What If - Ryan In Glees Season One escrita por JLenon


Capítulo 7
Capítulo 7 - Throwdown




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Já fazia um tempo que Sue assumira a co-direção do Glee e as coisas estavam tensas por lá, mesmo com os adultos tentando disfarçar. Todos sabiam o que estava acontecendo, mas preferiram se afastar e deixar os mais velhos resolverem.
- Como entramos nas seletivas, eu preciso de um pouco de feedback. Como as coisas que vocês gostariam de fazer. Tem alguma coisa, alguma música em particular que vocês queiram fazer? - perguntou o professor.
- Podemos tentar alguma coisa um pouco mais... Negra? - perguntou Mercedes.
- Eu concordo, fazemos muitas músicas pops chatas - disse Kurt.
- É Glee Club, não Clube dos Loucos - disse Rachel.
- Não me faça te bater agora - ameaçou Mercedes.
- E o Kurt adora essas músicas - apontou Ryan. - Viu, Rachel, como dá pra falar a mesma coisa sem o seu tom ofensivo - disse para prima, que apenas o ignorou fazendo uma careta.
- Fantástico. Obrigado Mercedes e Kurt. Anotado. Algo mais?
- Posso fazer breakdance - disse Mike Chan.
- Não é exatamente o que queremos, Mike, mas está anotado - disse o professor.
- É incrível como parece que eles não entendem nada do que a gente está falando - disse Sophia, no ouvido de Ryan.
- Também não - disse ele, rindo, antes do Sr. Schue os liberarem e eles saírem.

- Não acredito que eles querem mais músicas negras. O que eles estão querendo fazer com o club? - reclamava Rachel, enquanto o primo tinha que segui-la.
- Sei lá, tentando deixar mais confortável para eles? Não concordo com tudo o que eles falam, mas entendo sua posições. Eu, por exemplo, adoraria que colocassem um pianista melhor, porque tem vezes que parece que meus ouvidos vão sangrar.
- Você é muito exagerado.
- Diz a rainha do drama.
- A companhia de pesquisa independente do meu escritório determinou que você é a garota mais gostosa da escola - disse Jacob, surgindo do nada atrás do armário da menina.
- Ughr - disse ela, saindo de perto enquanto Ryan ria.
- Você tem lido meu blog? - o garoto os seguiu.
- Alguém lê esse blog? - se perguntou Ryan.
- Claro que não. Você é fofoqueiro, seu blog só tem lixos e mentiras, muitas delas sobre mim - disse ela.
- E você assusta todo mundo - continuou Ryan. - Por que eu estou aqui mesmo? - virou no corredor, deixando a prima com o idiota. Seguiu até o ginásio, onde estava acontecendo o treino das cheerleaders. Pela porta, podia ver Sophia treinando enquanto Sue gritava coisas horríveis para cada uma delas. Odiava que ela tivesse que passar por isso, mas ser uma cheerleader era algo que elas nunca abririam mão, mesmo com todo o abuso de Sue.
- Você sabe que é feio observar meninas em posições desconfortáveis como essa - disse Kurt, lhe dando um susto.
- Droga. E o que você está fazendo aqui?
- Morrendo de inveja - ele disse e os dois riram.
- Então, nós fazemos músicas pops chatas?
- Eu tenho que disfarçar, né? - o menino saiu.
- Como se adiantasse.

Quando o treino acabou, Sophia tomou um banho e encontrou Ryan esperando do lado de fora do ginásio.
- O que você está fazendo aqui? - beijou-o.
- Estava com saudades...
- Mas nós nos vimos hoje de manhã - ela riu, beijando-lhe de novo.
- Eu sei - ele riu também.
- Argh - engasgou Sue, passando perto deles. - Sabe o que me irrita mais do que dançarinos incompetentes que pensam que tenho que assisti-los fazendo idiotices como no treino de hoje? Casais melosos que ficam falando coisas sem sentido na frente dos outros.
- Sra. Sylvester, porque não vai...
- Ryan, vamos sair daqui - disse Sophia, puxando-o antes que ele fizesse besteira.
- Argh, essa mulher - ele dizia com raiva. - Como vocês aguentam isso? Ela é completamente louca e maníaca. Pensa que é a melhor coisa do mundo e que todos devem seguir seu exemplo e, quando não o fazem, ela os humilha por se sentir desprezada.
- Que nem seu pai?
- Exatamente - ele parou para respirar um pouco. - Estou ficando louco.
- Eu sei - beijou-o de novo. - Tudo vai ficar bem! Logo ela vai cansar do Glee e tudo vai voltar ao normal.
- Eu espero...

