Bohemian Rhapsody - Season 1 escrita por Léo Cancellier


Capítulo 9
Capítulo 9 – Revelações


Notas iniciais do capítulo

Músicas
Rihanna - S&M
Cher - The Shoop Shoop Song (Its In His Kiss)
Britney Spears - Stronger
Glee - Trouty Mouth
Bust A Groove - The Natural Playboy
Britney Spears - Womanizer
Glee - Nowadays / Hot Honey Rag
Britney Spears - Born To Make You Happy
.
Explicação (LEIAM ANTES DE FALAR DE ERROS): Durante a fanfic, palavras, como Pois é e estava/am aparecerão na forma de Poisé, Tava/am, para se adequar à linguagem dos personagens.
.
Por ser uma Songfic, é claro que fica bem mais divertido de se acompanhar com música (sempre haverá um aviso com o nome da música e o link para se ouvir antes da letra da música entrar). Ah, para aqueles desavisados: haverá alteração na letra sempre que necessário (como nomes, adjetivos, etc.), para se encaixar no contexto da história.



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- Você sempre viveu no submundo dos secundários, Xaveco. Pois saiba que há uma maneira de se destacar na vida e deixar de ser o chiclete pisado para ser o chiclete mascado.

- Mas eu não quero ser o chiclete mascado. – choramingou Xaveco.

- So sorry, mas até para a Denise aqui é uma tarefa impossível fazê-lo se destacar mais. – disse Denise, passando a mão no cabelo. – Mas é aí? Quer a minha ajuda?

- Quero. Tô tão deprimido que aceito quase qualquer proposta. – respondeu Xaveco.

- Eu não lido com deprimidos. Incentivo eles a se matarem logo e acabarem com a chateação e com discursos sobre como odeiam a vida. Isso cansa a minha beleza. – Denise o encarou. – Vou repetir: quer a minha ajuda?

- C-claro. Não que eu esteja realmente deprimido. Só quero mais destaque. E estou disposto a quase tudo por mais destaque. – Xaveco a encarou de volta.

- Quase tudo?

- É... Tipo, não topo nada alternativo e...

- Cala a boca. Você gosta de chicotes?

- Depende. Como assim? 

- Como assim o quê? Chicote estalando no seu lombo, ô criatura secundária! – Denise fumegava.

- Algo do tipo animal?

- Não. – Denise sorriu. – Do tipo sexual.

- Agora você está me assustando.

- Fica quieto e sossega o facho. Já tenho tudo planejado.

E Denise começou a contar o seu plano.

Era o último dia de aula e, como já era tradicional, haveria A Festa do Meio-dia. Quando dava meio-dia, os professores paravam o que estavam fazendo, os alunos iam para o pátio e havia uma festa, onde quem quisesse poderia subir no palco e agradecer pelo ano que teve ou cantar ou até fazer denúncias.

Mas, voltando ao começo do dia, o sinal já havia batido e quase todos os alunos estavam em seus lugares com exceção de...

- Onde estão a Denise e o Xaveco? – perguntou Magali.

- A Denise nem sei nem quero saber onde está. – disse Mônica. – E o Xaveco... Quem liga?

- Bom, para a Denise ter sumido, coisa boa não é. Melhor ficarmos espertas. – Marina, que estava do lado das duas, começou a pensar. – Será que ela vai aprontar na Festa do Meio-dia?

- Ela que tente. – Mônica cerrou os punhos.

O palco estava armado e a escola inteira estava se dirigindo ao local. A turma estava preparada para o suposto ataque de Denise.

- Já sabem o que fazer e... Ai meu pai amado, o que é isso!? – Mônica encarou o palco.

Diante de toda a escola estava Denise, com uma roupa de couro, segurando uma coleira. Preso pela coleira estava Xaveco, que usava uma mordaça. Denise pegou um chicote e o fez estalar na bunda de Xaveco.

- Vocês me esnobaram! – gritou Denise. – E também esnobaram o... Como é mesmo o nome? Ah, Xaveco. – Xaveco revirou os olhos. Denise continuou. – Então, como forma de chamar um pouco de atenção para nós, preparei um número musical.

http://www.youtube.com/watch?v=KdS6HFQ_LUc
Rihanna – S&M


[Denise]
Na na na
Venha
Na na na
Venha
Na na na na na
Venha
Na na na
Venha, venha, venha
Na na na na
Venha
Na na na
Venha
Na na na na na
Venha
Na na na
Venha, venha, venha
Na na na na

É tão bom ser má (Oh oh oh oh oh)
De jeito nenhum vou voltar atrás (Oh oh oh oh oh)
Agora a dor é o meu prazer porque nada pode medir
(Oh oh oh oh oh oh oh)

O amor é ótimo, o amor é bom (oh oh oh oh oh)
Com criatividade e sem limites (Oh oh oh oh oh)
A aflição da sensação me deixa querendo mais
(Oh oh oh oh oh oh oh)

Porque eu posso ser má, mas eu sou muito boa nisso
Sexo no ar, eu não me importo, eu amo o cheiro
Paus e pedras podem quebrar meus ossos
Mas correntes e chicotes me excitam

Porque eu posso ser má, mas eu sou muito boa nisso
Sexo no ar, eu não me importo, eu amo o cheiro
Paus e pedras podem quebrar meus ossos
Mas correntes e chicotes me excitam

Na na na
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto

O amor é ótimo, o amor é bom (oh oh oh oh oh)
Com criatividade e sem limites (Oh oh oh oh oh)
A aflição da sensação me deixa querendo mais
(Oh oh oh oh oh oh oh)

Porque eu posso ser má, mas eu sou muito boa nisso
Sexo no ar, eu não me importo, eu amo o cheiro
Paus e pedras podem quebrar meus ossos
Mas correntes e chicotes me excitam

