Que foi Lily? - perguntei preocupada.

  Ela me estendeu o Proféta Diário, aberto na página de uma notícia.

                         " Buscas em vão

  Aurores buscam assacino nos terrenos da escola de magia e bruxaria de Hogwarts.

  O chéfe do Departamento de Aurores, Sr. Harry James Potter, mandou uma equipe de aurores aos terrenos da escola após a misteriosa morte da aluna Isabela Bonie Brown.Ele diz que pode haver pista ou mesmo o próprio assacino.

 Notas de Rita Sketer: Não sabemos ainda o que o Potter tem na cabeça.Como se o assassino fosse um aluno, uma criança que estruncha quando tenta aparatar.Qua absurdo!Será que o chéfe dos aurores está desviando o caminho da investigação de propósito?Tentando camuflar o verdadeiro assassino? "

  - Incêndio. - murmurei com a varinha apontada pro jornal que no mesmo momento ficou em chamas.Estava segurando o copo com tal força que senti ele ranger a ponto de quebrar.

  - Hey!O jornal era meu!Tinha matérias que eu queria ler sabia? - Lily reclamou.Eu peguei o jornal de um primeiranista da Lufa-Lufa que passava entre as mesas e entreguei pra ela.

  - Toma! - disse estendendo o jornal e ela pegou e começou a folhear.

  - O jornal é meu!Devolve! - o garotinho disse batendo o pé com cara brava.

  - Calado! - eu disse me levantando e empunhando a varinha.

  - Sta.Weasley!Olhe os modos! - Ted Lupin gritou, ele é profº de Transfiguração.

  - Foi mal Ted! - eu gritei de volta e ele levantou uma sombrancelha. - Professor! - eu corrigi corando.

  - Rose, sua coruja!Sempre atrasada! - Alvo apontou pra minha coruja que vinha trazendo uma caixa.

  - É da mamãe - eu disse - e da tia Gina.

  - Minha mãe? - Lily perguntou e eu apontei o nome no bilhete.

                    " Rose, filhinha

  Aqui está seu vestido verde, a sua tia Gina me ajudou a escolher.Estou louca pra ver seu namoradinho!Já avisa pra ele que por bem ou por mal ele vai vir pra cá um dia nas férias.Seu pai já preparou o dente de basilisco pra esperar o sortudo mas eu vou cuidar disse.Muitas saudades de você.
                                                                                                                           Mamãe.
 Ps:Mandei um presentinho extra aí, escondido da sua mãe.Aproveite sua festa sonserina.Beijos, Gina.

  - Deixa eu leeeer? - a Rafa perguntou, eu estendi o bilhete.Fui abrindo a caixa e o que estava por cima me fez dar um sobressalto.

  - Meu Merlin! - Alvo exclamou arregalando os olhos.Eu tinha acabado de perceber que ele estava atrás de mim. - Isso é seu? - ele perguntou pegando a parte debaixo da langerie que estava na caixa.Era um fio-dental ou sei lá o nome daquilo, só sei que é muito pequena e...verde? Aquele devia ser o presente da Gina ¬¬ - Meu Merlin! - Alvo exclamou de novo e mais alto.Aquela parte da mesa da Grifinória já estava olhando pra mim e pra minha minúscola calcinha.

  - ALVO POTTER! - eu gritei vermelha, pegando o pedaço de pano e renda que estava na mão dele, guardei na caixa e fui correndo direto pro meu dormitório.A Rafa, Manu e Carla me seguiram.

  - Meu Merlin! - Carla exclamou sentando na minha cama e analizando a langerie.

  - Virou bordão?! - perguntei irritada.

  - Você pediu isso pra sua mãe? - Manu perguntou olhando o corpete da parte de cima cheio que cordões, rendas.Quam podia respirar usando aquilo?

  - Não!

  - Nem eu tenho uma coisa parecida com isso. - Carla olhou maliciosa pra mim e eu engoli seco.

  - Não mesmo? - Rafa perguntou.Todos sabiamos de algumas roupas um pouco mais indecentes que a Cah tinha.

  - A minha não tem cinta liga! - Carla se defendeu e nós rimos.

  - Sei! - falamos eu, a Rafa e a Manu juntas e ela corou.
 
  Eu ainda não tinha visto o meu vestido, ele estava embrulhado em papéis que não acabavam mais.Decidi que só vou olhar no dia da festa.E não tenho pretenção nenhuma de usar aquela langerie.Nenhuma!