Derretendo O Gelo escrita por Liih


Capítulo 6
Momentos


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI ANOS PARA ATUALIZAR, MAS VOLTEEI! =DDDD
VocÊs com certeza estão bravos né? Podem se aclamar que agora tem cap e eu voltei á vida!
DG tá acabando... DDDDD=
Talvez tenha só mais um capítulo ou dois.
Mas agora vamos aproveitar!
Boa leitura.



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POV HYUNA


Acordei meio grogue e com uma maçante dor de cabeça. Olhei para o meu lado esquerdo e encontrei o rosto mais irritantemente lindo do mundo.


–Bom dia. - Ele disse com o mesmo sorriso alegre de sempre.


–Como entrou aqui? - Perguntei.


–Pela porta.


–Quem deixou?


–Uma empregada. - Gemi de dor. - O que foi? Está se sentindo mal? -Seu rosto se retorceu em uma careta de preocupação.


–Dor de cabeça.


–Mais alguma coisa?


–Não. - Ele virou-se para uma maleta preta, tirou um bigode preto falso, colocou no rosto e virou-se para mim. Fez biquinho e revirou os olhos, depois pegou um estetoscópio e veio me examinar. Ri de suas ações, o que me deixou com mais dor.


–Hum, pelo que pude perceber, me parece um início de resfriado. - Disse com um sotaque besta.- Vou te passar um remédio.- Franziu os lábios e vasculhou a maleta, tirando uma cartela de comprimidos e uma garrafa de água. Tomei o comprimido, olhei para seu rosto e ficamos nos encarando.-O que foi?


–Nada. Por quê?


–Por quê o quê ?


–O quê de quê?


–Vamos ficar nessa palhaçada? - Ele perguntou.


–Trocamos de papel. Quem começa os joguinhos é você e quem acaba sou eu.


–Pois é. Você está roubando minha identidade. - Fechou a cara. Ri.


–Seu bebesão!


–Mamãe? - Abriu os olhos no estilo "gato de botas do shrek" e estendeu os braços.


–Que horas são?


–São...- olhou no relógio de pulso.- 08:04.


–Estamos atrasados! - Pulei da cama. Senti um ventinho em minhas coxas, olhei para baixo e estava apenas de calcinha e sutiã, que por sinal eram vermelhos. Escutei um assovio e rapidamente puxei o lençol e me enrolei.


–Por quê eu estou só de lingerie? - Olhei-o fatalmente.


–Você estava queimando em febre, tinha que sentir frio para ocorrer um choque térmico. E deu certo.


–Que tenha sido isso mesmo.


–E.. você não pode ir para a escola.


–Por quê? - Franzi a testa.


–Você está doente. E eu não deixo você ir.


–Você que manda em mim?


–Como médico sim. Agora volte aqui e deite-se.


–Eu não quero.- Sorri desafiadora. Ele sorriu de volta, levantou-se e veio atrás de mim. Corri o quarto todo e quando ia pular novamente para a cama, ele agarrou-me pela cintura, fazendo-o cair sobre mim.


–Agora você vai deitar e obedecer seu médico.


–Eu não sou um bebê.-Fiz bico. Ele saiu de cima de mim, deitou-se e me puxou, envolvendo-me em seu abraço. Fiquei um pouco sem graça mas abracei-o de volta.


–Você é um bebê. E eu vou cuidar desse bebê.


–Quem disse que eu quero você cuidando de mim? - Encarei seus olhos.


–Seus olhos. Eles me disseram isso. - Fiquei em total silêncio, sem conseguir desviar o olhar, ficamos naquele transe momentâneo.Não percebi nem fiz questão de me esforçar para saber quando foi que sua boca esteve tão próxima da minha. Encurtei o pequeno espaço que restava e selei nossos lábios.


Suas mãos deslizaram até minha cintura, enquanto as minhas passeavam livremente por seus cabelos. Sua língua explorava cada cantinho da minha boca, fazendo-me ruborizar.


Escutei um barulho alto, me assustei, quebrando o beijo.


–Calma, foi só um trovão. - Ele passou a mão por meu cabelo em uma atitude tranquilizante.


–Eu tenho... medo de trovões. - Abaixei a cabeça.


–Por quê tem medo? É por conta do barulho estridente?


–No dia em que descobri que minha mãe traia meu pai estava chovendo forte. Com muito trovões e relâmpagos. Daí nasceu o meu medo.- Só me dei conta de que lágrimas escorriam pelo meu rosto quando ele levou sua mão esquerda até minha bochecha secando a lágrima que se encontrava ali.


–Quando você descobriu?


–Quando tinha 4 anos. E desde então não falo com ela.


–E seu pai?


–Ele só continuou casado, para que eu não sentisse falta de uma figura paterna.


–Ele conseguiu ?


–Sim.


–Quer que eu te ajude a superar esse medo?


–Como?


–Assim. - Dito isso, nossos lábios encontraram-se novamente de forma mais calorosa e terna. Suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo enquanto as minhas permaneciam em suas costas. Ele se afastou e me olhou.


–Amigos não deveriam fazer isso, sabia?


–Tanto sei que não quero mais ser seu amigo e sim seu namorado.


–Isso é um pedido?


–Sim.


–Então eu aceito. - Ele sorriu, puxou minha mão e saiu do quartyo, correndo e pulando pelo corredor. Meu pai e minha mãe saíram do quarto para saber o motivo da gritaria.


–Hyuna o que está acontecendo aqui? E por quê você está de calcinha e sutiã com um menino segurando sua mão com um bigode tosco na cara ?! - Meu pai gritou ficando vermelho igual a um tomate.


–Ér, eu... eu posso explicar.


–Estou esperando. -Ele colocou as mãos na cintura e ajeitou o óculos em seu rosto.


