Take a chance escrita por BlazeJ


Capítulo 27
It was all blue


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que faz tipo MUITO tempo que eu não posto, mas eu não estou conseguindo achar tempo pra escrever, minha vida ta corrida demais e eu ando extremamente ocupada. Eu também sei que isso faz com que a história fique chata, mas sei lá, vai que vocês continuam lendo, né? Eu realmente peço desculpas por não conseguir postar antes, e também peço que sejam pacientes; vai continuar sendo assim, pelo menos até o fim do ano, quando eu entrar em férias. Lógico que vou postar, mas vai demorar só um pouquinho, né =/
Obrigada aos que continuam firmes ^^



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Nathália


- Matthew, amor? – abri a porta do banheiro e, colocando a cabeça para fora, chamei o ogro.Eu trazia o teste de gravidez em mãos, mas estas encontravam-se atrás de minhas costas.

- Ficou de que cor, Blaze? Da aqui, deixa eu ver. – quando ele tentou pegar o teste de minhas mãos, eu desviei, fazendo com que ele tropeçasse e caísse. Todos se divertiram com a cena. – Ô morena, não me tortura assim. Ta de que cor?, fala.

Trouxe minhas mãos até a frente de meu corpo e as abri. Matt abriu o maior sorriso que eu já tinha visto e seus olhos brilharam até ofuscarem a sala inteira com aquela intensidade de verde limão. O teste estava azul. Sorri também, e pra variar Lauren já começou a chorar novamente.

Depois de um abraço em grupo de quase dez minutos, uma série de parabéns e de “eu quero ser o padrinho!”, Larry interrompeu nossa felicidade, lembrando-nos do que falávamos antes: o Rock in Rio.

- Quando que vai ser, Larry? Eu já me esqueci. – perguntou Zacky, coçando a cabeça envergonhado.

- Em novembro do ano que vem, o que nos da exatamente onze meses. O que vocês acham? O Roberto pediu que respondêssemos meio logo...

- Eu acho que a gente deve aceitar, - começou Johnny – quem sabe até lá eu já não estou melhor? E se eu não estiver, vocês tem a minha pequena.

- Eu concordo com o JoJo, gente. – comentou Syn.

- Eu também. – Zacky

- E eu também. – Arin.

- Ta, mas e quanto a minha morena aqui? – perguntou Matt, preocupado. Virando-se para mim, continuou – Você já estará totalmente recuperada para tocar?

- Ô armário, uma gravidez dura NOVE meses, não onze! – exclamou Lauren.

- É, e eu provavelmente não engravidei ontem, né. Devo estar com um mês e meio, ou dois... – intervim, tranquilizando o ogro. Na verdade, esse comentário pareceu deixá-lo ainda mais eufórico.

- Então é isso aí, a Avenged Sevenfold vai tocar no Rock In Rio de 2013! – Matthew exclamou, levantando-se e me pegando no colo. – Caralho, que felicidade!

Ele ria feito um bobo, e essa alegria pareceu contagiar a todos, até Johnny e Lali, que também se levantaram e voltaram a abraçar todo mundo.


***


Faltavam duas semanas para o Natal. Convenci os meninos a irmos para Huntington Beach, pra que eu finalmente conhecesse a família deles, e todos aceitaram. Matthew teve a brilhante ideia de chamar meus pais e meu irmão, já que na casa dele havia “milhares” de quartos sobrando. Gostei da ideia, já faziam praticamente três meses que eu não abraçava minha mãe, contava piadas com meu pai ou estapeava meu irmão. Fomos com o ônibus da banda, parando para alguns shows de final de ano ao longo do caminho. Viajamos por dias, mas era fantástico estar com aqueles moleques malucos. Cada dia parecia novo, diferente, e era completamente insano e intenso.

A paisagem de Huntington Beach era fascinante. Matt fez questão de pegar a estrada da praia para chegar à casa dos pais. Eu sentia um forte frio na barriga. Esperava que as famílias dos meninos fossem tão simpáticas quanto eles próprios, e que eles não ficassem brabos com a notícia de que o filho seria papai. Pelo que Matthew falava, eles ficariam extasiados, já que sempre quiseram ter um neto e nenhum dos filhos ainda os dera este prazer.

Matt dizia que o único provável problema que eu enfrentaria seria Amy, sua irmã mais nova.Ele a descrevia como sendo doce e amável com todos, mas que se mostrava incrivelmente tímida com desconhecidos, principalmente se esses desconhecidos estivessem envolvidos com o irmão. Ele dizia também que levaria algum tempo para eu conquistar a amizade e confiança da irmã, que ela era uma pessoa difícil de se relacionar.

Quando chegamos no centro da cidade, o ônibus foi parando e os meninos desceram cada um em sua casa. Quando chegamos à casa de Matt, percebi que não se tratava de uma casa, e sim de uma mansão. Era toda feita de tijolos de barro, e tinha um aspecto antigo e rústico, que era bem a cara do meu ogro. Era praticamente uma cabana, mas do tamanho de um campo de futebol.

- Amor, porque uma casa tão grande só para vocês quatro? – perguntei, incrédula com o tamanho da residência. Não fazia sentido nenhum que uma família tão pequena precisasse de tanto espaço.

- Também não sei. Quando eu e Amy ficamos “famosos”, o dinheiro começou a sobrar, e então resolvemos ampliar a casa.

- Ok, mas precisava ser tão grande?

Ele riu de minha expressão.

- Blaze, ela foi ampliada pra quando alguém precisasse ficar aqui ou qualquer outra coisa assim. Já pensou numa festa onde todos precisariam dormir aqui? Ia ficar difícil um monte de marmanjo num só quarto...