Na na na
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto

S-S-S & M-M-M
S-S-S & M-M-M

Ah, eu adoro a sensação que você me traz, oh, você me excita
É exatamente o que eu desejo, dê pra mim com força
E me encontre no meu quarto e me faça dizer ah, ah, ah
Eu gosto, eu gosto

Porque eu posso ser má, mas eu sou muito boa nisso
Sexo no ar, eu não me importo, eu amo o cheiro
Paus e pedras podem quebrar meus ossos
Mas correntes e chicotes me excitam

Porque eu posso ser má, mas eu sou muito boa nisso
Sexo no ar, eu não me importo, eu amo o cheiro
Paus e pedras podem quebrar meus ossos
Mas correntes e chicotes me excitam

Na na na
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto 
Venha, venha, venha
Eu gosto, eu gosto

S-S-S e M-M-M
S-S-S e M-M-M
S-S-S e M-M-M
S-S-S e M-M-M

Denise terminou o número musical com mais uma chicotada em Xaveco e ficou encarando a platéia, que estava em silêncio.

- Aplausos? Cadê os aplausos? – perguntou.

- Eu tenho mesmo que responder? – disse Mônica.

- Essa foi a coisa mais ofensiva que eu já vi em toda a minha vida. – respondeu Marina.

- Até parece, gatz. – retrucou Denise. – Vocês não vão aplaudir?

A platéia, ao invés de aplaudir, começou a jogar coisas nela e em Xaveco. 

- Ei, a culpa não é minha! – exclamou Xaveco.

- E quem liga? – berrou alguém da platéia.

Depois dessa, Xaveco tirou a coleira e saiu do palco, mas ninguém notou. Denise desviou dos objetos e foi até o microfone.

- Vocês acabaram de entrar no Expresso Denise. Destino: TERROR! A sua diva aqui vai dedicar 16 horas dos seus dias para fazer da vida de vocês um inferno!

- Por que 16 horas? – alguém perguntou.

- Porque nas outras 8 horas eu estarei fazendo o meu sono da beleza, algo que falta um pouco em algumas e muito em outras. – Denise fuzilou Mônica. – Não gastarei tempo com vocês agora. Teremos as férias inteiras para nos divertirmos.

Com um riso maléfico tipo Thriller, Denise virou as costas e saiu andando.

Fabi olhou para Mônica e para Magali.

- Ela sempre foi assim? – perguntou.

- Não... Hoje ela está um pouquinho pior. – respondeu Mônica. – E você, senhorita Fabiana? Está meio sonhadora ultimamente. Nem tem aparecido muito. Está apaixonada?

- Bom... Mais ou menos. Mas só tem um problema...

- Joga na roda, amiga. – disse Magali. – Você é lésbica?

- Não! Claro que não! Tô de rolo com um cara. – respondeu Fabi. – Só que ele já tem namorada.

- Jura? E o que você pretende fazer? – perguntou Mônica.

- O que eu posso fazer, Mô? Não gosto de destruir relações. – rebateu Fabi. – Acho que deveria dar um fora nele.

- Mas tem que lutar. Pelo menos tentar. Saber se ele te ama mais que a namorada. O garoto é daqui do bairro?

- É. Mas eu não vou dizer quem é! – Fabi estava ficando vermelha de vergonha.

- Peraí, não é o Cas, né? Porque se for, a gente resolve isso já. – disse Magali, já tirando os brincos e passando-os para Mônica.

- Não, não é o Cas. – disse Fabi. – Na boa, Mô. Vou pensar em algo sozinha.

- Ele estuda aqui? – Mônica ignorou o pedido da amiga.

- Estuda. – Fabi já estava perdendo a paciência. – Por quê?

- Ele está aqui? – o entusiasmo de Mônica crescia.

- Está. – Fabi já estava ficando roxa com o constrangimento. – Mô, fala baixo.

- Mas isso é perfeito! Sobe no palco e canta sobre o que você acha legal nele! O que ele faz para você se sentir bem! – disse Mônica.

- Mas, heim? Eu? Cantar? Sozinha no palco? Até parece. – Fabi se virou para ir embora.

- Se você quiser, eu e a Magá cantamos com você. – Mônica disse com uma simpatia excessiva.

- Bom... Tá, mas depois não diga que eu não avisei. Vai ficar um clima chato, heim? – Fabi estava meio apreensiva.

- Relaxa, amiga. – Mônica deu uma risadinha. – Se o clima ficar chato, eu resolvo.

As três subiram no palco. Fabi ficou no centro e Magali e Mônica ficaram cada uma de um lado da amiga.

http://www.youtube.com/watch?v=VwGGZTZ-3pM
Cher - The Shoop Shoop Song (It’s In His Kiss)

[Fabi]
Ele me ama? Eu quero saber
Como posso saber se ele me ama muito?

[Mônica e Magali]
Está nos olhos dele?

[Fabi]
Oh, não, você será enganada

[Mônica e Magali]
Está nos suspiros dele?

[Fabi]
Oh, não, ele finge
Se você quiser saber

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Se ele te ama muito

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está, oh sim

Ou está na cara dele?

[Fabi]
Oh não, é apenas charme

[Mônica e Magali]
No abraço quente dele?

[Fabi]
Oh não, são apenas os braços dele
Se você quiser saber

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Se ele te ama muito

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Whoa
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Whoa
Abrace-o e aperte-o com força
Descubra o que você quer saber
Se for amor, se realmente for
Está lá no beijo dele

[Mônica e Magali]

E quanto à forma que ele age?

