O Misterioso Caso Dos Gêmeos escrita por hidechan
Notas iniciais do capítulo
Como dito nos avisos... leiam a fic anterior á essa (Sophie, como tudo começou) para saberem como eles chegaram ao estágio de casamento, o caso da mãe perdida e sobre a viajem á Inglaterra.
Após resolver o caso da mãe perdida á semanas atrás L tinha voltado a ter a expressão calma de antes, estava mais animado para resolver os casos e seu casamento com Light se aproximava cada dia mais o deixando um pouco nervoso, apesar de não aparentar no dia a dia.
Yagami Light estava sentado no sofá com a cabeça encostada no ombro de L enquanto esse lia os últimos relatórios da polícia japonesa que correspondia o período que estivera fora com Light na Inglaterra.
- Parece que nada de extraodinário aconteceu na nossa ausência.
- Isso é bom _abriu um sorriso ainda com os olhos fechados pelo sono.
- Light, eu não pretendo parar com a carreira de detetive mesmo depois de casados... Light? _o outro já dormia tranquilamente.
L acariciou os cabelos sedosos do amante e o deitou no sofá, ainda era demasiado cedo para o moreno ter sono e então resolveu procurar algum doce na cozinha. A noite fria fez o rapaz estremecer ao abrir a geladeira, encontrou uma torta de maçã feita por Light e pegou junto um copo de achocolatado, sentou na bancada ao lado da janela e começou a fuçar na torta com o garfo de sobremesa, seus pensamentos voaram longe por um momento.
“Que ponto chegamos, não é mesmo Light... desisti de procurar por Kira, me apaixonei, Watari se foi, encontrei minha mãe e agora irei me casar... parece que nada antes de você foi importante _deu um suspiro _ isso me assusta um pouco, tenho medo de te perder, um medo que eu desconhecia, mesmo tendo Watari como um alguém importante, eu era imaturo demais para ter esse sentimento e agora graças a você...”
- Assim a torta vai virar uma coisa só.
- ... _se virou assustado e só então reparou que estava amassando a torta enquanto pensava _ah... está bom mesmo assim _levou uma garfada á boca.
- Estava pensativo, aconteceu alguma coisa? _sentou ao lado de L e tomou um gole de sua bebida.
- Não... _abriu um sorriso tímido _ só estava pensando como a minha vida mudou depois de ter conhecido você.
- A minha também, sabe eu... evolui muito e meus sentimentos cresceram ao longo desses anos todos, graças a você _acariciou o rosto do noivo _e tenho medo de te perder... um medo que me faz perder o fôlego só de pensar.
- Mesmo? _se surpreendeu com aquelas palavras, parece que Light podia ouvir seus pensamentos _eu... estava pensando nisso agora mesmo.
- Viu só, não temos com o que nos preocuparmos, eu te amo.
Light se inclinou para beijar L que o recebeu de bom grado. A cada toque do ruivo, L estremecia, era um desejo incontrolável, queria cada vez mais, mais e mais... o moreno abriu a camisa de Light de uma só vez e alcançou seus mamilos com voracidade, esse por sua vez deixou escapar um gemido ao mesmo tempo que sentia um arrepio subir em sua espinha. Light sentou L sobre o balcão e beijou seu baixo ventre, com a boca mesmo abriu seu jeans até poder roçar os dentes em seu sexo rígido pelo prazer, era o começo de mais uma longa noite de sexo.
A manhã estava nublada e fria, ambos abraçados sob o futon – edredom japonês – relutavam em levantar.
- ...levanta você primeiro, preciso de algum doce para despertar completamente.
- Isso é desculpa _apertou o nariz de L que fez uma careta.
- Não podemos ir amanhã?
- Se não está tão interessado tudo bem, podemos nos casar daqui alguns anos.
- Não irei cair na sua chantagem emocional, não fará diferença ir até ao templo hoje ou amanhã para marcarmos a data _fechou os olhos e se virou de costas para Light.
