Must Be The One escrita por Minor thing


Capítulo 10
Nervous with a good reason




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Josh's POV

Já estávamos em 1993, na metado do ano. Como o tempo passa rápido. Parecia que tudo evoluía menos eu. E a minha relação com Mandy. Mas eu tenho o plano perfeito. Só precisava de uma resposta dela. Aliás, o que ela e minha mãe conversavam? Percebi ela descendo as escadas.

– Já está pronto meu filho?

– Ah sim, mãe... - estava meio em dúvida se perguntava ou não - sobre o que você e a Mandy estavam conversando?

Ela me olhou com uma cara impaciente e falou:

– Você devia saber! Mas que falta de respeito. Sua amiga chega aqui e você nem fala com ela, passa direto e vai pra cozinha! Isso não se faz meu filho.

Verdade seja dita. Já sou tímido com a Mandy imagina com Mandy e minha mãe juntas.

– Ok mãe, me desculpa. Mas sobre o que vocês conversaram?

Ela ainda tinha um olhar impaciente.

– Ela só queria saber se você podia acompanhá-la ao mercado. Falei sobre o casamento de Jennifer. Aliás, você bem que podia convidar ela não acha? Jennifer está com saudades dela.

Ah, então Mandy estava sabendo sobre o casamento. Tinha que convidar logo. Me senti aliviado. Não seria um encontro se tivesse a minha família inteira lá, não seria? Ou seria? E por que eu tinha tantos problemas em convidar uma garota para sair?

– É, parece ser uma boa ideia - falei como se nunca tivesse pensado no assunto.

– Pois então você a convide depois que irmos no costureiro. Depressa que nós temos hora marcada.

Saí praticamente saltando do sofá. Ia sair com a Mandy! Nada mais importava.


Mandy's POV

"Acho que vou comprar alguns iogurtes e uns temperos diferentes". Pensei alto enquanto escolhia os produtos que iria levar do supermercado. Quando cheguei na parte dos congelados avistei Flea. Dessa vez ele estava com cabelo vermelho e estava acompanhado de uma menininha de cabelos claros que não parava de girar.

Como disse, nunca mais soube sobre os peppers. As coisas que eu sabia vinha de revistas e jornais que eram quase impossíveis de não ser vistas. Lembrei que Flea tinha uma filha, mas nunca tinha a visto. Então, aquela menininha deveria ser a Clara. Ainda estava olhando para ele quando ele se virou e reparou em mim. Abriu um sorriso largo e meigo, deixando aquela "janelinha" aparecer:

– Eu não acredito que é você Mandy! - e me abraçou.

De todas as identidades que eu tinha, até mesmo Lola, nunca iria apostar que Flea me reconheceria como Mandy. Fiquei super feliz e abracei-o.

– Flea, que saudades! Como vai? E a banda?

– Aah, estou bem mas você sabe como é né... - institivamente ele pegou Clara e a trouxe para mais perto - nós estamos passando por dificuldades e por mais que o resto da banda não acredite, acho que vamos sair dessa.

– Assim eu espero - não parava de sorrir, como era bom conversar com Flea - então essa aqui deve ser a Clara, não é?

– É - ele sorriu orgulhoso - diga oi para Mandy.

Ela me olhava meio insegura mas disse "Oi Mandy" com a voz mais dócil do mundo. Tive que me abaixar para apreciar aquela fofurinha. Ela fez sinal de que queria colo, olhei para o Flea.

– Ela adora um colo - e sorriu novamente.

Segurei a no colo. Ela era muito meiga e começou a brincar com o meu cordão que tinha um pingente de plumas.

– Então, como vai a Sophie? - ele perguntou.

– Aah - lembrei de toda a tortura que passei ultimamente e contei para ele em detalhes. Estava precisando desabafar.

– Em que hospital ela está? - perguntou - Eu poderia ir lá e dar uma força..

– Seria uma grande gentileza. Ela está no Saint Joseph.

Olhei para ele meio curioso e ele já sabia o que eu queria perguntar.

– Então, você teve notícias do John? - agora Clara brincava com o meu cabelo.

– Um dia o encontrei em um beco.. - os olhos dele se abaixaram e de repente ficaram tristes - ele está mal, muito mal - a garganta dele travou.

E o máximo que eu consegui responder foi um "Hm" bem pensativo. Ele continuou:

– Tenho certeza que ele se apaixonou por uma garota antes e alguma coisa não deu certo entre eles.

Franzi o cenho.

– Como assim?

– Ele só compunha músicas tristes sobre amor e não ser correspondido e etc. Isso só fez ele se jogar mais no mundo das drogas.

Então deve ser por isso que John falou aquela coisa estranha na casa do Peter. Agora que ele era drogado, parecia ser mais "filósofo" e pelo visto já estava cheio de filosofias sobre a vida.

– Você acha que ele vai ficar bem?

– Olha, isso é difícil de responder. Acho que ainda falta alguém para dar aquele toque de consciência nele sabe?

– É, - sabia muito bem - a mesma coisa foi com Sophie. Espero que esse toque não aconteça muito tarde.

– É, espero. Ele é uma boa pessoa, no final das contas.

Sorri e "devolvi" Clara aos braços de Flea. Tivemos que nos despedir pois ele tinha que se encontrar com Anthony e Chad em 10 minutos para uma audição a procura de um guitarrista. Desejei boa sorte e continuei minhas compras.