[Fabi]
Oh não, não é desse jeito
Você não está escutando tudo o que eu disse
Se você quiser saber

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Se ele te ama muito

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Whoa
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Whoa
Abrace-o e aperte-o com força
Descubra o que você quer saber
Se for amor, se realmente for
Está lá no beijo dele

[Mônica e Magali]
E quanto à forma que ele age?

[Fabi]
Oh não, não é desse jeito
Você não está escutando tudo que eu disse
Se você quiser saber

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Se ele te ama muito

[Mônica e Magali]

(Shoop, shoop, shoop, shoop)

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Whoa
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Oh yeah

[Mônica e Magali]
Está no beijo dele
É lá que está

[Fabi]
Oh
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Oh 
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Oh, está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Oh
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está

[Fabi]
Está no beijo dele

[Mônica e Magali]
É lá que está
.

Todos aplaudiram. Mônica se aproximou de Fabi e sussurrou no ouvido dela:

- Vamos lá. Fale em voz alta quem te faz sentir assim. – ela colocou as mãos nos ombros da amiga.

- Ok. Quem me faz sentir assim é... – Fabi suspirou e encarou o garoto, que balançava a cabeça na horizontal freneticamente. – Não, deixa pra lá.

- Para que deixar pra lá, Fabi? Eu sei muito bem que quem faz você se sentir assim é o Cebola! – Mônica deu um sorrisinho.

Todos prenderam a respiração e encararam Cebola, que de tão vermelho, virara um pimentão.

- Que cara é essa, Cebola? Parece que você ficou surpreso. – disse ela, com ironia. – O que, é claro, não é verdade, já que vocês devem se pegando há mais ou menos umas duas semanas!

Mônica deu um sorrisinho para Cebola, que estava mais travado do que uma estátua. Ela desceu as escadas do palco de forma imponente, lentamente.

- Você deve estar se perguntando como eu sei, certo? – perguntou Mônica, caminhando na direção de Cebola. – Foi simples. Reparei que após aquele lance que ocorreu na sua garagem, você se afastou um pouco de mim. Depois, vi que você e a senhorita “Está No Beijo Dele” ficara mais próximos.

- Permita-me continuar, gata. – alguém interrompeu a explicação de Mônica. Denise, que trocara de roupa, apareceu no palco e caminhou até os dois. – Surpresos? É claro que estão, né? Mas eu não seria eu se não soubesse de todos os babados. É claro que a Moniquinha aqui procurou os meus serviços de espionagem internacional. – Denise sorriu malignamente para Cebola e depois para Fabi.

- Denise, você só sabe botar lenha na fogueira! – berrou Titi.

- Duas coisas, caro colega com dentição avantajada. Primeira: não sou você para ficar botando ovos e sim, só os fortes entenderam essa piada. Segunda: você queria que eu botasse lenha onde? Em uma poça d’água?

Titi ficou quieto, junto com todo mundo, que queria ouvir mais explicações.

- Mas vocês gostam de fofocas, né? Jogam coisas em mim, mas não resistem a cheiro de intriga no ar. Bom, vou continuar então. A cerca de umas duas semanas mais ou menos, a nossa querida Mônica aqui veio me pedir para que eu investigasse algo, que agora vocês sabem o que é. Adultério, ou da maneira como eu vejo, necessidade que algo ou alguém não consegue com o companheiro e precisa buscar fora. Sorry, Mô, mas eu falei e tá falado.

- Concordo. – disse Xaveco, que aparecera do nada.

Denise deu um pulo.

- De onde você surgiu, criatura do pântano? Você não pode concordar com nada. – Denise virou-se para o público, continuando a história. – Como vocês todos estão cientes, eu não durmo em serviço e rapidamente colhi todas as informações necessárias, e aqui estão elas. – Denise puxou uma folha, com várias anotações. Subiu no palco e pegou o microfone. – Todas as manhãs dessas duas semanas, com exceção de sábado e domingo, Mônica e Cebola se encontravam na porta da escola exatamente às 06h45min e ficavam juntos até o sinal tocar. Durante os intervalos, aproximadamente 10h30min, enquanto Mônica ficava perdendo tempo e tricotando com as amigas, Cebola mantinha encontros clandestinos com a garota chamada de Fabiana, vulgo Fabi.

Toda a platéia fez um “Uuuuuuuuuuuuuuhhhhhh”. Cebola mantinha-se paralisado.

- Como podemos ver, o garoto que não mais possui cabelos espetados não nega a história. O que o torna culpado. Eu sugiro apedrejamento, se quiserem a minha opinião. Aposto que se fosse com uma mulher no Oriente Médio, fariam isso. E é assim que a Denise vê as coisas. – completou a ruiva, com uma risadinha.

- Não queremos a sua opinião, Denise. – disse Mônica, empurrando Denise para o lado, subindo no palco e tomando posse do microfone. – Eu tenho uma maneira mais simples de acabar com isso. Apenas aperte o play no rádio.

- Mas você contratou o meu serviço de espionagem! – choramingou a garota.

- Sim, contratei. Mas não contratei o serviço de fofoca. – rebateu Mônica.

- Considere isso como um bônus. – Denise deu um sorriso largo para Mônica.

