My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 11
10-I'm gonna kill Markus


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. Eu ando meio desanimada...
Ah, e a linda da minha bby Adrenaline Motivation mandou uma recomendação também. Thank you, bby. E desculpa por tudo que aconteceu, é sério. Espero que um dia nós voltemos ao normal.
Vou parar de falar com ela e deixar vocês lerem .-.



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POV Frank

Após aquela nota alta, me senti bem melhor do que antes. Tipo... Bem melhor. Para você entender o quanto eu estava feliz, eu fiquei até com remorso de ter aceitado o convite para aquela “festinha”. Porém, eu já tinha prometido que ia e teria que ir.

Quando cheguei em casa, após almoçar, pus uma jaqueta, uma blusa vermelha, calça jeans e all-star. Ao sair de casa, comecei a andar lentamente até o mesmo beco da primeira vez. Porém, no meio do caminho, comecei a pensar em algumas coisas inúteis e, entre elas, o mais inútil de todos: Gerard Way.

Comecei a pensar no quanto seus lindos olhos demonstravam tristeza.

Pensei também nos seus lábios rosados, perfeitamente desenhados e muito convidativos... No seu cabelo negro que caía delicadamente sobre sua testa, alcançando seus olhos... No seu corpo que não era nem muito fraco e nem muito forte... E no quanto eu gostaria de poder beijá-lo...

Putz, mas o que é isso, Frank Iero. Para com esses pensamentos de bicha.

Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos e virei em direção ao beco.

Diferente da última vez que estive lá, o corredor estava bastante cheio. Haviam pessoas fumando, se beijando (ou fazendo coisa pior), conversando ou bebendo. Me dirigi até o fundo da festinha, me perguntando como a polícia ainda não tinha percebido toda essa movimentação estranha.

-Hey, Iero! – disse Markus, me chamando.

-Olá. – abri um sorrisinho desconfortável para ele, Ernie e Ken, que me olhavam com ares maliciosos e estranhos.

-Que bom que veio! Por um minuto achei que fosse furar conosco! – exclamou Markus, com um ar de falso ressentimento.

Havia alguma coisa de estranho no olhar que Markus direcionava a mim. Era um olhar meio que... Desejoso. E seus olhos passeavam pelo meu corpo.

Eu simplesmente revirei os olhos e me afastei.

Me recostei na parede, pensando em outras coisas banais. Era óbvio que eu estava desconfortável naquele ambiente pesado e confuso. E era óbvio também que, após poucos minutos, Markus também notou isso, pois se recostou do meu lado.

-E aí, Iero. Parece desconfortável. O que houve? Alguma coisa te fez repensar o mundo das maravilhas? – perguntou ele, se referindo às drogas.

Eu dei de ombros.

-Sei lá. Só acho que fiz uma coisa muito idiota.

Ele balançou a cabeça.

-Você tomou a decisão certa, Iero. – ele pegou um copo ao lado dele – Quer?

-O que é isso? – franzi o nariz.

Ele deu de ombros.

-Sei lá. Acho que é whisky. – ele cheirou o copo – Com certeza é whisky.

Eu arqueei as sobrancelhas, desconfiado. Ele deu um sorrisinho convidativo.

-Não sei não... – murmurei.

-É só um pouco de álcool. Com certeza não é a primeira vez que você vê isso, não é?

Eu suspirei pesadamente e peguei o copo da mão dele.

-Eu vou me arrepender disso.

Virei o copo garganta abaixo e, de repente, tudo ficou embaçado.

-X-

Acordei algum tempo depois, não sei quanto tempo, pois perdi a noção do tempo, já que estava desacordado. Notei que estava deitado. Tentei olhar para cima, mas minha cabeça doeu demais para me deixar olhar para qualquer lugar. De repente, notei uma coisa nada legal:

Eu estava sem calça.

Fechei os olhos. Pelo amor de deus, não me diga que aconteceu o que eu acho que aconteceu.

Reuní todas as minhas forças e me sentei.

Má ideia.

Minha parte de trás doeu, o que confirmou as minhas expectativas. Que lindo! Fui estrupado! Era só o que faltava, pegar AIDS em plena quarta feira!

 Olhei para o chão e haviam marcas de sangue e um outro líquido que você deve saber bem o que é.

Puta que pariu, eu vou acabar com a raça do Markus.

