Akatsuki. escrita por Debbies


Capítulo 1
Capítulo 1 - Liderança.


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san! Estou com esta nova fanfic, fiz apenas um capítulo até agora. Espero que vocês gostem, estou muito animada com essa fic. Quero ver críticas construtivas e positivas ok?
Espero que gostem. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/187764/chapter/1

15 de outubro de 2005, São Paulo – SP. 20h30min.


Os dois voltavam para casa, depois de boa partida de basquete. O garoto estava muito feliz por seu tio ter ido buscá-lo no colégio, e depois levá-lo á quadra jogar um pouco.


Itachi e Madara Uchiha eram inseparáveis. O pequeno Itachi era a cópia perfeita de seu tio. Cabelos cumpridos e negros, e olhos marcantes cor ônix iguais aos de Madara. Sem falar na atitude forte, e o desejo de liderança que os dois tinham.


A noite estava calma, e uma brisa suave passava pelos cabelos dos garotos. Até que a noite que antes estava calma, começou á ficar tensa. O ar começou a ficar gélido e a noite ainda mais escura, a única fonte de luz eram as dos postes de energia elétrica.


Ouviam-se passos de várias pessoas vindos na direção dos dois. Quantas seriam? Cinco? Quatro? Madara não sabia.


Madara olhou para traz desconfiado. Sentia que algo estava errado. Mas mesmo assim continuou á andar, só que dessa vez mais rápido que antes. Itachi estranhou a mudança de velocidade de seu tio, mas não falou nada, só apertou o passo para acompanhar o tio.


O Uchiha mais velho olhou mais uma vez para trás. A única coisa que veio a sua cabeça foi... Merda!

Itachi, vamos brincar de o mestre mandou? – Perguntou gentilmente.


O garotinho não havia percebido a atitude do tio. Era normal os dois brincarem de o mestre mandou toda vez depois do colégio. Mas já fazia um tempo que não brincavam. O que estava acontecendo?


Vamos! – Respondeu alegre.


Madara o puxou pelo braço para detrás de uma árvore, e abaixou para ficarem da mesma altura.


O mestre mandou você correr até em casa, sem olhar para trás. – Madara olhou mais uma vez para trás, parecia estar procurando algo. – Quem chegar primeiro, ganha um prêmio, ok?


Itachi balançou a cabeça positivamente. E começou a correr em disparada até em casa.


Mas na metade do caminho, percebeu que seu tio não estava atrás dele. Decidiu voltar e procurá-lo.


“Tio Madara não é tão lerdo, será que eu ganhei mesmo?” Ele pensou.


Voltou ao mesmo lugar onde começou a correr. Ficou detrás da árvore observando aquela cena.


Madara estava de joelhos e três homens o seguravam, e havia mais um homem de pé.


Esse mesmo homem que estava de pé na frente de Madara, segurava um revolver. E em menos de um minuto, Itachi escutou três disparos, um seguido do outro.


Itachi engoliu seco.


Seu tio acabara de receber três tiros, e ele não pode fazer nada. Ficou parado feito uma estatua detrás da árvore, não conseguia respirar, e seus olhos foram dominados por lágrimas que insistiam em escorrer pelo seu rosto.


O grupo que cometera o crime saiu correndo após os disparados. A única coisa que Itachi pode identificar no meio da escuridão, foi um símbolo que estava nas blusas dos covardes que encurralaram seu tio. O símbolo que estava nas blusas do grupo, era os de um esqueleto, ou seria apenas um crânio? Itachi não pode identificar direito, mas era um crânio com um raio saindo dos olhos da mesma.


Depois que o grupo foi embora, Itachi correu ao encontro de seu tio que estava todo ensangüentado no chão.


O garoto olhava para os lados á procura de ajuda, gritava por socorro, e as lágrimas ainda caiam pelo seu rosto.


Os vizinhos saíram de casa com o barulho que o garoto fazia. E quando foram ao encontro dele, viram aquela cena deprimente.


Um pobre garotinho abraçando o tio ensangüentado no chão.


Imediatamente ligaram para a polícia e chamaram a ambulância. Mas será que daria tempo?


O que aconteceu? – Disse uma bela mulher de cabelos loiros. – Itachi? – Perguntou assustada. – Oh meu Deus!


– Di-diretora, me ajude! T-tio Madara... Tiros... Vários homens!


