Trampled escrita por Rafaella Livio


Capítulo 15
30 anos - O Começo de Uma Nova Era


Notas iniciais do capítulo

Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012.
Genteee, sinto-lhes dizer que esse é o penúltimo! Amanhã posto o próximo. D:
Quem sabe um dia tenha uma continuação? Espero que acompanhem a próx. história, vai ser sobre o 1D!!! Quem não os ama, não é mesmo? Enfim, está aí.
Besos e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/187438/chapter/15

Depois de oito anos estudando com dedicação, visitando meus pais apenas nas férias quando eu tinha, estudando e madrugadas sem dormir, trabalhando e estagiando, finalmente me especializei (com residência) em medicina.

Cinco anos estudando, um ano só para me especializar em pediatria (eu escolhi trabalhar com crianças, adoro crianças) e depois mais dois anos de residência. Trabalhei em um hospital infantil. Foi normal, e muito bom por sinal. Aprendi muito.

Estava na abertura da minha clínica, que eu dividiria com uma fonoaudióloga (Karen), dois dentistas (Hanna e Dannis) e mais dois pediatras (Luma e Gabriel).

Já tinhamos reformado, pintado e até escolhido os consultórios. Meus móveis estavam para chegar e durante essas semanas eu tinha sentido alguns enjôos. Já imaginava o que poderia ser, mas ainda não tinha certeza.

Ah, sim eu ainda estava com Joe, e éramos muito felizes. Ele realmente caiu do Céu, e veio para ficar.

E eu tinha ganhado um carro de presente de formatura dos meus pais. Lindos eles, eu sei.

Estava em uma tarde de segunda-feira, vendo alguns sofás em uma loja de móveis, quando Alice me ligou e eu acabei esquecendo da vendedora e dos móveis, indo para fora da loja e sentando em um banco no Shopping. Alice não me ligava desde a minha formatura na faculdade!

ALIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICE!

- LOREEEEEEEEEETTA!

- Que saudades!

- Eu também, amiga.

- Estou no shopping escolhendo os móveis para o meu consultório.

- Que maravilha, estou na casa da minha mãe.

- Alice... preciso te contar uma coisa.

- O que foi? Você e Joe terminaram? Eu te disse para não fazer burrada, Lo!

- Não, não é isso.

- Ufa, melhor.

- Não tão melhor.

- Como assim?

- Há algumas semanas eu tenho sentido enjôos e até já vomitei.

- E você está achando que...

- Talvez...

- Ué, é muito simples, Loretta! Você fica se matando para saber, vai em uma farmácia e compra um teste!

- Boa ideia.

- Meu, você é médica e não teve essa ideia? Dá licença, né?!

Rimos e eu desliguei. Passei na mesma hora na farmácia e comprei uns quarenta testes. Fui para o meu apartamento e Joe estava na sala comendo alguma coisa sem camisa. Voei para o quarto e me tranquei no banheiro, mas ainda pude ouvi-lo dizer.

- Olá, bom dia, tudo bem? Tudo sim. - Ri pelo nariz.

Peguei os testes na bolsa e fiz. O primeiro: negativo. "Ufa", pensei. Rápido demais. Segundo: positivo. Terceiro: positivo. Quarto: positivo. Resultado: somente dois tinham dado negativo.

Saí do banheiro pasma e Joe estava encostado na parede ao lado, assustado com a minha expressão.

- O que foi, Lo?

- Eu... Eu to grávida, Joe. Eu to grávida. - Repeti, tentando perceber a gravidade da coisa. (N/A: Entenderam o trocadilho? NOSSA, QUE PODRE, HAHAHA).

- C-Como assim? - Gaguejou.

- Grávida, John! Grávida! Quando um homem e uma mulher...

- Sim, eu já sei! - Gritou irritado, andando pelo quarto. Ele estava pensando. Parou de repente e apontou para mim. - E pare de me chamar de John, você sabe que eu ODEIO isso.

- COMO VOCÊ PODE? - Gritei mais irritada que ele.

- PUDE O QUÊ? - Gritou de volta.

- Não grite comigo. - Me acalmei, mas a raiva voltou. - COMO VOCÊ PODE NÃO NOS PROTEGER? VOCÊ TEM ALGUM TIPO DE PROBLEMA PARA NÃO SABER O QUE É UM PRESERVATIVO?

- E EU IA LÁ SABER A SUA ÉPOCA FÉRTIL, VOCÊ TEM QUE ME AJUDAR, NÓS FIZEMOS ISSO JUNTOS! - Reclamou apontando para a minha barriga.

- ISSO É O NOSSO FILHO, SEU IMBECIL. OU MELHOR, MEU.

- O quê?

- EM NENHUM MOMENTO VOCÊ DISSE QUE IRIA ACEITÁ-LO, MAS EU JÁ PERCEBI TUDO. EU NÃO QUERIA TER QUE AGIR DESSA FORMA, MAS VOCÊ ESTÁ SENDO IMPOSSÍVEL.

- Loretta, o que você vai fazer?

- VOCÊ QUER OU NÃO QUER ESSE FILHO?

- Eu... Eu não sei, eu...

- Não precisa falar mais nada - falei com os olhos marejados. Eu corri até a porta e ele me seguiu, mas eu não estava nem aí, saí e fiquei o dia inteiro fora, só voltei a noite para dormir. E fiz isso durante algumas semanas, mas eu estava fugindo. Mandei até algumas mensagens desesperadas para Alice.

Alice, eu não quero ser mãe solteira.

Você não precisa, é só falar com ele.

Não é tão fácil, ele foi um idiota.

Ele pode ter se arrependido.

Que nada!

Tudo bem então, Loretta. Se você quer sofrer, não é problema meu.

Me desliguei um pouco do mundo e foquei no meu trabalho. Depois da minha primeira paciente, saí do consultório pensando em Joe, quando ele apareceu com um cupcake de frutas vermelhas na mão. O meu preferido.

- Joe, eu... - Já ia repreendê-lo, mas ele falou uma coisa estranha.

- Coma primeiro.

Eu estava comendo quando senti algo duro bater no meu dente. Olhei direito e mexi no cupcake. Havia um anel lá dentro. Um ANEL.

- Quer casar comigo?

- SIM! - Gritei e pulei no pescoço dele, assim como quando começamos a namorar. A partir dali, minha vida seria maravilhosa, e meu filho (ou filha) também. Ele teria os genes dos pais. A impaciência da mãe e o sarcasmo do pai. Todas as nossas imperfeições em uma criaturinha tão linda. É assim que a vida segue, e ninguém pode impedi-la de seguir.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." (Charles Chaplin)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trampled" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.