My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 32
31-That's his story


Notas iniciais do capítulo

Ok, esse capítulo é MUITO MUITO MUITO IMPORTANTE. Leiam com atenção.
E é revelador também u.u Acho que vocês vão gostar -q
Bom... Enjoy!



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No dia seguinte, na escola, eu não sabia como agir com ele. Não sabia se devia dizer o que sentia ou se devia esconder meus sentimentos e manter a amizade.

Optei pela segunda opção. Não sei se foi a escolha certa ou se foi a melhor decisão da minha vida, mas dessa vez, resolvi escutar meu cérebro ao invés de ouvir meu coração. Eu já tinha feito isso antes e não tinha sido nada legal. Tudo por causa dessa droga de órgão que chamamos de “coração”.

-Oi! – disse Gerard, sorrindo ao me ver.

-Oi... – tentei soar animado, mas não consegui. Gee franziu a testa e passou levemente a mão sobre meu uniforme. Um pózinho branco grudou em seus dedos finos.

-Isso é... Cocaína? – sussurrou ele, irritado.

Comecei a ficar vermelho. Gerard parecia extremamente irritado comigo. Ele levantou e me puxou pelo pulso para fora da sala. Gerard fechou a porta do banheiro masculino, trancou-a e se virou para mim. Sua expressão era de pura raiva.

-Não acredito nisso, Frank! Eu faço o maior esforço para te proteger e você faz isso? Você tinha dito que tinha parado com isso!

-E eu tinha! – defendi-me – Mas... Aconteceram algumas coisas na minha mente... E eu fiquei um pouco confuso!

-Não é motivo para recomeçar a se drogar. – retrucou ele, ríspido.

-Você não tem nada a ver com a minha vida! – rebati.

-Tenho sim, você é meu melhor amigo! Eu me preocupo com você!

-Então pare de se preocupar, porque eu sei me virar sozinho!

-NÃO, FRANK, NÃO PODE! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ REPITA O MESMO ERRO QUE EU! – gritou ele. Arqueei as sobrancelhas, assustado com sua ação repentina.

-V-você não merece passar pelo que eu passei.... – sua voz passou de raivosa para dolorosa – Ninguém merece passar por tudo isso...

-G-Gee... – tentei tocá-lo, mas ele se esquivou.

-Já parou pra pensar no que ia acontecer se as pessoas descobrissem que você se droga? – ele não esperou uma resposta – Você ia virar popular, Frank! Os adolescentes gostam de pessoas que são rebeldes!

-E daí?

Ele suspirou.

-Eu já fui popular, Frank.

Arregalei os olhos.

-Chocante, não? O anti-social já foi popular... – ele soriu tristemente. O sinal bateu naquela hora, mas ambos ignoramos.

-C-como... – minha voz morreu.

-Acho que já está na hora de você saber mais sobre mim... Senta aí. – ele fez um gesto em direção ao chão. Sentei-me e encostei na parede, sendo imitado por Gerard. Ele suspirou e se preparou para começar.

-Eu morava em Los Angeles. Eu era um daqueles garotinhos mimados que acham que estão acima de tudo e todos.

“... Eu era o mais popular da minha sala. Todos eram ou queriam ser próximos de mim. A maioria das meninas tinham uma queda por mim. Os meninos tinham inveja de mim, pois minha mãe e meu pai me davam tudo o que eu queria, já que éramos ricos. Se ainda somos? Na verdade não, eu só continuo estudando aqui porque uma parte da herança de minha avó era destinada a isso. Enfim, eu era muito popular na minha antiga escola, mas o máximo que eu já tinha feito era sair de casa sem minha mãe deixar.