- Eu trabalho, hoje é o único dia que podemos ir JUNTOS fazer todos os preparativos, eu pesquisei todos os melhores lugares para cada tarefa e marquei hora com alguns conhecidos para nos atendermos. Eu irei sozinho _sentou na cama a procura de seus chinelos, estava irritado com a falta de interesse do detetive, que era até comum, mas não gostava daquela atitude quando se tratava de Light.
- ... você é difícil mesmo _esfregou os olhos e se levantou também _eu não estou acostumado com esses costumes, nunca fui se quer em um casamento, me desculpe.
- Hum, vou tomar banho.
- Light...Light-kun! _tentou entrar no banheiro, mas a porta estava trancada.
Apesar do pequeno mau humor de manhã, logo Light se animou ao chegarem à loja de alianças, a dona da loja era conhecida de seu pai por isso o casal recebeu um tratamento especial.
- Temos modelos especiais de inverno, poderíamos desenhar a letra do nome de vocês em diamante, temos também a opção de colocar uma pedra brasileira, temos essas alianças duplas...
- Muito interessante _os olhos de L brilhavam a cada modelo que a jovem experimentava _acho que este aqui com pedras brasileiras é uma ótima opção, são realmente raras.
- Não sabia que entendia de tal coisa _Light olhou pra ele arqueando uma das sobrancelhas.
- Resolvi vários casos com roubos de jóias envolvidos... e tive em mãos muitas delas como a coroa da rainha da Inglaterra ou o lendário coração do oceano, sim ele existe _reforçou o comentário ao ver a cara de espanto da atendente.
- Então... ah... vamos levar este modelo que ele gostou.
- Fizeram uma boa compra! Espero que sejam muito felizes, Yagami-san, Ryuuzaki-san.
Lojas de roupa – L indagou como seria seu vestido de noiva durante o caminho até levar um puxão de orelha de Light – floricultura e finalmente o ultimo dever do dia, marcar a data.
- ... _L parou em frente ao templo procurando algo nas torres.
- Algum problema? _trancou o carro e tentou achar o ângulo que L estava para ver a mesma coisa que ele.
- Não é nada... ah Light, podemos mesmo entrar?
- Por que? _não entendeu a pergunta de L de imediato.
- Homens não podem casar no religioso.
- Vamos apenas receber uma benção do monge Kakeru, amigo da minha família... depois iremos até o cartório para oficializar e enfim a festa. O Kakeru-san vai fazer o favor de falar com os responsáveis pelos documentos, por isso viemos.
- Entendi... _deu mais uma olhada para as torres e entrou acompanhado de Light.
- Yagami-kun? Oh... a quanto tempo!
- Monge, como o senhor está? _recebeu um abraço amigável.
- Muito bem, prazer em conhecê-lo, Ryuuzaki-san.
- Ah, o prazer é todo meu _fez um sinal de respeito.
- Vamos até a parte de trás do templo, podemos tomar um chá e comer alguns doces enquanto conversamos.
- Sim _L respondeu de imediato ao ouvir a palavra “doces”, Light segurou o riso e concordou também.
Era uma salinha pequena decorada com bonsais e alguns móveis tipicamente japoneses, o casal estava sentado de costas para um grande quadro de Buda, o monge pareceu parte da decoração quando sentou a frente deles.
- Darei a benção para cada um uma hora antes de irem para o cartório, tudo bem? Com esses documentos poderei arrumar tudo para vocês, precisaram só assinar _ofereceu chá á Ryuuzaki que aceitou de prontidão.
- Fico muito honrado, Kakeru-san, espero que compareça a nossa festa...
- Farei o possível, e quanto a data... acho que só estarei livre daqui á dois meses infelizmente.
- Está perfeito! Temos que decidir mais algumas coisas ainda.
- Está decidido então _olhou para L que se manteve calado o tempo todo _ terei o prazer de conseguir mais alguns desses para você _deu um sorriso gentil ao ver que L tinha um manju na boca e outra nas mãos, além das três embalagens sobre a mesa que o denunciava provando que comera aqueles também.
