Take a chance escrita por BlazeJ


Capítulo 25
Arrived too early


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu to bem chateada, porque tipo, sei lá quanto tempo já passou desde o último post, mas ainda assim os comentários não chegaram a dez, e isso meio que me deprimiu e fez empacar com a fic, por isso a demora.
Tem nova leitora aí, a GiBaker. Obrigada por ler, lindaa. E por comentar (:
Curtam, e comentem, ok? Esse cap e mais de transição. Acontece bastante coisa e bem rápido, é um resumão.
Beijos a todos e todas.



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Nathália

Matthew e eu ficamos estáticos ao vê-la lá. As risadas cessaram, dando origem à rostos preocupados e inseguros. Johnny e Arin apenas a cumprimentaram e subiram para seus quartos. Tentavam fugir da situação mega desconfortável que estava por vir.

Fiquei sem palavras. Eu sabia que Matthew não deveria ter falado ao vivo que nós estávamos juntos, essa não era a melhor maneira -para Valary- de descobrir tudo. Ela encarava o ogro nos olhos, e eu só assistia a sua troca de olhares, ela como quem culpa, ele como quem se defende.

- Val... – começou Matt, sendo logo interrompido pela loira.

- Como você pôde, Sanders? – lágrimas começaram a brotar nos seus olhos, mas ela parecia se controlar – Como pôde?

- Val, você tem que entender, nós não temos mais nada... – ele tentava escolher bem as palavras.

- Mas eu pensei que... depois de um tempo a gente – pausa dramática – fosse ficar bem denovo.

- Nós nos divorciamos, Valary. Nos separamos, cada um segue seu caminho. Eu lamento ter que repetir isso, mas eu não te amo mais.

Em momento nenhum Matthew largou meu braço. Ele até posicionou seu corpo em frente ao meu, meio que para me proteger, como se Val fosse o tigre e eu a presa. Eu me sentia mal por fazer ela se sentir assim, eu tinha mesmo gostado dela, mas Matt não pertencia mais a ela, ele estava livre para mim. Depois de levar um tempo para o que pareceu ser pensar, Valary consertou a expressão em seu rosto e disse:

- É verdade, você está completamente certo, Matthew... Bom, boa sorte para vocês. – ao terminar a frase ela sorriu, pegou a bolsa e saiu do prédio.

Aquele sorriso em assustou, era cínico demais, falso demais, era maldoso. Ela não desejava boa sorte, não mesmo. Um calafrio de medo me percorreu a espinha.

- Ainda bem que ela entendeu. – disse Matt, andando até o elevador.

Acho que ela não entendeu, querido.”

- É, ainda bem! – concordei, sorrindo. Ele não podia saber que ela me assustava, e provavelmente eu estivesse ficando louca...

Matthew

- Morena, você não tinha que ligar pra Lauren?

- Aaaai ogro, muito obrigada por lembrar!

Ela respondeu, correndo para o balcão onde havia deixado o celular.

- Ogro? Então é assim que me chamam quando eu não to por perto? – ri alto.

- Digamos que sim... – ela sorriu e entrou no banheiro, enquanto discava o número da amiga.

Lauren

- Nathália, como você acha que eu vou conseguir ir pra Nova York? Não eras, amiga, acabei de voltar pra Milão...

- Ai, pequena, me salva dessa, vai. O Johnny ta me enchendo porque quer te ver.

- Faz duas semanas desde a última vez que a gente se viu, não tem porque eu já ir correndo para aí. E mais, se ele me quer tanto aí, porque ele não liga?

- Ele não tá se sentindo muito bem hoje, Lauren. Tava com muita dor de cabeça, e dor de saudade. Ele não aguenta viver sem te ter aqui, poxa.

- E o que eu posso fazer? Eu to na Itália, miguxa, e to trabalhando. Não da simplesmente pra eu largar tudo e ir pra América.

- Porque você não tenta pedir transferência pra alguma das revistas daqui? Deve ter uma filial em Nova York, sempre tem uma filial em Nova York.

- Ah Deus, tem sim uma aí, e eu até já pedi pra diretora, mas ela disse que precisava pensar e ainda não me respondeu. Eu falo com ela amanhã e te mando mensagem pra avisar, ok?

- Ok, e você sabe que tem lugar pra ficar. Só não demora pra responder que eu to sofrendo com o Jojo aqui...

- Ta bom, Nathi, pode deixar. Manda um beijo pro meu baixinho, ta? E pro resto da galera aí também. Te amo, nega.

- Também te amo, pequena. Eu mando sim. Outro beijo pra você.

Jonathan

- Ela vem? Me responde, morena, ela vem ou não?

- Nossa, Johnny, calma. Ela disse que ia falar com a chefe dela e ver se conseguia transferência pra cá.

- Tomara que dê tudo certo, o que eu mais preciso agora é dela aqui comigo. Terça já tenho a primeira seção, e eu queria muito que ela fosse junto.

- Ela vai estar aqui, baixinho, pode apostar. Enfim, eu tenho que ir lá arrumar as coisas pra gente ir... Ah, a Lali mandou um beijo.

