Decisões, Oh!, Decisões... escrita por young


Capítulo 6
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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– Espere. - Eu disse.

– O que foi? - Tommy perguntou.

Subi na árvore e peguei minhas malas. Pulei num punhado de folhas secas.

– Ah, claro. Você tem malas. - Tommy disse.

– É claro. Como você acha que eu ia passar o resto da eternidade?

Ele suspirou e voltamos a correr. O cheiro de cachorro molhado ainda estava lá. Era horripilante. Pensei em como deveria ser pior conviver com os lobisomens e ser amiga deles.

Tentei abrir a porta, mas estava trancada.

– Ei! Invadir casas é crime, certo? - Tommy disse.

– Dane-se. Eu quero entrar logo e ficar o mais longe possível desse cheiro repugnante.

– É, incomoda mesmo.

Tocamos a campainha e Alice veio logo atender a porta. Virei-me para me despedir de Tommy, mas ele já tinha ido embora. Entrei na casa, mas o fedor ainda estava lá. Prendi a respiração, apesar disso ser um pouco incômodo. Me sinto muito mais segura respirando, mas o fedor era inevitavelmente horroroso.

– Para que as malas? - Bella perguntou.

– Eu não vou ficar com uma única roupa para o resto da minha vida, Bella. E mesmo vampiros precisam esconder o bafo de vez em quando. - Respondi. - Sabe, sangue fede.

Ela comprimiu o lábio. Era mais que óbvio que não gostava de mim. Entrei na mente de Edward novamente e vi que haviam contada de mim para ela, Renesmee e os lobos, que sairam correndo irritadinhos.

Renesmeee olhava para mim com uma certa admiração. Vasculhei a mente dela.

– Sério, você é meia-vampira? - Perguntei.

– Sim, eu sou. Não é tão incrível quanto parece. - Ela respondeu.

– É raro. Eu não sou meia-vampira, mas tenho dois dons. Também não é tão incrível quanto parece, a gente acostuma e isso passa a ser algo normal e entediante.

A menina me olhou com mais admiração ainda. Alice me olhou com preocupação.

– Eu levo suas malas para o quarto da Rosalie, Zoey. - Carlisle disse.

– Não, pode deixar. Eu levo. Não quero dar trabalho.

Rosalie pareceu um pouco chateada. Ela parecia com um pouco de inveja, não sei. Provavelmente por causa dos dois dons.

Carlisle me disse qual era o quarto, subi e deixei as malas lá, junto à parede. Era um quarto interessante, até. Tinha um escrivaninha com um computador, algumas estantes de livros e outras com CD's. Havia um um mesa com um espelho, com alguns itens de maquiagem. O armário era de um tom bonito de lilás.

Estava me aproximando da sala, quando ouvi a conversa. Não entrei na sala, fiquei encostada na parede.

– Carlisle, ela é perigosa. Dois dons? É claro que os Volturi vão fazer de tudo para ficar com ela. - Rosalie disse.

– Eu a criei. Não vou deixá-la com os Volturi. Ela não tem mais ninguém. - Carlisle disse.

Era verdade. Eu não tinha mais ninguém além de Carlisle.

– Ela fugiu, Carlisle. Acha que ela não vai fugir de novo? - Edward disse, rudemente.

– Eu acho melhor ela ficar sozinha. - Disse Jasper.

– Ela sobreviveu por um século. Pode se virar sozinha. Só teremos que falar isso para os Volturi. - Alice disse.

Entrei na sala.

– Então é isso? Ninguém me quer aqui? - Falei.

Todos olharam para mim e até Edward parecia assustado. Se vampiros pudessem chorar, com certeza estaria chorando agora. Me afastei e subi ao quarto de Rosalie. Peguei minhas malas e, quando estava saindo da casa, Carlisle me parou, segurando meu ombro.

– Zoey... - Ele disse.

– Carlisle, ninguém me quer aqui. É melhor eu ir. - Minha voz soava trêmula.

– Você é como uma filha para mim.

– Certo, vou lembrar disso.

– Tem certeza que quer ir?

– É melhor pra todo mundo.

Me virei e o abracei. Ele pareceu surpreso, mas retribuiu o abraço.

– Fique na floresta, Zoey. Eles chegarão aqui amanhã de manhã, no máximo.

– Obrigada por isso. Tchau, pai.

Soltei-me do abraço, peguei minhas malas e atravessei a rua. Antes de entrar para a floresta, olhei mais uma vez para Carlisle. Ele me olhava, triste. Eu acho que ele também sabia que era melhor para a família dele que eu estivesse longe.

Entrei na floresta e logo encontrei um lugar aconchegante. Começou a chover, o que não ajudou a melhorar meu humor. Protegi minhas malas com algumas folhas grandes e troncos.

Houve um barulho nas árvores e Tommy ficou visível lá no alto. Suspirei e disse:

– Pode vir.

Ele desceu e sentou-se a meu lado. Ele percebeu minha tristeza e me abraçou, sem dizer nada. Retribuí o abraço.

Era exatamente o que eu precisava, um amigo que entendesse minha tristeza, mesmo ficando em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Eu chorei escrevendo esse capítulo.
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