My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 14
13-Detention


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo my dears. Resolvi postar logo porque amanhã vou pra casa de uma amiga e não ia dar pra postar. Vou ver se roubo o pc dela um pouco pra responder as reviews, mas sei lá né -qq
Enfim, enjoy!



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Segunda-feira seguinte, fui obrigado a ficar até depois da aula na biblioteca, arrumando os livros.

-Tem certeza de que não quer que a gente te espere? – perguntou Bob pela décima vez – Nós não nos importamos de esperar você terminar.

-É, cara. Nós podemos esperar você. – disse Ray.

-Não, tudo bem. Podem ir, sério. – abri um sorrisinho amarelo.

Ray deu de ombros.

-Você que sabe. Até amanhã, Little Franks.

-Até. – acenei para os dois e os observei caminharem até desaparecerem de minha vista.

Suspirei fundo e me virei em direção a biblioteca.

Chegando lá, encontrei o Way. Ele olhava, confuso, para um livro de capa dura com a cor esverdeada.

A biblioteca da escola era grande. Muito grande. As estantes eram dispostas em corredores e, em uma área atrás, haviam algumas mesas que, no momento, estavam atulhadas de livros. Em um canto, havia uma bancada onde a bibliotecária chata ficava o dia inteiro, sentada na sua cadeira, mexendo no seu computador, carimbando livros e, às vezes, preenchendo alguma ficha de algum aluno. As janelas que ladeavam a sala deixavam o sol se infiltrar delicadamente no ambiente, passando entre as cortinas brancas de linho.

Fechei a porta com uma força desnecessária, fazendo o novato virar o rosto em minha direção. Ele me lançou um pequeno aceno de cabeça que eu retribuí. Evitei seu olhar enquanto caminhava até a primeira estante.

Olhei em volta. A bibliotecária não estava. Ótimo, eu ficaria o dia inteiro sozinho com ele. Muito bom mesmo.

Cheguei perto da mesa com vários livros empilhados. Eram umas quatro ou cinco mesas com montanhas de livros empilhados e eu teria  que arrumar todos eles todos os dias.

Dá pra ficar pior?

Dá sim. É só adicionar um Gerard Way. Assim, você fode a sua vida inteira.

-Ei. Iero. – disse ele, friamente.

-Que é?

-Eu já estou fazendo essa pilha. Faz aquela. – ele apontou para uma mesa na outra extremidade da biblioteca. Olhei para ele, incrédulo, mas ele simplesmente me olhava inocentemente.

Bufei audívelmente e andei, de má vontade, até a outra mesa.

POV Gerard

Eu precisava manter o Iero longe de mim. Era de máxima importância.

Você deve estar se perguntando o porquê disso. É simples: De uns tempos para cá, eu me sinto... Estranho ao chegar perto dele. Eu não sinto simplesmente repulsa, há um sentimento escondido por trás disso, mas eu não consigo desvendar o que é.

Resumindo, meu objetivo era ficar o mais longe possível dele. Quem sabe se eu o evitasse, eu falasse menos idiotices.

Como aconteceu na sexta feira passada.

O baixinho arrumava os livros, com uma expressão ressentida. É claro, eu devo ter sido meio chato com ele, mandando ele para a outra extremidade da biblioteca, mas era necessário. Muito necessário.

POV Frank

Eu não entendia. Por que ele estava me ignorando?

Não que eu ligasse, é claro. Se ele quiser me ignorar, eu não ligo.

Mesmo assim, eu achava aquele comportamento estranho. Afinal, ele nunca foi de ficar perto de mim, mas também nunca foi de ficar me evitando. Será que eu tinha feito alguma coisa de ruim para ele? Será que foi alguma coisa que eu fiz?

Argh, que droga, Frank! Você parece uma menininha apaixonada!