- Apenas aperte o botão, garota. – Mônica fuzilou Denise.

http://www.youtube.com/watch?v=lRgtsehL7b4
Britney Spears – Stronger


[Mônica]
Ooh hey, yeah

Chega, apenas pare
Não há nada que você possa fazer ou dizer, baby
Já estou farta
Eu não sou sua propriedade a partir de hoje, baby
Você deve ter pensado que eu não conseguiria sozinha
Mas agora eu estou

Mais forte que ontem
Agora não há nada no meu caminho
Minha solidão não me mata mais
Eu sou, eu sou forte

Mais do que eu pensava que podia ser, baby
Eu estava acostumada a ir na dos outros
Nem ligava pra mim
Você deve ter pensado que eu não conseguiria
Mas você está errado
Porque agora eu estou

Mais forte que ontem
Agora não há nada no meu caminho
Minha solidão não me mata mais
Eu sou, eu sou forte

Vamos lá agora
Oh yeah

Aqui vou eu, só comigo mesma
Eu não preciso de ninguém, melhor sozinha
Aqui vou eu, só comigo mesma agora
Eu não preciso de ninguém, ninguém mesmo
Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu

Tudo bem

Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu
Aqui vou eu

Mais forte que ontem
Não há mais nada no meu caminho
Minha solidão não me mata mais
Eu, eu

Mais forte que ontem
Agora não há nada no meu caminho
Minha solidão não me mata mais
Agora eu estou

Mais forte que ontem
Agora não há nada no meu caminho
Minha solidão não me mata mais
Eu sou, eu sou forte

            Quase todos aplaudiram. Cebola ainda estava imóvel. Magali não sabia o que fazer, mas segurava Fabi.

- Venha cá, Fabi. – disse Mônica. Magali tentou impedir Fabi de ir, mas ela se livrou dos braços da amiga e caminhou até Mônica. – Isso tem que ser feito do jeito certo.

Mônica piscou, ergueu a mão e deu um tapa na cara de Fabi. A platéia ficou congelada.

- Esse é o peso de uma traição, Fabi. Porque eu não confiava só no Cebola, mas em você também.

- Gata, pelo menos você manteve a calma. Sim, eu estou interrompendo esse momento “Casos De Família” de novo. – disse Denise, tomando o microfone da mão de Mônica. – Como eu disse, pelo menos você manteve a calma, diferente da nossa querida Little Ana aqui. – Aninha demorou alguns segundos para perceber que era dela que Denise falava. Quando foi protestar, Denise acenou com o braço. – Não faz a louca surtada, amiga. Todo mundo sabe que você é corna mansa. Seu bofe faz a festa e você faz o quê? Quebra o pau e faz as pazes alguns dias depois. E é assim que a Denise vê as coisas. – completou, repetindo o seu mais novo bordão.

- Cadê os responsáveis dessa escola? Tirem essa maluca daí ou vou eu mesma tirar. – berrou Aninha.

- Vem então, corninha. Sim, acho que você não entendeu a piada, então vou explicar. Corna + Aninha = Corninha. Entendeu? Ninguém vai vir aqui, porque oficialmente já estamos de férias e não somos mais problema dos professores e diretores! Por isso eu posso causar a vontade. – Denise gargalhou. – Agora fiquei atacada! Aninha, sei que você se sente gorda e eu tenho que te dizer: você está. Continue tomando os seus comprimidinhos sem que o seu namorado dentuço saiba.

- Como é? – Titi estava furioso. – Você continua tomando moderador de apetite? Vamos já para casa! Precisamos conversar. - Titi saiu arrastando Aninha pelo pulso.

- Denise: um. Casais: zero. – ela começou a pular. - Antes que começasse uma guerra, Mônica arrancou o microfone das mãos de Denise. – Ei, Côrnica, deixa eu divar em paz.

- Um... Dois... Não me deixe chegar ao três, Denise. – sussurrou Mônica.

- Ok, já me calei. – Denise ficou quieta rapidamente.

- Bom, apesar da bagunça causada pela Denise, espero que você tenha entendido bem o recado, Cebola. Eu não preciso de você. – Mônica marcou bem as palavras. Mas o seu coração ia contra isso. “Eu preciso de você Cebola, mas preciso ser forte.”, pensou. – Eu não sairei da banda, pois são duas coisas diferentes. - Mônica desceu as escadas do palco, pegou as suas coisas e foi embora.

- Bom, vamos agitar isso daqui? – Denise reassumiu o microfone. – Qual casal será vítima do meu veneno? – Cascão e Magali foram se aproximando de Denise pelas costas dela. – Ei, que é isso? À trois? Nem curto, beijos e... Que corda é essa? - Cascão tentou amarrar Denise, mas ela se esquivou. – Me erra, Cascaboy!

Como um esquilo, Denise saiu de lá o mais rápido que pôde. Após conseguir se soltar de Titi, Aninha voltou e subiu ao palco. Estava agitada.

- Ei, o que você está fazendo aí? – perguntou Cascão.

- Que foi? Eu não posso subir no palco para cantar? – Aninha o encarou.

- Cantar? – Magali ergueu a sobrancelha.

- É. Vou cantar uma música para o meu amor. Titi. – disse Aninha, alisando o microfone, fechando os olhos e girando a cabeça.

- Você tá bem? – Magali cutucou aninha.

- Tô óStima, filhinha. – respondeu Aninha. – E como eu estava dizendo, vou cantar uma música para o Titi. Adoro os seus dentões dentro desse seu bocão. – disse, mandando um beijo para Titi, que acabara de voltar e estava na platéia, de braços cruzados. – Manda ver!

A música começou a cantar e Aninha começou a balançar de um lado para o outro.

http://www.youtube.com/watch?v=GG-PEvDZU5I

Glee - Trouty Mouth

[Aninha]
Cara de peixinho
Boca de truta
É assim que os lábios das pessoas são
De onde você veio, no sul?

Boca de garoupa
Lábios de sapinho
Adoro chupar estes
Lábios de salamandra

Quero colocar um anzol
Nestes lábios cor de cereja
Se você se empenhar
Pode até chupar a cabeça de um bebê!
Oh yeah

A platéia caía na gargalhada enquanto Titi subia no palco, pendurava Aninha nos ombros e a carregava dali, enquanto ela ria também.

