O Passado De Aziel E Amael. escrita por The Fluffy Bunny


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. tem um pouco mais de ação *-* q



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Algum tempo passou e Lúcifer anunciou sua revolução logo depois da Irmandade de Ablon ser renegada à Haled, foi saber que Amael estava ao lado do Arcanjo Sombrio. O lado oposto à Miguel e Gabriel ficavam no Tártaro e as lutas eram travadas no Quarto Céu, Acheron, o lado de Miguel e Gabriel ficavam no Quinto cpeu ou Celestia. As lutas pareciam que nunca teriam fim, por isso em uma noite resolveu invadir o Tártaro para se encontrar com Amael, mesmo correndo risco de ser capturado.

Amael descansava um pouco das várias horas que passara lutando, mas logo teria que voltar a lutar novamente, pois não se podia ter descanso nas tropas de Lúcifer. Se perdessem, estavam acabados, e o Arcanjo havia prometido um futuro muito mais brilhante do que aquele que parecia ter. Queria se livrar da culpa do Dilúvio e viver num mundo de paz, mas lhe entristecia ter se tornado inimigo da pessoa que mais amava. No entanto, sentiu a presença do discípulo invadindo o Quarto Céu e, temeroso de que lhe fizessem mal, resolveu procurá-lo.

Logo reconheceu a presença de Amael, agora com os cabelos bem mais longos, se aproximava cauteloso do ex mestre, agora comandava os ishins, no lugar de Amael que ficou ao lado de Lúcifer, os olhos do menor brilhavam um pouco ao vê-lo.

- Mestre...Que bom vê-lo a salvo...

Agarrava os ombros do ex-discípulo, com os olhos úmidos de preocupação, branco de medo de vê-lo na pilha de corpos ali, na batalha.

- Aziel, você enlouqueceu? Estamos em guerra, se te descobrirem aqui, não terão piedade!

Sussurrava, mas havia pânico em sua voz, mas não pode deixar de abraçar o outro. Havia tomado seu lugar no comando dos ishins, e tinha certeza de que Aziel era um excelente comandante, estava orgulhoso, mas não podia entregar a guerra.

- O que faz aqui?

Resolveu perguntar, um tom de urgência na voz, tentando ver se alguém se aproximava.

Mesmo tendo os ombros agarrados e ficar um pouco hesitante, não se afastou dele, também envolvendo-o com os braços num abraço apertado.

- Eu sei...

Também cuidava pra ver se não tinha ninguém por perto, erguendo a face para ele.

- Precisava ter certeza de que estava vivo...

- Estou... Estou bem...  

Apertava suas mãos, olhando-o nos olhos, já com as íris tomadas pelo rubro, naquele momento de guerra querendo mais que tudo poder voltar à paz de antes do Dilúvio.

- Tenho certeza que consigo sobreviver a essa batalha... E você também vai. Eu o treinei para isso...

Afagou sua bochecha, com o antigo nó na garganta voltando.

Observava sua nova forma de caído, as asas encouraçadas, o par de chofres, as lágrimas de lava e as garras, mesmo assim não recuava, colocando a mão sobre a dele que lhe acariciava a face.

- ...Vamos sobreviver, isso tudo um dia vai acabar...

 Também se emocionava ao fitá-lo, se perguntando quando tudo começou a ficar estranho.

Segurava sua mão com firmeza, beijando-a com carinho, abraçando-o de leve, relembrando do dia em que estava tudo em paz até receber a missão do Dilúvio. Lembrou-se de como quis contar a ele o quanto o amava, mas acabou fugindo e, ao olhar em volta, viu como a guerra estava feia. Um medo cruzou-lhe a cabeça e virou-se para Aziel.

- Aziel... Se por um acaso eu não sobreviver a essa guerra... Eu gostaria de dizer que...

Sentiu duas outras auras se aproximarem, não muito longe dali.

- Aziel, vem vindo gente!

Sussurrava aflito, procurando onde esconder o ishim.

Sentia o aperto nas mãos e o coração ficou apertado no peito, sendo beijado e abraçado com carinho, afagava suas costas e cabelos, ainda sentindo que ele lhe escondia algo.

- ...Dizer..?

 Também sentia outras duas auras e puxava o Zanathus para um prédio ali próximo, deixando que passassem antes de sair dali, puxando o maior contra a parede para se esconder já que era menor, o coração do ishim batia acelerado, corria muito risco ali, ofegava baixinho.

Sentiu-se imensamente frustrado. Nem mesmo confessar seu amor ao ishim não conseguia, mesmo numa situação tão complicada quanto aquela guerra. Escondia o outro com o corpo, tentando ver se havia mais alguém se aproximando. Não queria expor o outro a mais riscos e, mesmo querendo lhe contar, a vontade de salvá-lo foi muito maior que um simples capricho. Abraçou-o forte e falou.

- Você tem que voltar. Não é seguro ficar aqui, não teremos essa sorte de uma segunda vez, eles não são burros. Por favor, Aziel... Vá. Sobreviva.

Beijou sua testa e suas bochechas, quase seguindo para os lábios, mas isso o teria assustado, então apenas afastou o rosto e afroxou o abraço.

-... Vá...

Queria ficar ali, escondido junto ao corpo do Zanathus, mas sabia que poderia ser descoberto, e isso causaria problemas para Amael, não podia arriscar sua segurança. Retribuiu seu forte abraço, fechando os olhos ao ser beijado na testa e na bochecha, tendo novamente a impressão que seria beijado nos lábios, mas não aconteceu, voltando a olhar a face do maior.