Fui para casa e guardei as compras. Aquela casa parecia abandonada então resolvi fazer uma mega limpeza. Peguei meus cd's e o som portátil que tinha, coloquei no último volume e saí dançando, cantando e arrumando tudo pela frente. Fazia tempo que não limpava a casa e isso acabou me relaxando. Não tinha mais um pó na casa inteira quando eu me joguei no sofá cansada. Não durou nem 3 segundos de relaxamento quando a campainha toca. Já estava xingando mentalmente quando abri e vi Josh.


Josh's POV

Provavelmente ela estava limpando a casa antes de abrir a porta. Ou ela tinha se jogado dentro de um lixão. Ela estava linda mesmo com aqueles cabelos castanhos presos num coque levemente bagunçado.

– Ahh, eu soube do casamento - disse Mandy - e também soube que você vai de smoking, hmmmmmmm..

E ela começou a cutucar a minha barriga. Era injusto, ela sabia que eu tinha cócegas ali mas não aguentei e caí na gargalhada.

– Aahahah, pára ahahah pá ahahah..

Já tava lagrimando e ela resolveu parar.

– Ok, smoking não é grande coisa. - ainda tava rindo um pouco.

– Claro que é, ou você usa smoking o tempo todo?

– Ahah engraçadinha, você me entendeu - tirei uma mecha de seu cabelo que estava na frente do seu rosto, agora conseguia ver aqueles olhos meio esverdeados.

Ela estava animada. Isso era um bom sinal.

– Minha mãe disse que você poderia ir se você quiser..

– Hmm - ela me fitou por uns segundos - ir a um casamento...

– O que que tem? - já estava nervoso.

– Nunca fui a um. E é estranho ir sem a Sophie.

– Ah Mandy, qual é.. - fiz cara de cachorro perdido da mudança.

– Nem vem com essa sua cara, não funciona comigo - e ela se virou.

Continuei com a cara, até que ela desistiu e apertou a minha bochecha. Nós dois sorrimos. Agora estava na sua frente.

– E você ainda está me devendo um encontro, lembra?

Ela fez cara de pensativa e logo depois uma cara de surpresa.

– Ah é! Como pude esquecer o meu encontro com o sr. Klinghoffer? - e jogou a mão para trás na testa brincando com o drama.

Adorava aquele jeitinho dela.

– Então, você vai?

Ela ainda continuava com a atuação.

– Oh, o sr. Klinghoffer está me convidando para sair?

Balancei com a cabeça num sinal de sim, e ela fez a mesma coisa que tinha feito com a mão antes só que deixou a outra mão perto de mim. Sem pensar, eu me ajoelhei e beijei sua mão.

Ela me olhou emocionada mas ainda continuava com a performance.

– Ah, você é tão cavalheiro sr. Klinghoffer!

– E você é uma ótima atriz.

E nos abraçamos rindo. As mãos dela subiram da minha costa para o meu pescoço. Me afastei e vi que ela me olhava de um jeito diferente. Gostei daquele olhar. Passei com os meus dedos delicadamente no seu rosto e ela se aproximou mais. Agora nossos narizes se encostavam e eu não conseguia parar de olhar para a sua boca e ela não parava de olhar para a minha. Nossas respirações estavam sincronizadas. Eu me aproximei mais um pouquinho. Agora não havia uma mosca que nos separasse. Ela mordeu meu lábio inferior de leve.

Selei completamente o espaço que havia entre nós com um beijo. Um beijo apaixonado e meio apressado. A mão dela agarrava o meu rosto, puxando para mais perto. Minhas mãos deslizavam na sua costa. Fomos para o sofá nos tropeços. Ela deu um sorriso natural e sentou no sofá. Sentei ao lado dela e fiquei a admirando. Ela me olhava de um jeito tão especial. Não tinha como não gostar daquela menina. Roubei um beijo seu e ela instantaneamente me retribuiu do melhor jeito possível. Seu beijo era quente e cheio de emoções. Ela foi deslizando no sofá até ficar deitada e eu a acompanhando acabei ficando por cima dela. Nosso beijo era frenético e não havia como parar. Ela passava as mãos nas minhas costas e me arranhava de leve.

Comecei a beijar seu pescoço, ela me abraçava e estava adorando. Beijei suas bochechas, seu pescoço inteirinho e seus ombros. Estava quase descendo mais quando ela pegou no meu rosto e disse:

– Josh, acho que não é melhor fazer isso - ela me olhava com um pouco de medo. Sua boca parecia querer mais mas ela estava certa.

– Você tem razão - dei um selinho nela e fiz uma cara de triste.

Ela agora pegava no meu rosto com suas duas mãos.

– Não é isso, eu gosto de você, gosto dos seus beijos - meus olhos brilhavam, dei mais um selinho - mas só não acho que é a hora certa.

Já tiha ganhado meu dia quando ela falou aquilo, não precisava de mais nada.

– Ok - sorri maliciosamente, dei mais outro selinho - mas eu vou continuar te beijando, posso?

Ela riu e puxou meu pescoço. A língua dela invadia minha boca, estava descontrolada. Mandy já estava com a respiração fraca e sua boca estava um pouco avermelhada mas continuamos nos beijando loucamente. Melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

O q vcs acharam?? Gostaram? Revieews!