O garoto estava se atrapalhando nas palavras, não sabia o que estava dizendo. Sua cabeça latejava com força, e ele ainda abraçava o tio.


A loira de seios fartos e olhos cor mel era a diretora do colégio de Itachi. Morava perto de onde o incidente aconteceu, seu nome era Tsunade. Imediatamente ao ver aquela situação agarrou Itachi pelo braço. Não podia deixar o garoto abraçando seu tio, não naquele estado.


Não! Me deixe! Tio! – O garoto gritava e gaguejava muito.


A ambulância chegou depressa, e já foram socorrer Madara, a polícia também havia chegado junto á ambulância. Imediatamente os policiais foram perguntar á Itachi o que havia acontecido.


O garoto estava coberto de sangue, e em estado de choque. Não conseguia falar uma palavra.


O que a senhora é dele? – Perguntou o policial á Tsunade.


Tsunade segurava a mão de Itachi com força. Estava muito chocada em ver Itachi daquele jeito, e Madara caído no chão. Afinal, os dois estudavam em seu colégio.


Sou a diretora do colégio dele. Posso comunicar os dados deles? – Perguntou. Tentava manter a calma, mas sua voz tremula mostrava que estava aflita. – Tenho que chamar os pais de Itachi para vir buscá-lo.


[...]


Tsunade havia ligado para a família Uchiha, e informando com delicadeza o que tivera acontecido.


Em menos de 10 minutos, os pais de Itachi se encontravam no local que acontecera o crime, e onde Madara estava.


O pai de Itachi deixou sua esposa com o filho, e foi direto para o hospital ver a situação de Madara.


– Itachi, querido! – Disse a mãe correndo em direção ao filho que bebia um copo d’água. – Você está bem? – Abraçou-o.


Itachi não disse sequer uma palavra. Olhava somente para o chão, e as lágrimas continuaram a escorrer.


– Ele viu tudo Mikoto. – Falou Tsunade.


Seis anos depois.

Segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011, quarto de Itachi. Ás 07h10min.


Haviam se passado seis anos depois da tragédia da família Uchiha. Seu querido tio Madara havia sido assassinado por uma gangue rival. Sim, o tio de Itachi era líder da maior gangue da zona leste de São Paulo. Se chamava Akatsuki, e era ela quem comandava completamente toda a grande São Paulo.


– ITACHI! ACORDA, ACORDA!


Seu irmão mais novo, Sasuke havia entrado em seu quarto para acordá-lo. Pulava na cama do irmão na tentativa de despertá-lo. Mas só com seus gritos, já acordara Itachi.


– Já acordei Sasuke. – Disse calmamente, enquanto se levantava.


– Mamãe mandou você descer para tomar café.

Sasuke saiu do quarto emburrado, pois nunca conseguia deixar seu irmão irritado. Itachi levantou-se da cama meio zonzo, e sua visão estava embaçada, então foi ao banheiro lavar o rosto.


Lavou o rosto, escovou os dentes e foi tomar seu café da manhã.


Sentou-se á mesa e falou desanimado.


– Bom dia.


Sua mãe abriu um grande sorriso ao ver seu filho sentado á mesa. E logo serviu seu café.

Serviu um belo copo de suco de laranja e torradas para o filho. Ela sempre o paparicava, principalmente depois do incidente com o tio do garoto. Pois ele ficou muito depressivo com isso, e sua mãe era a única que conseguia fazer o garoto se sentir bem.


– Bom dia, querido. – Disse sua mãe carinhosamente.


Itachi não falou nada, apenas bebeu um gole do seu suco.


Seu pai estava lendo o jornal, nem percebeu que Itachi estava sentado á mesa. Mas depois que Sasuke derrubou a jarra de suco acidentalmente em seu jornal, ele se irritou e percebeu a presença do filho.


– SASUKE! Tome cuidado garoto! – Gritou. – Ah, bom dia Itachi. – Agora sua voz era calma.


– Bom dia. – Respondeu frio, e tornou a beber o suco.


O café da manhã foi normal para a família Uchiha. Depois de comer, Itachi foi tomar banho e se arrumar para ir ao colégio.


Odiava aquele colégio cheio de pessoas fúteis, sem nada na cabeça, principalmente as garotas e os garotos mimados.