Titi entrou com Aninha pela porta da sua casa e a jogou o sofá. Aninha gargalhava. Ele tirou um cigarro do bolso, colocou na boca e o acendeu.

- Que bonito, heim, Sr. Timóteo... Fumando!

- Lembra do nosso trato? Eu pararia de fumar e você pararia de tomar moderador de apetite.

- Mas eu não tô tomando moderador de apetite. Sabe o que aconteceu? É que hoje eu acordei super bem disposta. – disse, levantando-se e dando um pulo. – Sabe quando uma pessoa acorda super bem disposta?

- Aninha, esses remédios fazem mal para o cérebro. Você tá falsificando receita médica de novo? – perguntou Titi.

- Olha aqui, eu não falsifico receita médica, a não ser quando eu tenho que tomar calmante. Esse moderador de apetite quem me vende é uma maluca lá da academia. – respondeu Aninha.

- Ah, uma maluca, é?

- É... maluca é uma maneira de dizer. U-u-uma pessoa moderna, atual, atuante.

- Sei. Que vende bolinha na academia, né? – zombou Titi.

- Bolinha não, tá, Titi. Olha o respeito. Não é nem bolinha, são uns comprimidinhos bem compridinhos assim. – disse Aninha, desenhando na palma da mão com o dedo. – E ela faz um favor à humanidade impedindo que pessoas fiquem gordas.

- Aninha, você não tá gorda.

- QUÊ?! Eu sei que eu não tô gorda. Eu tô cheinha.

- Não, cheinha não. Aninha, você é magra!

- Rá, até parece. – Aninha fez uma careta e balançou a cabeça.

- Aninha, olha só. Esses comprimidos afetam o cérebro. Você lembra que a gente ficou um tempão sem transar porque você entrou numa que o meu pinto não era o meu pinto? – perguntou Titi.

- Não, ali foi diferente. Eu tava vendo tudo mais roxo que o normal. Um efeito colateral super normal nesse tipo de remédio.

- Aninha, você teve delírios. Você via coisas que não existiam.

- Coisas que não existiam uma vírgula, tá, porque eu vi dois olhinhos.

- Sim, e uma boquinha e dois dentinhos.

- Claro, toda boquinha tem dentinho.

- Tá, mas pinto não tem boquinha, nem dentinho e nem olhinho! Entendeu? Você inventou, tava vendo aquilo!

- Tudo bem, Titi, eu tava delirando, tá? Mas agora não tem mais razão de você me acusar que eu estou delirando porque não estou mais tomando os remédios e... – Aninha foi pegar a sua bolsa e um pote cheio de comprimidos caiu no chão. Ela olhou para eles e depois para Titi. – Vale a pena tentar se explicar?

- Acho que não.

- Melhor correr, né?

- Ah, é.

Aninha saiu correndo e Titi foi atrás dela. Pareciam Tom e Jerry correndo um atrás do outro pelo campinho. Quando Titi se cansou, berrou:

- Então vai! Se você vai continuar tomando moderadores de apetite, vou continuar fumando e pegando geral! – berrou Titi. Logo pensou no que acabara de dizer e ficou vermelho como tomate. Saiu do campinho o mais rápido possível. Enquanto caminhava pelo campinho, colocou os fones no ouvido. “Que ironia. A minha música.”, pensou.

http://www.youtube.com/watch?v=u4Xqj7pEfQw
Bust A Groove – The Natural Playboy


[Titi]
Todo mundo, em todo lugar
Todos querem ouvir
Minha filosofia de playboy
Pois eu pareço um astro, quando fumo meu cigarro
Eles querem ser como eu

É verdade, meu anel de ouro é bonito
E todos querem um
Todo mundo quer ter meu estilo

Na boate ou nas ruas, todos que conheço
Querem aprender como jogar meu jogo

[Pessoas Na Rua]

(querem jogar meu jogo)

[Titi]
Observam meus movimentos, da cabeça aos pés
E Todas as garotas sabem meu nome

Eu sei que no fundo dos seus corações
Eles desejam e sonham
Que pudessem ser como eu

[Pessoas Na Rua]

(ser como eu)

[Titi]

Mas se eles querem saber a verdade
É verdade

Que eu sou o playboy natural da cidade
E eu estou virando todas as cabeças
Pois eu sou único
Sou dançarino mais legal daqui
As luzes estão apontando para mim
Então todos podem ver
O playboy natural

Todo mundo, em todo lugar,
Todos querem ouvir
Minha filosofia de playboy

[Pessoas Na Rua]

(filosofia, filosofia)

[Titi]
Pois eu pareço um astro, quando fumo meu cigarro
Eles querem ser como eu

[Pessoas Na Rua]

(como eu)

[Titi]
Eu sei que no fundo dos seus corações
Eles desejam e sonham
Que pudessem ser como eu

[Pessoas Na Rua]

(como eu)

[Titi]
Mas se eles querem saber a verdade
É verdade

Que eu sou o playboy natural da cidade
E eu estou virando todas as cabeças
Pois eu sou único
Sou dançarino mais legal daqui
As luzes estão apontando para mim
Então todos podem ver
O playboy natural

[Pessoas Na Rua]
Rá, rá, rá, rá

Rá, rá, rá, rá
Playboy, playboy

Rá, rá, rá, rá

[Titi]

Eu sou o playboy natural da cidade
E eu estou virando todas as cabeças
Pois eu sou único

[Pessoas Na Rua]

(eu sou o único)

[Titi]
Sou dançarino mais legal daqui
As luzes estão apontando para mim

[Pessoas Na Rua]

(apontando para mim)

[Titi]
Então todos podem ver
O playboy natural

Titi voltou para a sua casa, pegou um refrigerante e se jogou no sofá. Logo, o telefone tocou e ele atendeu.

