Sinceramente eu não sei a que ponto  minha sanidade chegou. Talvez  a um -4. É acho que talves só agora eu tenha percebido o por que de eu sempre fazer tudo o que aquele filho da mãe do Soul me pede.

Talvez Tsubaki esteja coberta de razão. Talvez ela esteja mesmo certa. Talvez eu realmente esteja apaixonada por aquele completo idiota de cabelo branco.Aquele albino recessivo!

Aqui estou eu, numa loja de discos procurando um bendito CD de Jazz. Já é a 15ª loja que eu entro e não encontro essa porcaria! Essa luta toda só por que eu sou uma Idiota e faço tudo que aquele medíocre quer.

Após quase 25 lojas visitadas eu finalmente encontrei o disco, e lá estava eu na porta da minha casa com um embrulho de papel pardo. Quando abri a porta eu me deparei com a seguinte cena: Blair havia encurralado Soul no sofá e o provocava tentando a todo custo dar um beijo nele. Ao que me parecia ela ainda não havia tido sucesso em sua missão descabida e pervertida.

Eu já devia ter me acostumado com aquele tipo de coisa. Ela semora assim, 6 anos e nada mudara, apenas meus pensamentos por Soul.

Hoje em dia ele ocupa 80% dos meus pensamentos. Nem pareço a mesma MAKA ALBARN de sempre.

Oassei por Soul e Blair naquela cena deplorável, joguei o embrulho com o disco em cima da mesa e lancei meu pesado livro de física na cabeça daquele albino recessivo idiota. Um perfeito MAKA-CHOP!

-Vocês são muito nojentos – eu grunhi morrendo de ódio. Eu não via a hora daquela gata maldita sumir da minha casa.

-Você é má, Maka-chan – Blair fez um bico, levantando-se do sofá e vindo em minha direção. – NYAH!

-Isso não é nada cool (Maneiro)- Soul se levantou ajeitando-se e esfregando a cabeça golpeada pelo meu belo Maka-chop.

-Soul – eu suspirei desviando de Blair e indo em direção ao meu quarto. – Você faz o jantar.

-Mas é a sua vez! – ele me olhou praticamente me perfurando com aqueles olhos rubi.

-Eu sai pra comprar a porcaria do seu disco, então VOCÊ faz o jantar!

-Isso não é nada COOL. – ele caminhou até a cozinha e eu me fechei em meu quarto.

Eu realmente não sei mais o que eu faço dessa minha vidinha. Mais uma cena dessas com a Blair e eu arranco a cabeça do Soul Eater e jogo basquete com ela! Onde já se viu fazer uma cena dessas no meu sofá.

Procurei uma roupa bem confortável, e a separei deixando em cima da cama. Me despi sem pressa e entrei no banheiro determinada a tomar uma belíssima ducha.

Após me secar e pentear os cabelos com cuidado, me vesti. Um short preto e uma camisetinha rosa.

Caminhei vagarosamente até a cozinha, Soul estava dicionando tirinhas de carne no Yakisoba.

-Tá com um cheito bom – eu suspirei

-Obrigada – ele respondeu sério.

-Que foi, Soul? Você está muito sério... Emburrado!

-Não é nada, eu só estava pensando.

-Pensando em que?

-Sei lá. Depois que o Kisshin foi derrotado as coisas mudaram né?

-Acho que sim – eu suspireie me sentei em cima do balcão de Granito. O short que eu usava era bastante curto, e expunha bastante as minhas pernas. Segui o Olhar de Soul até elas. – Mas não sei. Talvez seja por que agente tá mais velho. Talvez seja isso, talvez tenhamos apenas crescido.

-Não é bem disso que eu estava falando. – ele suspirou – Wess ligou esta manhã . Perguntou por você.

-Wess-Kun? Seu irmão mais velho?

-É...

- Por que ele perguntou de mim?

Soul riu. Uma risada seca e sem humor. Pelo que sei do relacionamento dos irmãos Evans, eles vivem meio que em guerrinha. É um relacionamento bem conturbado. Mas Soul parecia terrivelmente incomodado

-Bem, Wess é um mulherengo, Maka, ele quer pegar todas as “Meninas BONITAS”

-Você me acha bonita, Soul-Kun?- eu senti meu rosto corar. Eu nunca chamei o soul com o sulfixo “kun”, mas aquilo saiu tão naturalmente. Era gostosa a sensação de chamá-lo assim. E que raio de pergunta foi aquela?

-Eu não disse isso – ele riu debochado. Mas eu vi um rubor tomar conta do rosto pálido dele. – Meu irmão tem um gosto meio estranho.

-Sei – apertei os olhos fuzilando-o com o olhar. Soul riu alto e eu o acompanhei nas risadas.

Quando eu finalmente consegui parar de rir vi que Soul estava bem proximo de mim. A respiração dele batia contra meu rosto, eu senti meu oxigênio se esgotar. Senti meu rosto queimar em rubor. Uma das mãos dele pousaram em minha coxa desnuda. Minha pele queimou com o contato, eu suspirei.

-Sabe,Maka-chan você semore ficou bonita de cabelos soltos.

Eu me surpreendi com aquilo. Não era do feitio de Soul elogiar assim. E ele me chamau de MAKA-CHAN? Senti a mão dele tocar meu cabelo, e então ele desatou os lacinhos que prendiam o meu cabelo deixando-os cairem em cascata pelos meus ombros e costas. Soul sorriu malicioso me enlaçou pela cintura e me colocou no chão.

Com uma das mãos ele alcançou o controle remoto do som e o ligou. Estava tocando o novo disco de JAZZ que eu comprara pra ele esta manhã. Ele me segurou forte pela cintura e me guiou pelo chão da cozinha, rodopiamos até o tapete da sala.

Ele me embalou ao ritmo da musica. Depois desse tempo todo, eu finalmente havia aprendido a dançar, de modo que Soul não saia mais de nossas danças com os pés doloridos.

De repente mais um giro, e ele me deitou em um dos braços.

-Não vou permitir que o Wess ganhe de mim. – ele disse sério- ele nunca vai tirar você de mim. Eu te amo, Maka!

A princípio eu não tive qualquer reação, mas fiquei bastante surpresa ao sentir os lábios de Soul tocarem os meus.

Senti-me nas núvens. Os lábios dele eram tão MACIOS!

Nosso beijo se iniciou bem calmi, casto, velado e puro, até que a língua dele pediu passagem. Então nosso beijo se aprofundou. Nossos lábios moviam-se numa sincronia perfeita, as línguas travavam uma batalha sem perdedor. Separamo-nos por falta de ar.

Soul me olhava fixamente  eu me perdi nas chamas vermelhas que compunham o carmim dos olhos dele.

-Eu também te amo, Soul. Muito. Desde a primeira vez que te vi.

Soul sorriu e me ergueu nos braços me sufocando num abraço de urso. Me senti segura ali nos braços dele. Como numa canção de amor. A minha canção de amor favorita. Soul Eater Evans.

Owari