- Quem me dera fosse um beijo de verdade. Vai lá que eu também tenho que arrumar aqui, até mais.

***

Nathália

- Jura que voce conseguiu? Cara, eu to tão feliz, voce não tem noção! Agora o Jonathan vai se aquietar, amém! - ri alto na última parte. O baixinho tinha me dito que só queria que a Lali descobrisse de tudo quando ela já estivesse aqui, então ela não podia nem desconfiar que essa minha felicidade toda era só mais um modo de esconder a minha mágoa e falta de esperança.

- Na verdade, eu já até peguei o avião...

- O que? Você já ta vindo? Podia ter me avisado antes, né mulher?? – quanta desorganização, nanana.

- Eu sei, mas eu peguei o primeiro vôo que consegui pra chegar aí o quanto antes, não aguento mais de saudade. To no aeroporto da Inglaterra esperando o vôo direto praí. Devo ta por aí perto da meia noite.

- Velho, hoje tem show em New Jersey, A gente vai voltar pra casa perto dessa hora.

- Melhor assim, daí eu posso esperar voces no prédio e fazer uma surpresa pro Johnny.

- Isso, isso mesmo. Cara, ele vai adorar!

- Eu espero que sim, né. Ta na hora do embarque, gata. Beijo pra você (desliga).

Brian

- Porque eu Nathália, pode me explicar? - perguntei, tentando descobrir o motivo de eu estar ali no quarto dela tentando ajudá-la a escolher algo pra vestir.

- Querido, se fosse o Zacky eu acabaria usando um smoking verde ou algo assim. O Jojo me falaria pra usar qualquer coisa. O Arin é criança demais pra ajudar, e o Matt me mandaria ir pelada, é claro. Voce é o único que tem senso de estilo aqui.

Ela abriu o armário preto e eu fiquei bem surpreso com a quantidade de roupa que tinha lá.

- Voce roubou a Macy's inteira, por acaso?

Ela riu e abriu a terceira porta. Naquela divisória do armário se encontravam as roupas mais escuras ou legais. Em termos de organização ela era bem parecida comigo.

- E olha que eu ainda vendi algumas coisas antes de vir pra cá, né. Então, o que eu coloco?

Levantei-me da cama e fui até o armário. Enxerguei a blusa preta mais sexy e chamativa dali e uma jegging azul clara toda rasgada, logo pegando-as e as jogando em direção a Nathália.

- Agora pega um all star e pronto.

- Só isso? Mais nada, nenhuma dica, nada?

- Só isso. - dei de ombros.

- Aff, me ajuda com a maquiagem, né darling. - ela rolou os olhos e se sentou a frente da penteadeira, separando os pincéis e lápis, coisas de mulher. Que na verdade eu conhecia quase que bem demais.

Enfim,

- Ta, eu ajudo. Mas eu que faço, nem vem reclamar se não gostar.

Marquei muito bem seus olhos, principalmente na parte de cima, já que ela tinha olhos um pouco grandes e redondos e esfumei os cantos. Olha a minha gayzisse, falando desses termos técnicos de maquiagem... Fiz ela passar um batom laranja bem claro, e então descemos para o lobby onde os caras já nos esperavam.

[terceira pessoa, ás 0h30 do sábado]

- Caraaaaaalho, que show fodelástico. Na boa, tu toca pra porra, Nathália. – gritou Arin, enquanto entrava correndo pela entrada do edifício, batucando com as baquetas em todas as paredes, vasos, bordas de sofás e mesas possíveis.

- Obrigada, você também é bonzinho... – respondeu a morena, ironicamente, provocando o baterista.

- Ah, meu santo Rev, diz pra essa mulher que eu não sou bonzinho coisa nenhuma antes que eu mesmo tenha que fazer isso? – o rapaz esquelético erguia as mãos para o céu e chacoalhava os braços, pedindo desesperadamente a ajuda do amigo que nunca chegara a conhecer.

- É brincadeira dela, Bony. – ao falar isso, Zachary saiu correndo, fugindo dos tapas do amigo.

Ninguém parecia ter percebido o pequeno vulto de cabelos longos e curvas acentuadas sentado à esquerda, num dos puffs gigantes da recepção. Nem mesmo Jonathan, que esperara tanto pela moça, a vira lá. Ele apenas tentava esconder a nova súbita dor que vinha surgindo desde a metade do show bem no centro de suas costas. Era uma dor aguda e intrigante, mas ele não se deixava abater, não queria que os amigos o vissem sempre assim, não queria pensar que poderia piorar. Não queria encarar os fatos.

A figura baixinha levantou-se, se esgueirando pelo corredor que os levava até os elevadores, e avistou aquele moicano mal feito. Um calafrio de ansiedade lhe tomou o corpo, fazendo a tremer de nervosismo. Será que Johnny iria gostar da surpresa? A pergunta a inquietou. Caminhou com passos silenciosos até o namorado, colocando as mãos sobre seus olhos. Ao fazê-lo, as costas do rapaz se arquearam para traz e ele começou a gritar de dor.


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Notas finais do capítulo

Então? Será que rola mais de 9 reviews dessa vez?



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