Hadéfone escrita por Filha de Apolo


Capítulo 13
XIII


Notas iniciais do capítulo

Afu, aí mais um capítulo. Espero que gostem.
E eu sei, eu sei, o clima Hades/Deméter é meio tenso, mas é tão divertido de escrever *u* (pode me chamar de doente, eu deixo)



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Ele estava completamente perdido em seus pensamentos. “Por que é que continuamos a nos aproximar tanto? Eu costumava ter nojo de me aproximar dela”. Hades não conseguia tirar seus momentos com Deméter de sua cabeça. Ela nem parecia incomodar-se, ela parecia precisar daquilo. 
Ele não sentia mais nada por ela. Houve uma época de sua vida que ele a achava muito atraente, mas tudo passou, ele não havia sentido nenhum ciúme dela com seu irmão mais novo, e ficou mais do que agradecido por eles terem posto Perséfone no mundo. Ah, Hades não conseguia mais se imaginar sem ela.
Lembrava-se do primeiro dia que a viu, caminhando pelos campos de sua mãe, cantarolando para os passarinhos, saltitando por aí. Devia ter apenas 13 ou 14 anos, mas já era tão esbelta. Hades sentia a necessidade de tocá-la, mas permaneceu apenas observando, até que a jovem Perséfone olhara para o lado e o avistara. Ao contrário do que ele havia pensado, ela não fugiu, ou se assustou, nem ao menos chamou pela mãe. Ela acenou para ele sorrindo, com um brilho intenso em seus olhos. Hades estranhou o modo como ela se comportara, mas depois descobriu que ela apenas fora muito bem educada pela mãe.
Batidas na porta tiraram Hades de seu transe.
-Hades, posso entrar?
-Ãn, claro – Deméter entrou no escritório de Hades, envergonhada, e parou perto dele.
-Notícias?
-Ah, não, não. Eu… posso ver os jardins dela? - Hades suspirou, pensativo. Sua esposa sempre deixara bem claro que apenas ele podia entrar lá, e apenas se ela estivesse junto.
-Deméter, eu…
-Eu não vou tocar em nada, não se preocupe. Só quero ver se ela aprendeu direitinho – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Deméter. Hades automaticamente se levantou, estendeu a mão e limpou a lágrima.
-Por aqui – Ele saiu do escritório, seguido por Deméter. Caminharam pelos longos corredores até chegarem a uma porta habilidosamente decorada com flores delicadas, feitas a mão pela própria Perséfone. Ela adorava desenhar e pintar, principalmente móveis, paredes, portas e janelas.
Deméter sorriu ao ver a porta. Provavelmente estava pensando o mesmo que Hades. Perséfone sempre fora tão talentosa. Hades destrancou a porta e a abriu, entrando e sendo seguido por Deméter.
-É maravilhoso - O jardim era de fato muito bonito. Havia uma estrada que o cortava inteiramente, onde pequenas estradas perpendiculares, que davam à Perséfone a chance de plantar e, toda a extensão do pátio.
-Eu estava planejando montar uma saída e fazer um pátio no mundo normal, sabe, acima de tudo isso. Os projetos já estavam sendo feitos. Eu daria a ela quando ela retornasse do Olimpo.
-É uma ótima ideia, Hades. Há plantas que não crescem sem sol, nem com o artificial.
Deméter caminhou pelas estradas, observando as plantas. Realmente, Perséfone havia aprendido muito bem. Havia apenas um quadrado pequeno de espaço livre, justificando a necessidade dela ter um novo pátio.
Caminharam até o final do pátio, que dava em uma pequena área com um banco e uma mesinha, ambos decorados por Perséfone. Hades e Deméter se sentaram. O banco não era muito largo, fazendo com que os dois ficassem colados. Isso nunca fora problema para Hades e Perséfone, uma vez que ela se sentava no colo do marido. Deméter apoiou involuntariamente sua cabeça no ombro de Hades, suspirando e fechando seus olhos. O deus apoiou sua cabeça para trás, também fechando os olhos.
Depois de alguns minutos ambos já estavam mais relaxados, e a mão de Deméter procurou a de Hades. Ele, sentindo o toque dela, a segurou delicadamente, tentando encachá-la em sua mão, sem sucesso, já que a mão de Perséfone era a única que conseguia encachar-se na dele.
E ali eles ficaram, juntos, esperando por notícias, esclarecendo a mente. A deusa abriu os olhos e fitou Hades, que ainda tinha os olhos fechados. Seus cabelos negros estavam bagunçados, dando a ele um ar sexy, e seus lábios se curvavam em um sorriso tímido. Deméter enfim entendeu porque é que Perséfone era tão apaixonada por aquele deus, ele era realmente muito gentil, e extremamente bonito.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será narrando um outro grupo de pesquisa, e vai ter algo que eu aposto que vocês vão amar. Até porque vocês são imundos, mas tirando isso, tem uma coisa ótima, afu.
Até os reviews (deixem reviews para me fazer feliz, ok?)