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Hércules e o ciclope estavam parados olhando ferozmente para Theo e Melinda. Hércules e o menino fuzilaram-se com os olhos.

O ciclope correu na direção dos dois. Felizmente ele pisou em um dos buracos e foi jogado no ar por uma raiz gigante. Percebendo que havia outras armadilhas como aquela, Hércules parou e ergueu uma espécie de besta, com uma única flecha, ele atirou nos semideuses, e antes que eles pudessem desviar a flecha caiu no chão e congelou suas pernas, imobilizando-os.

Calmamente, Hércules andou em direção a eles, evitando os pequenos buracos. Desembainhou uma espada dourada e parou em frente a Melinda e Theo.

- Antes que aquela coisa coma vocês, acho que devo me explicar com vocês. Porque afinal de contas eu ainda sou um herói.

- Você? Um herói? A partir do momento em que você traiu Zoe, você perdeu o respeito de muitos semideuses. E eu sei disso porque ao contrário de você e outros heróis, eu estudei as histórias.

- Theo, não vale a pena você se zangar com ele agora, afinal, estamos sem saída. Melinda tentava olhar chamar a atenção do menino para o cabo do guarda-chuva que não havia sido congelado.

- Valeu garota. Mas eu preciso fazer isso é uma questão de honra. Pelo menos assim eu vou conseguir que ela me perdoe.

- Ela?

- Vocês vão ficar quietos e deixar eu contar como eu voltei? O ciclope não vai esperar para sempre, e eu prometo que quando acabar vocês não vão morrer de fato.

- E nós temos escolha?

- Enfim, vocês sabem que eu sou o Hércules das histórias, e que eu morri de algum modo que realmente não quero lembrar. Apesar de ser conhecido mundialmente como um herói, eu não fui para os Campos Elíseos. Fiquei com medo de enfrentar o julgamento.

- Covarde...

- Eu fiquei vagando pelo Campo de Asfódelos por séculos, pelo que eu percebi. E eu lembro que senti um pequeno terremoto, e de acordar numa caverna, com uma mulher falando comigo.

- Mulher? Que mulher?

- Eu não sabia. Mas ela me fez lembrar de pedaços da minha antiga vida. Então ela me disse que eu teria minha família de volta... Com um preço.

- Óbvio, provavelmente tem a ver com a gente.

- Tem... Ela me pediu que eu levasse Perséfone até uma caverna e depois eu acordei naquela cidade, e eu ficaria preso lá até que dois semideuses aparecessem e me tirassem de lá.

- Então é sua culpa que minha mãe ameaçou recomeçar a Era Negra. E que nós viemos parar aqui nessa armadilha? Seu covarde.

- Theo... Pare. Tem alguma coisa errada. – Melinda fechou os olhos e respirava profundamente. – Hércules, de quem era a voz que mandou você fazer essas coisas?

- Eu não sei... Ela não me disse.

- E se você fez isso em troca de sua família, por que você está aqui ainda?

- Porque...

Com um barulho ensurdecedor todas as janelas explodiram, fazendo o salão tremer. Uma figura brilhante surgira. O ciclope tentou atacá-la mas explodiu em areia dourada.

Lentamente a figura tomou forma, pernas, braços, e de repente havia uma menina de cabelos curtos e pretos, parada diante de Theo e Melinda. Ela tinha olhos dourados e usava um vestido longo e negro. Atrás dela surgiu uma outra figura, só que maior e mais brilhante.

- Então é você que está por trás da ruína dos meus planos. Hécate.