Decisões, Oh!, Decisões... escrita por young


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei se Forks um dia já teve ruas de pedra e também não sei quando a cidade foi fundada, mas tudo bem. Vamos lá.



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-Vamos, Zoey. Entre logo! - Disse meu pai, me empurrando para frente com força.

- Não, eu não vou entrar aí com vocês dois desse jeito. - Falei, mas não sei como consegui reunir coragem suficiente.

Meu pai me deu um tapa no rosto e minha mãe gargalhou, ainda com a garrafa de vinho na mão.

- Entre logo, menina. - Ela agarrou meu pulso e me puxou para a frente.

Não queria, mas tive que entrar no Rolls-Royce Silver Ghost Tourer, o carro que meu pai tanto economizou para comprar. O teto não estava coberto, a rua de pedra estava um pouco escorregadia e nuvens enormes cobriam a lua. Tenho certeza de que irá chover, mas meus pais, bêbados do jeito que estão, não vão concordar com minha ideia de protejer o carro.

Passei, levemente, a mão na minha dolorida bochecha direita. Minha visão ficou embaçada por causa das lágrimas. Eu só tenho 13 anos, será mesmo que meus pais podem bater em mim? Ah, é. Esqueci. Estamos em 1912. Os adultos podem matar as crianças, se preciso for.

O motor roncou e o carro começou a andar. No mesmo momento, o pânico tomou conta de mim. Alguns parentes de amigas minhas já morreram dirigindo bêbados. Segurei tão forte na cadeira que meus dedos ficaram mais brancos do que já são.

Cometi o erro de olhar para as ruas. Tudo passava rápido; meu pai dirigia em alta velocidade. Quando olhei para a frente, gritei:

- Não!

Mas era tarde de mais e tudo aconteceu muito rápido. Bati a cabeça na parte da frente e voltei, mas fiquei olhando para baixo. Senti algo quente descendo da minha testa e do nariz. Quando a primeira gota pingou no chão do carro, fiquei apavorada.

- Pai? Mãe?

Não houve resposta. Claro, eu sabia o que aconteceu, mas mesmo assim toquei o ombro dos dois. Nem ao menos perguntaram o típico "O quê?".

Eu sentia que ia desmaiar em pouco tempo, mas tentei forçar a mim mesma para aguentar mais um pouco.

- Socorro! - Gritei e isso me deixou mais tonta do que já estava.

Deitei no banco. Se não ia desmaiar, com certeza iria estar morta após dez minutos. 

- Posso ajudar? - perguntou uma voz masculina, era uma voz calma.

Olhei para ele e soltei um som da minha garganta em resposta. Era um homem louro de olhos amarelos.

Ele estreitou os olhos e pareceu pensar.

- Eu não tenho muito tempo. - Minha voz era um sussurro.

- Eu sei, você não deve ter nem cinco minutos.

Após dizer isso, ele pegou meu pulso e o levou em direção a boca. Achei isso meio estranho, mas não disse nada. Com certeza, este homem deve saber o que está fazendo. Ele mordeu meu pulso e senti algo como chamas dentro de mim e me retorci em agonia, gritando sem parar.

Meus pais morreram, agora é minha vez, este foi meu último pensamento. 


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado desse capítulo e eu vou postar mais coisas dessa história. Obrigada por terem lido.