The Witches escrita por RaeRae


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Nem quero comentar esse capítulo, ele simplesmente não saiu do jeito que eu queria, mas depois de escrever e reescrever por quase duas semanas resolvi seguir em frente e publicar assim mesmo.
ps: Sair de Nárnia = sair do armário.



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Um motoqueiro misterioso chegava ao estacionamento da escola. O ronco potente da motocicleta preta e amarela atraia a atenção. Todos se viraram para observar enquanto ele encaminhava-se para uma vaga vazia. Quando parou, os garotos se amontoaram ao redor pra admirar a moto.


— Essa é uma Ducati Streetfighter 848, não é? — um rapaz loiro perguntou.


O desconhecido saltou da motocicleta e guardou as luvas que acabara de retirar no bolso da jaqueta. Lentamente removeu o capacete. Cabelos negros caiam em cascata emoldurando um bonito rosto moreno de lábios carnudos e olhos hipnotizantes. Era uma garota. Ela sorriu ao notar o efeito que estava provocando. Fingindo não notar os olhares vidrados dos meninos e invejosos das meninas, sorriu para o loiro e respondeu:


— É sim — sua voz pingava orgulho do seu bebê — Essa belezinha é inalcançável nas retas — colocou o capacete no guidom. — e maravilhosa nas curvas.


— Estou vendo — o loiro falou com reverência. Mas ele não olhava pra moto, sim pro jeans apertado que abraçava as pernas da morena.


Sorrindo ao notar a direção de seu olhar, ela piscou para ele. Depois se dirigiu para a entrada da escola.


Os estudantes no corredor olhavam surpresos quando a motociclista passava. Alguns dos que presenciaram a chegada no estacionamento corriam pra espalhar o que tinha visto, fazendo o burburinho aumentar. Ignorando os sussurros abafados por trás das mãos que a seguiam por onde passava, continuou seu destino tranquilamente, até que dois jogadores de futebol, um deles com uma raspadinha na mão, bloquearam seu caminho.


— Olha só o que temos aqui, Azimio — disse em tom de gozação. — a rainha das aberrações acha que virou gente só porque colocou uma roupa apertada.


— Não sei, Karofsky. Acho que eu daria um trato nela contanto que fosse às escondidas — o outro respondeu malicioso. —Vamos lá, eu topo uma rapidinha no armário do zelador, mas você entra primeiro. Não vou sujar minha reputação deixando todos saberem que fiz essa caridade — os dois gargalharam e trocaram um high-five.


— Ah meninos, sério? — a morena perguntou com um sorriso sereno. — Ainda tentando provar sua masculinidade inexistente comportando-se como Neandertais? Vamos lá, mostrem um pouco de coragem. — os alunos no corredor assistiam a troca, curiosos. Mesmo alguns professores param em seu caminho. Ninguém nunca havia desafiado Karofsky e Azimio. A Trindade Profana era a única que parecia alheia ao que acontecia, o que era incomum, elas sempre tinham seus olhos e ouvidos bem atentos para tudo que se passava nas instalações do McKinley. — deem o primeiro passo pra fora de Nárnia e assumam seu incrível amor gay.


— Nós não somos como os nojentos dos seus pais — Azimio bramiu colérico. Ele apertava as mãos ao lado do corpo pra se impedir de golpear a morena. Karofsky estava ocupado demais ficando branco como papel pra ter qualquer reação. — Sorte a sua que eu não bato em mulheres, mas sempre podemos recorrer à boa e velha raspadinha. Karofsky, faça as honras. — o jogador completou maldoso.


Karofsky enfim se moveu de seu estado de pânico. Ele olhou ao redor e suspirou aliviado quando viu que ninguém notou o efeito que as palavras da garota tiveram sobre ele. — Claro — disse tentando fingir que estava tudo bem. O jogador nunca gostou realmente de intimidar as pessoas, mas precisava ter certeza que ninguém perceberia que ele é... diferente. Ele precisava se mostrar mais “homem” do que qualquer outro. Além disso, estava sempre com tanta raiva. Ele precisava colocar esse sentimento pra fora e quando se dava conta já tinha jogado um calouro no lixo ou empurrado alguém contra os armários.


Uma forte sensação de mal estar se apoderava de todo o corpo do jogador só com o pensamento de fazer mal a morena para a sua frente. Mas ele ignorou essa sensação, como vem fazendo com muitas coisas ao longo de sua vida, e tentou jogar o liquido na garota. Apesar de impulsionar o copo pra frente, a raspadinha seguiu para o lado contrário caindo sobre ele e Azimio. Pego de surpresa, Dave não teve tempo de fechar os olhos. Ele escorregou na raspadinha, tombando no chão gritava que seus olhos estavam queimando.