–Eu sou o namorado da sua filha senhor...


–Kim. Senhor Kim.


–Prazer, me chamo HyunSeung e queria perdir-lhe oficialmente a mão de sua filha em namoro. - Ele ajoelhou-se a meus pés segurou minha mão e olhou diretamente para meus olhos.


–Você aceita namorar comigo? E com a permissão de seu pai, Sr. Kim?


–Eu dou minha permissão sim, mas usem preservativo da próxima vez.


–Pai! - Hyuna o advertiu. -Nós não...


–Eu sei que vocês são jovens e você não precisa me dar explicações do que acontece em seu quarto. Apenas protejam-se, eu sou muito novo para ser avô. E HyunSeung... tire esse bigode falso do seu rosto. - Ele imediatamente jogou o pedacinho de pêlo em algum canto que não fiz menção de saber qual era.


–Parabéns filha. - Minha mãe disse fracamente sem me olhar.


–Obrigada. - Disse friamente. HyunSeung me deu um olhar de repreensão que fiz questão de ignorar. Puxei-o de volta para o quarto e bati a porta com demasiada força.


–Você é sempre fria assim com ela?


–Faz diferença?


–Claro que faz Hyuna. Ela é sua mãe acima de tudo.


–Não importa. Isso não justifica nada do que ela fez.


–O que ela fez? Traiu seu pai? Seu pai já deve ter perdoado ela, afinal eles saíram do mesmo quarto e se você não reparou sua mãe estava enrolada em um lençol. O que você acha que isso significa?


–Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.


–Quando você vai aprender que não é tratando as pessoas friamente que vai receber algo bom em troca?


–Quando alguém me ensinar.


–Então eu vou te ensinar.


–Agora eu não quero falar nem pensar sobre isso.


–Então... o que você sugere? - Sorriu de canto.


–Hum, não sei. Você tem alguma coisa em mente ?


–Sim, mas você vai achar besta.


–Me diz o que é.


–Não.


–Diz.


–Não.


–Diz.


–Não.


–Por favor, eu prometo que não vou achar besta.


–Eu não sei...


–Conta!


–Tá, fecha os olhos.


–Por quê?


–Por quê é uma surpresa!


–Tá bom. - Fechei os olhos e sentei na cama. Depois de algum tempo senti uma coisinha peluda em meu colo. A coisa se mechia bastante. - O que é isso? - Perguntei tentando parecer calma.


–Você tem que advinhar,mas não pode abrir os olhos.


–Mas então como eu vou descobrir?


–Você pode passar a mão. E cheirar.- Passei a mão de leve por cima da coisinha, que cheirou a minha mão.


–Faz cosquinha. - Sorri.- Hum, é um hamster?


–Você não acha meio grande demais para ser um hamster?


–Hum. Então... é um cachorro?


–Um filhote?


–Acho que sim.


–Não.


–Eu posso desistir? - Estava derrotada.


–Pode. - Abri os olhos e vi que a coisinha peluda era a coisa mais fofa do mundo. Era um coelho branquinho de olhinhos castanhos e orelhinhas rosadas.


–Que bonitinho. Ele é meu?


–Não, ele é meu. E não é ele, é ela.


–Então eu não vou ganhar um coelhinho? - Fiz menção de chorar. Eu amo coelhos.


–Você vai ganhar, mas o seu é este aqui. - Ele colocou ao meu lado um coelhinho com pelagem acinzentada.


–Ele se chama HyunSeung e a coelhinha se chama Hyuna. Eles já tem até escrito na coleirinha. - Olhei a coleira do meu coelhinho e tinha escrito Hyunseung, com um coração do lado. Sorri.


–Obrigada, meu coelho. - Ele sorriu e colocou Hyuna ao lado de Hyunseung. Eles ficaram se cheirando depois andaram pela cama, aparentemente brincando.


–Eles vão ser nossos filhos por enquanto. Nossa responsabiliade. Temos que dar banho, dar comida, quarto, levar para passear...


–Hey! Calma, depois nós pensamos nos nosso "filhos". - Fiz aspas com o dedo.


–Mas eles são irmãos e são filhotes, e se eles acabarem brigando por uma cenoura?


–Você vai ser um pai coruja.


–Vou sim, quero que meu filho seja um garoto certo. E se for filha, ela vai ser mimada.


–Nananina não. Menina mimada dá muito problema, ela vai ser educada, e muito bonita. E você não vai mimar ela além da conta.


–Hum, depois a gente pensa nisso, nossos filhos estão dormindo e nós estamos fazendo barulho. - Olhei para trás e vi os dois coelhinhos deitados no meu travesseiro, um escorado no outro, dormindo tranquilamente. Sorri com a cena.


–Que tal sermos bons pais e preparar comida para quando eles acordarem? Por quê senão eles vão comer meu travesseiro!


–Vamos! - Ele riu. -Mas antes, coloque uma roupa. -Peguei um vestido qualquer e vesti. Descemos e preparamos o almoço. Depois que comemos, pegamos várias cenouras e cortamos em rodelas e colocamos em um pratinho. Peguei duas tigelinhas uma vermelha e outra verde coloquei água e subimos de volta á meu quarto. Nossos bebês ainda estavam dormindo então arrumamos o cantinho da comida.


Peguei alguns lençóis e umas almofadas e espalhei em um outro canto para ser a caminha deles. Peguei Hyunseung e coloquei deitado,enquanto meu "marido" fazia o mesmo com Hyuna. Deitamos na cama e ficamos olhando nossos filhos dormirem, e acabamos dormindo também.


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Notas finais do capítulo

Iai? Gostaram???
Comentem bastante viiu! Próxima parada: Mine!
Kissus ;*



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