Estudava no colégio Konoha Gakuen, conseguirá uma bolsa na oitava série. O ensino rígido de lá era fácil para Itachi, já que sempre fora inteligente. Diferente de Sasuke, que não era muito ligado aos estudos, mas mesmo assim, estudava no mesmo colégio do irmão.


Itachi tomou seu banho, colocou o uniforme, pegou sua bicicleta e sem se despedir de sua mãe foi para á escola.


Parou para comprar um refrigerante, já que sairá cedo de casa e não estava nem um pouco a fim de ir ao colégio. Odiava as segundas-feiras.


– Playboyzinho mimado. – Disse uma voz conhecida.


Itachi virou-se para ver quem era o dono da voz, e se deparou com uma cabeleira loura com uma longa franja e olhos azuis.


– Deidara, fica na sua mano. Não me irrite em plena segunda-feira. – Disse indiferente.


Deidara era um de seus velhos amigos da antiga escola, sempre acompanhava Itachi á sua escola.


– Pegaram a CherryBomb, ontem á noite. – Disse baixo, para que só Itachi ouvisse.


O Uchiha bebeu o que sobrará de seu refrigerante e amassou a lata com raiva. Não acreditará que haviam pegado a Cherry, logo a sua Cherry.


– Vou dar um jeito nisso hoje á noite. Como a Sakura está? Ela ta bem? Não aconteceu nada grave? – Perguntou preocupado, seu tom de voz mostrava raiva e preocupação ao mesmo tempo.


Deidara suspirou lentamente, e olhou para Itachi.


– Sim, só ficou com o pulso machucado. Ela é mole demais, não sei como esta na... – Mas antes que terminasse Itachi lhe lançou um olhar severo.


Deidara sabia muito bem que não podia ficar falando de certos assuntos em público, muito menos em uma manhã de segunda-feira.


– Foi mal. – Disse sem graça, evitando olhar para Itachi.


Itachi ignorou Deidara, jogou sua latinha no lixo, montou na sua bicicleta preta com vermelha e seguiu seu caminho para o colégio.


Deidara pegou seu skate, e acompanhou o amigo sem dizer uma palavra. Os dois apenas apreciavam o vento batendo delicadamente em seus rostos.


– Os caras da SouthSide estão querendo briga. – Disse Deidara quebrando o silêncio. – Querem ver se a Akatsuki continua a mesma.


Os dois já haviam chegado ao colégio de Itachi, ainda havia poucas pessoas e o portão ainda estava fechado.


Itachi desceu de sua bicicleta e sentou-se de baixo de uma árvore que tinha perto da escola. Deidara o acompanhou e sentou ao seu lado.


– Já é a terceira que vem arrumar encrenca. – Falou Itachi, dando uma risada abafada. – Mesmo depois daquilo, eles ainda querem encrenca? O que esses inúteis querem? – Sua voz mostrava angustia e raiva. Estava cansado dessa vida que levava.


E ficar se preocupando com aqueles assuntos, era um dos grandes responsáveis pelo seu cansaço.


– Vai ter uma ‘competição’ hoje á noite, lá perto do parque do Ibirapuera. Vamos dar um jeito neles? – Perguntou.


– Claro. – Disse Itachi em tom divertido. – Eles não sabem com quem estão se metendo.


[...]


Filosofia era uma das aulas mais chatas e desnecessárias que na opinião de Itachi, não prestava para nada.


– Pensar para quê, ou para quem? – Perguntou o professor de cabelos prateados, com uma máscara cirúrgica tampando seu rosto. – No bom sentido do termo e da amplitude filosófica, para nós mesmo, não só pela relação entre razão e natureza, mas na do próprio homem como sujeito do conhecimento que busca compreender a própria racionalidade humana... Agora eu pergunto, pensar para quê ou para quem? Alguém pode me responder? – Perguntou, mas nenhum dos alunos respondeu. – Sr.Uchiha?


Itachi sentava na ultima carteira da fileira na janela, e estava dormindo confortavelmente por cima de seus livros.


O professor pegou um de seus livros e se dirigiu á carteira que Itachi sentava, e bateu o livro com força sobre a mesa, fazendo o rapaz acordar assustado.


– Você não sabe que não pode acordar pessoas desse jeito? – Perguntou arqueando uma sobrancelha ao professor.


