My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 23
22- I have "important things" to do


Notas iniciais do capítulo

Febre abaixou, vim postar aqui. Não vou falar muito porque estou desanimada por causa de umas pessoas aí.



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No dia seguinte, comecei a pensar no que eu faria sobre Gerard e Ray e Bob. Eu não podia deixar de fazer o trabalho, mas furar com aqueles dois também não ia ser legal. Fiquei pensando nisso o dia inteiro e só fui interrompido pelo celular.

–Alô? – falei, sem olhar o número no visor.

Oi, Frank. – disse a pessoa do outro lado da linha, timidamente.

–Oi Gerard. – tinha me esquecido completamente de que eu tinha dado meu número para ele no dia anterior. Cocei a cabeça, ainda tentando entender o que estava havendo no mundo.

Então, você vem aqui?

–Eu prometi, né...

Ótimo. Te espero aqui.

Ele me disse aonde era a sua casa e como ela era e desligou. Suspirei fundo, pus uma calça jeans, tênis e uma blusa preta qualquer, pus os fones do meu iPod e desci.

–Mãe, vou na casa do Gerard fazer um trabalho.

–Gerard? Aquele menino que te salvou?

Corei violentamente e murmurei um “é” tímido.

–Ah, pode ir! – ela sorriu, incerta. Provavelmente estava chocada pelo fato de eu sair para, você sabe, estudar, ao invés de me drogar.

Falando nas drogas, sim, eu continuo tomando. Em poucas quantidades, mas continuo. Eu sei, parece que é suicídio, mas uma vez que você entra nessa coisa de drogas, você não consegue mais sair, entende? Provavelmente não, né?

Saí de casa. O dia estava claro e um vento fraco refrescava o ambiente. Era um dia agradável, pra falar a verdade.

Andei calmamente até chegar na frente de uma casa de um tom laranja fraco. Suspirei fundo, tirei um dos fones e bati na porta. Ouvi barulho de passos vindos de dentro da casa, até que abriram a porta e me deparei com um menino pequeno, cabelos bagunçados e óculos. Arqueei as sobrancelhas.

–Oi! Você é o Frank, né? – disse ele, sorrindo. O menino era meio fofo.

–Sou sim.

–Meu nome é Mikey! Eu sou irmão do Gee!

–Muito prazer, Mikey. O seu irmão está aí?

–Ah, ele tá sim. Vem, entra.

Entrei na casa e olhei em volta. A sala era ampla, com uma bancada e uma TV em cima, alguns jarros de flores enfeitando os lados. Em um canto, perto da janela, havia uma poltrona. De frente para a TV, havia um sofá. Em um canto, havia uma entrada para um corredor. Separada apenas por uma pilastra colada a parede, havia a cozinha. Nela, havia uma geladeira perto da entrada, uma bancada com fogão, pia e todas essas coisas comuns. No centro, havia uma mesa redonda com várias cadeiras dispostas. Era uma casa bonitinha e arrumada.

Mikey me conduziu até o pequeno corredor que dava para uma escada. Subimos e encontrei três portas: Uma para o quarto de Gerard, que era branca, uma para o quarto dos pais dele, que era marrom e outra para o quarto de Mikey, que também era branca. A porta de Gerard tinha um adesivo escrito Keep Out e o símbolo do Iron Maiden no fundo. Arqueei as sobrancelhas. Mikey bateu na porta e ouviu um entre vindo lá de dentro. Ele girou a maçaneta e abriu a porta, revelando um Gerard sentado na cama com um caderno no colo e alguns lápis de cor jogados ao seu lado. Mikey murmurou um “ele não toma jeito” e saiu. Gerard levantou um dedo, fazendo um gesto para eu esperar. Fechei a porta atrás de mim e esperei ele acabar.

