My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 38
37-I'm not ok


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi!
De boas, essa fic já tem 38 capítulos, contando com o prólogo. Nem escrevo muito, MASOK.
Enjoy!



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Após o episódio com Lyn-Z, fiquei o dia inteiro trancado no quarto. Mais uma vez, minha tentativa de interagir com outro ser humano falhou, como de costume. Não chorei no meu quarto, claro, mas fiquei ali, vegetando. Vez ou outra, Mikey batia em minha porta, dizendo que eu precisava sair dali e comer alguma coisa. Eu simplesmente ignorava.

–Gee, por favor! Vem comer! – Mikey praticamente implorava e parecia extremamente preocupado – Você vai morrer de inanição!

Não respondi. Simplesmente fechei os olhos e continuei deitado na cama, pensando na vida. Mikey bufou audivelmente e disse:

–Vou ter que apelar então... Tio Fran, pode vir, por favor?

Frank? Frank está aqui? Na minha casa?

O baixinho apareceu timidamente em minha porta. Agradeceu a Mikey e fechou a porta atrás de si, nos deixando sozinhos.

–Gee, o que houve? – seu tom era carinhoso e preocupado ao mesmo tempo. Ele se sentou na minha frente, segurando minhas mãos.

–Nada.

–Eu sei que aconteceu alguma coisa. O que foi?

Ela aconteceu. – falei, apontando para a casa cor de salmão do outro lado da rua.

–O que? Uma casa aconteceu?

–Não. Os Ballato se mudaram para essa casa. – minha voz era de total desgosto.

–Ballato? – ele franziu a testa, tentando se lembrar desse nome. Obviamente, ele não o conhecia.

–Lindsey Ballato.

Ele arregalou os olhos.

–A sua ex-namorada?! Ela está morando na casa da frente?! – sua voz era nervosa e esganiçada ao mesmo tempo. Parecia que estava à beira de um ataque de nervos. Arqueei as sobrancelhas, mas preferi não dizer nada.

–Pois é. – resmunguei.

A expressão de seus olhos passou de carinho para ira em questão de segundos.

–Ah... Ah é? – sua voz tremia e saía fraca, mas ele tentava parecer normal – Que... Que... Bom! Eu... Vou... É... Pra casa! Isso, pra casa...

Segurei-lhe o pulso, impedindo que ele saísse do quarto.

–Calma lá! Por que está agindo assim?

–Por... Por nada! – ele sorriu forçadamente – Er... A sua ex... Está... Morando na... Sua rua... Isso é... Muito bom... Eu acho! É... É bom sim, eu... Er... É!

–Não, não é! – arregalei os olhos – Você não sabe o que aconteceu na cafeteria em que nós fomos!

–Ah! – sua voz saiu fina – Vocês foram... Em uma... Cafeteria! Juntos... Só... Vocês dois! Nossa... Mas que... Surpresa! E... Que... Agradável! – ele ainda sorria forçadamente. Foi aí que eu entendi o que estava havendo. Ri sem que ele percebesse e abracei-o.

–Ah, Frankie! Você acha mesmo que eu vou te substituir pela Lyn-Z? – não acredito que ele pensou nisso.

Ele não respondeu e não retribuiu o abraço. Apenas ficou ali, parado entre meus braços. Ri baixinho e beijei levemente sua testa.

–Frank, entenda que eu te amo mais do que a minha própria vida. A Lindsey é só uma garota que passou pela minha vida, mas você... Ou melhor, nós somos para sempre. Eu nunca te trocaria por ela. Você é quem eu amo. Para sempre.

Frank fitou-me, com lágrimas nos olhos. Mais uma vez, comecei a me sentir culpado e infeliz por fazer o meu bebê chorar.

Era bom chamá-lo de meu... Me dava a sensação de que ele realmente me pertencia e, na verdade, de uma forma bem superficial, Frank realmente me pertencia.

–Gee... Você não sabe o quanto eu me sinto ameaçado por ela... – ele já soluçava. Minha vontade era de abraçá-lo, dizê-lo que ia ficar tudo bem e que ele não precisava chorar, balançá-lo até ele dormir apertado contra meu peito.

Infelizmente, eu não podia fazer isso. Pelo menos, não ainda. Por isso, apenas optei por indagá-lo:

–Por que?

–Ora, ela é bonita, divertida, sensual... Ela é tudo o que você procura! Não tem uma coisa que eu tenho e que ela não tenha! – seu tom de voz era manhoso, magoado e infeliz ao mesmo tempo. Aquilo que ele tinha dito me deu uma vontade enorme de rir, mas eu não podia fazer isso na frente dele, não é?

–Bom, primeiro, você tem cérebro e ela não tem. – ouvi Frank dar uma risadinha fraca – E segundo, ela não é você. – segurei-lhe o rosto delicadamente – Eu te amo simplesmente porque você é você. Pode ser que, um dia, eu tenha amado ela, mas agora, meu coração pertence a você e só a você. – beijei a testa de Frank, sentindo o menor fechar os olhos.

Frank limpou as lágrimas que ainda riscavam seu rosto e colocou os braços em volta do meu pescoço.

–Eu te amo, Gee. Muito mesmo. – murmurou ele roucamente.

–Eu também te amo, meu pequeno. Para sempre. – ele me beijou longamente e eu limpei suas lágrimas – Agora vai lá limpar seu rosto e aí eu conto tudo o que aconteceu, ok?

Frankie assentiu e me beijou antes de se encaminhar até o banheiro. Minutos depois, voltou, com a aparência bem melhor que antes, e se sentou na minha frente.

–Então? – sua voz havia voltado ao normal – O que aconteceu?

Contei a ele o que havia acontecido na cafeteria. Vez ou outra, eu via que ele se retorcia um pouco de ciúmes, mas logo voltava a me ouvir atentamente. Devo confessar que seu ciúme era particularmente fofo.

–É isso... – falei, ao terminar meu relato.

–Ahnn... Desculpa, mas... Ela é meio... Hãn... Um pouquinho... Como dizer...

–Hipócrita? Infantil? Sim, muito.

Frank me abraçou novamente.

–Calma, ok, Gee? Vai ficar tudo bem, eu prometo.

–Eu espero...

Ele se separou de mim e me deu um beijo leve antes de olhar para o relógio.

–Escuta, eu preciso ir... Mas se precisar de mim, pode me ligar.

Assenti e levei-o até a porta. Dei-lhe um selinho de despedida e subi novamente para o meu quarto.

POV Frank

Voltei para casa e fui direto para o meu quarto. Fiquei ali, fazendo o dever de casa de química (e sem entender nada), até que ouvi a campainha. Notei que minha mãe havia saído com Zacky, portanto, atendi a porta e dei de cara com as duas pessoas que eu menos esperava ver nesse mundo.

–Bob?! Ray?!

–Me desculpa. – disseram os dois ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Yeah! Espero que tenha ficado bom!
Beijo -q