Nightly Knights escrita por Vince


Capítulo 16
Capítulo 15 - Le carnivore ~Dévorer


Notas iniciais do capítulo

lalala!
Capítulo 15!
Estamos bem no meio da história! (planejo que tenha uns 30 capítulos)
Agradeço especialmente à minha maninha Roli cruz, que me forçou a escrever esse capítulo e à Black ( :3 ) que me ameaçou também!
Sem vocês não sei se esse capítulo saía xD
_________
Agradeço também a biazacha e a Sali! Obrigado, pessoal! :D



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Os cavaleiros haviam se reunido num salão comunal menor, próximo aos seus quartos. Um vento frio entrava pela janela aberta e Hector sentia-se tentado a pulá-la e correr até Cornell para alertá-lo do perigo iminente.

— O que vamos fazer? — ele perguntou, preocupado com Cornell. — Não podemos simplesmente matá-lo!

— Ou podemos? — Richard disse indiferentemente.

— Claro que não! — Hector rebateu. — Ele é tão parte disso tudo quanto você! Talvez até mais!

— Acalmem-se — Isaac interveio.

— Eu estou calmo — Richard disse. — esse mercenário é quem está estressado.

— Richard! — Velkhan chamou — Não é hora para essa tolice. Hector está certo quanto a Cornell fazer parte disso. E o pior é que a culpa é minha...

— E o senhor, majestade, ainda disse que traria a carcaça do monstro para Victorique — Thomas comentou. Velkhan desviou o rosto e assentiu de leve com a cabeça.

Richard bufou.

— Eu resolvo — ele disse, indo em direção à porta do salão, pronto para sair.

— Richard! — Isaac o chamou, mas ele já batera a porta atrás de si. Isaac seguiu-o para fora do salão e foi até Richard, parando-o pondo a mão em seu ombro. — Richard, acalme-se!

— EU ESTOU CALMO! — Richard respondeu. — E eu vou resolver o problema da droga do fenrir!

— Richard! — Isaac apertou o ombro dele com mais força, impedindo-o de prosseguir. — Pelo menos deixe que eu vá com você.

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Isaac começava a pensar se não seria melhor ter deixado Richard seguir sozinho. Ele parecia ter mais habilidades para andar na floresta que ele próprio. Mas até Caroline seria melhor nisso do que ele. Richard mantinha um ritmo constante, seguindo em direção ao local onde antes fora acampamento deles. Isaac ficou realmente surpreso. Se ele tentasse voltar lá sozinho, era capaz de se perder. Ele tinha certeza.

A clareira estava vazia, como ele esperava. As tendas haviam sido desmontadas pouco antes deles “salvarem” a rainha do “perigoso monstro” que Cornell era. Mal sabiam os outros que Cornell era como um filhote de cão; doce e inocente.

— Vai querer parar aqui? — Richard perguntou virando-se para Isaac.

Isaac estava tirando o casaco e o colete; o couro arranhado pelos galhos e espinhos dos arbustos e das árvores.

— Meu colete favorito... — Ele resmungou. — Que inconveniente.

— Sabe o que é inconveniente? — Richard disse — Eu sou inconveniente. Então, por favor, pare de reclamar. Eu fui expulso das terras de minha família. Não fui que nem você, que simplesmente fugiu num ato de rebeldia!

— Não foi um ato de rebeldia! Não fala como se fosse minha opção! Você não sabe pelo que eu passei!— Isaac retrucou, caminhando em direção a Richard, que lhe dava as costas. Ele puxou-o pelo ombro, virando-o para ele. — Qual é o seu problema?

— Sabe qual é o problema? — Richard disse — O problema é que eu sou inconveniente! Tão inconveniente que meu irmão mais velho contratou um mercenário para tentar me matar, simplesmente porque não queria um peso como eu sugando o dinheiro das terras que nosso pai deixou para ele! E sabe quem era esse mercenário? É o mesmo mercenário que Velkhan chamou para essa porcaria de missão! E esse cachorro aí é mais importante para a missão do que eu!

— Não fale assim! Você se alistou por que quis!

Richard suspirou e tirou a mão de Isaac de cima de seu ombro.

— Fácil para você. Primogênito, homem. E ainda foge?

— Você não sabe pelo que eu passei...

— E o que foi?!

— EU NÃO SOU FILHO LEGÍTIMO! Ou vai dizer que não notou a “não-semelhança” entre mim e Caroline? Você sabe o tipo de olhar que tive de aguentar por vinte e quatro anos? NÃO! Apenas minha mãe e minha irmã me tratavam como alguém por ali! Não o homem que fingia ser meu pai! Ele me fazia passar pelas piores humilhações, sem que os outros soubessem e você me ouve reclamando?

