A Última Carta escrita por Meh_Kiryuu


Capítulo 1
Capítulo Único




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Coloquei a caneta sobre o papel em uma tarde monôtona de domingo no quartel em alguma parte da Dinamarca, onde o exército americano treinava recrutas para irem ao Oriente Médio.

Pensei duas vezes antes de escrever algo, mas com muita coragem comecei a carta que anos devia ter escrito.


Decidi mais um vez alistar-me no exército ao saber que tinha se casado com outro homem sem ser a mim. A distância destruiu o que tinhamos de bom, agora quando a apareci para dizer um oi, quando precisava de um ombro amigo, se assustou com medo de se apaixonar de novo por mim e esquecer de seu casamento... Na verdade, eu também senti o mesmo!


Havia começado a chover, uma chuva leve que virou uma tempestade. O lugar que estava era coberto enão chovia sobre a minha cabeça. Mas o pessoal que estava fazendo flexões no pátio se importaria com o feito de Deus.


Coloquei a caneta de novo sobre o papel e voltei a escrever.

Tudo que temos vai ficar cravados em nossas vidas, mesmo que queiramos esquecer dessa parte. 

Alistei-me novamente por medo de estragar o seu compromisso com ele. Vocês tem algo especial que me inveja quando estou na sua presença.

Depois de ver seu marido no hospital daquela forma e saber que havia pesquisas que talvez resolveriam o cancêr. Tive um ideia que meu pai nunca me perdoará, vendi a coleção de moedas que havíamos, eu e ele, conquistado e fiz uma doação em anônimato para a sua família. Nunca decidi contar, pois eu sabia que não aceitaria o dinheiro. Mas era a coisa certa a se fazer!

Sofri com a nossa separação... Com a chance que tivemos e a desperdisamos. Peço desculpas pelo meus erro de me incressar de novo após o ataque ao onze de setembro em Nova York. Após esse dia, nosso amor se apagou como a água apaga o fogo.

Joguei todas as nossas cartas fora depois que você me enviou a última e mesmo assim lembro de todas elas... E principalmente da última, quando abria-a percebi que não era para eu me alegra, pois eu vira a tinta da caneta borrada no papel por suas lágrimas.

Não há nada que possamos fazer para recuperar o perdido. Hoje, você reside em uma família como sempre o quis e eu sempre fugi desse feito... Não por medo, mas por idiotisse. E eu sou um soldado solitário, vivendo de alistamentos porque perdeu o amor de sua vida por escolhas mal feitas.

Querida Savannah, queria lhe dizer que o tempo que passamos juntos, você conquistou um lugar especial em meu coração, que eu vou levar para sempre e ninguém pode substituí-la. Mas, acima de tudo, você é a primeira mulher que amei verdadeiramente.

Reeli a carta terminada vezes suficientes para saber se eu a enviaria mesmo. Enviando-a demoraria algumas semanas para chefar aos Estados Unidos. Levantei-me da cadeira e atrevessei o pátio molhado, mas não chovia mais. Pensei em quanto tempo estive pensando para escrever tais palavras... Talvez horas!

Segurei a carta em minha mão, logo a minha frente.

- Boa tarde, John. - desejou um dos recrutas - Vai enviar um carta hoje? - completou, curioso.

- Hoje não. - disse, sabendo que haveria mais perguntas.

O homem caminhou ao meu lado até passarmos pelo setor do correio.

- Se vai enviar, John, o correio ficou para trás.

- Meu amigo... - disse - Não vou enviar essa carta. Mas se quiser pode me acompar até onde vou.

O recruta continuou ao meu lado e não fez mais perguntas. Ele era um bom amigo, tinha conversado muito com ele por esses dias e tinha que fazê-lo já que era de meu pelotão.

Cheguei a um espaço vazio de batalhão, onde era usado pela cozinha como depósito de lixo. Peguei uma latão vazio pintado de verde e joguei a carta lá dentro. Peguei o isqueiro em meu bolso e coloquei fogo na carta. 

Não era a hora certa de ela saber a verdade, preferia nunca mais falar com Savannah. A garota tinha sua família agora e eu a vida que escolhi sem ela. 

- Amigo... - falou recruta com a voz mais baixa que o normal - Não precisava fazer isso!

Ele não tirou os olhos da carta queimando enquanto dizia. Ele não necessitava de resposta, embora eu tivesse que repetir em minha cabeça que "eu tenho que fazer isso, tenho que ficar em pé aqui até que a carta se queime até o fim!"

As fumaça subia lentamente e a carta ia sendo queimada. Quando não ela não existia mais, disse olhando para as cinzas no fundo do latão:

- Adeus, Savannah! 

FIM!



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