- ...Eu irei, mas então só nos veremos no campo de batalha...Como inimigos...

 Dizia como um lamento a última parte, abaixando a face.

Levou os lábios até sua orelha, segurando em seus ombros.

- Então não entre no campo de batalha a menos que seja extremamente necessário. Com sorte, essa guerra terminará em breve... Agora vá. E não pense em nós como inimigos. Pense nisso como... Uma brincadeira de mau gosto do destino.

Detestava ver o outro tão arrasado, mas havia acontecido, e nada se podia fazer em relação a isso. Só queria vê-lo seguro de uma vez por todas. Algum dia, quem sabe, num futuro distante, poderia contar sobre seu amor ao outro.

- ...

 Assentia com a face, erguendo-a e revelando as lágrimas quentes que le escorreram, segurando suas mãos firmemente, antes de ir se afastando aos poucos para um ponto mais escuro, soltando seus dedos, ficando alguns segundos parado, fitando-o para em seguida sair correndo do local. Já longe acabou tendo uma desagradável surpresa, quem estava guardando a entrada do Tártaro era Apollyon. Deu dois passos pra trás, pensando em como sairia dali e...Se ele já tivesse sentido sua aura? Mordia o lábio inferior e tentava pensar, não sobreviveria a uma luta corpo a corpo com ele.

Havia observado o outro até que desaparecesse ao longe e já começava a se virar, se guiando por sua posição apenas por sua aura, quando sentiu a aura do Destruidor. Entrou em pânico, saindo em disparada atrás do outro.

[Apollyon]: Posso saber o que faz em território inimigo... Aziel

Tinha um sorriso maldoso no rosto e se aproximava do ishim, cercando-o praticamente com o tamanho do corpo, estreitando os olhos.

Arrepiou-se inteiro ao ouvir Apollyon, sabendo que estava escrita sua sentença de morte ao ser achado, saia detrás do pilar com chamas em ambas as mãos, não teria escolha a não ser lutar agora, mas tinha um pouco mais de um metro e meio e o outro tinha mais do dobro de sua altura e força.

- ...Não vim aqui para lutar, Destruídor...

[Apollyon]: Então para que essa atitude agressiva...?

Olhava para suas mãos de modo acusador, aproximando-se um pouco mais, querendo torturá-lo um pouco antes de matá-lo. Amael havia ocultado ao máximo sua aura e agora se esgueirava cada vez mais para perto, querendo ver o que aconteceria e, se necessário, iria intervir. Havia treinado Aziel para ser ainda melhor que si, queria ver se tinha obtido resultado.

Se afastava pra trás, tendo que cuidar para ver se mais ninguém se aproximava, seria devastador ter que lutar sozinho com mais adversários, aumentava as chamas nas mãos até que duas bolas de fogo aparecessem, estreitando os olhos.

- ...Sabe muito bem porque. Deixe-me passar...

[Apollyon]: Está em território inimigo, Aziel. Daqui, só sai morto.

E investiu contra o ishim, tentando acertar-lhe logo a cabeça para atordoá-lo e obter vantagem. Amael apenas se contorcia atrás de uma pilastra, vendo o ex-aprendiz com duas bolas de fogo nas mãos, orando a Yahweh para que lembrasse de todo o treinamento e conseguisse ao menos uma vantagem com Apollyon para poder escapar.

Fazia as asas de fogo aparecerem e desviava da investida usando o fogo da mão como um lança chamas propunsor contra o chão para que fosse mais rápido, sendo pequeno e rápido, podia ter alguma vantagem com aquele Malikis brutamontes.

- É o que você pensa, Apollyon!

 Usou a bola de fogo da outra mão para lançá-la contra o Malikis.

[Apollyon]: desviava por pouco da bola de fogo, rosnando e dando impulso no chão, pulando em cima do ishim, querendo trazê-lo para baixo e esmagar seus ossos.

- Não vai me vencer, ishim.

Ao ver aquele gigante saltar sobre si, se jogava pro lado e saia rolando, ferindo o joelho na queda e via que sangrava um pouco, mesmo assim ergueu-se rapidamente e refez as asas, voando para escapar daquele território antes que outros chegassem.

[Apollyon]: Tentou alcançar o ishim, mas por uma questão de fração de segundo, não conseguiu agarrar seu tornozelo. Ainda tentou saltar atrás dele, mas o ishim estava usando as asas e já não estava mais em seu território. Bufou irritado e nem notou que Amael se esgueirava de volta às fileiras da batalha com um sorriso de orgulho no rosto, oculto nas sombras das pilastras.

Ofegava, olhando pra trás depois de um tempo, vendo que tinha conseguido escapar, logo voltou para Celestia para receber esporro de Baturiel, O Honrado por ter saido sem avisar no meio da noite, sendo que teriam que lutar pela manhã. Recebeu tratamento no joelho com os Ofanins e foi descansar, teria um dia exaustivo quando acordasse. No outro dia já estava se preparando para a batalha, reunindo os ishins e indo para Acheron.

Amael já estava preparado para lutar, apenas aguardando um sinal. Desde a noite anterior, havia ocupado a cabeça com milhares de coisas para não pensar em Aziel. Sabia que teria de lutar com o outro, e não fazia ideia dos destinos de ambos. Estava apenas lutando por um ideal que achava ser justo, em toda a sua inocência, por isso, e só por isso, havia aceitado lutar com Lúcifer.



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