Must Be The One escrita por Minor thing


Capítulo 35
Going Inside


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora ):



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Mandy's POV

– Terra chamando Mandy! Acorda! - disse Thereza.

– Ah, foi mal.

Acho que já era a terceira vez naquele dia. Estava me distraindo muito fácil. Era Josh aquilo, Sophie isso... Tudo me fazia sentir culpada. Não é para menos, porque eu sei que fiz merda. A única coisa que me “tirava” daquela confusão toda eram as meninas e as músicas. Por meninas, eu quero dizer a Stella, Thereza e a Emily. E até o Bob. Não que ele seja gay, mas ele estava sempre junto. Ele já tinha uma banda que até tinha o Josh como guitarrista, mas deu uma pausa porque o mesmo foi parar numa clínica. Bob “perdoou” Josh. Eu não sei porque eu não conseguia fazer aquilo. A minha irmã já tinha ido para uma reabilitação e eu não fiquei assim. E eu nem estava chateada por causa da traição, já tinha até esquecido isso, porque eu sei que foi a droga que o impulsionou a fazer aquilo – ou quase fazer. Se eu estivesse mais próxima dele, eu seria a vítima daquele – quase – acontecimento.

Aliás, falando no – quase – acontecimento, eu nunca cheguei às finais com alguém. Já tinha quase 18 anos e isso era quase uma obrigação você já ter transado nessa idade. E a pressão dos amigos? Af, que coisa escrota. A pessoa tem que transar na hora que se sentir pronta. Eu até estava pronta, mas cadê uma pessoa para fazer isso comigo? Lá vou eu pensar nele de novo. Nele, na clínica, na traição... Mas isso já estava deletado do HD da minha cabeça. Não totalmente, lógico. Algumas coisas você nunca esquece.

Enfim, como Bob já tinha uma banda, Emily estava pensando em reunir nós quatro em uma. As meninas sabiam muito bem tocar os seus instrumentos, mas eu só tinha aprendido a tocar baixo há uma semana! Faltava muito para eu ser chamada de baixista. E haja erros. Baixo é algo que você toca com o coração, algo que você sente. É difícil conseguir isso. Não é para qualquer um, mas eu já estava no caminho. Meu ídolo era o Flea. Caralho, ele toca pra porra! Nunca vi ninguém tocar assim. Meu sonho era tocar um dia com ele. Ia ser demais! Mas por enquanto eu tinha que me contentar com o Bob.

Falando nisso, depois da saída do Dave da banda, eu nunca mais ouvi falar deles. Aliás, eu também nunca mais tinha ouvido as músicas dele. Na verdade, eu não ouvia muito as músicas dele desde a saída do John, não sei por quê. John é outro que eu idolatro. Quer dizer, era. Ele me decepcionou muito. As coisas que falou, o jeito que ele saiu... E pensa que eu esqueci o que ele me disse sobre fã paranóica? HAHA Nunca me esqueci daquilo. Me marcou de um certo modo. Eu até podia ser dessas que passa o dia inteiro falando sobre eles, mas eu não era tão paranóica assim. E eu queria só o bem dele. Aquele pedófilo estranho. Ele ainda continuava me olhando daquele jeito. Qual era a dele? Faz o quê, 7, 8 anos que eu o “conhecia” e ele ainda me fitava assim? Isso eu ainda tinha que conversar com ele. Aliás, eu tinha uma lista das coisas que precisava conversar com as pessoas. Isso incluía coisas com Josh, David e mais algumas outras pessoas um pouco menos importantes. E o John lógico. E ele ficava falando que ia provar para as pessoas... Provar o quê, porra? Ah!

– Eu acho melhor esse verso aqui ficar na primeira estrofe – disse Stella – O que você acha, Mandy?

– Oi? - perguntei desatenta.

– Olha Mandy, eu sei que você está distraída e todas nós sabemos o porquê. É melhor você ir para sua casa e descansar – sugeriu Thereza.

– Mas se eu for para casa, vou me deparar com a Sophie. Você sabe o que é sua irmã mais velha que é quase sua mãe, praticamente te olhando com ódio todos os dias?

– Ah, mas já está mais do que na hora de vocês terem uma conversa, né? - falou Emily – Já faz uma semana!

Elas me encararam até eu aceitar conversar com Sophie. É ótimo você ser daquelas que facilmente é convencida. É mais ótimo ainda quando você tem amigas que sabem disso e se aproveitam da situação. Peguei minha bolsa, me despedi das meninas e fui em direção a minha casa. Sabe-se Deus o que me espera lá.


David's POV

Eu estou muito mal. Tipo, mal mesmo. Acho que posso estar em depressão. Eu me encantei com Sophie desde o primeiro dia que a vi e achava que ela tinha sentido a mesma coisa. Fizemos tantas loucuras. Droga. Foi tão repentina aquela notícia que eu não tive reação. Se ela não gostava de mim, era só terminar. Não precisava me trair. Aliás, com quem ela me traiu? Será que foi com o dono da gravadora? Ou foi um qualquer? Ah! A verdade é que eu realmente sinto a falta dela.

Foda-se o orgulho. Eu ainda gosto dela. Vou para lá agora. Não é possível que ela não esteja nem um pouquinho mal com o término do namoro, eu até a vi chorando, então acho que a consigo de volta. Não dá para eliminar esse sentimento de uma hora para outra, certo?

Acho que depois que terminei com Sophie eu havia virado um rato no estúdio. Todo mundo me dizia para sair um pouco, mas quanto mais eu trabalhava, mais eu não pensava nela. E até que eu achava que estava indo bem, mas por julgar pelas minhas olheiras e pele, eu precisava de um ar fresco. Saí, parei numa Starbucks próxima comprei um cappuccino e fui em direção a casa de Sophie. Eu não sabia nem o que falar, só queria que as coisas voltassem ao normal.


Sophie's POV

Acho que já tinha devorado todos os chocolates daquela casa. O nível de açúcar em meu sangue estava alto e ainda precisava de mais. Eu estava a um triz para começar a fumar de novo, mas eu havia prometido para mim mesma que nunca mais experimentaria aquele negócio. Eu estava até indo bem. Já tinha uns dois anos que eu vivia sem cigarros e sem bebidas. Sou assim mesmo: 8 ou 80. Ou eu bebia e me viciava ou eu não bebia nada. Mas que dá vontade, dá. E eu tinha que perder o controle e trair David? Ele era meu ponto de paz. Era ele que conseguia me deixar sem ansiedade. Porra, só faço merda.

Eu ainda sentia meu coração apertar quando pensava nele. Das 24 horas do dia, acho que 12 horas eu pensava nele. Sem contar as horas do meu sono. Às vezes sentia vontade de me jogar em frente a um tubarão para morrer logo. Seria mais fácil do que aguentar essa dor.

Estava decidindo se iria morrer no frio ou no quente quando ouço a campainha. Fui até a porta acompanhada do meu chá de camomila e atendi.

– Ah! Você... - disse perplexa.



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Notas finais do capítulo

Minhas 7 leitoras adoráveis, não me deixem triste e parem de ler a história D: Eu sei que estou demorando para postar mas as aulas começaram e tal...... Espero que tenham curtido esse capítulo, agradeço muuuuuito a vocês!