- Alôus?

- Alô... Titi? Sou eu, a Denise. Sabe? Eu vi que você terminou com a Aninha e se precisar aliviar, tô aí pra isso e...

- Eu não terminei com a Aninha! – disse Titi.

- O que rola por aí não é verdade. Ela já tá espalhando que você dá pra todo mundo. – Denise riu. – Não sabia que fio-terra era uma especialidade sua, Timóteo. Estou desapontada.

Titi engasgou com o refrigerante que estava bebendo.

- Então ela está espalhando...

- Sim, querido. A sua doce namorada Little Ana está espalhando que você senta no pepino e eu precisava dar uma conferida. Posso passar aí para conferir? – Denise colocou um tom sedutor na voz, mas logo caiu na gargalhada.

Titi respirou fundo. “Timóteo, o que está em jogo é a sua masculinidade. Você pode se arrepender para sempre do que vai fazer, mas faça o que for preciso.”, pensou.

- Pode passar sim, Denise. Se quiser, pode passar agora. – disse Titi.

- Adoooooooro! Senhor, me leva!!!! Tô indo já! – Denise estava toda afobada.

Denise se enrolou no lençol e começou a pegar suas roupas pelo chão. Titi já estava vestido novamente.

- Então esse é o trato. – começou ele, mas logo foi cortado por Denise.

- Eu já sei, gato. Você disse milhares de vezes. Eu tenho que espalhar que você não é do babado, certo? – perguntou Denise.

- Isso mesmo. – disse Titi, sorrindo maliciosamente.

Denise saiu e Titi foi até a cozinha comer algo. Cinco minutos depois, Aninha entrou igual um furacão pela porta.

- Que palhaçada é essa? – perguntou, mostrando o celular para Titi.

O Twitter estava aberto e havia um post de Denise que dizia: “Sim, isso mesmo. Eu peguei o Titi, depois de anos de espera. Garotas, lidem com isso agora!”

- Bem feito. Quem mandou você espalhar o boato de que eu era gay? – Titi parecia triunfante.

- Boato, que boato? – Aninha parecia confusa.

- A Denise veio aqui e... – Titi pensou mais um pouco. – Não tinha boato, né? – agora ele parecia sem-graça.

- Então você se deixou levar por aquele projeto de puta ao invés de acreditar em mim? – Aninha batia com a bolsa nele. – Sai para lá, Titi.

http://www.youtube.com/watch?v=rMqayQ-U74s
Britney Spears – Womanizer


[Aninha]
Super astro
De onde você vem, como vai indo?
Eu conheço você
Me dê uma dica, o que está fazendo?
Você pode bancar o bonzinho para todas as outras garotas aqui
Mas eu sei o que você é, o que você é, baby

Olhe pra você
Conseguindo mais que uma renovada
Baby, você
Manipula todas as suas marionetes pelas cordinhas acima delas
Se passando por um bom garoto, mas eu reconheço um quando vejo
Mas eu sei o que você é, o que você é, baby

Mulherengo, mulher-mulherengo, você é um mulherengo
Oh, mulherengo, oh, você é um mulherengo, baby
Você, você, você é, você, você, você é
Mulherengo, mulherengo, mulherengo (mulherengo)

Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Você está me fazendo ir, você também me atrai, mas não posso fazer isso, seu mulherengo
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Você diz que eu sou louca, eu te deixei louco, você não é nada além de um mulherengo

Papai
Você tem uma pose falsa de campeão
Então pior para você
Só não consegue encontrar a companheira certa
Acho que quando você tem muito, se torna difícil
Poderia ser fácil, quem é você, que é quem você é baby

Pirulito
Deve estar enganado sobre mim, como um otário,
Para pensar que eu
Seria uma outra vítima
Diga, finja, como você prefere? Mas de jeito nenhum
Que eu vou ter uma queda por você, não você, baby

Mulherengo, mulher-mulherengo, você é um mulherengo
Oh, mulherengo, oh, você é um mulherengo, baby
Você, você, você é, você, você, você é
Mulherengo, mulherengo, mulherengo (mulherengo)

Rapaz, não tente confrontar. E-Eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-Eu sei exatamente o que você é
Você está me fazendo ir, você também me atrai, mas não posso fazer isso, seu mulherengo
Rapaz, não tente confrontar. E-Eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-Eu sei exatamente o que você é
Você diz que eu sou louca, Eu te deixei louco, você não é nada além de um mulherengo

Talvez se nós dois vivêssemos em um mundo diferente (mulherengo, mulherengo, mulherengo, mulherengo)
Seria tudo bom, e talvez eu pudesse ser sua garota
Mas eu não posso porque nós não vivemos

Mulherengo, mulher-mulherengo, você é um mulherengo
Oh, mulherengo, oh, você é um mulherengo, baby
Você, você, você é, você, você, você é
Mulherengo, mulherengo, mulherengo (mulherengo)

Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Você está me fazendo ir, você também me atrai, mas não posso fazer isso, seu mulherengo
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Você diz que eu sou louca, eu te deixei louco, você não é nada além de um mulherengo

Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Rapaz, não tente confrontar. E-eu sei exatamente o que você é
Mulherengo, mulher-mulherengo, você é um mulherengo
Oh, mulherengo, oh, você é um mulherengo, baby

- Antes era boato, Titi, mas agora é verdade. Eu estou terminando com você. – disse Aninha.

- Como é? – Titi estava atordoado.

- Você é debilóide ou o quê? – Aninha estava sem paciência. – Read my lips! Acabou, Timóteo!

Aninha saiu da casa de Titi antes que ele reagisse. Caminhou até a mansão de Denise e tocou a campainha. Foi a própria quem atendeu.