Concordei com ele, e então entramos na bendita casa. A porta branca estava trancada, e Matthew teve que voltar para o ônibus e pegar a chave. O observei saindo. O cabelo reluzia, dourado, à luz do sol, e os braços tatuados contrastavam com a roupa preta. Matt nunca sentia frio. Eu estava de jeans, tênis e vestia um casaco grosso. Ele vestia uma camisa de polo e bermuda. Sempre que eu precisava me esquentar recorria a ele, ao seu corpo aconchegante e agradável. Quando entramos, Matthew chamou pelos pais e pela irmã. Eram quase cinco da tarde, e eu estava morrendo de fome. Ninguém respondeu.

- Ah, provavelmente foram visitar os amigos pra desejar um feliz Natal. Eles sempre fazem isso na semana do feriado pra não precisar fazê-lo no dia. – disse ele, e depois acrescentou, rindo – E devem ter arrastado Amy junto.

A casa era incrivelmente linda. O ambiente era todo decorado, de uma forma exagerada e ao mesmo tempo minimalista. Era o equilíbrio perfeito entre novo e velho, muito e pouco. O local cheirava a lavanda. Reconheci, pois era o mesmo cheiro que possuía o apartamento de Matthew. Eu adorava aquele cheiro.

- Bem, Matthew, já que temos a casa inteirinha para nós, - comecei, colando nossos corpos e acariciado seu pescoço com minha mão – vamos bagunçar a cozinha?

Meu sorriso malicioso e olhar sedutor fez com que ele se animasse. Assim que chegamos na cozinha, ele se apressou em me colocar em cima da bancada e os beijos começaram.

- Amor, eu não estava falando desse tipo de bagunça... – me esquivei de suas mordidas. Ele subitamente parou.

- Não?

- Não. Eu estou com fome. – ri alto e, descendo da bancada, abri a geladeira.

- Af, mulheres grávidas tem que estar comendo o tempo todo, né? – brincou o ogro, pegando o cesto de pães.

- Amor, calma, a gente pode bagunçar o quarto depois...

Enquanto comíamos o sanduíche de pasta de amendoim, ouvimos o barulho de portas batendo. A princípio, eu e Matt nos assustamos, e então ele saiu correndo para a sala. Não conseguia ouvir nem ver nada, então dei mais uma mordida no meu sanduíche e fui para a sala também.

- Papai ogro, cadê voc... – fui interrompida por 4 pares de olhos bem atentos.

Arregalei os olhos e não consegui pronunciar mais nenhuma palavra. Gary, Kim e Amy me olhavam, surpresos, e eu sentia minhas bochechas queimando. Olhei aflita para Matthew, procurando apoio. Ele sorriu, e o sorriso logo se transformou em risada.

- Ahm, amor, – disse ele, caminhando em minha direção – dá uma olhada ali no espelho.

Me virei e dei de cara com uma Nathália com um monte de pasta de amendoim na bochecha. Ótimo, belo jeito dos pais do meu namorado super gostoso me conhecerem. Ótima primeira impressão. Limpei a cara rapidamente e virei para a família feliz, dizendo:

- Me desculpem, Matt e eu estávamos lanchando. – sorri, tentando parecer o menos nervosa possível. Os pais dele logo sorriram de volta, mas Amy continuava me observando de canto, desconfiada, mas ainda timidamente.

- Mãe, pai, Amy essa é Nath, a nova guitarrista da banda e minha noiva. – ele sorriu pra mim, me apresentou aos pais e... peraí, NOIVA?! – Nath, esses são meus pais, Gary e Kim. Essa é Amy, minha irmã.

Eu apenas o encarava. Como assim, noiva? Quando ele me propôs? Como podia ele me chamar de noiva e eu nem saber? Eu teria que conversar com ele mais tarde. Voltei-me para a família Sanders novamente.

- Olá, é um prazer finalmente conhecê-los! – eu sorria o tempo todo. Nunca fui muito tímida mesmo, então imaginei que fosse fácil conversar com eles.

- Igualmente. – disse Kim, sendo extremamente simpática comigo.

Amy e Matt eram superparecidos. Puxaram os olhos do pai e os lábios da mãe. A voz rouca, Matthew puxara da mãe também, já que Gary tinha essa voz limpa e perfeitamente metalizada. O ogro tinha mais duas coisas parecidas com a mãe: o peito largo e as canelas finas. Kim logo me abraçou, e afetuosamente. Gary também, mas esse já se moderava no afeto, pelo fato de eu ser mulher e de que ele recém me conhecera. O abraço mais frio de todos foi de Amy, mas eu havia de conquistá-la com o meu jeito. Nem que pra isso eu tivesse que jogar basquete com ela ou sei lá. A loira era no mínimo dez centímetros mais alta que eu, e ainda usava saltos. Ela era incrivelmente linda, com o mesmo sorriso e olhos expressivos de Matt. Eles logo fizeram com que eu me sentisse em casa.

Matt me levou ao nosso quarto e então tomamos um banho e fomos jantar. Enquanto comíamos, falamos de várias coisas. Matt pôs o papo em dia com a família e eu pude compartilhar coisas sobre a minha família e vida no Brasil. Kim perguntava-me sobre a culinária do meu país, e pediu que durante a semana eu a ensinasse a fazer o famoso “arroz com feijão” e o churrasco aqui do sul. Quando terminamos, Amy e eu ajudamos Kim a lavar a louça e arrumar a cozinha. Amy ainda não falara praticamente nada, mas não havia problema. Algum dia ela teria que falar, certo?


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Notas finais do capítulo

Cara, isso de que ele vão tocar no RIR vem da minha cabeça, ninguém sabe se eles vão ou não...
Beijos, caros :)



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