Tentei me concentrar nos livros que eu colocava nas estantes, separando-os por título, mas foi impossível focar apenas na tarefa na minha frente. Hora ou outra, meus pensamentos flutuavam de volta para as mesmas questões:

Será que eu o odeio?

Será que eu o amo?

Será que eu estou apaixonado? Ou será que não.

Argh, são muitas perguntas sem respostas!

Dei uma rápida olhadela no que ele estava fazendo. O Way estava de costas, colocando os livros na estante, silenciosamente.

Hmm... Que linda parte de trás...

Arregalei os olhos, com nojo de mim mesmo.

Que merda, qual é o meu problema?! O que está acontecendo comigo?!

Tentei mais uma vez afastar esses pensamentos da minha cabeça. Obviamente, não consegui, mais uma vez.

Passaram-se horas, até que nós terminamos com todas as pilhas de livros. As mesas finalmente estavam com a superfície limpa.

-Finalmente... – ouvi o novato suspirar para si mesmo.

Olhei no meu relógio de pulso. Eram seis horas da tarde. Demoramos três horas fazendo isso. Três horas do meu precioso dia perdidas.

Quando voltei a olhar para frente, vi duas (lindas) orbes verde-oliva direcionadas à mim. Infelizmente, seu dono as direcionou para outro lugar logo que viu que eu olhava na mesma direção. Vi o novato corar violentamente e a murmurar um “desculpe” baixinho, que eu retribuí com um “sem problemas” no mesmo tom.

Fomos embora sem proferir nem uma palavra.

-X-

Ao chegar em casa, encontrei minha mãe chorando baixinho no quarto novamente, com a porta fechada. Suspirei fundo. Eu realmente queria ajudá-la, mas não havia nada que eu podia fazer.

Após aquele dia, meu pai simplesmente montou sua mala e foi embora, alegando que ia morar na casa de um amigo por uns tempos ou algo assim. Saiu no meio da noite, sem se despedir de ninguém, o que quebrou ainda mais o coração de minha pobre mãe.

Depois disso, meu pai nunca mais ligou, não deu notícias, nada. Simplesmente se afastou. Pelo pouco que Evelyn me contou, meu pai e minha mãe apenas conversaram poucas horas depois de eu ter ouvido meu pai falando de mim. Nessa conversa, ele prometeu que ia pagar a pensão e tudo o mais, o que eu duvido muito, mas tudo bem. Ele disse também que não fazia questão de ficar comigo nos finais de semana. Por um momento, eu fiquei um pouco desapontado mas, mais tarde, constatei que seria melhor. Meu relacionamento com meu pai piorou bastante de uns tempos para cá e, sinceramente, eu já não o considero meu pai, nem mesmo meu parente. Para mim, ele é simplesmente um conhecido, um homem que tem medo de falar o que quer na frente do filho.

Desde que meu pai foi embora, minha mãe tem chorado baixinho. Eu até entendo, afinal, eles passaram anos juntos. Mesmo assim, eu não concordava com esse negócio de a minha mãe sofrer por um homem que nem a merecia. Eu tentei convencê-la disso, mas sem sucesso. Por isso, sou obrigado a ouvir minha mãe chorar no quarto todos os dias.

Fechei levemente a porta do quarto, evitando qualquer tipo de barulho e me joguei na cama, bufando. Era muito problema para uma pessoa só.

Olhei de relance para a gilette na bancada do meu banheiro. Ela parecia bem convidativa.

Fiz que não com a cabeça. Eu já estava me destruíndo demais com as drogas, eu ia mesmo começar a me cortar? Isso só ia piorar as coisas.

Afastei esses pensamentos e dormi, sem nem ligar para que horas eram.


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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar notando que os dois estão começando a notar que gostam um do outro né *u* how cute *u*
Enfim minha gente, eu estou tendo aulas novamente. Choremos. Isso significa = Menos tempo. Enfim, vou me esforçar para escrever o próximo capítulo logo, juro -qq Beijos!