Azimio ajoelhou-se ao lado do amigo e tentou ajudar, mas não tinha ideia do que fazer. Ele ficou movendo as mãos de um lado a outro sem saber onde colocá-las.


A morena olhava sem entender nada. Em um segundo Karofsky lhe arremessava o líquido gelado, no seguinte ele estava no chão. Os gritos do garoto a despertaram de seu torpor de confusão. Ela entrou em ação. Pegou uma garrafa de água de uma cheerio que assistia a cena, ajoelhou-se ao lado do jogador e apoio a cabeça dele em seu colo.


— Você tem alergia a algo na raspadinha? — perguntou em tom calmo, mas ele não estava em condições de responder nada no momento.


— Acho que não — Azimio respondeu pelo amigo. Ele continuava mexendo as mãos freneticamente. — já o vi bebendo varias vezes. Mas ele usa lentes de contato, você acha que pode ser isso?


— Não sei — a morena respondeu concentrada no garoto sofrendo. — Dave, nós precisamos lavar seus olhos. Quando sentir a água abra-os devagar, ok? — ele aquiesceu. — consiga mais água — ordenou a Azimio que levantou correndo.


Lavar-lhe os olhos ajudou um pouco. Mas era visível que ele ainda sentia muita dor. Então a motociclista resolveu tentar algo que sempre funcionava com suas enxaquecas. Jogou um pouco de água na mão direita e colocou sobre os olhos do garoto. Depois começou a enviar pensamentos de cura pro lugar onde tocava e repetir as palavras: tactum sanitas. Depois de alguns segundos Karofisky acalmou-se. Quando achou que já era suficiente, ela retirou a mão e o viu abrindo os olhos devagar.


— Obrigada — gratidão sincera estampava sua voz.


— Não foi nada — ela respondeu gentil.


— Você está bem? — Azimio voltou, e ajudou o amigo a se levantar. Karofsky acenou uma resposta positiva. Ele parecia cansado.


— Você devia procurar um oftalmologista — a morena aconselhou, ficando de pé com cuidado pra não escorregar no chão molhado.


— Cala a boca, perdedora. Nós n-


— Não fale assim com ela — Karofsky vociferou segurando Azimio pelo colarinho. O outro jogador ficou assustado com a agressividade súbita. Ele viu o olhar furioso no rosto do amigo e colocou as mãos pra cima em sinal rendição. — Desculpe — Karofsky pediu deixando-o ir quando se deu conta do que fazia. Ele não entendia de onde isso veio, mas quando viu o amigo ameaçando a morena, um instinto de proteção cresceu em seu peito e ele só queria garantir que ela estaria a salvo, tanto física quanto emocionalmente. — A partir de hoje ela é intocável, ok? — Azimio assentiu. — Espalhe para os outros. — ele deu um aceno de despedidas para a garota e saiu, seguido logo depois por Azimio.


— Você — uma irritada Quinn Fabray falou se aproximando da morena confusa parada no meio do corredor. — Venha conosco. Agora.


— O quê...? — a morena tentou perguntar, mas foi impedida por Santana que a arrastava para uma sala vazia.


Quinn entrou primeiro, Santana logo depois empurrando a motociclista em uma cadeira, e por último veio Brittany, fechando a porta atrás de si. A motociclista se levantou ajeitando a jaqueta tentando adotar uma postura confiante, mas era meio difícil quando se tinha a Trindade Profana te encarando furiosa. Bem, menos Brittany. A loirinha olhava para a morena como se ela fosse algo de comer.


— Você tem explicações a dar— Quinn começou na voz que lhe rendeu o título de Ice Queen. — Nós pensamos que você era ignorante a sua herança, mas depois do showzinho protagonizado no meio do corredor, é óbvio que estávamos enganadas — parou tomando uma respiração para se acalmar. — Então, por onde quer começar Rachel Berry?



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Notas finais do capítulo

Não vou perguntar se gostaram, porque esse capítulo ficou horrível.
Só queria dar um recado pra quem ler essa e/ou minhas outras fics. Meu notebook está na assistência e na melhor das hipóteses só vou recebê-lo no sábado, na pior... não quero nem pensar. Se eu demorar pra atualizar v6 já sabem o motivo.
Até o próximo capítulo!