Richard baixou a cabeça assentindo de leve.

— Ambos fomos tratados como nada. Ou pior. — Ele disse para Isaac — Sinto muito por ter lhe tratado assim, mon tovarich.

Isaac levantou uma sobrancelha. “Tovarich” era um termo da língua românia para alguém com quem uma pessoa tivesse uma ligação muito forte, maior até do que uma simples amizade. Um tratamento de respeito e companheirismo. Isaac sorriu sem perceber. Ele pôs a mão no ombro de Richard, que pôs a dele no ombro de Isaac.

O que Isaac não esperava ao fazer isso era salvar Richard. Das árvores atrás da clareira, algo pulou em direção a Richard, mas Isaac o puxou para o lado a tempo de salvá-lo.

Era um fenrir.

— Cornell! — Isaac disse, repreendendo o fenrir. — Por que você fez isso?

Richard se ergueu e puxou Isaac pela manga da camisa.

— Isso não é o Cornell. O Cornell tem uma marca, uma mancha na pata direita. Esse não tem.

Isaac olhou para a pata do animal. Richard estava certo. E não só por isso. O pelo desse fenrir era mais espesso e bagunçado. Mais selvagem. Seus olhos eram escuros, não verdes nem vermelhos. Simplesmente escuros. Richard o puxou com força quando a fera pulou na direção de Isaac.

— Façamos o seguinte — Richard disse — Eu o distraio e você o ataca! Tudo bem?

Isaac arregalou os olhos, a pergunta “Como eu vou atacar isso? ” explicita neles. Richard jogou sua espada para ele, enquanto corriam em direções opostas, dentro do círculo da clareira, para confundir o fenrir. “Ótimo.” Isaac pensou “Um sabre. Não sei lutar com um sabre, só uso rapier!

Quando ele e Richard param frente a frente, do outro lado de onde começaram a correr, ele devolveu o sabre. 

— Não sei usar isso!

— É só usar! É uma espada! — Isaac simplesmente fez que não com  a cabeça. Então ele teve uma ideia.

Correu até onde ele deixara o casaco, largado no chão. Richard o olhou com uma expressão confusa, enquanto corria da fera, que o seguia.

— Richard! — Isaac gritou — Simplesmente faça com que ele fique focado em você!

— Difícil é fazer ele não ficar focado em mim! — Richard disse, apontando o sabre, já desembainhado, para o fenrir.

Isaac precisava daquilo. Com o casaco em mãos, ele correu até o fenrir, que estava agachado, em uma posição de ataque. Usou o apoio de sua pata traseira para subir nas costas da fera, que se pôs sobre duas patas, desequilibrando o cavaleiro. Mas Isaac conseguiu fazer o que havia pensado. Pôs o casaco sobre a cabeça do fenrir, cobrindo o rosto da criatura. Ele puxou as mangas e deu um nó atrás da cabeça do lobo gigante.

— Ataque-o! — ele gritou para Richard, que imediatamente fez o que o amigo dissera. Ele primeiro atacou as patas do animal, que caiu para frente. Richard planejava atacar o pescoço do monstro, cortando-o. Mas não esperava que aquele fenrir rasgasse o casaco de Isaac, podendo ver novamente. Isaac caiu de suas costas, desequilibrado com o solavanco que o animal deu.

O fenrir abriu a boca e virou-se para o cavaleiro que estava em suas costas. Ele preparou-se como se fosse dar uma mordida no cavaleiro, mas Richard se pôs entre eles a tempo. Ele enfiou a espada na cabeça do fenrir, por dentro de sua boca, mas a fera fez um último gesto antes de morrer, fechando a boca ao redor do braço de Richard, que gritou com a dor.

O monstro cravou os dentes no braço do cavaleiro e então puxou. Richard urrou de dor e Isaac simplesmente encarou aquilo perplexo. Richard caiu no chão, sem o braço esquerdo, que estava na boca do fenrir, que agora cambaleava para trás; o braço do cavaleiro preso entre seus dentes.

O mostro tombou para o lado, com a boca aberta. Isaac correu até ele e tirou o braço esquerdo do companheiro de lá, junto com a espada. Mas o monstro se mexeu. Ele ainda estava vivo!

Isaac empunhou a espada do companheiro e, enquanto o fenrir tentava se levantar novamente, ele ergueu a espada e, num movimento, cortou a cabeça do monstro fora, finalizando de vez com ele. Ele virou-se para o amigo, que se contorcia, deitado sobre uma poça de sangue, que aumentava cada vez mais.

Ele correu até Richard, que estava semi inconsciente. Isaac pegou o companheiro e o carregou de volta até o palácio.


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Notas finais do capítulo

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