Apesar de eu ser popular, eu não tinha... Como dizer... Amigos de verdade. É claro, haviam várias pessoas que me seguiam, mas nenhuma delas realmente me conhecia de verdade. Por dentro, eu era infeliz. Mas conseguia conviver com essa dor, porque eu contava tudo isso à minha avó. Ela era minha melhor amiga... Porém, um dia, descobriram que ela tinha câncer de pulmão. Foi um dos dias mais tristes da minha vida... Mas eu apoiei ela. Ajudei-a nas sessões de quimioterapia, encorajei-a... Tudo em vão. Poucos meses depois, ela morreu. Acho que meus pais nunca me contaram que seu câncer era terminal exatamente por causa disso: Para me dar esperanças. De qualquer forma, ela morreu. Isso me deprimiu profundamente. Me tornei um idiota maior do que eu já era, comecei a sair para festinhas noturnas e voltava bêbado na noite seguinte, minhas notas despencaram, eu matava aula para ficar fumando nos corredores da escola, era tirado de sala frequentemente... Mas nunca toquei em droga nenhuma. Até que, um dia, encontrei uma garota chamada Lyndsey. Ela era a menina mais bonita da escola. Um certo dia, convenci-a a matar aula comigo e nós fomos para dentro da sala do zelador e... Bom... Nos beijamos. Começamos a namorar, é verdade. Porém, um certo dia, vi Lyndsey beijando outro cara, acho que o nome dele era Kyle. Algo assim. Enfim, sua desculpa era que eu não era rebelde o suficiente. Por isso, comecei a fumar maconha, para ver se eu conseguia ser rebelde o suficiente para ela. Claro que isso atraiu bastante gente e meu círculo social ficou maior do que já era. Enfim, certo dia, eu voltava de uma de minhas festinhas noturnas e acabei esbarrando em Lyndsey, que estava no jardim de sua casa. Como eu estava bêbado, comecei a dizer coisas sem sentido para ela, sem saber que Kyle estava logo atrás. Nós dois começamos a brigar e... Bom... Digamos que apanhei bastante. No dia seguinte, foi aquela zona. Todos falando sobre o Gerard Way que apanhou do Kyle. Foi... Uma maravilha. No meio disso tudo, eis que surge meu irmão. Ele devia ter uns oito ou nove anos na época. Talvez um pouco mais ou um pouco menos. Enfim, ele começou a gritar com meus... Digamos... Colegas, dizendo que eu era legal e tinha apanhado porque não faria mal a uma mosca. No meio dessa bagunça toda... Eu acabei ficando irado com ele e... Acabei batendo nele. Isso fez ele se afastar radicalmente de mim. Lembro-me que via meu irmão ficar isolado em seu quarto o dia inteiro, olhando fotos de quando ele tinha quatro anos, que foi a época em que eu passava o dia inteiro brincando e mimando-o. Enfim, ele se afastou de mim e eu comecei a me drogar e a beber com mais frequência, até que fui parar no hospital porque bebi demais.

Até aquele momento, meus pais não sabiam de minhas bebedeiras. Mas só até aquele momento mesmo. Minha mãe fez o maior escândalo, dizendo que havia errado em minha educação e tudo o mais, enquanto meu pai tentava acalmá-la e, ao mesmo tempo, brigava comigo. Jurei à minha mãe que iria tentar melhorar, mas logo descobri que isso não seria possível, pois as pessoas de minha sala continuavam a me julgar, a rir de mim, etc. Eu estava ficando sobrecarregado com tudo aquilo, por isso, pedi para minha mãe me mandar para outra escola. Depois de alguns dias de discussão, meus pais decidiram me mandar para uma reabilitação. Passei um ano lá e voltei no início desse ano. Minha mãe disse que, logo depois que me mandou para a reabilitação, os vizinhos começaram a olhar torto para nossa família, dizendo que eles eram os pais do problemático rebelde, portanto, ela decidiu que íamos nos mudar, e deixaríamos todo o nosso luxo e riqueza para trás, pois foi esse luxo e essa riqueza que me trouxe esses problemas. Acho que, se eu tivesse sido acostumado a merecer para ter, eu não teria me envolvido com drogas e bebida. De qualquer forma, aceitei isso e nos mudamos para cá. No meio da viagem, fiz uma promessa para mim mesmo: Eu ia mudar. Eu ia tentar mudar de qualquer jeito. E eu consegui. Não quero que passe por isso tudo... Como eu passei.”

Toda essa conversa demorou mais ou menos uma aula inteira e, ao fim do relato, Gerard já estava com lágrimas nos olhos. Olhei-o com compaixão e tentei murmurar:

-G-Gee... Eu não... Nunca teria imaginado que... Você tivesse sofrido tanto...

-Os mais calados são os que mais sofrem, Frank... – ele abriu um sorriso triste e limpou os olhos.

-O-o que eu posso faz-zer para você se sent-tir melhor?

-Mude. Não deixe as drogas te dominarem, Frankie. Eu não quero ver você em uma maca de hospital... Novamente. Você promete para mim que vai parar com isso?

Funguei e pus a mão no bolso. Entreguei-lhe quatro saquinhos com o pó branco e olhei em seus olhos.

-Prometo. Eu vou mudar, Gerard. Por você. – segurei sua mão. Ele assentiu e me abraçou.


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Notas finais do capítulo

UHULES, A HISTÓRIA DO GER FOI REVELADA u.u
Olha, eu acho (repito: ACHO) que contei tudo o que vocês precisavam saber sobre o Gee nesse capítulo, porém, acho que mais algumas informaçõezinhas vão aparecer entre outros capítulos.
Ah, tem certas pessoas chamadas MARIA CLARA (é uma amiga minha lá da sala) que estão perguntando quantos capítulos faltam pra acabar.
... MINHA AMIGA, AINDA FALTA UM MONTE! A HISTÓRIA AINDA NÃO ESTÁ NEM NA METADE!
Pra felicidade de algumas. Pra infelicidade de outras -q
(Mas, principalmente, pra minha felicidade)
Bom... Acho que é isso -q
Eu falo demais nas notas .-.
E hoje eu estou histérica -q
E animadinha -q
E hiperativa -q
NOSSA, PAREI '--'
Well, beijos!