- Little Ana! Qual o motivo para você dar o ar da graça e... – Denise foi calada por um soco em seu olho.

- Projeto de puta. – disse Aninha, com toda a calma do mundo.

Dando as costas, ela caiu na risada e foi embora.

Mônica entrou na garagem da casa de Cebola. A banda Grampeadores de Gaveta já estava preparada para o ensaio, só que Cebola e Cascão estavam ausentes.

- Mô, achei que você não viria. – disse Magali, abraçando a amiga.

- Meus problemas com o Cebola não têm nada a ver com a banda, certo? – Mônica sorriu para Magali. – Além do mais, nós demoramos muito para ensaiar o número de abertura dos shows da banda.

Magali devolveu o sorriso para Mônica e as duas se posicionaram para passarem a música. Meia hora depois, Cebola voltou com vasilhas de salgadinhos e Cascão trazia refrigerantes.

- Ah, isso não é saudável. – Mônica balançou a cabeça. Logo depois, as duas atacaram os salgadinhos e os refrigerantes.

- Achei que você não viria depois do... – começou Cascão.

- Eu não quero tocar no assunto. – cortou Mônica, comendo salgadinhos ainda. – A não ser que você queira sair daqui com o pedestal desse microfone introduzido em um local não muito confortável. – ela deu um sorriso maligno para Cascão e bebeu mais um pouco de refrigerante.

- Falando em não muito confortável, Cascão, a Cascuda está muito inconveniente ultimamente. – disse Magali, bebendo o seu copo de refrigerante. – Tipo, em todas as reuniões das garotas, ela fica chorando pelos cantos, dizendo que todos a odeiam e tal...

- Que estranho. – cascão coçou a nuca. – Ela disse que iria partir para outra.

- Bom, do jeito que ela está, vai partir para outra vida, isso sim. – comentou Mônica. As duas deram risadinhas.

- Credo, Mô. Bata na madeira três vezes. – Cebola a encarou.

- Então me empresta a sua cara, que é de pau. Não te dei intimidade para me chamar de Mô. – Mônica deu de ombros. – Será que podemos começar a ensaiar de verdade?

http://www.youtube.com/watch?v=-B1I_Ugo0mA
Glee – Nowadays / Hot Honey Rag


[Mônica]
Você pode gostar da vida que vive

[Magali]

Você pode viver a vida que você gosta

[Mônica]
Você pode até mesmo se casar com Harry

[Magali]
Mas bagunçar por aí com Ike

[As Duas]
E isso é...
Bom, não é?
Sublime, não é?
Ótimo, não é?
Intenso, não é?
Divertido, não é?
Mas a vida não continua a mesma...

Em cinqüenta anos ou mais
Ela vai mudar, você sabe
Mas, oh, é o paraíso
Hoje em dia

E todo esse ... Jazz!

Mônica e Magali fizeram uma pose. Por alguns segundos, o silêncio reinou na garagem. Logo depois, as duas foram correndo para o latão de lixo e enfiaram metade do corpo dentro dele. O barulho emitido por elas foi idêntico. Mônica e Magali estavam vomitando. Após alguns minutos, goles de água e uma dose de enxaguante bucal, as duas estavam melhores.

- Eu disse que a mistura de salgadinhos e refri não era saudável. – disse Mônica, prendendo o cabelo.

- Mas nós nem passamos mal. – protestou Cebola.

- Isso porque vocês têm estômago de ferro. – Magali encarou os garotos. – Nós somos mais saudáveis.

- Pra cima de mim com essa, Magá? – Xaveco cruzou os braços.

- Ah, você estava aí, Xaveco. – Magali acenou com a mão.

Xaveco bufou e voltou ao seu lugar.

- Bom, vamos voltar aos ensaios! – disse Cebola, acenando para todos.

Cascuda andava pelo campinho, muito deprimida. Na verdade, andava era modo de dizer. Ela praticamente se arrastava pelo campinho. As olheiras eram tão grandes a ponto de parecer que Cascuda levara dois socos, um em cada olho.
Secando as lágrimas e o suor, que se misturavam devido ao tempo extremamente quente, ela sentou-se em um banco, pegou um panfleto que estava jogado no chão e começou a se abanar.

- Com calor, lindinha? – era Denise, que aparecera segurando um copo de raspadinha de uva.

- Oi, Denise. Sim, tô com um pouco de calor. – a animação na voz de Cascuda era maior que a de uma corrida de lesmas.

- Eita. Que animação, heim? Que tal refrescar um pouco a cuca? – Denise deu um sorriso maligno. – Eu aprendi uma técnica muito interessante e divertida na TV. Quer ver?

- O que é? – Cascuda não parecia realmente interessada, mas resolveu não contrariar.

- Vou te mostrar.

Denise pegou a sua raspadinha e jogou na cara de Cascuda, caindo na gargalhada. Cascuda, assustada, tirou o excesso de raspadinha do rosto.

- Deprimidos não têm vez comigo. – Denise ficou séria. – Já disse isso antes. Eu não lido com deprimidos. Incentivo eles a se matarem logo. Para mim é assim: ou ficam felizes ou ficam felizes. Se isso não acontecer, vou garantir que levem na cara toda a raspadinha que o dinheiro puder comprar. – e ela abriu mais uma vez o seu sorriso maligno. – Aviso já, Cascudete. Melhor se animar. – Denise deu uma risadinha. – E é assim que Denise vê as coisas.

Ela caiu na gargalhada e foi embora. Cascuda ficou sentada, tremendo. Apesar do calor, a raspadinha era muito gelada. Mônica e Magali, que passavam por ali, pararam.

- Cascuda, o que aconteceu? – perguntou Mônica.

- N-n-nada. – Cascuda tremia até a alma.