– Você não, senhor. Tenha respeito moleque, e presta atenção na aula. – Disse, elevando o tom de voz para os demais alunos escutarem.


– Kakashi, claro que estou prestando atenção. Fica tranqüilo, amo filosofia. – Disse sarcástico.


Kakashi olhou impaciente ao Uchiha, odiava essa atitude do garoto.


– Pra fora, agora. – Disse calmamente.


Itachi apenas se levantou e saiu da sala, todos da sala o acompanhavam com o olhar, principalmente uma garota de cabelos azulados.


Estava acostumado com isso. Kakashi sempre o colocava para fora da sala, já que sabia que o Uchiha sempre dormia em suas aulas.


Foi para a cobertura do colégio. O único lugar onde ficava em paz e ninguém o perturbavam. Deitou-se no chão e ficou admirando o céu, sem nenhuma nuvem á atrapalhar, o céu estava em um azul lindíssimo, e o Uchiha adorava olhar o céu assim. Uma leve brisa batia em seu rosto, com toda certeza aquele lugar era muito melhor do que a sala de aula, principalmente na aula de filosofia.


– Kakashi, de novo? – Perguntou uma voz delicada.


Itachi levantou para ver quem era, mas só pela voz já sabia.


– Sempre. – Disse desanimado.


A dona da voz delicada era Sakura Haruno, uma bela garota de cabelos róseos e olhos verdes esmeralda, ou como era conhecida, CherryBomb.


A garota sentou ao lado do Uchiha e ficou apreciando o céu azul.


– Seu pulso... – Disse Itachi, pegando no pulso da garota, que estava enfaixado com gaze. – Você ta legal?


Sakura puxou o pulso para si, e abaixou a cabeça, admirando seu all star todo riscado.


– Não vou deixar eles me pegarem de novo. Eu vou ser forte. – Encarou Itachi. – Não precisa se preocupar Uchiha.


Itachi deu uma risada abafada, estava acostumado com a atitude grosseira da garota. Ela era dona de uma personalidade forte, e odiava o fato de seus amigos sempre se preocuparem com ela, por ser garota.


– E quem disse que estou preocupado? Se liga garota. – Riu.


Sakura deu um tapa na cabeça do garoto, e continuou admirar o céu. O silêncio dominava o local por completo, mas não era ruim, os dois ali não se importavam.


[...]



O sinal da saída tinha acabado de tocar. Todos os alunos não viam a hora disso acontecer, não estavam agüentando mais ficar dentro da escola, principalmente com o calor que fazia.


Itachi foi um dos primeiros á sair, e esperou o irmão na frente da sorveteria, como todos os dias. Nunca deixava o irmão ir para casa sozinho. Por mais que brigassem, tinha medo que algo acontecesse à Sasuke.


– Vamos? – Perguntou Sasuke.


– E aí, como foi à aula? – Perguntou Itachi, tentando manter alguma conversa com seu irmão.


Sasuke suspirou, e encarou seu irmão com desanimo. O dia não tinha sido muito bom, tinha feito duas provas, e não estudou para nenhuma, tinha certeza que tinha ido mal.


Itachi riu de seu irmão depois que ele contou das provas. Nos dias anteriores Itachi havia falado para ele desligar o vídeo-game e ir estudar, porém, foi em vão.


– Haha, bem feito seu mané. Falei pra você estudar. – Disse tentando dar o bom exemplo de irmão.


Os dois voltaram para a casa discutindo e rindo, mesmo brigando, eram inseparáveis.


Já estavam chegando em casa quando Itachi avistou uma cabeleira loira vindo correndo em sua direção.


– Ah, não... Deidara. – Disse para si, suspirando logo em seguida.


Sasuke não escutou o que o irmão falou, só apontou para o loiro vindo.


– Não é aquele seu amigo? – Perguntou curioso.


Deidara conseguiu alcançar os Uchihas, e parou para recobrar o fôlego que perdera depois da “corrida” que deu para chegar á Itachi.


– E aí. – Disse cansado.


– Que foi Deidara?


Deidara deu olhou para Sasuke de relance. Itachi percebeu na hora que se tratava de assunto que seu irmão mais novo não tinha nada haver.


Deu um longo suspiro e mandou Sasuke ir na frente.


– Vai indo Sasuke, avisa a mãe que eu vou chegar tarde.