- Ah! _corou _ ... _fez um gesto de “obrigado” com a cabeça devido a boca cheia.
- Ryuuzaki é especialista em doces, com certeza gostou muito desses _tentou dar um crédito ao amante.
- Fico muito feliz em ouvir isso! Quem faz esses doces é minha filha Sayuri, mandarei uma encomenda á vocês sem falta!!
Depois de mais algum tempo de conversa jogada fora, o casal finalmente estava se despedindo de Kakeru-san no lado de fora do templo, L estava sentado na escada enquanto Light entregava um presente a pedido de seu pai; o moreno desviou seu olhar para o céu cinza, ficou perdido naquela imensidão quando um grito lhe chamou a atenção.
- Light você ouviu?! _se levantou olhando para os lados em busca de alguma movimentação.
- Sim, parece que... Kakeru-san?
- Por aqui acho que tem alguém lá trás!!.
O trio correu para a parte de trás do templo, a cena foi terrível mesmo para alguém experiente como L; o corpo era de uma mulher jovem e estava com uma estaca de madeira encravada na garganta, seus pulsos cortados profundamente, vestia um casaco de linho branco agora todo manchado pelo sangue.
- Chamarei a policia, L-kun por favor... _Light estava um pouco atordoado pela cena, mas tentava manter o pulso firme _ pistas... e Kakeru-sama feche os portões do templo.
- ...sim _fechou os olhos por um instante e correu para as entradas.
- Foi... algo de surpresa, ela não teve tempo de reagir, no gramado não tem marcas de lutas... hum, ela morreu com a estaca depois cortaram o pulso por alguma razão, não tem sangue espalhado para além do corpo. É cedo para afirmar tal coisa, mas na pior das hipóteses fizeram isso para chamar nossa atenção e de uma maneira brutal querendo dizer que é perigoso ou psicótico.
Ambos permaneceram calados após a pequena conclusão de L, sentados numa escada afastada do corpo, Light acariciava os cabelos do noivo tapando sua visão encostando a cabeça desse em seu peito.
- Light!!!!
- Pai _acenou para o senhor Yagami.
- ... mas que... brutalidade!! _tirou os óculos e limpou o suor com as costas das mãos _tão desnecessário vocês passarem por isso hoje... _apoiou as mãos nos ombros do filho.
- Tudo bem pai, nós não iremos deixar isso assim.
- Vão para casa, os dois _viu que L já estava conversando com Mogi e os outros formulando hipóteses _eu mandarei o relatório á vocês mais tarde.
- Sim... _caminhou até L e o puxou pela mão até o carro.
- Light! _Kakeru vinha correndo em sua direção _ eu sinto muito pelo ocorrido...
- Vá descasar, está tudo bem conosco... _ainda segurando a mão de L tentou acalmar o senhor _a policia cumprirá seu dever, eu estarei pessoalmente envolvido nisso.
- Muito obri... _o resto da frase foi encoberta pelo barulho dos sinos vindo de duas torres no templo.
Light sentiu a mão de L se fechar com força, ao se virar para ele viu que estava com o olhar fixo num ponto vazio; alguns segundos e eles pararam de tocar, a atenção de Light foi tomada pelo monge novamente.
- Muito Obrigado... ah esses sinos, vieram do estrangeiro _fez um sinal negativo com a cabeça _uma história que conto á vocês um outro dia.
- Temos que ir, até breve _se voltou á L que ainda estava com a mesma expressão assustada de antes _L-kun, vamos? _abriu a porta do carro e ambos entraram.
O silencio reinou entre eles durante algum tempo, L sentado na sua habitual posição, pressionava o lábio superior com o dedão distraído com algum pensamento.
- O que aconteceu? _dirigia sem tirar os olhos da rua.
- ... estou pensando no caso, parece que a mulher era uma fiel do templo...
- Agora pouco, quando estávamos nos despedindo de Kakeru-san.
- Hum, não foi nada... eu apenas tive uma nostalgia desagradável _tapou os ouvidos como se ainda pudesse ouvir os sinos.
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:) obrigada pela leitura.