- Como nada? Você tá toda cheia de raspadinha. Se não se limpar, pode ficar doente. – Magali tirou um lenço do bolso do short e foi limpar o rosto de Cascuda, mas esta se esquivou.

- Não toque em mim, Magrela destruidora de lares! Não finja que se importa! – Cascuda gritou, se levantando.

- Mas o que foi que eu fiz? – Magali estava confusa.

- Você arrancou o meu coração, Magali! Tirou a vida de mim! – Cascuda empurrou Magali com força. A garota se agarrou em uma árvore para não cair.

- Que é isso? Tá doida, garota? – Magali se ajeitou e se preparou para a briga, mas Mônica a impediu.

- Ela tá doida, Magá. – sussurrou Mônica no ouvido da amiga. – Visivelmente perturbada. Vamos embora de fininho.

Cascuda voltou a chorar e se jogou na grama, debaixo da árvore. Mônica e Magali saíram de lá discretamente. A garota começou a se debater, arrancando pedaços de grama da terra.

- Eu não consigo! – ela arfava. – Não dá mais! Não agüento! Preciso colocar um fim nisso!

A casa de Cascuda estava deserta. Ela correu para o seu quarto, pegou uma caneta, o seu caderno e começou a escrever.

http://www.youtube.com/watch?v=Yy5cKX4jBkQ

Britney Spears - Born To Make You Happy


[Cascuda]
Oh meu amor

Oh yeah

Oh yeah

Estou aqui no meu quarto, sentada e sozinha
Pensando nas coisas que nós já passamos
(Oh, meu amor)
Eu olho para a foto em minhas mãos
Dando meu melhor para entender
Eu realmente queria saber o que nós fizemos de errado
Com um amor que parecia ser tão forte
Se pelo menos você estivesse aqui esta noite
Eu sei que nós poderíamos fazer tudo certo

Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz
Porque você é único em meu coração
Eu nasci para te fazer feliz
Para sempre você e eu
É assim que nossas vidas deveriam ser
Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz

Durante a meia hora que se passou, folhas de caderno amassadas dominaram o chão do cômodo. Quando finalmente terminou, Cascuda arrancou a folha, a dobrou e pegou o celular.

[Cascuda]
Eu sei que eu sou uma boba desde que você se foi
Eu deveria desistir e então seguir em frente
Porque estou vivendo num sonho de você e eu
Não é assim que minha vida deveria estar
Eu não quero chorar nenhuma lágrima por você
Então me perdoe se eu o fizer
Se pelo menos você estivesse aqui esta noite
Eu sei que nós poderíamos fazer tudo certo

Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz
Porque você é único em meu coração
Eu nasci para te fazer feliz
Para sempre você e eu
É assim que nossas vidas deveriam ser
Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz

Fabi chegou arfando na casa de Cascuda, assim que desligou o celular. Cascuda entregou a folha dobrada para ela.

- É a melhor decisão que você tomou, Cascuda. – Fabi deu um sorriso desanimado.

- Foi o que deu para pensar, assim, de última hora. – Cascuda secou as lágrimas. – Não posso mais agüentar ver os dois e estou na mira da Denise a sua “Tropa Da Raspadinha”, que está caçando deprimidos. Você precisa se cuidar.

- Eu sei... Também tô na Tropa. – Fabi coçou a nuca.

Cascuda a abraçou.

- Assim que eu der o sinal, você entrega a carta para o Cascão.

[Cascuda]
Oh, yeah

Eu faria qualquer coisa
Eu te daria meu mundo
Eu esperaria para sempre, para ser sua garota
Apenas chame meu nome (Apenas chame meu nome)
E eu estarei lá (E eu estarei lá)
Só pra te mostrar o quanto eu me importo

Sim...
Eu nasci pra te fazer feliz
Yeah, yeah...
Oh yeah, yeah

Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz
Porque você é único em meu coração
Eu nasci para te fazer feliz
Para sempre você e eu
É assim que nossas vidas deveriam ser
Eu não sei como viver sem seu amor
Eu nasci para te fazer feliz

Já era de noite quando o celular de Fabi tocou. Era o sinal. Ela saiu à procura de Cascão. Quando o achou, berrou o seu nome.

- O que foi? – perguntou ele, quando se aproximou.

- É a Cascuda. Ela... – Fabi começou a chorar.

- Como é, Fabi? A Cascuda o quê? Fica calma! – Cascão colocou as mãos nos ombros dela enquanto a garota soluçava.

Fabi entregou a carta para Cascão. A cada palavra que ele lia, ficava mais pálido. Sem dizer nada, disparou até o Cemitério do Limoeiro. Como estava muito escuro, Cascão só conseguiu ver a forma pendurada na árvore central do local. Ele não teve coragem de chegar mais perto, mas dava para ver as poças de sangue que se formavam. As gotas já haviam parado de cair dos cortes nos pulsos há um tempo, mas as manchas na grama arrepiavam qualquer um. A massa escura balançava sombriamente contra a luz da lua.

- Como é que é? – Cascão estava furioso.

- Isso mesmo, garoto! – o pai de Cascuda estava roxo já. – Você terminou com a minha filha e a culpa é sua! Sua e dessa sua namorada nova!

- Mas ela disse que iria... – Cascão tentou se explicar, mas não conseguiu.

- Não me interessa o que ela iria fazer! Ela está morta! MORTA! E vai ser enterrada fora daqui! Não quero manchar a minha imagem!

Virando as costas, ele entrou na sua casa e bateu a porta. Cascão ficou plantado lá.

- Esse cara é mais inescrupuloso do que a Denise. – Cascão balançou a cabeça e foi embora.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Façam review. Não gostaram? Façam review. O importante é mostrar a opinião =D
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@leocancellier



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