[...]



A Akatsuki estava toda reunida no lugar de costume. Um prédio abandonado, seu estado não indicava que ia desmoronar, ao contrário, estava em bom estado, mas fora abandonado pela empresa que patrocinava que havia falido. E a gangue tomou conta do lugar. Ninguém sabia que aquele lugar era habitado por uma das maiores gangues de São Paulo.


– O que ta rolando? – Perguntou Itachi.


Todos que estavam na sala ficaram em silêncio, apenas lançavam olhares uns para os outros. Não sabiam como dar a noticia ao seu “chefe”.


Itachi deu um longo suspiro, e massageou suas têmporas. Sabia que algo estava rolando, e não era nada bom.


– Pegaram a Cherry, caralho! – Disse um jovem de cabelo avermelhados, e os olhos cor mel, aquele era Sasori, um dos integrantes mais importantes da Akatsuki.


Itachi levantou em um salto, já estava desconfiando que era algo relacionado á rosada.


– Itachi, se algo acontecer á minha irmã eu não sei o que faço. – Disse Sasori, dando um soco na parede.


O Uchiha sentiu o sangue subir á cabeça, precisava pensar em um plano para resgatar Sakura, mas não sabia o que fazer.


– Quando, onde, e quem levou ela? – Perguntou impaciente.


– Os caras da SouthSide, tenho certeza. Não sei como, mas descobriram a identidade da Cherry, eles mandaram esse bilhete aqui. – Disse Deidara jogando um pedaço de papel na mesa.


Itachi pegou o papel com raiva e leu o que tinha escrito.


“00h30 - Praça das Nações”


Amassou o papel e o jogou na cabeça de Deidara. O mesmo olhou incrédulo para o amigo, mas não reclamou, sabia o que Itachi estava mal.


– Não vamos esperar até meia noite. Não mesmo.


Após dizer isso, o Uchiha saiu da sala batendo a porta com violência. Subiu para um quarto onde sempre ficava. Pegou seu moletom preto com uma nuvem vermelha com contorno branco desenhada nas costas, e o colocou. Esse moletom era a marca registrada da Akatsuki.


Pegou seu celular, e mandou uma mensagem. Em menos de 5 minutos já obteve resposta. Já sabia o que tinha que fazer, e onde ir.


Respirou fundo, e voltou para a sala onde todos estavam. Todos olhavam para o Uchiha, uns com receio, e outros com admiração. Itachi voltou á sentar em seu lugar, encarava todos com raiva.


– Deidara e Hidan, vocês vem comigo. – Apontou para os rapazes.


Hidan também era um dos integrantes mais importantes. Possui belos olhos castanhos claro, e cabelos loiros acinzentados com a ajuda da descoloração.


Os três saíram sem dizer uma palavra. Não conseguiam saber para onde iam com Itachi, era um mistério.



[...]


– São os caras da SouthSide mesmo não é? – Perguntou Itachi.


– Exatamente. – Disse Deidara.


Os três estavam de bicicleta, e andaram muito rápido, Deidara e Hidan não sabiam para onde estava indo, apenas seguiam Itachi, sem ao menos perguntar ou falar alguma coisa.


Itachi parou na frente de uma fábrica abandonada, sabia que o que encontrava estava aí.


– Façam silêncio, vamos entrar.


Os três entraram cuidadosamente pela porta dos fundos. Viram uma luz acessa em uma sala, havia alguém ali.


– Cara, o que estamos fazendo aqui? – Cochichou Hidan.


– Buscar a Cherry, seu otário. Cala a boca. – Disse Deidara.


– Fiquem quietos, porra! – Disse Itachi, elevando um pouco a voz.


Itachi foi até a porta de onde saía a luz, olhou pela fresta para ver quem estava lá. Uma veia pulou de sua testa ao ver Sakura amarrada em uma cadeira, à mesma estava com os olhos marejados e seu joelho estava sangrando.


Se segurou para não entrar e tirar ela de lá o mais rápido possível. Mas tinha que manter a identidade da rosada. Os caras que a haviam seqüestrados descobriram de qual gangue ela era, e se Itachi aparecesse para salvá-la ia dar muito na cara.


E isso não podia acontecer.


Voltou para onde Hidan e Deidara estavam, e viu que os amigos estavam preocupados. Algo estava errado, estava silencioso demais.


