My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 40
39-My beating heart belongs to you


Notas iniciais do capítulo

Oooooolá!
Título tirado da música Last Night On Earth, do Green Day. Se nunca ouviu essa música, tá fazendo o que aqui ainda? o.õ
É linda, linda, linda! Quando (correção: SE *forever alone*) eu tiver um namorado, ele vai tocar isso pra mim u.u
Tá, parei de sonhar.
Enfim... Ficou meio que enrolação esse capítulo, mas é só uma "ponte" pro próximo.
Enjoy!



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-D-do que está falando? – gaguejei fracamente sob o olhar severo de minha mãe.

-Do que você gritou lá em cima. – disse ela, apontando uma colher de pau para mim, com uma das mãos na cintura. Engoli em seco e mexi levemente em meus cabelos, tentando disfarçar meu nervosismo.

-O que foi que eu gritei?

-Ah, nada, só um “Argh, Mikey, nós estamos namorando sim”. – disse ela, irônica. Comecei a corar fortemente, o que, obviamente, me entregou.

-Eu... Não é nada, mãe! Esquece, é só mais uma brincadeirinha do Mikey!

Ela me lançou um olhar incrédulo. Suspirei.

-Será que eu posso te contar depois do jantar?

-Não.

Bufei.

-Eu preciso contar isso pra você e para o papai!

Ela arregalou os olhos.

-Você engravidou uma menina?!

-Quê? Não! – exclamei, totalmente indignado de saber que era isso o que minha mãe pensava de mim. Ela suspirou, aliviada.

-Menos mal. Mas afinal, quem você está namorando?

-Já disse que só vou contar depois do jantar. – rosnei. Ela estreitou o olhar, mas assentiu.

Jantamos sob o olhar severo de minha mãe. Quer dizer, eu jantei. Mikey comia, totalmente desconcertado pelo clima tenso da mesa. Meu pai olhava de mim para minha mãe, com um ar confuso. Eu o entendia, afinal, ele nem sabia o que estava acontecendo.

Minha mãe comia rapidamente, doida para saber quem eu estava namorando. Eu mal estava na sexta ou sétima colherada quando ela largou a colher, fazendo um barulho alto e apoiando os cotovelos, olhando em meus olhos.

-Então?

Deixei a colher na beira do prato, suspirando fundo.

-Prometem que não vão me espancar? Nem me tirar de casa? – falei, olhando para meu pai e para minha mãe. Mikey segurou o fôlego. Ao ver que os dois assentiram, soltou-o.

-Eu... Estou namorando, é. Mas... Não é com uma menina... É com o... Frank. Frank Iero.

Meus pais se entreolharam e mergulharam em um silêncio profundo, que era apenas quebrado pelas colheradas tímidas de Mikey. Minha mãe direcionou o olhar ao meu irmão e disse:

-Mikey, vai lá pra cima.

-Mas eu não acabei de comer! – ele fez biquinho.

-É sério, Mikey. Vai lá.

-Mas...

-Por favor, Mi. – falei, olhando em seus olhos infantis. Ele abaixou o rosto, mas assentiu – Obrigado. – baguncei ainda mais seus cabelos e ele correu para o quarto. Direcionei meu olhar para minha mãe, arqueando uma sobrancelha.

-Eu não acredito. – decidiu ela. Meu pai ainda fazia uma cara pensativa.

-Quer perguntar ao Frank?

-Eu... Eu não vejo problema nisso. – disse meu pai, lentamente – Em vocês dois... Namorarem... Contanto que você não quebre o coração do Frank... Ele é um amor de menino e eu não quero ver ele chorando por sua culpa. Ouviu?

Assenti, corando.

-Então... Fora isso... Acho que não tem problema nenhum em vocês dois namorarem...

Arregalei os olhos, pulei da cadeira e abracei meu pai.

-Ah, obrigado! Obrigado! Obrigado!

-De... De nada. – disse ele, franzindo a testa. Soltei-o e encarei minha mãe, que ainda possuía um olhar indecifrável. Ela suspirou e indagou:

-Ele te faz feliz?

-Você não sabe o quanto. – respondi, com sinceridade.

-Você quer fazê-lo feliz?

-Muito.

Ela suspirou mais uma vez.

-Acho que não tem problema... – ela parecia ligeiramente desapontada, mas seu tom de voz era confiante, como se estivesse certa de sua decisão. Mais uma vez, arregalei os olhos e gaguejei:

-S-sério?

Ela assentiu.