Olhei para o relógio. Três da manhã. Dei graças a deus que minha mãe não estava em casa, pois ela iria endoidar se soubesse que eu ainda não tinha voltado.

Olhei em volta e o beco estava vazio, obviamente. Pus as calças de volta e tentei me levantar. Não foi uma boa ideia por duas razões: Primeiro porque minha cabeça doeu. Segundo porque eu fiquei com vontade de vomitar. Mesmo assim, fiz mais um esforço e consegui me levantar. Meu relógio de pulso marcava três horas da manhã, o que não era nada legal, considerando que eu teria apenas umas quatro horas de sono. Três, se eu contasse o tempo que demora para chegar em casa.

Comecei a andar lentamente, fazendo o maior esforço possível para não mexer muito a cabeça.

-X-

Abri a porta de casa, tentando não fazer barulho para não acordar Evelyn. Por sorte, não acordei ninguém. Fui andando devagarzinho até o meu quarto, xingando a merda do chão por ser tão barulhento de noite. Logo caí na cama e dormi, de jaqueta e tudo.

-X-

No dia seguinte, infelizmente eu tinha posto meu despertador para tocar.

-Celular filho da puta... – resmunguei, enquanto desativava o despertador por tocar tão alto.

Levantei-me e vesti o uniforme da escola. Minha dor de cabeça ainda estava lá, mas bem mais fraca do que antes. Fui no banheiro, peguei um remédio, engoli-o e desci para a cozinha.

-Não vi você ontem, Sr. Frank. – comentou Evelyn, após me dar bom dia.

-Ah, é que eu saí com o Ray e o Bob. – menti.

-Ah... Ok. – disse ela, não muito convicta. Evelyn me entregou um prato com panquecas e um copo com suco de laranja. Engoli aquilo tudo de uma só vez e saí de casa mais cedo, para ver se, com a brisa da manhã, minha dor de cabeça passava e eu conseguiria pôr meus pensamentos em ordem.

Com certeza eu estava com uma cara horrível. O que eu diria aos meus amigos? Eu não podia simplesmente dizer a eles que eu fui numa festa e fui estrupado, pelo amor de deus! Mas eu também não podia dar uma desculpa absurda, pois eles iam desconfiar.

Andei o caminho todo remoendo o que eu diria para eles, até que pisei na sala e fui recebido pelos dois.

-E aí, Frankie! – disseram os dois.

Grunhi como resposta.

-Meu deus do céu, que cara é essa? – surpreendeu-se Ray.

-Nada não.

Ele arqueou as sobrancelhas.

-É sério. O que é que aconteceu?

-Não é nada! Me deixem em paz! – falei, num tom um pouco teimoso e fui me sentar no outro canto da sala, longe deles.

Vi os dois se entreolhando e cochichando, olhando para mim e para minhas olheiras. Deitei o rosto na mesa fria, tentando reordenar meus pensamentos.

Eu estava até conseguindo, se não fosse pelo Way, que tinha chegado e se sentado ao meu lado.

-O que você quer? – perguntei, rudemente.

-Se você não notou – disse ele em um tom irônico – não tem mais outro lugar. Se tivesse, eu iria até lá de boa vontade.

Simplesmente revirei os olhos e baixei a cabeça de novo.

-Você não parece bem. – murmurou ele. Levantei a cabeça.

-Ooh, obrigado. Não sei o que seria de mim sem você para me relatar o óbvio.

Ele me lançou um sorrisinho sarcástico.

-Afinal, o que aconteceu com você.

-Não é da sua conta.

-Ok, eu pergunto para os seus dois amigos.

-Eles também não sabem.

Isso deixou ele desarmado.

-Oh... – exclamou ele, verdadeiramente surpreso – Isso é... Estranho. Pensei que vocês fossem amigos.

-E nós somos amigos. – falei, impaciente – Eu só não quero falar sobre isso, tá legal?

Ele deu de ombros.

-Você que sabe. – ele pegou o iPod e pôs os fones.

Sabe o que mais me deixa puto nessa história? É que, infelizmente, eu sinto uma vontade louca de contar para ele tudo o que aconteceu. Mas eu não posso porque... Porque eu odeio ele. E porque ele nem é meu amigo para saber o que acontece na minha vida.

Simplesmente resolvi ignorá-lo.


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Notas finais do capítulo

Er. Não me matem. É. Acho que eu vou sair de fininho pra evitar as pedradas. Sim, é uma boa ideia.
*Sai de fininho*