– Verifiquem se tem mais alguém aqui, mas não sejam vistos ou vai estragar a porra toda. – Falou Itachi rispidamente. – Se alguém ver vocês, já sabem o que fazer.


– Bater e depois perguntar. – Disse Hidan com um sorriso malicioso.


Os três se separaram. Itachi ficou no andar de baixo, para ir até a sala e soltar a garota. Mas antes tinha que verificar se estava sozinha.


Foi novamente até a porta, mas dessa vez escutou alguém falar.


– Me diga garota, sei que você é da Akatsuki, não tem como me enganar.


– Olha aqui seu imbecil, eu tenho cara que faz parte dessa Ketchup, akamuki, sei lá o que? Se for alguma região do Japão, minha mãe é de Osaka, moramos no Brasil á 14 anos. – Disse Sakura com nervosismo. – Deixa eu ir cara, não fiz nada.


– K.9 acho que ela não faz parte de nenhuma gangue. A garota daquela noite tinha cabelos meio avermelhados, e não rosa. Pegamos a garota errada.


Itachi sentiu um alivio ao escutar isso, sabia que iriam soltá-la logo.

– Acho que tem razão, mas não podemos deixar ela ir, ela sabe demais.


DROGA! – Pensou Itachi.


Tinha que pensar de um jeito de tirar Sakura desse lugar, mas sem levantar suspeitas. Mas como iria fazer isso?


Havia dois caras na sala junto á Sakura, os mesmos estavam de capuz e com uma máscara de gás, não dava para ver seus rostos, e pela voz, Itachi não reconheceu nenhum deles. Os dois vinham em direção á porta, Itachi correu e se escondeu atrás de umas taboas que havia perto da porta. Por sorte, ninguém o viu.


Os caras subiram para onde Itachi mandara os amigos, logo voltou sua atenção para a pequena sala onde Sakura estava, olhou mais uma vez por todo o lugar para ver se não vinha ninguém e entrou na sala.


Sakura estava com a cabeça baixa, e murmurava xingando que só ela podia entender.


– Como sou burra! Deixei que me pegassem de novo, puta que pariu! – Falava para si.


– Cherry. – Sussurrou no ouvido da Rosada, que nem tinha percebido a presença do Uchiha.


A rosada levou um susto, conhecia aquela voz.


– Uchiha! – Disse em tom de surpresa.


Itachi foi desamarrar as cordas, mas já estavam desamarradas. Sakura estava apenas fingindo estar presa. Porquê não fugiu? Era o que Itachi se perguntava.


– Você não precisava vir me ajudar. – Disse ríspida.


– Ah, claro que não. A donzela sairia sozinha não é? – Falou Itachi em tom sarcástico.


Sakura deu um longo suspiro e encarou o garoto que olhava pela fresta da porta para ver se alguém estava vindo.


– Cala a boca, eu tenho um plano.


– E que plano seria, mon amour? – Disse mais uma vez sarcástico.


– Esperar até 00h30, aí você se vira.


Itachi virou-se bruscamente para a rosada, achava que ela estava ficando maluca. Ainda era 18h45, até a meia noite ainda tinha chão.


– Não mesmo, eu tive uma ideia.


– E qual seria?


– Chamar os gambé. – Disse com um sorriso.


– Ta maluco? Chamar a polícia só ia atrapalhar!


Itachi nada falou, apenas saiu da sala e deixou a rosada sozinha. Sabia o que tinha que fazer.


Era sua responsabilidade manter a segurança do grupo. Estava cansado dessa vida que levava. A vida que herdou de seu tio.


Madara não queria que Itachi seguisse o mesmo caminho que o seu. Um caminho sem volta. Mas depois da morte de seu tio, Itachi se envolveu nas gangues para descobrir quem foi que assassinou seu amado tio. E por um mero descaso do destino, virou o líder de uma das maiores gangues de São Paulo, a mesma gangue que seu tio liderava.


Deu um longo suspiro e se escondeu mais uma vez. Tinha que se comunicar com Hidan e Deidara. E o único jeito era mandando uma mensagem.


“Desçam logo, eu tenho um plano.”


Mensagem enviada, agora era só esperar os amigos.


5 minutos depois lá estavam Deidara e Hidan, procurando o amigo. Itachi fez um sinal para que eles o vissem.