-Muito obrigado! Mesmo! Prometo que não vão se arrepender! – sorri abertamente enquanto os dois se entreolhavam.

-Esperamos mesmo. – disse minha mãe – Como seu pai disse, não quero ver o pequeno Iero chorando pelos quatro cantos porque você fez alguma burrada. Entendeu bem?

-Não vou deixá-lo triste! Prometo! – dei um beijo no rosto de minha mãe e abracei meu pai antes de subir até o quarto de Mikey. Ele estava sentado na cama, com os olhinhos vidrados na tela luminosa da televisão, jogando videogame. Ao ouvir a porta se abrindo, ele logo pausou o jogo e virou-se em minha direção.

-Eles deixaram!

-Deixaram? – seu tom de voz era animado. Assenti, felicíssimo – Ah, que maravilha, Gee! – ele pulou da cama e me abraçou. Retribuí o abraço, ainda sorrindo feito bobo. Eu tinha que contar essa novidade ao Frankie no dia seguinte.

-X-

POV Frank

No dia seguinte, acordei cheio de sono, o que não era novidade, considerando o fato de que eu, Bob e Ray ficamos até tarde jogando D&D. Minha mãe se surpreendeu ao vê-los em casa, acho que já tinha se desacostumado a ver os dois.

Fui até a escola e, quando pisei na sala, tive uma surpresa enorme. Bob, Ray e Gerard estavam sentados os três nos bancos de trás, juntos, conversando. Entre Ray e Gerard, uma cadeira estava vazia. Eles sorriram e apontaram para o lugar vago. Franzi a testa, um pouco desconfiado, mas eles simplesmente continuaram sorridentes. Pus minha mochila na cadeira e murmurei um “oi” para todos. Ray conversava animadamente sobre histórias em quadrinhos com Gerard, enquanto Bob, vez ou outra, opinava. Ao fim da conversa, Gerard virou para mim e disse:

-Posso falar com você um minuto?

-C-claro... – gaguejei, me preparando para o pior. Ele pegou minha mão e me puxou levemente para o banheiro do andar, fechando a porta atrás de si. Engoli em seco enquanto ele me analisava com seu par de olhos verde oliva. Sua expressão era alegre, mas aquilo tudo ainda me assustava.

-Frankie, eu tenho ótimas novidades.

-O que é?

-Eu falei com meus pais ontem sobre... Sobre nós.

Arregalei os olhos.

-E o que eles disseram?

-Eles disseram que não se importam! – um sorriso enorme estava estampado em seu rosto. Lentamente, a ficha começou a cair e eu comecei a sorrir também.

-Jura?! – ele assentiu e me abraçou fortemente. Retribuí o abraço com igual força – Ah meu deus, isso é ótimo! – ele se desfez do abraço e me deu um selinho demorado, abraçando minha cintura. Afastei sua franja de seus olhos e beijei sua testa. Ele se arrepiou um pouco e perguntou:

-E você? Já falou com a sua mãe?

Fiz que não com a cabeça.

-Ela não para em casa. – resmunguei. Ele riu levemente.

-Sei como é isso. A minha também não parava em casa, antigamente. Enfim, quando pretende falar?

-Hoje, se ela estiver em casa. Não acredito que ela vá criar problemas... Ela só quer me ver feliz... – abri um sorrisinho tímido.

-E quanto ao seu padrasto?

-Bom, aí eu não sei. Mas ele não tem nada a ver com a minha vida, então...

-Frankie! – ralhou ele – Não diga isso, ele é o namorado da sua mãe!

-Por isso mesmo! – rebati – Ele nem chega a ser meu parente!

-Você é inacreditável... – ele revirou os olhos.

-Eu sei, por isso que você me ama. – abri um sorrisinho que eu acreditava ser sedutor. Ele riu baixinho e abraçou minha cintura, beijando meu pescoço.

-É, talvez seja por isso mesmo.

Gemi enquanto ele subia sua trilha de beijos até meus lábios. Ouvimos o sinal bater e Gerard murmurou “droga” baixinho. Não pude deixar de gargalhar com isso.

-Pretendia violar minha inocência hoje, meu bem?

-Quem sabe? – ele abriu um sorriso falsamente maníaco. Ri mais uma vez, acompanhado por ele. Segurei sua mão, destranquei a porta e voltamos para a sala de aula.


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Notas finais do capítulo

Oushe, Gerard safado -QQQQQQQQQ
Well... Vou voltar pra one que estou escrevendo pro níver do Gee *---*
Beijo beijo!