Dark Souls escrita por GrayFoxRJ


Capítulo 2
Capítulo 1 - O Asilo




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Meu peito arde. Nunca havia sentido, mas parece a sensação de uma brasa de ferradura indo de encontro à pele... Tornando carne em cinzas. Quantas vezes já presenciei isso? Apesar de nem ao menos lembrar meu nome, lembro da dor, do sangue, do meu papel de executor. Pivot do sofrimento alheio, regido pelas leis de Carim. Não me recordo, também, como virei carrasco - lembro que mamãe não gostava da ideia. Talvez tenha sido o fracasso de não ser igual ao papai. Pelo menos o alivio de ter a cabeça daquele me trouxe algum alivio.

Extendido no chão, diante de ratos passageiros e humidade tipica desta cela, ao menos minha distração com os eventuais passaros que vejo pela iluminada brecha do teto me fazem esquecer o cheiro de podridão exalado de fora deste canto... Agora não sei isso tem haver com a praga ou com a solidã-..... que praga?

De repente vejo uma silhueta tapando os feixes de luz. Algo esta falando comigo? E-eu não consigo ouvi-

Um alto zombido de metal ecoa por um de meus ouvidos seguido do espirro de agua causado por este, eu simplesmente não consigo...

–Ei!! Você ai, saia dai logo e venha comigo!!! - Então desaparece, retornando a luz à escuridão.

Q.. quanto tempo se passou desde... !!! Uma... Chave?

Extendo minha fraca mão em direção ao objeto e tropicamente junto vergonhosa força para alcançar a tranca da delicada e podre porta de madeira. Não era pra eu estar animado com isso? Talvez tenha relação com meus labios, na epoca que os tinha em excesso sentia algum animo, alguma sensação, hoje acho que meus sentidos já foram em bora.

Apos tremidão de pegar esta e fixá-la na tranca - aquilo deveria ser esperança? Mamãe sempre dizia que eu precisava sempre ter esperança - sinto como se estivesse empurrando um burro no pasto para poder abrir esta tranca. Consigo.

Diante de mim um grande escuro se expande diante da conhecida cela, apenas dosamente mergulhado em pontos de marrim, vindos das tochas.O primeiro passo que dou para o mar sombrio é acompanhado do estrondo de algo. Vou seguindo em direção a primeira luz e vendo o piso com seus tijolos desajuntados.... A quanto tempo estou aqui?

Algo que me

me

eu não... sei o que é mas.....!

Diante de mim vejo a figura de algo, batendo com força sua... Cabeça?

Esta simplesmente não tem sua pele em boa saude, seu olhos não possuem qualquer sinal de vida e esta murmura sons que sequer consigo distinguir ou decifrar. Continua batendo sua cabeça acefalamente na parede, mesmo percebendo minha presença.

Não quero dar uma prosa com essa... Besta... quero só sair daqui.

Meu próximo passo é acompanhado de um estrondo maligno, e outro.... Estou correndo sem saber para onde com o coral de passos alheios até que chegou a um ponto sem saida , novamente olho em direção a um ponto de luz bem acima de minha cabeça.


Acho que estou num poço.

Num ato de desespero tento gritar mas por algum motivo aquela dor no peito volta e agora se extende circular no meu peito...

Com um grande barulho, uma escada de ferro anexada à parede cai em minha frente.Começo a subir.

Não sei quanto tempo demorou para eu chegar aqui, mas... Aqui é... um bosque? Calçamento menos destoante dos pilares e paredes, parece mais intocado à umidade e ao tempo Em detrimento desse bosque junto às pedras do calçamento está uma espada encravada, e mais afrente, subindo alguns poucos degraus vejo um grande portão. Aproximo-me deste... As argolas com suas ferrugens à mostra estão a altura de minha cabeça. Não parece ter sido feito para o porte humano, me passando a impressão de estar num daqueles contos em que simplesmente reduzimos de tamanho e vêmos o mundo como as formigas o fazem. Sequer tento empurrar este, para subir a curta escadaria já foi um sacrificio, seria inútil qualquer atitude... Um bosque, uma espada encravada no solo e o barulhodas palmeiras e folhas crescidas pelos pilares e rebocos do alto, criando pequenas silhoetas no piso.

Dou minhas costas ao portão e reparo em um detalhe antes não percebido. Um pequeno portão na lateral ocultada pela sombra projetada da hora. Analiso este e vejo que enfim este fora feito para humanos. Ao tocar na trinca o portão simplesmente abre - a ferrugem novamente se mostra presente... A quanto tempo estou? Do portão vejo uma espada e subo na esperança de alcançar algum.

Deparo-me com mais agua retida num pequeno corrego artificial fechado, passo por este e reparo que daqui estoua cima do bosque, acho que estou próximo ao fim. Viro à esquerda e!!! -até que uma bola de ferro cai do teto. e - por um instinto oculto - desvio-me desta e então ouço um grito... vejo a fonte daquela voz.... dentro de um quarto com sua parede destruida por esta bola e enfim junta da bola.... Me aproximo.

Um cavaleiro sangrando com as pernas empresadas na parede pela bola de ferro - parece ser da tavola de Aturiah...? Foi ele quem me salvou?

–Ah, você... Você não é um Oco, é.... Graças... Eu te salvei.. mas eu acho que daqui não passo...

Observo quietamente

Pelo visto, foi ele quem me salvou

–Logo eu per... derei minha insanidade..

Tento falar, mas não consigo dizer uma palavra sequer, mau consigo ficar de pé.

–Posso te pedir um favor? Eu e você... Ambos somos ocos, está me ouvindo?


Como assim Oco? O que é... Oco?


–Queria que você seguisse nessa missão que falhei....

Ele retira então algo do bolso..

–Tome, beba isso... Você viverá por mais algum tempo *cof cof*.. - Cospe sangue -

Saia daqui e descubra o seu próprio caminho, infelizmente, pra M'nha Dama, falhei, mas talvez você seja.... capaz de manter a lareira acesa...


Não sei o que está dizendo, Que sentido diabos tem isso? Tocha? Mas e.. e.

Caio no chão -



Uma mulher? Vejo uma mulher, ela se aproxima... Onde estou? Parece um alpe, só vejo neve e ela...Uma mulher coberta por um manto branco. Seu doce olhar e pele marfim parecem de uma Deusa daqueles contos que ouvia quando mais novo.

–Jovem, mandei este em minha missão, mas ainda bem que te encontraste a salvo querido. Beba deste jarro que te dei e então siga o caminho dos Gárgulas


Vá-te em paz...


Apago


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