Olhei em volta. A parede de Gerard era branca e cheia de pôsteres de várias bandas variadas: Beatles, Anthrax, Slayer, etc. Um quadro magnético estava pendurado em um canto do quarto e tinha algumas fotos dele com seu irmão. No fundo, sua mesa estava atulhada de coisas para desenhar, como lápis, folhas, borrachas, pincéis, etc. Tudo isso em volta de um notebook cor de prata. Nas duas paredes, haviam estantes. Uma estava cheia de caixas de tintas, lápis aquarela, etc. A outra tinha vários CDs enfileirados.

Gerard fechou o caderno e colocou-o de lado.

–Oi. – ele abriu um meio sorriso.

–Oi... – retribuí o sorriso do mesmo jeito.

–Então, já tem alguma ideia do que fazer?

–Ahn... – Gerard passou a mão pelos cabelos – Eu achei que a gente podia fazer uma apresentação no Powerpoint, sabe... ? Eu não quero fazer coisa com cartolina. – ele torceu o nariz.

–Pode ser. – dei de ombros.

–Então tá. – ele abriu o notebook, apertou o botão de ligar e esperou.

–Escuta... Ééé... Você se importa se... Quem sabe... A gente continuasse o trabalho depois?

Ele franziu a testa.

–Como assim?

–É que eu tenho umas coisas importantes pra fazer, entende? Depois do almoço...

Ele arqueou as sobrancelhas.

–E o que é?

–Médico. – menti.

–Ah... Tudo bem então, eu acho. Nós podemos continuar amanhã, eu acho.

–Ótimo. – tirei os dois fones e joguei meu iPod na cama dele.

–X-

–Gerard, eu preciso ir...

–Tem certeza de que quer ir sem almoçar? – ele franziu a testa – Meus pais não estão em casa, mas eu posso pedir pizza.

–Tenho, não se preocupe.

–Falou então. Vejo você amanhã.

–Até.

Saí da casa de Gerard e fui correndo até a minha. Peguei as fichas de personagens, os dados, folhas de papel e os três livros. Fui até a cozinha, peguei qualquer coisa para comer, já que minha mãe tinha ido trabalhar, peguei uns pacotes de salgadinho para comer durante o jogo e larguei tudo na mesa da sala. Suspirei de cansaço e esperei Bob e Ray chegarem.

Alguns minutos depois, eles chegaram.

–Aleluia. Depois era eu que ia furar com vocês. – censurei-os.

–Desculpa, minha mãe me prendeu ali. – disse Bob.

–E você, qual é a sua desculpa, Ray?

–Eu... Eu dormi demais! – ele abriu um sorriso divertido. Bufei e revirei os olhos.

–Tá, foda-se. Andem logo, já está tudo pronto ali atrás.

–X-

–Vira o dado, Bob. Você... Foi atacado pelo dragão e... Você... Sobreviveu! – sorri amigavelmente enquanto Bob dançava de felicidade.

–E A TORCIDA VAI AO DELÍRIO! – gritou ele.

–Pelo amor de deus, Robert, senta a bunda aí!

–Não me chama de Robert. – ele lançou um olhar de ódio para Ray. Esse último começou a discutir com Bob e, de repente, alguém bateu na porta.

–Gente...

Eles continuaram discutindo.

–Gente...

Nada.

–Puta que pariu... – murmurei – TEM UMA MENINA SEM ROUPA NO MEU QUARTO!

Os dois olharam para mim, interessados.

–Tem alguém na porta, seus retardados mentais!

–Ah... – disse Ray, meio decepcionado.

–Fiquem quietos aí enquanto eu atendo a porta, seus tarados.

Abri a porta.

–Sim? – falei, sem olhar para o rosto da pessoa.

–Frank?

Era Gerard. E bem no horário onde eu, supostamente, deveria estar no dentista.

–... Oh... Merda...


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Notas finais do capítulo

Ninguém precisa saber que eu tive que aprender a jogar D&D pra escrever isso né? Não? Ok.
Well, that's it. Beijos.