- As damas primeiro. Cara - dizia Sue, no outro ensaio. A briga tinha começado cedo naquele dia.
- Cara - disse o professor, depois de jogar a moeda em que os dois lados tinha cara.
- Ótimo, os seguintes estudantes foram selecionados para um seleto grupo de elite do glee chamado de "Crianças de Sue".
- Espere, concordamos em não separar o grupo - disse o homem.
- Ah, Will, me dê a chance de fazer as coisas do jeito Sue. Talvez com as minhas habilidades de liderança, eu possa ajudar esse grupo a se classificar - disse, petulante.
- Não podemos nem ao menos competir nas seletivas com o grupo dividido, Sue. É contra as regras.
- Sério? Você precisa ler o livro primeiro. Aqui, eu tenho o livro de regras do coral. Página 24, capítulo 14, segundo adendo. "Cada time deve ter doze integrantes. Entretanto, nem todos os membros precisam participar de todas as músicas".
- Mas o que tem isso? Nossa opinião não vale? Não queremos nos separar - disse Ryan, se levantando e buscando apoio dos outros. - Não é?
Olhou em volta e ninguém se pronunciou. Olhou para Sophia e ela apenas abaixou a cabeça.
- Olhem, temos um pequeno revolucionário aqui, mas parece que você está sozinho. Agora sente aí e deixe os adultos conversarem - ela disse.
- Sue! - Will respirou fundo. - Quer saber? Vai em frente, pegue todos os jogadores de futebol e suas Cherrios - sentou-se exausto de toda aquela briga e estresse.
- Certo, todo mundo, escutem. Quando ouvirem o seu nome, venha para o lado desse negócio preto e brilhante.
- Isso se chama piano, Sue - resmungou Will.
- Santana. Rodas. Viadinho. Vamos, venha rápido. Asiática, outro asiático. Aretha, Shaft. Puckerman - ela viu Puck se levantar. - Não você, idiota, ela - apontou para Sophia e se virou para William. - Viu, Will, eu não quero participar de um grupo que ignora as necessidades da minoria.
- Você só pode estar brincando.
- Não brincaria sobre isso, Will. Talvez, esse seja o seu problema. A inveja não é assunto para piadas. 
- E é assim que Sue "C" enxerga as coisas - disse Santana, com um grande sorriso.
- Excelente - disse a mulher orgulhosa.

- Então, valeu por me apoiar lá no ensaio, hein - disse Ryan, andando ao lado de Rachel, Finn e Sophia.
- Foi mal, cara, mas eu to meio que com outras coisas na minha cabeça - disse o outro. - E a Sra. Sylvester meio que me assusta um pouco.
- Não se sinta culpado, ela faz isso com bastante gente.
- Claro, faz porque vocês deixam - reclamou o outro.
- Ryan... - Rachel tentou acalmá-lo.
- O quê? Eu estou sempre lá. Toda vez que um de vocês precisa, eu sou sempre o idiota que dá a cara a tapa e quando eu precisei, ninguém fez isso por mim. Então me desculpe se eu estou puto sobre isso - ele saiu, batendo o pé, deixando os outros para trás.
Sophia virou para Rachel.
- Você que ensinou isso pra ele, né?

Yellin I like the way you brush your hair
And I like those stylish clothes you wear
I like the way the light hit the ice and glare
And I can see you moving way over there