Foram até onde Itachi estava, e o mesmo contou seu plano.


– Por que não fizemos isso desde o inicio? – Perguntara Hidan, visivelmente irritado. – Era bem mais fácil.


– Me deixei levar, estava irritado e não pensei direito, que porra! – Retrucou Itachi.


O Uchiha entrou mais uma vez na sala onde Sakura estava, e amarrou.


– O que diabos você pensa que esta fazendo?!


– Fica quieta, já sei o que fazer.


Dizendo isso, saiu sem dar explicações. Saiu daquela fábrica abandonada com os amigos, sem serem descobertos e foram para o telefone público mais próximo e ligaram para a polícia.


– Quero fazer uma denúncia anônima. – Disse Itachi.


Pode falar.


– Uma garota foi seqüestrada, vi dois caras trazendo a garota desmaiada e depois amarrando-a e deixando-a trancada em uma fábrica antiga, aqui na 23 de maio. Por favor, não sei o que fazer!


Se acalme, mandaremos uma viatura para aí em 10 minutos. Se acalme senhor.

Depois de convencer a policial de que não era um trote, uma viatura foi mandada para o local. Itachi mataria dois coelhos em uma cajadada só. Salvaria Sakura e mandaria dois caras de uma gangue rival para o reformatório.


– Vamos esperar até que a polícia chegue e salve a donzela. – Disse Itachi.


Deidara e Hidan assentiram com a cabeça. Os três se esconderam para que os policiais não os confundissem com os ‘seqüestradores’.

15 minutos depois, os policiais chegaram. Entraram cautelosamente na pequena fábrica abandona e verificavam o local.


5 minutos depois se ouvia vários barulhos de coisas quebrando, e de tiros vindos da Fábrica. Um policial saía do lugar abraçando Sakura, que fingia que estava chorando e muito assustada.


– Calma querida, esta tudo bem agora. – Disse delicadamente o policial.


Sakura nada respondia, ela podia ser uma bela atriz, aprendera á atuar com sua mãe. Uma atriz de teatro que após engravidar não conseguira mais nenhum papel em teatros e novelas e entrara em depressão, e forçava Sakura a ir à escola de teatro, sua esperança era ver sua filha em uma novela das 21h.


Sakura entrou na viatura, e olhava pela janela, procurando ver se seus amigos ainda estavam por lá. Em vão, sabia que estavam escondidos.


[...]


– Parabéns Sakura! Mais uma vez a donzela em perigo, haha. – Debochava Deidara.


Estavam na casa da rosada duas horas depois do ocorrido. Estava irritada e quase deu uma surra no loiro que á irritava insistentemente, mas seu irmão não deixou.


– Eu deveria ter ido. Daria uma boa lição naqueles filhos da puta! – Disse Sasori nervoso.


– Não, eu não podia ter deixado você ir. De cabeça quente você ia fazer merda Sasori. – Disse Itachi calmamente.


O ruivo apenas bufou e sentou na cama da irmã, ainda estava mal por ter deixado algo acontecer com sua pequena.


– Calma nii-san. Estou bem agora não estou? – Disse Sakura gentilmente dando um abraço no irmão.


– Isso ta meloso demais, vou indo pra casa rapaziada. – Disse Hidan saindo. – Falou.


– Vou indo também, toma cuidado Sakura. Não é sempre que vou te proteger. – Falou Itachi em tom ríspido.


Deidara, Itachi e Hidan foram embora deixando Sakura ainda mais irritada. Esse jeito frio do Uchiha á deixava fula da vida, mas mesmo assim gostava.


[...]


23h15min, casa dos Uchiha.


Itachi chegou em casa cansado, e ainda tinha um encontro com a outra gangue. Os caras da SouthSide não deixariam barato. Perderam dois integrantes, mesmo não sabendo que a culpa era da Akatsuki, desconfiavam de algo. Como os policiais sabiam onde a garota estava? Era o que se perguntavam.


E uma pergunta também rodeava vários integrantes da Akatsuki. Como Itachi sabia onde Sakura estava? Todos perguntaram e Itachi apenas deu uma risada falando:

“Um bom líder e amigo sabe onde estão seus parceiros quando estão em perigo, haha.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, é isso minna-san! Até o próximo capítulo, e espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akatsuki." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.