Na sala do coral, todos cantavam juntos e animados. Já fazia um tempo que não podiam ficar assim, todos juntos. Desde a divisão do club. 
- Sinto falta de todos nós juntos - disse Rachel.
- Espero que não nos metemos em problemas por nossa sessão extra - disse Artie.
- Se a Sue nos pegar, ferrou. Ela falou que se nos pegasse falando com um de vocês, ela rasparia minha cabeça - disse Kurt. - E eu apenas não posso aguentar esse visual. Até o Justin Timberlake está deixando o dele crescer de novo.
- É claro, ninguém nunca a enfrenta - resmungou um deles.
- Ryan, deixa isso pra lá - pediu Rachel. - Nós já conversamos sobre isso.
- Não! Eu falei sobre isso e você ficou comprando uma calcinha para dar pro Jacob - ele disse, apenas para ela escutar.
- Cala a boca, você sabe porque eu fiz isso!
- E daí? Continua sendo absurdo. Não é problema seu, Rachel. Deixem-nos lidar com isso.
- E a Sue também não é problema seu. Sr. Schue está dando um jeito de se livrar dela, eu tenho certeza.
- E enquanto isso nós apenas esperamos?
- Exatamente - ela olhou para Sophia. - Você ainda não está falando com ela?
- Eu estou falando com ela. Só não liguei para ela essa última semana.
- Ryan!
- Me irrita vê-la passando por humilhações assim e não falar nada. Apenas... Não é ela.
- E aí você apenas a deixa de lado e ela que se vire? Belo namorado você é.
- Temos que ir, gente. Precisamos estar com Sue no estúdio em 10 minutos - disse Mercedes. 
- Tchau, pessoas brancas - disse Artie, rindo, enquanto eles saíam.
- Oi, gente, o que vocês estão fazendo aqui? - Will sorria, estava com saudades deles.
- Só passando pra dizer oi - disse Tina.
- É ótimo vê-los, pessoal - suspirou antes de ir para os seus alunos. - Ok, ótimas notícias. Trouxe a banda comigo e acho que temos um número para as seletivas. 
- Sr. Schue, não gostamos do que isso se tornou - disse Rachel.
- E você só fala agora - ironizou Ryan.
- Deus! você está um saco, garoto! - reclamou Quinn, cansada de ouvi-lo reclamar.
- Nem estou falando com você!
- Não fala assim com ela! - brigou Finn.
- Ei, para todo mundo. Vocês não vêem? É isso o que Sue quer. Desistir e brigar não ajuda ninguém. Se dependesse de mim, todos estaríamos juntos nas seletivas, mas não depende de mim, ok? Sue vai fazer a música dela e nós fazemos a nossa. Eles vão cantar sobre ódio, literalmente. Então pensei em uma tática diferente. Certo, Finn e Rachel ficam com a primeira parte, Ryan entra na segunda.
- Com quem? - perguntou o rapaz.
- Com a Rachel.
- O que?
- Lá se foi o todo mundo, né? - reclamou Quinn.
- Vocês precisam mesmo praticar, certo? Dia e noite, entre as aulas, precisa estar perfeito. Certo?
- Pode deixar, Sr. S - disse Finn. Ryan ainda olhava desconfiado para tudo aquilo.

Tell me how I'm supposed to breathe with no air. 
Can't live, can't breathe with no air. 
That's how I feel when I know you ain't there. 
There's No Air ,No Air. 
Got me out here in the water so deep. 
Tell me how you gon' be without me. 
If you ain't here, I just can't breathe. 
Its No Air No Air. 


- Incrível, gente. Ótimo - disse o professor, sorrindo.
- Ficou horrível. Não dá pra eu entrar no meio da música desse jeito. Está parecendo que eu vou fazer um ménage com a minha prima! - reclamou Ryan.
- E nós? - perguntou Quinn. - A gente só fica se balançando aqui como enfeites?
- Melhor do que ficar no meio dos dois só porque o Finn não consegue alcançar uma nota no meio - Ryan juntou suas coisas e saiu andando. Rachel foi atrás dele.
- O que diabos está acontecendo com você? - ela o segurou. - Tá, eu concordo que não está dando certo você entrando no meio, mas não precisa ser um babaca por causa disso.
- Você não lembra mesmo, não é? - disse ele, olhando para ela.
- Oh, my God... - ela tapou a boca. - Com toda a confusão do Finn e a separação do Glee, eu... Amanhã é...
- Sim, 12 anos que minha mãe morreu. Então me desculpe se não estou muito preocupado com os sentimentos dos outros agora.
- Você não pode culpar a todo mundo pelo o que aconteceu. Não é justo!
- E é justo a gente ter que se separar por causa da arrogância deles? E é justo a minha mãe morrer daquele jeito por minha causa? - ele gritava.
- Sua causa? Pelo amor de Deus, Ryan, pára com isso! Foi um acidente, você sabe disso. Você sabe que não é culpado, só está procurando alguém para apontar porque sabe que vai ser mais fácil. Mas você não pode fazer isso. Não pode culpar a si mesmo, ou a mim ou a Sophia. Fala comigo, eu estou aqui.
- Não, você não está. Desde que entramos no Glee sua vida gira em torno do club e de Finn. E por mais que Finn seja meu amigo, não quero saber quantas vezes ele penteou o cabelo ou foi no banheiro.
- Eu não conto isso... - ela olhou para baixo, envergonhada.
- Conta sim. E me fala depois. Eu odeio admitir, mas não quero perder a importância que tenho em sua vida e é isso que está acontecendo. Estamos os dois namorando e eu realmente gosto de Sophia, como eu nunca gostei de ninguém antes. Mas você é família. Às vezes a única que tenho.
- Não vou a lugar nenhum - ela o abraçou.
- Sinto muito - ele disse, depois de um tempo.
- Tudo bem, mas tem outra pessoa que você deve se desculpar...

Tell me how I'm supposed to breathe with no air.

- Ok, vamos - disse Sue, levantando e apressando os outros alunos que estavam no auditório assistindo a apresentação dos alunos que ficaram com William. - Ela teve a chance, todo mundo levanta, estamos indo.
- Me desculpe, tem um incêndio ou algo assim? - perguntou Finn e Ryan colocou a mão na cabeça. Por que ele sempre falava coisas assim?
- Esse é o problema, não há fogo. Sabe, já é triste demais que minhas crianças vivem na imundice e precisam de auxílio alimentação - ela dizia.
- Meu pai é um dentista - disse Mercedes.
- Não se preocupe, isso nunca foi sobre a gente - garantiu Sophia.
- Mas trazê-los aqui e entediá-los até a morte, não vou aguentar. Vamos comer pizza, cortesia minha.
- Certo, é isso! - disse Sr. Schue, jogando a prancheta que estava em sua mão no chão e indo até ela.
E foi nesse momento que os gritos começaram dos dois lados. Todos os alunos se olhavam, sem saber o que fazer enquanto eles gritavam um com outro, até que um deles se pronunciou.
- Chega! Desculpem, Sr. Schue e Sra. Sylvester, mas se quiséssemos ver briga de casal era só ficar em casa em dia de pagamento - disse Finn.
- Vocês passam tanto tempo tentando ser um melhor do que o outro que não perceberam nada do que está acontecendo a volta de vocês. Nós temos que nos encontrar escondidos com medo de um de vocês ficar chateada - disse Ryan. - Não a Sue, porque ninguém se importa com ela.
- Concordo, o Glee Club deveria ser divertido. E além disso, eu não gosto desse negócio de minoria. Posso ser uma negra forte e orgulhosa, mas sou muito mais que isso. Estou fora! - disse Mercedes.
- Eu também - disse Tina.
- Companheiros do glee, seria uma honra mostrar como uma saída brusca é feita. Encorajo vocês a me seguirem - disse Rachel, saindo.
- Acho que é a primeira vez que ela faz isso e eu acho que faz sentido - disse Sophia, seguindo-a até que todos estavam fora do auditório.
- Ei, eu quero falar com você, - disse Ryan, segurando o braço dela.
- Você não vai me atacar de novo, né? 
- Na verdade, eu quero pedir desculpas. Eu fui levado pelas circunstâncias e meio que descontei em você. E isso é errado. Eu sou um idiota, admito isso. Me perdoa, por favor - ele a olhava implorando e ela manteve a pose.
- Com uma condição. Você me diz o que aconteceu...
Ele suspirou. Queria evitar aquela conversa, mas não teria jeito.
- Lembra que disse que minha mãe morreu...

Grávida. Sinto muito, Q. Estará em toda a blogsfera nesta tarde.

Ryan via Quinn chorando no corredor nos braços de Finn. Ele sentia pena da garota, ela não merecia aquilo. Finn não merecia aquilo. Odiava quando coisas ruins aconteciam com pessoas boas, mesmo Quinn não sendo a garota mais amável da escola.
Viu sua prima encarando-os e percebendo que seu sonho de ficar com Finn estava cada vez mais distante. Sentiu pena dela também. Era péssimo desejar algo que você não pode ter.
Foi quando sentiu uma mão alcançando a sua. Era Sophia parando ao seu lado e encostando a cabeça em seu braço. Ela sentia o mesmo que ele. Ele podia sentir isso.

Keep holding on
Cause you know we'll make it through,
we'll make it through
Just stay strong
cause you know I'm here for you,
I'm here for you


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